Os dois se abraçam fortemente. Killian enche o rosto da amiga de beijos e ambos se separam, mas ainda continuam bem próximos um do outro. Killian com a mão nas costa de Ariel, ambos molhados e com a respiração ofegante.

—Acho que eles estão aqui... Atrás. – Emma.

—Emms.

—Killian.

—Emma não é nada disso que você esta pensando. – falou o moreno.

—Imagina se fosse. – Ruby.

—O que esta acontecendo aqui? – Emma

—Emma, olha não entenda... – começou Ariel, mas foi cortada.

—Cala a sua boca! – gritou a loira.

—Emma fica calma.

—Não me pede pra ter calma. Como é mesmo? Você e a Ariel são só amigos não é?

—E nós somos...

—Sério? Que amizade é essa? Colorida?

—Emma, por favor...

—Eu confiei em você, confiei nessa aí e olha o que eu ganho por isso? Um par de chifres!

—Emma, eu e o Killian não temos nada.

—Garota, você sabe o que significa calar a boca?

—Eu só estou tentando dizer que...

—Meu papo não é contigo, mas já que você ta querendo tanto conversar, vamos lá. Desde que você chegou você ansiava por isso não é?

—Por isso, o que?

—Não se faz de santa. Você queria o meu namorado.

—O que? Você está doida? Eu e o capitão somos amigos.

—Por favor, para com esses apelidos antes que eu te pegue pelo pescoço.

—Emma, ela está falando a verdade não temos nada um com o outro.

—Quer mesmo que eu acredite nisso Killian? Eu encontro vocês dois nessa situação, molhados, ofegantes... Pelo amor de Deus só um trouxa pra não perceber o que estava acontecendo.

—Então você é uma, e das grandes. – Ariel.

—O que você disse?

—É, trouxa a ponto de não perceber o que realmente estava acontecendo e...

Antes que Ariel pudesse terminar a frase a garota sente a mão de Emma lhe acertando com um tapa certeiro.

—Você me... Deu um tapa.

—Esperei muito por isso.

—Emma, olha o que você fez deixou marca. – disse Killian olhando o rosto da amiga.

—É inacreditável! Ainda fica do lado dela?

—É claro, você bateu nela.

—Ela me chamou de trouxa!

—Por que você não para pra escutar a verdade.

—Quer saber Killian? Quer ficar aí com ela? Que fique! Pra mim já deu, chega!

—Como assim chega?

—Vai defender ela de qualquer forma.

—Eu estou a defendendo por que você está errada!

—Beleza, fica aí e não precisa me procurar depois.

—Emma espera...

A loira sai sem olhar pra trás.

—Mandou bem capitão! – falou Ruby indo atrás da amiga.

—Killian, me desculpa eu não queria causar nada entre vocês

—Fica calma, você não tem culpa, a Emma cometeu um erro. Na verdade a culpa é minha eu não deveria ter te empurrado na piscina. Me desculpa.

—Ta tudo bem.

—Vem, vamos lá dentro.

—Eu acho melhor eu ir pra casa.

—Mas você está ensopada.

—Não tem problema.

—Tem certeza?

—Aham. Até amanhã Killian.

—Até.

Ariel vai pra casa e Killian se senta triste em uma das cadeiras.

Pov Emma.

Tenho a leve impressão de que a imagem do Killian e a Ariel juntos nunca vai sair da minha mente. Eu podia imaginar tudo menos uma traição, e logo o Kil. Eu tentei parecer alguém forte quando eu vi aquela cena, mas não deu muito certo, as lágrimas logo começaram a rolar e não deu pra segurar. Me senti como se alguém tivesse enfiado uma faca no meu coração e partido ele em milhões de pedacinhos minúsculos.

Sai daquele casa as pressas, e nem fiz questão de olhar pra trás, não queria que o Killian me visse chorando e muito menos aquele peixe!

Ruby me acompanhou até a minha casa, mesmo eu tendo insistido pra ficar sozinha. Eu não queria ver ninguém naquele momento, mas ela, como a verdadeira teimosa que é, veio comigo.

Chegando em casa dei de cara com a minha mãe, que começou com um questionário enchendo ainda mais a minha cabeça. Explodi!

—Da pra parar? Que merda! Eu quero ficar sozinha, sem perguntas, sem nada. Quero sumir se possível. Isso é pedir muito? – falei e subi pro meu quarto.

Entrei no cômodo chutando a porta e tudo que vi pela frente. Naquele momento a raiva que eu estava sentindo por aqueles dois me consumiu.

Peguei uns bibelôs de vidro que estavam sobre o criado mudo e atirei contra a parede. Quebrei portas retratos meu e daquele traidor. Depois da raiva, infelizmente, veio a dor. Ela era inevitável. Me atirei na cama e me agarrei ao travesseiro. Comecei a chorar de forma desesperada, com soluços tão altos que poderiam ser ouvidos do andar de baixo. De repente escuto batidas na porta.

—Sai daqui!

—Miga sou eu!

—Ruby me deixa sozinha, por favor.

—Nem pensar. – ela falou meio que invadindo meu quarto. - Furacão Emma atacou novamente!

—Ruby, por favor. – falei com a cara enfiada no travesseiro.

—Desculpa, só estava tentando descontrair. Quer conversar?

Balancei a cabeça de forma negativa. Levantei meu rosto choroso e olhei pra ela com bico. De imediato a ruiva abriu os braços e eu me joguei neles. Nada melhor do que colo de amiga.

Depois de muito carinho e silêncio meu choro foi se acalmando.

—Tá melhor?

—Tô sim, obrigada.

—Que isso, tô aqui sempre que precisar.

—Ruby eu acho que tenho dedo poder. Só pode!

—Deve ser isso mesmo, primeiro um louco de pedra e agora um... Desculpa não to ajudando.

—Não mesmo. Sério, eu devo ser muito trouxa mesmo, qual é? Quando que eu poderia competir com a melhor amiga dele?

—Emma, por favor, cala a sua boca! Olha o que você esta dizendo? Miga não tem nada de competição até por que não tem como ganhar de você. Tu és gata, gostosa, linda...

—Se você não estivesse grávida do Robin eu iria pensar que você esta dando em cima de mim. – falei rindo.

—Se isso acontecesse o Robin ia me perder pra ti. Mas em fim, você é bem melhor do que ela, e a única coisa pela qual eu te acharia uma verdadeira trouxa, seria se você não tivesse dado aquele belo tapa na cara daquela vadia. Naquele momento eu até senti pena dela.

—Foi muito bem dado né não?

—Foi sim. Agora ela esta autografada pela Srta. Swan! - ela falou rindo - Não fica assim não tá? Eu sei que você gosta muito do Killian, sei o quanto ele é importante pra você, mas não fica triste por quem não demonstra a mesma importância por você.

—Obrigado ruivinha. Você sempre me ajuda.

—E sempre vou ajudar. Você sabe...

—Eu sou seu bebê! – falei rindo - Não deixa o Robin escutar isso, ele vai ficar com ciúme.

—Tem razão.

Fico triste de novo.

—Pelo jeito que você está, não vai sair dessa fossa tão cedo.

—Quem sabe em um ou dois meses. – falo desanimada.

—Sei um ótimo remédio pra curar fossa.

—O que?

—Vingança!

—Ruby não sou dessas.

—Qual é Emma? Você viu aquele dois.

—Ruby, eu não gosto de vinganças.

—Pode ser uma bem light.

—Ruby...

—Por favorzinho. Só pra eles provarem do próprio veneno.

—Tá, pode ser.

—Yes! Já tenho mil e umas idéias.

Alguém bate na porta de novo, provavelmente minha mãe.

—Emma? Posso entrar?

—Pode sim, mãe.

—Eu já vou indo. Miga, eu te mando uma mensagem com as ideias.

Ela me abraça e vai embora.

—Então, o que aconteceu meu anjo? – perguntou minha mãe.

Pov Killian.

Depois que a Emma saiu daqui eu tentei ligar pra ela, sei lá, umas mil vezes? Mandei mensagem, chamei no face, whatsapp só faltou eu fazer sinal de fumaça. O pior de tudo era que eu conhecia a peça e sabia que quando Emma Swan fica chateada, com raiva e, pior, sofrendo, não importa o que aconteça, ela não atende. Tentei mais uma vez e só chamou até cair. Atirei meu telefone no chão e só pra completar quebrei umas coisinhas enquanto me lembrava da burrice que tinha feito ao empurrar a Ariel na água e dar início a isso tudo.

—Que droga! Além de acabar com meu namoro destruo a minha casa. Mandou bem Killian, mandou bem.

Ando até a dispensa e pego uma pá de lixo e uma vassoura. Volto pra sala e começo a limpar minha bagunça. Que a Regina não dê falta de alguns vasos, amém.

Minutos depois escuto o soar de uma moto e em seguida Eduardo entra em casa.

—Henry! - ele gritou.

—Não tá em casa.

—E aí Killian? O que você está fazendo?

—Limpando, não tá vendo não?

—O que está acontecendo?

—Nada demais. – falei estressado.

—Então os vasos a sua mãe ganharam vida e se atiraram no chão?

—Quem sabe.

—O que aconteceu?

—Nada, não aconteceu nada beleza? Me deixa em paz.

Falei largando tudo na sala e saindo pro quintal. Não havia passado um minuto sequer e adivinha? Ele estava lá!

—Eu preciso ficar sozinho!

—Não precisa, você quer. Tem diferença. – ele disse se sentando do meu lado.

—O que foi?

—Eu que te pergunto. O que foi que aconteceu pra você quebrar as coisas lá dentro?

—Emma terminou comigo, por que me viu com uma amiga em certas condições e entendeu tudo errado.

—E que condições foram essas?

—Nada boas.

—Estavam com roupas?

—É claro!

—Olha, da um tempo pra Emma. Ela esta sofrendo e pressioná-la não vai dar certo. Ela precisa respirar e se acalmar. Espera um pouco, deixa a poeira abaixar e depois você fala com ela.

—Como pode saber de tudo isso?

—Anos de experiência.

—Só espero que essas experiências que você teve não aconteçam com a mi... Bom, com a Regina.

—Não vão, isso eu te garanto. Agora segue o meu conselho.

—Eu vou tentar. Obrigado Edu.

—Por nada.

—Aquela ali é a sua moto?

—É sim. Vem cá deixa eu te apresentar a minha querida Katerine.

Ele se levanta e eu o acompanho até a frente da casa.

—Caramba! É uma Chief 2014. Isso aqui é uma maquina!

—Katerine agradece. Sabe andar de moto?

—Infelizmente não, mas gostaria de aprender. Deve ser uma sensação muito boa... O vento no rosto, a velocidade nas mãos...

—Acredite, é uma das melhores sensações do mundo.

—Você tem muita sorte...

—E você também.

—Eu duvido um pouco. Do jeito que as coisas estão... Acho que a minha sorte esta de mal comigo.

—Então agora ela resolveu dar as caras. Quer aprender a andar de moto?

—Isso é sério?

Ele só confirma com a cabeça. Não tava acreditando eu ia aprender a andar de moto e ainda com uma chief 2014.

—É claro que eu quero, mas antes me responde uma coisa.

—Fala.

—Por que quer me ensinar a andar de moto?

—Bem, você parece gostar muito disso e é como meu pai dizia. “Nada melhor do que distração, pra aliviar os problemas”.

—Eu espero que ele esteja certo.

Na sorveteria de Storybrooke.

Pov Henry.

Cheguei na sorveteria e me dirigi até o balcão me sentando do lado de uma moça. Sem dar a menor importância pro cardápio fiz o pedido que já era um costume em qualquer sorveteria que eu entrasse.

—O que vai querer? – garçonete.

—Eu quero um sundae tradicional de chocolate.

A garçonete anotou meu pedido e saiu.

—Boa escolha, mas o de morango é melhor. – disse a moça que estava sentada ao meu lado. - Prazer, eu sou Elle.

Depois dela se pronunciar olhei em seus olhos e me encantei. Eram azuis como o mar e brilhantes como as estrelas no inverno. A minha cara de bocó deve ter sido impagável.

—Prazer Elle, Henry. – falei totalmente encantado.

—Henry? Nome diferente.

— Elle também não é um nome muito comum.

—O que dizer? Parece que nossos pais gostam de nomes exóticos. – ela disse rindo e eu babei.

Seu sorriso era radiante.

—Com licença, aqui esta o seu sundae tradicional de chocolate e o seu sundae tradicional de morango. – falou a garçonete nos entregando os sorvetes.

—Obrigado. – dissemos em coro.

—Então Henry você é daqui? De Storybrooke?

—Na verdade não, eu moro em Boston, mas acho que vou acabar ficando por aqui.

—Que bom, vai ser legal ter você por aqui.

—Por que? – perguntei todo bobo.

—É sempre bom ter amigos pra conversar.

—Então, somos amigos?

—A menos que você não queira.

—Essa não é uma opção.

Falei e vi suas bochechas corarem. Até com vergonha ela era bonita. Continuamos conversando, trocamos nossos números de telefone e continuaríamos assim se ela não tivesse que ir embora.

—Henry foi muito bom conversar contigo, mas eu tenho que ir.

—Sério? Ainda está tão cedo.

—Eu gostaria de ficar mais, mas meus pais são meio rígidos sobre sair de casa.

—Mas você veio só na sorveteria.

—Pra você ver, mas apesar do pouco tempo às vezes vale a pena. – ela disse sorrindo.

—Eu concordo.

—Até mais Henry.

—Até Elle.

Ela saiu da sorveteria e eu a segui com o olhar. “Às vezes vale a pena” ela disse. Tenho a leve impressão de que essa frase vai me seguir. Elle, um lindo nome pra uma linda garota.

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No hospital.

Zelena estava no seu quarto junto com Jefferson, enquanto Regina via algumas coisas com Whale e Aurora estava perambulando. De cinco em cinco minutos a ruiva se remexia na cama.

—Meu amor o que foi? Por que está tão inquieta?

—É esse hospital. Eu não aguento mais ficar aqui!

—Zelena, você só esta aqui há algumas horas.

—Parece uma eternidade. Não tem nada pra fazer.

—Não seja por isso, você pode ficar admirando o belo homem que você tem. – disse Jefferson passando a mão no cabelo.

A ruiva ri.

—Calma meu amor. Daqui a pouco você sai daqui e nós vamos voltar pra nossa casa, com a nossa família e tudo vai voltar ao normal. Claro que o “pra nossa casa” vai ser quando eu compra uma né.

—Jefferson não precisa se preocupar com isso podemos continuar como estamos.

—Não, nós não podemos. Somos uma família agora e devemos ficar juntos. Eu, você, a nossa filha e o nosso bebê. Precisamos de um lugar só nosso e eu vou dar um jeito nisso. Pode acreditar.

—Eu acredito.

Eles juntam suas mãos, se aproximam e se beijam. Por pouco tempo. Ao longe eles escutam um grito animado da filha.

—O que será que ela está aprontando agora? – falou Zelena olhando pra Jefferson.

De repente a ruivinha aparece no quarto da mãe com uma cadeira de rodas.

—Olha só o que eu arrumei? Legal né? Os velhinhos devem se sentir em alta velocidade nisso aqui.

—Aurora sai dessa cadeira agora!

—Por que mãe?

—Isso está cheio de bactérias, como esse hospital inteiro. Vamos, saia daí de cima.

—Zelena deixa a menina brincar.

—Ela pode brincar, mas longe disso.

—Por favor, mãe!

—Não Aurora e eu acho melhor você voltar pra casa. Esse lugar é cheio de doenças e não é bom você ficar aqui. Eu vou falar com a sua tia e vou pedir pra ela te levar.

—Pode ir esquecendo essa ideia dona Zelena. Eu não vou te deixar aqui.

—Ta tudo bem, o seu pai ta aqui comigo.

—Mas mãe eu quero ficar aqui. Com a senhora, com meu pai e com meu irmão ou irmã.

—Filha...

—Mãe... – falou Aurora fazendo cara de cachorro que caiu da mudança.

—Você tem que ir pra casa. Tem aula amanhã.

A ruivinha continua com a mesma cara.

—Então vamos fazer assim. Hoje você vai pra casa e amanhã quando a aula terminar você vem pra cá. Tudo bem?

—Ta né. Se não tem tu, vai tu mesmo.

Na recepção do hospital.

—Então ela vai poder sair daqui?

—Sim, daqui uns dois dias.

—Obrigado Whale, por ter salvado a vida minha irmã e a do meu sobrinho ou sobrinha.

—Não precisa agradecer Regina é o meu trabalho.

—De qualquer forma, obrigado.

—Por nada.

Whale se afasta e o celular da morena toca.

*Alô?

*Gina?

*Oi amor, tudo bem?

*Eu que te pergunto. Cê ta bem? Sumiu o dia inteiro eu fiquei preocupado.

*Desculpa, mas é que aconteceu algo inimaginável hoje.

*Então naõ me deixe curioso.

*A Zelena sofreu um acidente. Ela foi atropelada.

*Como assim? Ela tá bem?

*Ela ta ótima, já esta acordada e sendo ela normalmente e isso graças ao Jefferson. Nós estamos aqui no hospital.

*Por que não me contou? Eu teria ido aí e ficado com você e com o Jeff.

*Eu não quis incomodar, você estava vendo as coisas com o mecânico e...

*Regina, te ajudar nunca vai ser um incomodo. Olha não sai daí que eu to chegando.

*Não precisa vir.

*Já estou indo. Te amo.

*Eu sei. Também te amo.

Eles desligam os celulares.

Na casa dos Mills.

—Killian eu tenho que sair.

—Vai aonde?

—No hospital.

—O que aconteceu?

—Sua tia... Ela foi atropelada.

—Atropelada? Cê ta brincando comigo não é?

—Ei, fica calmo já esta tudo bem com ela.

—Então foi por isso que a Regina e ela sumiram o dia todo! Eu vou com você.

—O que?

—Eu vou com você. Quero saber como a Zelena está, e tem que ser com meus próprios olhos.

—Ta certo, sobe aí.

Os dois montam na moto e saem rumo ao hospital.

Chagando lá.

—Ei!

—Filho!

—Cadê a Zelena?

—Ela está no quarto, já tudo bem com ela.

—Eu vou lá, só por garantia.

Ele vai até o quarto da tia.

—Então... Parece que a Katerine esta novinha em folha.

—Graças a Deus. Vem cá. – ele abraça a morena e em seguida eles se beijam. - Você está bem?

—Em relação a antes? Muito melhor. Eu fiquei com tanto medo Edu.

—Eu imagino, afinal é sua irmã.

—Se algo de mais grave tivesse acontecido com ela acho que eu morreria.

—Ei não fala assim, nunca mais repita isso – ele falou segurando as mãos de Regina - Promete?

—Prometo.

A morena olha para seu filho e percebe-o meio desanimado.

—O que está acontecendo com o Killian? Ele parece triste.

—É deixa eu te falar logo.

—Falar o que?

—Parece que o Killian e a Emma estão brigados. Ela meio que terminou com ele.

—Ah meu Deus! Mais essa. Primeiro o acidente, depois a gravidez da Zelena e agora isso.

—Como assim gravidez?

—Não te falei? Eu vou ser tia de novo e madrinha.

—Não acredito. Meus parabéns titia.

—Não se esqueça que você também recebe parabéns titio.

—Sabe amor, saber que eu vou ser tio dessa criança é uma das maiores confirmações pra mim.

—Confirmação do que?

—De que eu realmente realizei um dos meus maiores sonhos. Ficar com você.

—Eu te amo Eduardo.

—E eu te amo Regina.

Os dois se beijam demoradamente.

—Vem vamos lá dentro ver o nosso sobrinho ou sobrinha. – Regina

Mais tarde.

22h00.

—Isso nunca vai se comparar a minha cama. – Zelena – Mas tem como melhorar. Jeff... – ela disse manhosa.

—Estou indo. – ele falou se levantando e se deitando do lado da ruiva. _Melhor?

—Bem melhor. – disse Zelena o abraçando.

A ruiva percebe o olhar insistente do companheiro em sua barriga.

—O que foi? Por que está olhando tanto pra minha barriga?

—Estou imaginando como ele está aí dentro.

—Deve estar dormindo melhor do que eu.

Os dois riem.

—Só você Zelena pra me fazer rir uma hora dessas.

—O que você tem?

—Nada eu só estava pensando se eu não tivesse te visto na rua, se a ambulância não tivesse chegado a tempo... Vocês poderiam não estar mais aqui. – falou o moreno com água nos olhos.

—Não pensa nisso. Eu estou aqui e o nosso bebê também.

—Mas é só que...

—Olha pra mim. Tá tudo bem. O que aconteceu já passou e agora nós estamos juntos, vamos ganhar um filho e vamos voltar a ser o que éramos antes.

— E o que nós éramos antes?

—Uma família, reduzida, mas uma família.

—Que só tende a aumentar.

—Exato. Apaga essas coisas da sua cabeça tá?

—Ta certo. Vem cá. – ele beija a testa da ruiva. - Boa noite meu amor.

—Boa noite.

Na casa dos Mills.

22h20min.

Killian estava em seu quarto pronto para apagar as luzes quando Regina bate em sua porta.

—Filho?

—Pode entrar mãe.

A morena entra no quarto e se senta na cama do lado do filho.

—O que está acontecendo?

—Como assim?

—Você e a Emma. Qual é o problema agora?

—A Emma terminou comigo.

—Por quê?

—Quer ouvir toda a história?

Regina oferece colo a Killian, que aceita sem pestanejar e começa a contar o acontecido.

—Então, o que você acha?

—Você esta numa baita enrascada!

—É pra ajudar.

—Eu sei filho. – ela disse rindo - Vem cá. Olha não é fácil pra ninguém ver o que a Emma viu. Por mais certa que tenha sido a sua intenção... Poxa ela te viu beijando outra garota.

—Mas foi beijo no rosto.

—Killian entende uma coisa beijo é beijo. Não importa se é no rosto ou na boca, sempre vai ser um beijo. E me explica por que você tinha que ficar assim a Ariel?

—Sempre fizemos isso, sempre agimos assim. Isso é normal pra gente sem contar que eu estava feliz por não ter matado ela afogada.

—Eu imagino como você se sentiu, mas eu entendo muito a Emma. Tudo bem ela não te ouviu, não quis saber da verdade, mas é compreensível.

—Por que?

—Por que ela esta insegura. Qualquer uma ficaria a Ariel é bonita e é sua amiga de longa data, vocês se conhecem desde a infância e tem uma história juntos vocês conhecem a alma um do outro. Agora você e a Emma se conheceram esse ano, estão construindo a história de vocês e o fato de alguém chegar do nada e mexer em tudo, vamos dizer que dá medo.

—Regina eu só queria que a Emma entendesse que eu estava com ela e não com a Ariel. Se eu gostasse da Ariel como mulher eu teria ficado com ela há muito tempo.

—Eu sei filho, eu sei. E sei que lá no fundo a Emma sabe disso ela só precisa ver. E eu sei que você vai ajudar ela nessa.

—Sem dúvida! Eu ter minha Emma de volta.

—Meu garoto! – ela falou o abraçando.

—Obrigado por me ajudar.

—Mas nós só conversamos...

—Acredite, foi a melhor ajuda.

—De nada filho.

—_Ah, mais uma coisa. Quando alguém da familía der entrada no hospital, por favor dona Regina, avise.

—É, sobre essa assunto...

—Eu e a Aurora ficamos preocupados. Vocês duas sumiram um dia inteiro.

—Eu sei. Me desculpe. Isso não vai se repetir, mas só não queríamos preocupar nossos bebês.

—Não sou um bebê. - ele disse cruzando os braços na altura do peitoral.

—Tô vendo. - disse a morena sorrindo. - Acho que agora você tem que dormir não é?

—É sim. Amanhã será um longo dia.

—Boa noite meu amor!

—Boa noite.

Regina beija a testa do filho, o cobre e apaga as luzes e se retirado do quarto.

No dia seguinte.

06h00min.

Pov Killian.

Acordei com o barulho insistente do meu despertador. O desliguei, me espreguicei e segui rumo ao meu banheiro. Escovei os dentes, fiz minhas necessidades e andei até o meu guarda roupa.

Enquanto escolhia o que iria vestir me recordava do sonho/pesadelo que eu tive com a Emma essa noite. Sonhei que eu estava a observando e quando ia me aproximar dela alguém a atirava de mim, alguém conhecido, mas que não consegui ver direito. Bem, que seja. Ninguém vai roubar a minha loira de mim, disso eu tenho certeza. E mesmo que isso aconteça, eu a trago de volta e vai ser isso que vou fazer hoje. Vou conversar com ela e resolver o nosso problema.

Depois do meu leve pensamento comecei a me vestir. Coloquei minha calça jeans preta, uma blusa de manga na cor branca, por cima uma blusa jeans dobrada até os cotovelos. Calcei meu tênis social verde meio escuro coloquei meu gorro cinza, apanhei minha mochila e desci.

Na faculdade.

Assim que entrei no prédio passei meus olhos varrendo o local pra ver se encontrava a Emma. Ela não tinha vindo de ônibus e eu estava com a leve impressão de que se eu perguntasse pra Ruby eu iria ser morto. Depois de um bom tempo andando encontro Robin.

—E aí Killian?

—Fala Robin.

—Tudo bem?

—Poderia estar melhor.

—Eu to sabendo o que aconteceu, a Ruby falou comigo. Ta difícil pra tu né?

—Difícil vai ser convencer a Emma.

—É, aquele lá é complicada.

—Por isso que ela e a Ruby se entendem. – falei rindo. – Mas por acaso você viu a minha loira por aí?

—Olha a Emma eu não vi, mas a Ruby disse que tava indo encontrar ela.

—E aonde a Ruby foi?

—Vem comigo.

Eu e Robin andamos alguns poucos metros e encontramos Ruby, Emma e o Eric. Sério esse garoto ta me enchendo a paciência.

—Cara qual é a desse garoto? – perguntei.

—Coisa boa que não é.

—Ele vive atrás das duas.

—Mas atrás da Emma né.

—Eu já percebi isso.

—Aí olha lá.

Robin falou comigo e eu olhei. FDP! Não credito que aquele desgraçado está abraçando a Emma. Eu sei que isso pode não ser nada, mas só de imaginar que esse babaca pode desejar ter alguma coisa com a Emma faz meu sangue fervilhar e me põe em alerta. Fechei meus punhos em sinal de raiva.

—Eu vou lá.

—Não vai não. Se você bater nele só vai piorar as coisas entre você e Emma. Relaxa cara! A Emma gosta de você e...

Der repente o rosto do Hood parou no tempo e sua voz sumiu.

—E... O que foi Robin?

—Nada não esquece. Vem vamos embora.

—Não, espera aí. O que você viu que não quer me... Dizer.

Me virei e foi como levar um soco bem no estômago. Um, dois, três... Milhares. Emma Swan e Eric se beijando. Vi meu mundo cair diante dos meus olhos. A pessoa que eu mais amo na minha vida foi capaz de me trair. Eu vi os dois se separarem e se olharem por longos minutos. Depois vi Emma olhar para trás e em seguida eu saí do corredor.