P.O.V Emma

Regina, Henry e eu saímos para um piquenique. Henry finalmente recuperara a memoria e Regina queria resgatar o tempo perdido. Ela me convidou para morar com eles, pois Henry esta muito apegado a mim e eu não queria ficar longe do meu filho. Por incrível que pareça estávamos convivendo muito bem, a única coisa que me incomoda é a falta de emprego, pois David ocupou o cargo de xerife e eu não queria tirar o emprego do meu pai ,ainda é estranho falar isso.

Passamos boa parte da manhã no piquenique, só não ficamos até mais tarde porquê Regina recebeu uma ligação da prefeitura avisando que havia visitantes na cidade. A deixei na prefeitura, levei Henry para casa de Mary e retornei. Encontrei Regina saindo apresada de lá.

–Por que voltou?-Perguntou-me assim que me viu.

–Vou com você.

–Não.- ela disse firme.

–Por que?

–Você não é mais a xerife Emma.

–Mas eu posso ser útil!-Insisti, sempre ganhava na insistência. Ela revirou os olhos e entrou no meu carro.

–Eles estão no Grammy’s!

–Eles?

–Um casal.

–Devem estar perdidos.

–Perdidos ou não eles fizeram uma reserva...-Chegamos e logo vimos o casal comendo tranquilamente, a mulher parecia ser bem rígida, questionei mentalmente se ela era pior que Regina que vivia brigando com Henry e eu quando jogávamos vídeo game ate tarde. –Olá!-Regina deu seu melhor sorriso falso e os dois nos olharam, mas continuaram calados. –De passagem?-Como sempre direta.

–Infelizmente não. -A mulher loura disse com desgosto, não gostei dela.

–Sou a prefeita da cidade, a algo que queiram aqui?

–Na verdade sim, podemos passar mais tarde em seu escritório.

–Ok-ela disse e saiu, a segui e me sentei em uma mesa mais afastada junto a ela.

–Ela está escondendo alguma coisa.-Eu afirmei.

–Eu sei. -Ela parecia pensativa.

–Eu vou ficar essa tarde com você. -Avisei e ela pareceu despertar.

–Por que?

–Eles não são confiáveis. -Disse o óbvio.

–Eu sei me defender Emma.-Ela disse firme.

–Eu vou ficar. -Tentei soar tão firme quanto ela, mas confesso que é bem difícil ser firme com aquele olhar direcionado a você.

–O que vão querer? -Ruby apareceu para me salvar, acho que ela sabia, pois piscou pra mim quando Regina desviou o olhar e eu ri.

–O mesmo de sempre. –Disse sorrindo e ela olhou para Regina esperando sua resposta.

–Nada.

–Tem certeza? -Certificou-se.

–Sim. –Senti um arrepio na espinha por causa do tom de voz seco e a morena saiu rapidamente.

–O que foi? –Pergunto quando Ruby já está longe.

–O que senhorita Swan?

–Senhorita Swan? Sério, Regina? Pensei que já tivéssemos passado dessa fase a mais de um ano. -Ela desviou o olhar. -O que foi que eu fiz?

–Você e a lobinha tem alguma coisa? –Eu ri. –Responda Emma!

–Calma ai. -ri -É serio isso? Da onde você tirou isso? Claro que não! –Ela parecia me analisar.

–Vocês parecem bastante íntimas. –Isso foi ciúmes?

–Aqui está! –Ruby chegou com meu pedido e percebendo o clima estranho logo saiu.

–Você a deixou com medo! –A avisei e comecei a comer meu lanche. –Quer um pedaço?-Ela suspirou, mas aceitou. -A gente podia fazer o jantar juntas hoje, posso te mostrar as comidas que o Henry realmente gosta. -Tentei mudar de assunto.

–Está dizendo que ele não gosta da minha comida? –Ela arqueou uma sobrancelha e eu sorri.

–Claro que não senhora prefeita. –Rimos.

–Desejam mais alguma coisa? –Ruby apareceu novamente.

–Você quem fez? -Ela concordou com a cabeça. -Melhorou. -Ironizei.

–Já aprendi o jeito que gosta Emma.-Ela revirou os olhos e eu ri.

–Estamos bem senhorita Luccas. -Regina foi formal. Ruby concordou com a cabeça e saiu. A morena arqueou a sobrancelha novamente para mim.

–Ela sempre deixava o ovo mole eu só disse que não gostava assim. -Expliquei.-Qual é o problema?

–Nenhum. -Ela se levantou pegando a bolsa.

–Pera, aonde você vai? Eu já estou terminando!

–Creio que também tem assuntos para resolver com sua “amiga”. -Disse e saiu. O que diabos ela tem? -A observei desaparecer pela porta.

–Problemas no paraíso? –Ruby sentou-se no lugar onde Regina estava.

–Não sei o que deu nela.

–Chama-se ciúmes Emma, estou acostumada a ser alvo da raiva dessas mulheres. –Ela foi sarcástica.

–Hahaha, muito engraçado “lobinha”. –Ela estreitou os olhos com o apelido.

–Falando sério Emma, você tem que conversar com ela, Deus me livre de ser alvo da raiva dela. -Relembrou da maldição.

–Ela não é mais assim! -Garanti.

–Então do que tem medo? Você é a única que já a enfrentou cara a cara já devia estar acostumada!

–Rubyyy!

–Sempre minha salvadora. –Eu ri e ela revirou os olhos indo em direção a sua avó.Fiquei pensando,faz tempo que penso em um jeito de falar com ela mas nunca sei como ou se ela vai aceitar.