Enamorados

O Estrago do Vinho - Parte 2


—Olha só quem o castigo trouxe. - Inspetor.

Os jovens se olham nada contentes.

—Não acredito que vou ter que aturar esse mané. - Ruby

—Somos dois. - Eric

—Somos cinco. - Emma

—Senhor Locksley, acho que essa punição não cabe ao senhor, então eu peço que se retire. A não ser que queria se juntar a esse grupinho infeliz.

—Eu vou indo.

Ele se aproxima para beijar a namorada.

—Por favor, se despeça e saia.

O jovem o encara.

—Eu sei que sou bonito, Sr. Lockesley.

—Lindo. - ele fala provocando risinhos nos amigos antes de abraçar Ruby.

A ruiva ri contra o pescoço de Robin.

—Boa sorte, pessoal. Vocês vão precisar.

—Certo. Vamos começar o castigo então! - Inspetor.

No hospital.

Kristoff vem chegando ao quarto de Aurora com um pequeno buquê.

—Olha só quem os primeiros raios da manhã trouxeram. - a ruivinha sussurra.

—Já acordada? - falando no mesmo tom.

—Vem cá.

Ele caminha sob as pontas dos pés, tentando evitar acordar Jefferson. Ele se senta na cama da namorada e a beija.

—Como você está?

—Muito melhor, não vejo a hora de sair daqui.

—Não vai demorar, tenho certeza. Olha, trouxe para você.

Entrega as flores.

—Muito obrigada Kris, são lindas. - cheirando-as

—Não mais que a minha ruivinha.

—Ah, eu concordo. - sorrindo - Eu não sabia que visitas podiam vir tão cedo.

—Não sabem que eu estou aqui.

Aurora ergue uma sobrancelha.

—Não me olha assim, não é ilegal.

—Só é contra as regras do hospital.

—Eu queria te ver, então eu vim.

—E o que mais?

—Como assim, o que mais?

—Vai mesmo jogar essa para cima de mim?

Ele suspira.

—Eu não sei mentir para você.

—Não mesmo. O que está acontecendo?

—Eu não posso te contar agora.

—Como assim?

—Eu acho que vai ser melhor quando você não estiver mais aqui. Prefiro que todos nós estejamos juntos.

—Os desencantados?

—Exatamente.

—Você descobriu algo, não foi?

—É, acho que descobri quem fez isso com você.

A ruiva arregala os olhos.

—Kristoff… Como… Como você fez isso? A pessoa foi atrás de você?

—Não, não aconteceu nada comigo. E eu não tenho certeza, mas suspeito.

—Eu preciso saber.

—Não, você não precisa. Eu te conheço, Aurora. Se eu te contar, você vai confrontar a pessoa e não precisamos disso agora. Não sem ter certeza.

—Mas eu estou internada como eu iria atrás…

O rapaz fica calado.

—Essa pessoa veio aqui, não é?

—Eu não vou te falar mais nada.

—Mas kristoff…

—É pro seu bem. Se a minha suspeita está certa, sei que nada vai acontecer com você, porque a pessoa nem desconfia. Mas se eu te contar e você não se controlar… Eu não quero imaginar isso Aurora. Então por favor, respeite minha decisão e espere mais um pouco.

A ruivinha o encara, vendo a aflição nos olhos do namorado.

—Certo, eu vou surtar em ansiedade, mas vou esperar.

—Obrigada.

—Mas conversa com o Killian sobre. Se guardar isso para você até a minha saída e o fim do castigo da Emma, você pode acabar entregando algo sem querer para alguém que não deve saber disso.

—Eu vou comentar sim.

—Ótimo. Ai meu Deus! - com as mãos envolta do rosto.

—Não fica nervosa.

—Pedido meio difícil.

—Vem cá.

Os dois se abraçam. O jovem se afasta um pouco e dá um selinho na ruiva.

—Vai ficar tudo bem.

Ela concorda com a cabeça.

—Eu achei que seria a primeira a chegar, mas parece que eu estava enganada.

—Mãe!

— Bom dia, meu amor.

Kristoff concede espaço e Zelena abraça a filha.

— Bom dia, Kristoff.

— Bom dia, Dona Zelena.

—Passando escondido pelos enfermeiros? - semicerrando os olhos para o rapaz.

—Não vai julgar meu namorado sendo que fez a mesma coisa, né mãe?

—Mas é claro que não (sarcástica). E aquele lá, - olhando o namorado - Achei que estava tomando conta de você e não o contrário.

—Ele tá um caco, dormir em uma poltrona não é nada confortável.

A ruiva anda até Jeff, se aproxima da orelha do moreno e grita.

—Cuidado!

Jefferson se levanta em um único salto.

—Saí de perto da minha filha! - em posição de ataque.

Os três começam a rir do desespero de Jeff.

—Mas o que foi que…

—Dormindo a essa hora? Achei que tinha que trabalhar. - Zelena

—Isso foi coisa sua, não foi? - abraçando a ruiva

—Com certeza.

Os dois se beijam.

— Bom dia (sorrindo).

— Bom dia, Lena. Bom dia princesa e bom dia Kristoff.

— Bom dia, pai.

— Bom dia, Senhor Jefferson.

—As visitas começaram cedo hoje.

—Pois é, mas eu já estou de saída. Tenho que ir para a faculdade. - kristoff

—Eu te vejo mais tarde? - Aurora

—A tarde toda, graças ao Henderson. - kristoff

—Ele é um dos meus heróis.

Os jovens trocam um selinho e Kristoff se despede de Zelena e Jeff.

—Bem, ele é esforçado. Isso eu não posso negar. - Zelena

A ruivinha olha para a mãe.

—Eu estou elogiando seu namorado. - Zelena

—Esforçado? É o melhor que consegue? - Aurora

—Por hora, é sim. Mas eu posso chamá-lo de outras coisas se você preferir.

—Esforçado está ótimo.

—Foi o que eu pensei. - se sentando ao lado de Aurora.

—É muito bom acordar e ver as duas mulheres da minha vida bem pertinho de mim. - Jeff fala abraçando as ruivas.

—Daqui um tempo vão ser as três mulheres da sua vida. - Aurora.

—Não comecem com isso outra vez. - Zelena

—Mãe, você ainda não disse o que acha que vai ser. - Aurora

—É porque eu não tenho um palpite. - Zelena

—Sério? Nem um chute? - Jeff

—Não, nenhum. E eu também não quero alimentar essa discussão inútil entre vocês.

—Então é isso, tá com medo de brigar com a Aurora de novo, quando ela ouvir você concordando comigo. - Jeff

Zelena ri.

—Coitado de você. Ela claramente sente que é uma menina, que vai ser tão linda quanto a irmã. - Aurora

—Eu não posso com vocês pela manhã. Gente, não importa. Menino ou menina, nós vamos amar igual e vamos fazer dessa criança a mais feliz de todas. Não é? - Zelena

—Mas é claro, meu amor. Essa criança aqui (tocando no ventre da ruiva) vai ser muito paparicada quando nascer. - Jeff

—E vai ter a irmã mais grudenta desse mundo inteiro. - Aurora

—Independentemente do sexo. - Jeff

A ruiva se emociona.

—Ih ah lá, chorona. - Aurora

Zelena acerta a filha no braço.

—Aí mãe. - alisando o local

—Estou sensível, mas isso não me impede de te dar uns tapas.

—Eu notei! Vocês não deveriam ir para a faculdade hoje, não?

—Sim e nós vamos. Pedi ao Henry que viesse ficar aqui com você hoje. - Zelena

—Mãe, não precisa de tudo isso. Eu estou bem.

—Ainda assim, é só pra te fazer companhia.

—Mas mãe, aqui é seguro e…

A ruivinha para ao se lembrar da conversa com kristoff.

—É, talvez seja melhor ter alguém aqui.

—Aconteceu alguma coisa, filha? Mudou de opinião tão de repente. - Jeff

—Não (disfarça). Tá tudo bem é só que já que vocês querem prevenir, não vou ser eu a pessoa a remediar. Vocês estão certos.

—Ótimo, ele vai passar aqui depois e a noite nós voltamos. - Zelena

—Não, fiquem em casa. Sei que estão cansados.

—Nós estamos, mas vamos voltar. Você querendo ou não. - Jeff

—Não vou discutir.

—Faz bem. - Jeff

Os dois beijam a filha, um em cada lado do rosto.

—Até mais tarde, meu amor. - Zelena

—Até mais princesa e sem bagunças. - Jeff

—Pode deixar. Amo vocês.

—Nós também te amamos.

Algumas horas mais tarde, na cantina da faculdade. Atrás do balcão, Killian, Emma e Ruby entregavam os pedidos enquanto Ariel e Eric andavam pelo salão pegando algumas bandejas e outros lixos sobre as mesas.

Ariel e Eric se aproximam.

—Ham… Tem uma coisa no seu cabelo, Ariel. - Eric

Ariel toca o cabelo e retira um pedaço de alface.

— Credo, já vamos trocar.

—Ah não, vocês estão indo tão bem ali nas mesas. - Emma fala entregando um sanduíche.

— Nem vem com essa. Estão atirando coisas na gente já faz uns 10 minutos. - Ariel

—A galera do polo aquático me acertou com uma fatia de queijo por causa daquela estante. - Eric

—Bem feito. - Ariel

—Só para te lembrar, você derrubou ela junto comigo. - Eric

—Se não fosse por você e esse esporte idiota eu não estaria qui. - Ariel

—Não lembro de obrigar ninguém a fazer nada. - Eric

—Aí gente, calem a boca por um minuto. - Ruby.

—Eu posso arrumar uma mordaça se vocês preferirem. - Killian

—Ta beleza, Ruby troca aí vai. - Eric

—Estou grávida, não posso fazer esforço. - Ruby disse rindo

—Ah corta essa! - Eric

—A minha gravidez é de risco, e dessa vez é sério. - Ruby

—Nesse caso… Emma. - Eric

—Ah não Eric. - piscando os olhos.

—Killian?

—Sem chance.

—E por quê?

—Por que eu posso atirar outra fatia de queijo em você. - segurando o alimento com um talher.

—Ta be, tá bem! Mas quando fomos para a quadra eu não vou limpar nenhum vestiário. - Eric

—Ora, ora, ora. Por essa eu não esperava.

Graham se aproxima do grupo segurando uma bandeja.

—Não sabia que a faculdade tinha contratado novos funcionários.

—Mas agora está sabendo. O que vai querer? - Killian perguntou de forma séria.

— Nada de você. Agora - dando dois passos para o lado - Da Emma, eu vou querer tudo.

Killian fecha os pulsos e respira fundo.

—Que está aqui nessa seção, exceto a gelatina. - com um sorriso debochado.

A loira serve o rapaz.

—Já pode ir. Tem mais gente na fila. - Emma

—Como desejar. Até mais pessoal. - Graham

Ele se retira.

—Que idiota! - Ariel

—Achei que só eu que tivesse reparado. - Eric

Os dois se olham, mas a loira vira a cara.

—Tudo bem, Kil? - Emma

Ele balança a cabeça concordando e se estica para segurar a mão de Emma.

—Aí que fofinhos! - Ruby

O casal sorri.

—Que bom que passaram dessa fase de brigar por tudo. Sabe qual o nome disso? Maturidade. Fica a dica tá, Ariel e Eric. - Ruby

Os dois olham para a ruiva e rolam os olhos. Os outros três riem do comportamento dos dois.

—Galera.

Krsitoff fala se aproximando junto com Robin, enquanto mostra o celular.

—Sorriam, é pra Aurora.

Os seis se divertem fazendo poses enquanto Kristoff tira algumas selfies.

—Ei vocês, podem descansar. - Beth, a cozinheira, fala saindo da cozinha.

—Sério Beth? - Emma

—Sim, daqui para frente eu dou conta e vocês devem estar com fome.

—Morrendo. - Eric

—Quase entrando em colapso. - Killian

—Pois bem, peguem suas comidas e podem se alimentar. Especialmente você, Ruby.

—Valeu, Beth! - Ruby

Os jovens largam as tocas e pegam suas bandejas. De longe eles avistam uma mesa vazia

—E como está o castigo? - Robin fala beijando a bochecha da namorada.

—Incrível! - Emma disse irônica.

—Esse foi o único momento em que o Inspetor não estava no nosso pescoço. - Killian

—E ainda faltam 3 horas. - Eric

—3 longas horas. - Ariel

—As desvantagens de escapar da faculdade. - Kristoff

—É uma vez para nunca mais. - Ruby.

—Você viu a Aurora hoje, Kristoff? - Emma

—Vi sim, passei lá pela manhã. Ela não tá aguentando mais aquele lugar. - Kristoff

—Ela tá melhor? - Robin

—Está sim, não vai demorar muito para ela receber alta. - Kristoff

—Mas como a minha prima é impaciente, ela deve estar surtando. - Killian

—Bingo! Mas pessoal, eu queria tratar uma coisa com vocês. Sobre aquele assunto. - Kristoff

—Descobriu alguma coisa? - Ruby

—Sim, mas não sei se vamos querer colocar mais gente nisso.

Olhando para os outros dois participantes alheios ao problema.

—Isso é para nós? - Eric.

—É sim. É que a coisa tá séria, bem séria. - Killian

—A gente pode ajudar? - Ariel

—Se vocês se comprometerem a ficarem em silêncio e não se importarem em se tornar um possível alvo, eu não vejo por que não. - Robin

—É sobre o que aconteceu com a ruivinha, não é? - Eric

—É sim. - Emma

—Por mim tudo bem, eu corro o risco. - Ariel

—Então somos dois. - Eric.

Os amigos explicaram tudo que estava acontecendo deixando Eric e Ariel pasmos.

—Isso é…

—Totalmente…

—É, exato. Nós também ficamos sem palavras.

Por baixo da mesa, Ariel segurou a mão de Eric assustada com a situação.

—Okay, tudo bem. Vamos em frente. - Eric disse dando um leve apertão na mão da amiga, encorajando-a.

A garota concorda

—Certo. Ontem a noite, o policial Martin foi até a minha casa para entregar uma planilha nova com os meus afazeres, já que eu comecei a ajudar lá no hospital. E, honestamente, ontem estava sim um calor dos infernos. Acho que ninguém em Storybrooke estava suportando. A questão é que ele começou a suar e, bem, retirou o suor da testa com o braço. E então eu vi uma marca, o início dela, bem do lado direito do rosto dele. Estava tampada com maquiagem. Eu acho que…

—Foi ele que atacou a Aurora. - Killian disse pensativo.

—Mas, o policial? Por que ele faria uma coisa dessas? Não faz sentido. - Ariel

—Não faz sentido ele esconder uma cicatriz com maquiagem. - Ruby

—Ele pode trabalhar como drag queen e usou a maquiagem para esconder a cicatriz. Para ficar mais bonito, sabe. - Robin

—Mas no horário de serviço? - Emma

—É, vendo por esse lado. - Eric

—Não tem motivos para ele disfarçar uma cicatriz. - Killian

— Talvez ele se machucou realizando alguma atividade policial. - kristoff

—Tá, mas para que ele iria cobrir? - Killian

—Pra não ser acusado pelo que aconteceu? - Ariel

—Cobrir é que deixa ele parecer culpado. Se ele estivesse em ação ele podia comprovar. Pedindo ajuda de outros policiais ou então olhando as câmeras da delegacia. Enfim, ele teria meios. - Robin

—Talvez ele só não ache bonito. - Eric

—Só se for. - Ruby

—Mas tem uma coisa que ainda não se encaixa. Ele atacar a Aurora. Qual é a lógica? Ele foi transferido para cá, não conhecia a minha prima e a Aurora não faz mal para ninguém. - Killian

—Já viu ela ofender o estilo dele? Porque só assim para um ataque fazer sentido. - Robin

—Kristoff, tem certeza do que você viu? - Emma

—Absoluta. Ele tem uma marca no exato mesmo lugar. E tá escondendo ela. - Kristoff

—Então só tem um jeito de tirar ele como suspeito. Investigando. - Emma

—O que vamos fazer? - Eric

—Não podemos sair perguntando na delegacia, porque se ele for o culpado vai saber que estamos na cola dele. - Robin

—Temos que ser mais discretos. - Killian

Killian e Robin se olham e sorriem.

— Tá pensando o mesmo que eu, Locksley? - Killian

—Com certeza. Vamos invadir a casa dele. - Robin

—O que? Vocês estão ficando doidos? - Emma.

—Estão se drogando? Porque só assim para isso fazer sentido. - Ruby

—Não estamos nos drogando. Pensem bem pessoal. Lá é onde vamos obter o maior número de informações. - Killian

—Ou ele vai ser inocentado, ou vamos descobrir tudo. - Robin

—Vocês não podem fazer isso. É ilegal e perigoso. - Ariel

—Se aquele cara encontra vocês, vocês estão mortos. E com razão. - Eric

—Não vamos ser pegos. - Robin

—E como sabem disso? - Emma

—Porque nós temos um plano. - Killian fala olhando o amigo. - Temos que descobrir onde ele mora.

—Não vamos pedir informações na polícia, óbvio, até porque eles não passam. - Robin

—Porque não? - Ruby

—Bem, imagina se algum bandido descobre. - Killian

—Vão tentar ir atrás do policial. - Ruby

—Exato, então não podemos contar com isso. Mas sei de um DJ bem nerd que consegue descobrir isso. - Killian

—Henry. - Emma

—Exato. Depois vamos precisar de uma distração. - Robin

— E aí o Kristoff e a Aurora aparecem. - Killian

—Nós? - Kris

—Isso mesmo. Inventa alguma história de que ela se lembrou de algo do agressor. - Robin

—Você também pode pedir esclarecimento de alguma dúvida sobre seus serviços comunitários, sei lá. - Killian

—Só tem que enganar ele por tempo suficiente. - Robin

—E enquanto isso rola, Robin e eu entramos na casa. - Killian

—Sabem abrir portas? - Ariel

—Nada que não possa ser aprendido. - Robin

—Isso ainda é perigoso. - Emma

—Mas não tem outra opção. - Eric

Eles se olham.

—Quem está de acordo, favor levantar mão. - Killian

Killian e Robin são os primeiros. Seguidos de Kristoff e Eric. O rapaz olhou para amiga ao seu lado.

—Ariel, olha pra mim. - Eric

Ela o encarou, ainda em dúvida.

—Os garotos sabem se cuidar. Vai ficar tudo bem.

—Eu ainda não concordo. Mas se não tem outra maneira.

Ela ergue a mão

—Emma e Ruby? - Kris

—Já são cinco votos a favor. Nossa posição não importa. - Emma

—Mas por questão de registro, odiamos a ideia. E se algum de vocês for baleado, nós vamos terminar de surrar a cara de vocês dois. - Ruby

—Não vamos nos machucar. - Killian

—Porque você tem uma bola de cristal agora, não é, Killian? - Emma

—Enfim. Vamos vasculhar a casa dele. - Robin.

O sinal toca.

—Eric e Ariel, passem o contato. O grupo dos Desencantados só está crescendo. - Ruby

—Nos mantemos informados por lá, okay? - Killian

—Certo. - Ariel

Os dois passam seus números de celular para Ruby.

—Ora, ora ora. - Inspetor

Os jovens suspiram.

—Achei que agora era hora de limpar a quadra. - Inspetor

—Já estamos indo, inspetor. - Ruby

—Vamos então. Faço questão de acompanhar.

—É claro que faz. - Killian

Robin se aproxima da namorada para se despedir, mas a ruiva o ignora.

—Ruby, quê isso?

—Castigo é o nome. Por ter ideias tão estúpidas. - socando o braço do namorado antes de sair.

Algumas horas mais tarde.

No consultório do De Allister Freyman.

—Olha Graham, eu acho que estamos avançando. Eu tenho sentido você bem honesto em relação a alguns sentimentos.

—Se você for algum tipo de sensitista.

—Eu gostaria de que na próxima sessão nós conversássemos sobre a sua relação com o policial Martin.

—Sobre o quê?

—Eu soube que desde o dia em que nos conhecemos na prisão você e o Martin se tornaram próximos.

—Não nos tornamos próximos. Ele é supervisor do serviço comunitário. Meu e do kristoff, inclusive. Ele só cumpre a função dele e eu a minha. (exaltado)

—Então qual é o porquê disto te deixar tão nervoso?

Allister o encara e retira os óculos.

—Estamos aqui para falar dos seus problemas. Sei que ainda não se habituou ao ambiente escolar, sei que não foi reinserido e que não tem tantos amigos.

—Não tenho.

—Nem mesmo o Kristoff?

—Nos afastamos.

—E imagino que se sinta muito solitário.

—Às vezes companhia demais atrapalha.

—E as vezes a falta de alguém para com quem expressarmos nossos pensamentos nos leva à loucura. É por isso que está aqui. Para ter alguém com quem conversar.

—Eu acho que o nosso tempo já acabou. - se levantando.

—Claro. Até a próxima, Graham. Não se atrase.

O jovem sai sem se despedir.

Augusta

Rebecca chega em casa e sente seu olfato ser preenchido por um aroma delicioso.

—Já vi que te trazer para cá foi uma boa escolha.

A morena retira o salto e caminha até a cozinha e encontra sua sobrinha cozinhando.

—Ei tia, peguei alguns dos seus cogumelos, espero que não se importe.

—Bem, se o gosto ficar tão bom quanto o cheiro, tenho certeza que eu não vou me importar.

—Então vamos cruzar os dedos.

—O que tá fazendo?

—Espaguete com cogumelo.

—Hum (fechando os olhos) deu água na boca só de ouvir.

—Eu sei que é um dos seus pratos favoritos.

—Está certíssima. Precisa de ajuda?

—Não, tô quase acabando aqui.

—Nesse caso, eu vou tomar um banho.

—Vai lá que daqui a pouco eu estou colocando a mesa.

—Tudo bem.

Alguns minutos depois, Rebecca retorna com os cabelos ainda molhados. A mulher se senta à ilha da cozinha enquanto Elle termina de montar os pratos.

—Tá bem bonito. E cheiroso também.

—Obrigada. Experimenta, quero saber o que achou.

A loira dá uma garfada generosa.

—Caramba (com a boca cheia). Já pensou em fazer gastronomia?

—Eu acho que te conquistei. - sorrindo

—Nossa senhora, completamente. Isso tá ótimo, Elle. - levando mais comida à boca.

—Que bom. - se sentando de frente para Rebecca. - Tia, eu tenho um convite para você.

—Diga. - distraída com a comida.

—Lembra do Killian?

—Sim, o filho da Regina.

—Exatamente. Esse fim de semana, no sábado, vai ser aniversário dele e a família vai dar uma festa surpresa. Nós fomos convidadas.

Rebecca termina de mastigar, limpa a boca com um guardanapo e olha para a sobrinha.

—Nós fomos convidadas?

—Sim.

—Eu e você?

—Isso.

—Eu fui convidada? - enfatizando

—É.

—Impossível!

—Por quê?

—Por que a Regina iria me chamar para a festa surpresa do filho dela?

—E por que não chamaria?

—Ela não gosta de mim, por causa do Eduardo.

—Ela já sabe que ele não faz seu tipo. E além do mais, é uma forma de agradecimento pelo que fez por mim e pelo Henry.

—Eu não sei não, nada contra o Killian, ele é legal, mas…

—Por favor!

—Elle você pode ir se quiser. Eu te levo sem problema nenhum.

—Ah qual é tia, como eu vou chegar lá e falar que você me trouxe, mas não quis ficar?

—Inventa alguma coisa, tipo… Eu fui ver a minha amada irmã.

—Amada irmã? Vocês brigam igual cão e gato.

— Paciência, né.

—Sabe tia, a Elsa vai estar lá também.

—Okay, agora eu entendi.

Elle sorri.

—Vamos tia, por favor! - pedindo com as mãos juntas.

—Elle…

—Qual é tia, você tá afim da Elsa, então por que não fala logo com ela de uma vez e acaba com esse jogo idiota?

—Porque para ela também é um jogo.

—Não foi bem o que o Henry disse.

—Sabia que tinha dedo do seu namorado nessa história. E o que mais ele te disse?

—Que ela aparentemente não se recorda de nada que aconteceu.

—Eu suspeitei. Depois do que o irmão dela me falou no trabalho, não dava para ser diferente.

—Ele disse que ela está apaixonada.

—O Eduardo me falou isso também.

—Então o que está esperando?

—Ela dizer.

—Bem, só vai encontrá-la se for na festa.

—Ela não vai sumir de Storybrooke.

—Ah vai sim, ela mora em Boston e vai voltar para lá no domingo.

Elle vê a expressão da tia mudar e se anima.

—Eu vou pensar.

—Já é um começo.

—Certo, que roupa eu uso? - Rebecca fala indo até seu closet.

A jovem sorri e acompanha a tia.

Em Storybrooke.

Granny's DINNER.

—Conseguiu fazer a questão 32? Tem alguma coisa errada no meu cálculo. - Robin

O rapaz olha para a namorada esperando uma resposta.

—Ruby? - Robin suspirou notando que a garota estava o ignorando - Qual é amor, fala comigo.

A moça passa a folha do livro.

—Olha, eu sei que você tá chateada…

—Chateada? (Fechando o livro) Mas você nem fez nada ainda para me deixar chateada.

— Então o que tá acontecendo?

—Eu tô irada Robin! Como pode sugerir algo daquele tipo?

—Se não fosse eu, seria o Killian.

—Invadir a casa de alguém, pior, de um cara armado que pode ter tentando matar a nossa amiga. Onde está o seu juízo?

—Eu sei que está preocupada, tá bem? Mas não tem outro jeito. Se ele for culpado, nós precisamos para-lo.

— Cada vez mais eu concordo com a Elle. Nós não somos da polícia. Só um bando de jovens.

—Se eu não me engano você mesma disse que a união faz a força.

—A união, a burrice não. Isso é doidera pra mim, idiotice. Robin se alguma coisa acontecer com vocês naquele lugar…

—É por isso que a gente tem um plano.

—Isso não é certeza de nada, a margem de erro ainda existe.

—E a de sucesso também. Eu sei que você não queria isso, mas nós precisamos fazer.

—Tudo bem, só que se você chegar com um arranhão em casa Robin…

—A coisa vai ficar feia?

—Pode apostar que vai.

O rapaz sorri e abraça Ruby.

Na casa de número 108

—E agora? Tá certo né?

—Do outro lado.

—Ah meu Deus.

Emma, por vídeo chamada, ajudava Killian a estudar para a prova de cálculo.

—Sério Emma, tem que ter um método mais fácil.

—Se tivesse eu juro que te contava. Mas você tem que prestar atenção.

—Eu tô tentando, mas tá complicado

—Ainda pensando na invasão?

—Isso também, mas é que eu tô morrendo de sono. A Granny acabou comigo hoje.

—Por que não vai descansar e amanhã fazemos isso?

—Ainda são sete horas e eu nem jantei. Dá pra aguentar mais um pouco. (bocejando)

—É, eu tô vendo que sim.

*Mema!!!

—Ih olha só quem chegou aqui para te dizer oi.

Neal aparece no colo de Emma.

—Ei garotão! Já está conseguindo dizer o nome da sua irmã?

—Ele tenta, é um menino esforçado.

—Nesse caso, quando eu crescer, quero ser igual a ele. - rindo

—Por que não vai até a mamãe em?

A menina coloca ele no chão e Neal sai cambaleante atrás dos pais.

—Ele tem sempre tanta energia.

A loira volta sua atenção para a tela do celular e encontra o namorado cochilando, com a cabeça quase se chocando contra a mesa. Emma tira um print da imagem.

—Ei, amor. (Nada) Killian! (com a voz elevada)

—Okay essa escala aqui e…

—Meu amor, vai dormir. Amanhã à tarde a gente revisa isso.

—Mas ainda...

— Eu sei, ainda é cedo, só que não adianta nada você estudar cedo se não consegue ficar acordado. Vai descansar.

— Você está certa (fechando o livro). Eu vou tomar um banho e dormir.

—Vai la, vai te fazer muito bem. E amanhã nós conversamos. Sobre tudo, viu Killian.

—Ah Emma!

—Eu não concordo com nada nessa história de invadir a casa dos outros. Mas não vamos falar disso agora. Eu preciso que você esteja bem acordado para ouvir meus argumentos de porque não fazer isso

O rapaz sorri olhando para o rosto sério da namorada

— Você vai ter minha total atenção. Até amanhã, Emms. Te amo.

—Eu também te amo. Beijo!

—Beijo.

Os dois encerram a chamada e Killian sobe as escadas rumo ao banheiro. Enquanto isso na cozinha, Elsa, Regina e Eduardo conversavam.

—E aí eu acordei hoje de manhã sem memória, sem minhas roupas e sozinha. - Elsa

Elsa estava escorada no balcão enquanto Regina comia uma maçã e Eduardo mexia o molho.

—Foi por isso que me ligou tão chateada mais cedo? - Eduardo

—Ah quer saber? Foi sim! (Andando de um lado para o outro) Aquela criatura me deixou lá abandonada. Cara… Eu posso não ser o maior exemplo de pessoa romântica, mas se eu passasse uma noite completa com alguém eu teria o mínimo de respeito pela pessoa. Eu me senti usada. - passando a mão pelo corpo.

Regina e Eduardo se olham e começam a rir.

—Eu sou uma piada para vocês? - Elsa

—Ai Elsa desculpa, mas é que… É tão estranho te ver assim. - Regina

—Assim como? - Elsa

—Caidinha de amores por alguém. - Eduardo

—Eu não estou…

—Calada. Para de negar o óbvio! Você está apaixonada pela Rebecca. - Regina

—E está complicando uma situação que pode ser resolvida de uma maneira bem simples. - Eduardo

—Por que não liga para ela? Eu sei que está magoada, mas alguém tem que dar o primeiro passo. Se é o que você quer, tem que tomar uma atitude. - Regina

—Ta, mas ela me deixou lá. Isso não deveria significar que ela não quer nada? - Elsa

—Olha, eu vou ser bem honesto. Quando eu conversei com ela hoje…

Regina passa perto do homem e o belisca.

—Au! - ele fala, mas não deixa a morena passar. A segura entre os braços e aprende, deixando-a na sua frente.

—Continuando. Quando eu conversei com ela hoje, no início eu achei que ela não estava nem aí. Rebecca vive na defensiva e nunca comenta nada, mas quando eu falei que você estava apaixonada por ela…

— Você fez o quê? - Elsa falou com os olhos arregalados.

—Eu falei que…

—Eduardo de Alcântara Barreto eu vou te matar.

A loira se aproximou do irmão e Regina saiu da frente. Elsa começou uma sessão de tapas enquanto Eduardo tentava segurar as mãos da irmã.

Killian e Henry, que ouviram a confusão, apareceram na cozinha.

—Briga, briga, briga, briga! - eles falaram em conjunto até sentirem alguém puxando suas orelhas.

—Aí mãe. - Henry

—Mãe, para. Isso dói. - Killian

A morena leva os dois até a sala, soltando as orelhas.

—Nossa, obrigada. - Killian

—Quase arrancou um pedaço. - Henry

—Seus dois encrenqueiros. - Regina

—Não somos nós que estamos brigando. - Killian

—Ainda bem, senão ia ser pior. E você, mocinho, não devia estar estudando? (Olhando para Killian)

—Eu estava, mas tô morrendo de sono. Aí resolvi tomar banho e dormir.

—E não vai jantar?

—Se a senhora fizer questão eu janto sim.

Regina sorri

—"Se a senhora fizer questão eu janto sim" - Henry fala o imitando. - Não se engane, mãe, ele tá cansado assim, porque ao invés de estudar estava de papo com a Emma.

—Ela estava me ajudando. E isso aí é inveja. Inveja de que eu posso ver minha namorada a qualquer hora e você tem que viajar por no mínimo 1 hora para encontrá-la.

—Cala essa boca!

—Não falei.

Henry o acerta com a almofada e Killian cai em cima do garoto o acertando também. Os dois começam uma disputa.

Da sala Regina ouvia Elsa e Edu

*Seu miserável, como fez isso comigo?

*Deixa de drama, Elsa!

*Você vai ver o que é drama.

*Aí. Isso não se faz!

E na sala ela via seus dois meninos brigando.

—Eu tenho quatro crianças em casa. É isso. (Com as mãos na cintura)

Os dois jovens pararam ao ouvir o comentário da mãe. Se olharam e no mesmo momento puxaram Regina para o sofá. A morena deu um grito de surpresa que fez Eduardo e Elsa correrem para a sala.

Quando os dois chegaram e viram Regina quase sem ar devido as cosquinhas.

—Alguém me ajud… parem com isso!

Os dois meninos riam. Eduardo entra no meio e tira a morena de lá enquanto Elsa filma os risos descontrolados de Regina.

—A Zelena vai amar ver isso.

—Deixem minha mulher em paz. - com Regina no colo.

—Seus… tratantes. Vocês vão se ver comigo. (recuperando o fôlego).

Os garotos se olharam, cúmplices.

Alguns dias depois...