Enamorados

Você é meu anjo, só que sem asas.


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Pov Jefferson.

Era segunda-feira, o primeiro dia da semana e eu estava atrasado. Já deveria ter chegado há exatamente uma hora, mas o transito na segunda chega a ser infernal!

Tinha acordado cedo, feito tudo que precisava ser feito e no final era só chegar a tempo, mas...

Desde o meu último relacionamento a minha vida tinha virado um inferno. Ela levou tudo que eu tinha e ainda me traiu ,E graças a Deus não dividimos a conta bancária.

De certa modo foi bom. Notei que já tinha passado da hora de levar uma vida, digamos, correta. Sem tentar conseguir tudo de um modo mais fácil.

E essa era a minha oportunidade. A minha última saída, e se eu não conseguisse esse emprego poderia construir um muro no final do túnel.

Depois de um bom tempo dentro do carro finalmente cheguei ao meu destino, a Faculdade de Storybrooke.

Estava ali para me candidatar ao cargo de professor. Um tal de Archie Ruffles, Hook, Halfi... Enfim tinha acabado de se aposentar, então, aqui estou eu. Acho que é um bom começo pra uma vida certinha.

Eu estava meio perdido, não sabia que direção seguir, então peguei o primeiro corredor que vi e em meio a correria acabei esbarrando em uma garota. Terminamos no chão.

—Ei! Você não olha por onde anda não? - ela disse zangada.

—Desculpe é que eu estava com pressa. Você deveria ser mais educada.

—Alguém te perguntou alguma coisa?

—Não, mas...

—Então, fica quieto obrigado, de nada. - ela disse e antes que saísse andando segurei seu braço.

—Me solta.

—Sua mãe não te deu educação não?

—Me deu sim e a melhor possível.

—Não parece! Se eu fosse seu pai você não falaria dessa forma com as pessoas.

— Graças a Deus eu não sou sua filha.

—Não é mesmo, sua sem educação.

—Fala com a minha mão, fala.

—Olha aqui menina...

—Tchau, e foi um desprazer te conhecer. - ela disse e saiu andando pelo corredor.

—Mal educada.

Depois de encontrar aquele protótipo de furacão, que juruva já ter visto tal gênio e algum lugar, segui meu caminho e consegui encontrar a sala do diretor Gold. Bati na porta uma vez e uma voz fria ecoou dizendo:

—Entre.

E assim eu fiz, abrir a porta, pedi licença e entrei na sala.

—Sr. Gold. Bom dia.

—Bom dia, Sr.Jefferson. Sente-se e está atrasado.

—Sim e peço desculpas por isso. -disse enquanto me sentava - É que o transito não ajudou muito.

—Segundas-feiras são sempre assim... Enfim, vamos direto ao ponto. Você está aqui pela a vaga do antigo professor...

—Exato, eu preciso muito disso pra poder começar a minha vida...

—Eu não preciso saber os seus motivos, só me interessa se você está disposto a isso.

—Eu estou.

—Ótimo. Segundo sua ficha você é formado na profissão, fez pós graduação, mestrado... Agora uma coisa me deixa bem curioso. Se você se especializou nisso por que nunca atuou como professor?

—Eu só me formei por causa dos meus pais, na verdade eu queria uma vida mais livre sabe.

—Não, não sei. - essa cara é medonho - Se você queria tudo isso por que está procurando esse emprego?

—Achei que meus motivos não te interessassem.

—Justo. Você pode começar hoje mesmo, a sua primeira aula será com o primeiro ano.

—Eu não trouxe materiais, pensei que começaria amanhã.

—Felizmente nós temos tudo que é preciso aqui. A chave do seu novo armário.

—Obrigado. Tem algum conselho ou regra que queira me dizer?

—Não chegue atrasado.

—Entendi.

—Pode ir se preparando professor. Hoje acaba a sua vida livre.

—Obrigado Sr. Gold.

—Por nada.

Como ele disse minha vida sem responsabilidades realmente havia acabado. Agora era acordar cedo de segunda a sexta, fazer planejamento, aturar jovens aborrecentes e levar uma vida certinha.

Depois que saí da sala do diretor me encaminhei até a secretaria e, segundo a secretária, eles estavam na penúltima aula. Logo seria a minha vez de entrar em ação.

Andei até a sala dos professores e de imediato encontrei o armário do Archie. Peguei os materiais e olhei onde ele tinha parado.

Depois de uma leve estudada no conteúdo saí para conhecer um pouco da faculdade, já que era novo por aqui. Andei pelos corredores, na área verde, o pátio, passei em frente a algumas salas de aula... Voltei à sala dos professores e assim que passei pela porta o sinal tocou avisando que era a minha vez de atuar.

Andei um pouco e cheguei à sala do primeiro ano. Dei uma breve olhada e entrei. Abri a porta e em seguida a fechei. Botei meus materiais sobre a mesa e encarei todos eles.

—Bom dia!

—Bom dia. - eles responderam em coro.

De repente a porta se abriu

—A onde você estava? - perguntei sem olhar o aluno, pois estava de costas.

—Estava bebendo água e... - ela finalmente se virou me surpreendo.

—Você? - pergunto.

—Você? - ela diz (Aurora). _O que está fazendo aqui? Perseguição é crime sabia?

—Eu não estou te perseguindo. Agora você poderia se sentar? Eu adoraria continuar com a minha aula.

—Como assim?

—Sente-se, por favor.

—É...

—Sente-se senhorita! - mandei, estava adorando aquilo.

Ela me obedeceu.

—Continuando. Como vocês devem estar sabendo o professor Archie se aposentou e agora eu, Jefferson, serei o novo professor de vocês.

—Droga! - disse Aurora.

—O que pronunciou senhorita?

—Nada.

—Ótimo. Bem, como eu sou novo aqui assim que chamar o nome de vocês, por favor, se levantem e se apresentem.

E eu comecei. Dali em diante era só em frente, sem volta. Até que não era tão ruim ficar naquela turma especialmente por que eu iria dar aula para aquela ruivinha sem educação.

Por algum motivo desconhecido, mesmo com toda aquela rebeldia e falta de educação eu tinha me simpatizado com ela e estava disposto a fazer ela simpatizar comigo, mesmo que isso começasse da forma errada, afinal é sempre bom estressar alguém.

De acordo com a ordem alfabética fui chamando os nomes. Chamei o primeiro, o segunda e no terceiro me surpreendi com o sobrenome da pessoa.

—Aurora... - não isso não estava acontecendo.

—Mills. - alguém disse de pé.

Olhei e era aquela ruiva. A sem educação que me lembrava alguém. Mills? De novo esse nome da minha vida? Poderiam existir milhões de famílias com esse mesmo sobrenome, mas em Storybrooke só tinha uma. A família da Regina, melhor a família da... Ô céus!

—Professor continua! - gritou alguém no fundo da sala.

Saí dos meus pensamentos e voltei a dar aula.

Pov Kristoff.

Aquela cena do corredor não saía da minha cabeça. A pergunta da Aurora... E se ela desconfiasse de alguma coisa? Meu namoro teria um fim e isso era o que eu menos queria. Quando tocou o sinal avisando que era a última aula, me virei para trás e chamei pelo Graham antes do novo professor chegar.

—O que foi?

—Acho que a Aurora está desconfiada de alguma coisa?

—Desconfiada do que?

—Do acidente.

—O que aconteceu?

—Ela só me fez uma pergunta, quer dizer ela comentou comigo. Me disse que era triste o que havia acontecido com a Ruby e com o Robin.

—Nossa cara que susto, eu pensei que ela sabia de algo.

—Mas...

—Kristoff fica frio. Ninguém tem provas de nada e ela só comentou o que pensou. Não apontou nada. Mas você não deu pinta nenhuma né?

—Eu só fiquei meio nervoso na hora.

—Não me diz que você gaguejou?

—Um pouco talvez.

—Mas que droga ein!

—Isso é ruim?

—Ainda não sei, mas vou descobrir. Ela não pode saber de nada.

—Você não vai fazer nada com ela Graham!

—Calma, eu não vou machucar ela, só vou fazer umas perguntas. Mas se for necessário...

—Nem pense nessa hipótese! - disse com raiva.

—Ê! Fica calminho ai cara! O que foi? Vai pagar de corajoso agora? Fica aí na sua que eu tomo conta disso.

Me virei novamente e foquei na minha ruiva que havia acabado de chegar na sala. Graham disse que não faria nada de mais, mas conheço ele e sei que se precisar ele vai apelar. Se isso acontecer... Não vai ter amizade que me detenha.

Na oficina.

12h30min.

O policial e Leopold estavam na oficina onde o carro da família Hood tinha passado por uma revisão dois dias antes do acidente acontecer.

—Você tem certeza disso? - perguntou o policial.

—Absoluta! O carro estava em perfeito estado. Tudo no lugar como manda o combinado. Motor certinho, calibragem perfeita, parafusos no lugar... Eu fiz tudo como Sr. Leopold me pediu. Era impossível aqueles parafusos se soltarem sozinhos. - disse o mecânico.

—Bem, é só isso. Obrigado pela atenção.

—Obrigado. - falou Leopold.

—Por nada.

Na delegacia.

—E então? Como fica toda essa história agora?

—Uma coisa eu afirmo, estamos diante de uma tentativa de assassinato.

—Como assim? Quem iria querer matar alguém da minha família?

—Eu não sei. O senhor por acaso tem algum inimigo?

—Não que eu saiba...E por que algum inimigo atacaria o meu filho?

—A família é a fraqueza de todos nós. Talvez alguém ficou sabendo que o seu filho iria usar o carro e teve essa ideia.

—Mas quem?

—Onde está o seu filho?

—Na faculdade, mas ele sai logo.

—Eu gostaria de conversar com ele.

—Claro, logo, logo ele sai da faculdade. Se quiser pode esperar por ele na minha casa.

—Agradeço.

Leopold e o policial saem da delegacia e se dirigem rumo à casa de número 32.

No Granny’s.

Eduardo entra na lanchonete e vai até ao balcão.

—O que vai pedir? - perguntou Granny olhando para um caderno.

—É aqui que servem a melhor torta de chocolate com cobertura de morango?

—Ai depende de você... Eduardo! - ela disse assim levantou seu rosto.

—Oi Granny.

A vovó da à volta no balcão e abraça o menino.

—Quanto tempo.

—Muito tempo mesmo menino. Você sumiu e nunca mais voltou.

—Não foi bem assim.

—Ta bom. - ela disse com irônia - Mas o que faz por aqui?

—Estou só de passagem, minha moto quebrou no caminho então até ficar pronta eu vou ficar por aqui. Mais precisamente na casa da Regina.

—Ela é outra, desde que chegou não veio na minha lanchonete.

—Nisso eu posso dar um jeito. Daqui a pouco ela sai da faculdade e vou chama - lá pra vir aqui.

—Chama a Zelena também.

—Pode deixar. Vou fazer isso assim que comer a minha torta de chocolate com cobertura de morango.

—É pra já. Eu vou lá buscar. Não saí daqui.

—Não vou nem me mexer.

Na faculdade.

Depois de uma hora toca o sinal avisando que todos podiam ir embora. Enquanto os alunos arrumavam suas mochilas os professores juntavam seus materiais. Regina estava na sala dos professores quando seu telefone tocou.

*Alô?

*Regina.

*Oi Edu. O que foi?

*É eu to aqui no Granny’s agora, comendo aquela torta de chocolate que nós amamos e aí eu pensei. Seria legal se a Regina e a Zelena estivessem aqui. Na verdade foi a Granny que pensou nisso, mas eu concordo.

*Olha eu adoraria, mas eu tenho planejamento. Hoje não da pra eu ir.

*Poxa. Você vai demorar muito aí?

*Não sei. Mas chego só à tarde.

*Não tem problema a gente vem aqui de noite.

*Pode-ser então, até mais tarde.

*Até.

A morena desliga o telefone no mesmo momento em que Jefferson entra na sala dos professores.

—Jefferson?

—Regina!

—Você por aqui?

—Eu estou dando aula na faculdade, no lugar do Archie. E você, o que faz de volta a Storybrooke?

—O mesmo, só que cálculo.

—Mas que mundo pequeno.

—Nem me fale.

—Como é que você tá?

—Muito bem e você?

—Estou indo. - ele disse enquanto organizava seus materiais. - Droga!

—O que foi?

—Esqueci um dos livros na sala de aula. Eu vou lá buscar.

—Vai lá.

Jefferson saí da sala deixando Regina sozinha. A morena bota a cabeça entre as mãos.

—Meu Deus, a minha irmã tem que saber disso.

A morena saí da sala dos professores e vai até a enfermaria, mas não encontra a ruiva.

Em um dos corredores.

Zelena estava carregando uma fixa sob uma caixa com luvas. A ruiva andava apressada pelos corredores, distraída ao ponto de não ver um homem no seu caminho.

—Desculpa. - ela disse enquanto se abaixava para pegar a ficha, mas a outra pessoa foi mais rápida.

—Aqui está... - ele disse entregando o pedaço de papel.

—Jefferson?

—Zelena! - ele disse alegre.

—O que você está fazendo aqui?

—Não sabe como é bom te ver! - ele disse indo abraçá-la. A ruiva desvia

—Eu não posso dizer o mesmo.

—Vai me negar um abraço?

—O que você faz aqui Jefferson?

—Eu estou dando aulas.

—De como ser um galinha ou um safado?

—Nenhum dos dois, sóestou dando aula. Não esqueceu isso?

—Não! Agora espera um pouco o que aconteceu com o “senhor vida mansa”?

—Uma hora agente tem que crescer.

—Foi chutado né?

—Mais ou menos isso. - ele disse coçando a cabeça.

—Bem feito. Você mereceu. Agora me dá licença que eu estou querendo ir embora.

—Perai. - ele disse segurando o braço da ruiva deixando seus rostos bem próximos.

—O que você quer?

As respirações dos dois estavam descompassadas. Mesmo com anos de distância, anos sem se falar, só de estarem perto um do outro as fagulhas apagadas começavam a reacender.

—Achei você! - Regina.

Os dois se separaram.

—Atrapalho?

"Não" "Talvez", disseram Zelena e Jefferson respectivamente.

—Estava me procurando? O que queria?

—Informar sobre ele, mas acho que é um pouco tarde.

—Você já tinha visto esse traste?

—Não precisa ofender. - Jefferson.

—Agora pouco. - Regina.

—Bem, temos que ir né Regina.

—Eu fico aqui hoje.

—Ah é você tem planejamento.

—Uhum.

—Nesse caso é a minha hora. A gente se vê em casa então.

—Claro.

A ruiva beija a testa da irmã e quando estava prestes a sair o moreno a impede.

—O que foi?

—Temos que conversar.

—Sobre o que?

—Nós dois.

—Ah faça mil favor Jefferson. Não somos nada um do outro, nem amigos.

—Como assim, tivemos uma história.

—Vê se eu aguento isso! O que eu fiz meu Deus?

—Para de drama Zelena, eu só quero conversar.

—O que está acontecendo aqui? -perguntou Aurora chegando ao local.

—Nada minha filha. - Zelena.

—Pera aí. Filha? - Jefferson.

—Você de novo? Tá de brincadeira. -Aurora.

—A mal educada é sua filha? - Jefferson.

—Sou, não ouviu não?

—Como assim mal educada? -Zelena.

—Eu disse que ela me lembrava alguém. É lógico. - Jefferson. - Ela me lembra você! O cabelo ruivo, o mesmo tom de voz sarcástico, as resposta na ponta da língua, a falta de respeito...

—Ta ofendendo a mim e a minha filha ao mesmo tempo? - Zelena.

—Vocês dois se conhecem? - Aurora.

Os três começaram a fazer perguntas ao mesmo tempo e já não conseguia se entender nada.

—Silêncio! - gritou a morena. - Da pra falarem um de cada vez?

—Não por que não tem nada pra se falar aqui! - Zelena. - Aurora meu amor, você vai de ônibus ou vem comigo?

—Eu vou com a senhora.

—Ok, eu te encontro no estacionamento.

—Ta bom.

A ruiva vai andando, o moreno chama pelo seu nome, mas ela ignora.

—O que você quer com a minha mãe?

—Pergunta pra ela!

—Depois eu é que sou a mal educada.

—Eu só quero conversar.

—E pelo visto ela não quer isso. Deixa ela em paz.

A ruivinha se despede a da tia e vai em bora, deixando Regina e Jefferson, completamente perdido.

—Ei? Tá tudo bem?

—Sim. São só os reencontros, sempre mexem comigo.

—Sei... Bem, eu vou indo tenho que fazer o meu planejamento.

—Pode ir. Regina espera! Você pode me dizer se o Granny’s ainda existe?

—Existe sim, está no mesmo lugar de sempre. Por quê?

—Tenho que arrumar um canto pra dormir.

Na casa de número 32.

Robin chega em casa e da de cara com o policial, seu pai e sua mãe sentados na sala conversando.

—Boa tarde. - ele diz.

—Boa tarde. - eles respondem.

—O que está acontecendo?

—Robin, eu sou o policial encarregado do caso do seu acidente e da Ruby. Eu gostaria de te fazer algumas perguntas.

—Claro, pode perguntar o que quiser.

—Pra começar, hoje eu e o seu pai fomos até a oficina aonde seu pai pediu que fosse feita a revisão do carro.

—Eu trabalho lá.

—Pois bem, o mecânico garantiu que estava tudo em ordem inclusive os parafusos. Nós também fomos até o local onde o carro capotou e lá não se encontra registros nem placas de casos de acidentes, deslizamentos ou seja lá o que for.

—E o que isso significa exatamente?

—Que provavelmente você e a sua namorada foram vitimas de uma tentativa de assassinato.

—Mas isso é impossível!

—Nada é impossível. Talvez alguém queira prejudicar a sua família...

—Mas quem faria algo assim?

—Um inimigo talvez?

—Eu não tenho ini...

—Tem certeza?

—Na verdade tem um garoto na faculdade que não se dá bem comigo, quer dizer, ele não se da bem com o meu amigo, o Killian, que iria comigo e com a Ruby no show.

—Pode me dizer o nome completo dele?

—A gente não se dá bem, mas acho que ele não seria capaz de fazer algo assim.

—Às vezes nos surpreendemos com as pessoas. Mas e o nome?

—É Graham, Graham Humbert.

—Pode me falar mais sobre ele?

—Ele estuda na mesma sala que eu, é filho do diretor da faculdade, é um mauricinho, ele não tem muitos amigos a não ser o Kristoff que ele faz de capacho...

—Interessante.

—Como assim "interessante"? Acha que esse moleque fez isso contra o meu filho? - Ingrid.

—Não sei se o alvo foi bem o seu filho.

—O que? - Leopold.

—Como o seu próprio filho disse eles não se dão bem, mas a verdadeira richa é entre ele e o tal Killian que iria no mesmo carro que o seu filho pro show. Estranho não?

—Olhando por esse lado... - Robin.

—Bem, eu vou investigar melhor tudo isso. Não precisam se preocupar manterei vocês informados.

—Eu te acompanho até a porta. - Ingrid.

Do lado de fora.

—Obrigado pela atenção.

—Nós que agradecemos por estar se esforçando nesse caso. - Leopold.

—Não é mais que minha obrigação. Só um aviso. Avise ao seu amigo que ele fique de olho aberto com esse tal de Graham, isso também serve pra você Robin.

—Pode deixar.

O policial se despede e vai embora.

Na casa de número 108.

As duas ruivas chegam em casa.

—Tá com fome?

—Um pouco.

—Vou fazer uns sanduíches.

—Sem casca, por favor.

—Igualzinha ao pai. - ela disse pra si mesma.

—O que foi que disse?

—Nada não.

—Não que me interesse, mais só por curiosidade. De onde você conhece o professor de desenho técnico? - ela disse se sentado no balcão.

—O Jefferson? Aquele ali não é professor nem em um pesadelo.

A ruivinha ri.

—Nos conhecemos quando ainda éramos crianças. Eu, ele, o Eduardo e a sua tia éramos amigos.

—E o que aconteceu?

—Depois que a gente cresceu acabamos namorando.

—Nossa, que gosto mãe.

—Nem me fale! Terminamos a faculdade, nos mudamos daqui e fomos para Nova York. Começamos a construir as nossas vidas, mas o Jefferson nunca foi uma pessoal muito séria, muito responsável. Tinha aquela ideia de "quero ter uma vida livre", isso nunca ia dar certo. Não comigo. E no fim, isso acabou estragando o nosso relacionamento, isso e a traição dele.

—Ele te traiu?

—Sim. Com a primeira que passou.

—Eu já não ia com a cara dele agora então...

—Depois disso nós terminamos, eu fiquei sozinha em Nova York e tive que me virar.

—Poxa eu não sabia dessa parte da sua vida. Sinto muito mãe.

—Que nada foi até bom.

—Por quê? Ele te traiu.

—Mas também me deu coisas boas.

—Como o quê?

—Como...

—Como...? - ela disse pedindo que a mãe continuasse.

—Deixa pra lá. Mas e você, o que achou do novo professor? - ela precisava saber.

—Não gostei dele. Me chamou de sem educação, é chato e arrogante e ainda te fez sofrer. A única coisa que presta nele é a beleza só isso.

—Concordo. Jefferson sempre foi bonito. Sabe aquele que conquistava todas as garotas só com o olhar? Então, era ele. Toma. - ela disse entregando o sanduíche.

—Obrigado, mãe. Mas, eu tava aqui pensando depois que ele saiu da sua vida coisas boas aconteceram.

—Verdade.

—Um exemplou sou eu. Essa coisa linda!

—É, essa coisa linda e modesta. - ela disse abraçando a filha. - Te amo minha princesa.

—Também te amo mãe.

*Foto Zelena e Aurora*

No Granny’s.

Killian e Ruby chegam na lanchonete, que estava com o movimento a mil.

—Ainda bem que vocês dois chegaram eu não estou dando conta. - disse Granny. - Killian pega o seu avental e Ruby vai pro caixa.

—É pra já! - disseram os dois.

Killian vai até o fundo da lanchonete guarda sua mochila e pega seu avental. Ruby se dirige até o caixa e eles começam uma corrida que parecia sem fim.

Eduardo que estava na lanchonete a um bom tempo decide ir embora. No caminho do caixa ele tromba com Killian.

—Eduardo!

—Desculpa Killian.

—Relaxa, ta tudo bem. Veio fazer um lanchinho?

—Na verdade já fiz. Você sabe me dizer se a oficina está a aberta?

—Olha acho que ainda tá.

—Obrigado.

*Killian! - Granny o chama da cozinha.

—Cara deixa eu ir que o movimento hoje tá tenso.

—Vai lá. Até mais tarde.

—Até.

Pov Eduardo.

Depois que saí do Granny’s fui até a oficina ver se minha moto estava pronta, afinal eu estava rumo à casa da minha irmã antes de Katerine quebrar e, se bem conheço, ela deve estar uma arara comigo por não ter chegado e nem ter telefonado.

Saí da oficina com a notícia de que teria que esperar mais alguns dias para que meu meio de locomoção ficasse pronto. Parte boa disso ficarei mais tempo com as meninas e a parte ruim, a minha irmã vai “comer o meu fígado”.

Resolvi então avisar o que estava acontecendo antes que ela aparecesse aqui.

*Elsa?

*Eduardo! Onde você está?

*Olha fica calma...

*Calma o cacete! Eu tô igual a uma doida te procurando. Já te liguei mil vezes, mas sempre da fora de área. Por acaso você ta em uma floresta?

*Não, eu não estou em uma floresta. Agora se acalma que eu vou explicar tudo.

*Acho bom.

*Eu estava indo pra sua casa quando a minha moto quebrou. Eu levei ela pra oficina, mas o problema foi sério então vou ter que ficar por aqui alguns dias.

*E onde você tá?

*Storybrooke.

*Meu Deus! Tanto lugar para essa moto quebrar e acontece justo aí?

*E você bem sabe como aqui é horrível de sinal. Eu dei sorte de conseguir te ligar.

*Mas você está bem?

*Estou sim. Estou ficando esses dias na casa da Regina e da Zelena.

*Elas estão aí também?

*Sim, vieram pra cá há algumas semanas.

*Manda um beijo pra elas.

*Pode deixar. E como é que você e o meu menino estão?

*Muito bem. Ele está preocupado contigo, mas já falei que logo, logo nos veremos.

*Assim que eu chegar ai.

*Ou até antes.

* O que quer dizer com isso?

*Nada demais.

*Ta bom... Bem, eu tenho que ir.

*Ok, tchau Edu.

*Tchau Elsa.

Desligo meu celular e o guardo no bolso. Tinha certeza de que minha irmã estava aprontando alguma, se bem conheço a peça, coisa boa é que não era.

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Mais tarde.

Na casa dos Mills.

19h30min.

—Eu tô morto! - disse Killian se jogando no sofá.

—O dia foi difícil? - perguntou Aurora.

—Cansativo, esta é a palavra. E eu ainda tenho que estudar pra prova de amanhã.

—Eu tô na mesma canoa.

—Canoa furada a nossa. Por que se depender do Leroy ninguém passa nessa prova.

—Ô anãozinho difícil!

—Não reclamem tanto. Se conhecessem os nossos professores dariam graças a Deus de que estudam com tal Leroy. - disse Eduardo.

—Verdade, os nossos professores eram horríveis, mas tinha uma professora que era pior do que qualquer coisa que se possa imaginar. - Zelena.

—Ela tinha um olhar que fazia tanto medo que qualquer um desejaria morrer. - Edu.

—Se você fizesse barulho ela te lançava esse olhar, na terceira vez ela já estava batendo na sua mão com uma régua de madeira.

—Credo isso é um pesadelo. - Aurora.

—Esse comparado aos outros, era o melhor dos castigos. - disse Regina enquanto descia as escadas.

—Regina você está linda. - disse Eduardo enquanto analisava a morena em seus trajes e ela corava.

*Foto Regina*

—Tenho que concordar tia, você está deslumbrante.

—E isso é só por que ela vai ao Granny’s... Tá linda mana.

—E você Killian? O que acha? -perguntou a morena.

O garoto levantou analisou a mãe dos pés a cabeça e disse para Eduardo:

—Estou de olho. Você ta linda! - ele disse sorrindo.

—Obrigado, meu pirata.

—Zelena, tem certeza que não quer vir com agente? - Eduardo.

—Tenho, não estou com cabeça pra isso.

—Ok.

—Regina, depois que a senhora chegar quero conversar com você.

A morena se preocupa.

—Pode ficar tranquila é coisa boa.

—Bem, nesse caso... Vamos? -perguntou o moreno mais velho.

—Vamos. Até mais tarde.

—Até. - eles responderam.

I'm Yours Jason Mraz.

E a noite foi acontecendo. Enquanto alguns estavam em casa Eduardo e Regina estavam aproveitando a noite.

Foram no Granny’s e como prometido comeram a maravilhosa torta de chocolate com cobertura de morango deixando Granny satisfeita. Depois que saíram da lanchonete foram até uma velha árvore que costumavam ir quando crianças.

20h55min.

—Ela ainda esta aqui.

—É uma sobrevivente. Ei Regina olha o que eu encontrei. - ele disse passando a mão sobre uma escritura na árvore. - Se lembra disso?

—É claro. Escrevemos isso algumas semanas depois de nós conhecermos.

*Amigos para lá de todo o tempo. R e E*

Eles leram juntos.

—Aqui fizemos uma promessa. Você se lembra como foi? - perguntou a morena.

—Sim, juntamos os nossos dedos mindinhos assim - ele falou reproduzindo a ação - e juramos que seriamos amigos, independentemente do que acontecesse, ficaríamos juntos... Até o fim.

—E foi o que aconteceu. Seguimos nossas vidas, mas sempre fomos amigos um do outro. Eu sempre pude contar com você e você sempre pode contar comigo. Em qualquer ocasião.

—É como nós dizíamos...

"Você é meu anjo, só que sem asas."

Eles pronunciaram juntos novamente.

—Te amo Edu.

—Também te amo.

Os dois se abraçam em um gesto de carinho.

—Que tal se nós formos pra aonde íamos sempre que visitávamos essa árvore?

—Vamos nessa.

Os dois partiram pra praia. Por lá eles ficaram horas e horas, correram, se sujaram de areia, olharam o mar, se divertiram como antes quando eram crianças inocentes, mas muitas coisas haviam mudado desde a infância. Na verdade, muitas coisas tinham apenas se fortalecido. Enquanto novas estavam começando a surgir. Não dava para negar.

Eduardo estava correndo atras de Regina. Quando ele finalmente consegue agarrar a morena pela cintura os dois caem na areia da praia. Ele fica por cima e ela por baixo.

—Não me lembrava de como isso era divertido. - ela disse em meio aos risos

—Nem eu. É muito bom.

Eles se olham nos olhos. A sensação de borboletas no estômago que a tanto tempo nenhum deles sentia começa a aparecer. Os rostos se aproximam...

Ela recua.

—Acho que já deu há nossa hora não é?

—É... Eu concordo. Vamos pra casa. - ele diz.

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23h30min.

Killian tinha ficado na sala com a prima estudando e assim que terminaram resolveram ver um filme na Fox.

As horas foram passando e o sono foi envolvendo os dois jovens. Zelena vendo a situação da filha e do sobrinho desligou a TV e mandou todos para seus devidos quartos.

Quando estava preste a entrar em seu quarto Killian se lembrou da conversa que precisava ter com a mãe. Ele se dirigiu até o quarto da morena deitou em sua cama e a esperou. SQN. O sono agiu rapidamente e em poucos minutos o moreno estava nos braços de Morfeu.

00h00min.

Regina e Eduardo chegam em casa.

—Finalmente. - ela diz tirando o sapato.

—Hoje eu vou dormir feito uma pedra.

—Dois. Agora tudo que eu quero é um bom banho e uma cama.

—Eu assino em baixo.

—Bem, boa noite Edu. Obrigado por hoje, foi tudo perfeito.

—Eu que agradeço. Boa noite Regina.

—Boa noite.

Os dois se encaminham para seus quartos.

A morena entra em seu banheiro e nem percebe o filho na cama. Ela toma seu banho veste sua roupa e quando ia se deitar vê um relevo em baixo da coberta. Ela puxa a coberta e se depara com seu filho dormindo.

—Vou te acompanhar nessa meu piratinha. - ela diz beijando a cabeça do filho. - Boa noite, meu amor.

—Boa noite. - ele diz inconsciente.