Em uma outra vida.

Capítulo 1-Inicio de algo


Noite fria de Dezembro e as ruas estavam desertas, Kari estava sozinha em prantos pois havia perdido seu trabalho. Inconformada e sem vontade de ir para casa sofrer em silêncio, ela resolveu ir a algum bar,bom pelo menos o primeiro que ela encontra-se e estivesse aberto.

Ela andou muito para encontrar,estava quase congelando mas por fim encontrara. O melhor? é que era temático e era referente a um tema no qual ela amava que era sobre os nórdicos, especificamente Vikings.Ela entrou no lugar e via como as pessoas se divertiam e bebiam feito uns loucos e ela se sentira acolhida.

Percebeu que todos estavam vestidos a caráter e então ela foi ficando sem jeito,pois estava vestida de forma moderna e nada despercebida,já que todos em sua volta a encarava. Timida ela sentou no fundo e esperou ser atendida, foi ai que o dono da taberna apareceu para atende-la. Não tinha como não nota-lo,era lindo e tinha os olhos mais azuis que ela jamais tinha visto, ele se aproximou da mesa dela e simplesmente abaixou próximo ao rosto da mesma e perguntara:

—O que desejas tomar? Hidromel no chifre de cordeiro? ou apenas uma cerveja?- Perguntara com uma voz sutil para não assusta-la.

—Bem....como hoje não é meu dia e pensando melhor,não quero falar sobre...Pode me mandar um canecão de cerveja e o chifre com hidromel.

Ele abriu uma pequena careta para a mulher e então apenas saiu para pegar o pedido da mesma,sem dizer mais nenhuma palavra.

Kari notou que ele trajava roupas nórdicas e até seu penteado e barba estavam remetendo aquele período da história e de alguma forma aquilo deixou-a intrigada,queria saber mais quem era aquele rapaz dono daquela taberna animada e feliz.

Ele então em poucos minutos,voltava com uma caneca de cerveja em uma mão e na outra com o chifre com hidromel. Ao chegar na mesa da mulher, Knut colocou a caneta sobre a mesa, porém sentou-se de frente pra ela e tomou um pouco do hidromel que havia trago para sua mais nova cliente.

—Olha mas você é muito audacioso não acha?-Resmungou Kari ao ver a atitude presunçosa do rapaz.

—Ué?porque? eu trouxe seu pedido e ai está donzela.-Respondeu com um tom de deboche.

—Ah claro, você faz isso com todos os seus clientes?aposto que não! pode ficar com o hidromel, que a cerveja já é o suficiente.-Respondeu ao deboche de Knut com rispidez e então virou-se de costa para ele.

—Bem...Eu estava tentando ser gentil contigo, mas vejo que é uma pessoa muito amargurada,então se me der licença vou tomar esse delicioso hidromel ali com meus amigos.

Ele então se levantou em um pulo só e foi em direção de outros homens que o aguardavam ali, quando a mulher se virou para ver...Notou que ele agia daquela forma com todos e percebeu que havia sido rude com o rapaz. Mas como era orgulhosa para admitir, a mesma ficou sentada ali tomando sua cerveja e ouvindo um grupo de pessoas tocando música para animar o ambiente. Percebendo que a mulher não para de olha-lo, Knut foi até ela fazendo mil e uma palhaçadas até fazer com que ela sorri-se, foi então que por mais que tenta-se segurar, Kari acabou rindo das brincadeiras bobas que ele estava fazendo até chegar em sua mesa.

—Hora hora finalmente consegui a dona dar um sorrisinho- Brincou ele enquanto voltava a se sentar de frente para ela.

—Pois é, quem tem dom pra ser palhaço acaba conseguindo uma hora não é?-Respondeu Kari de forma amigável e boba.

—Sim, esse é meu trabalho. Falando nisso me chamo Knut Arud e a senhorita?

—Prazer em conhecê-lo,eu me chamo Kari Hansen.

—Nome bonito senhorita Hansen, seja bem vinda a minha humilde taberna. -Disse ele olhando para a jovem e sorrindo.

—Agradecida pelas boas vindas, pelo jeito também é um grande fã da nossa cultura nórdica não é? -Perguntou interessada em saber a resposta.

—Bem acredito que esteja evidente...minha jovem.

Eles ficaram a noite inteira conversando sobre navegação, como foi a conquista dos Vikings nas regiões que eles chegaram e conquistaram e até mesmo dos fracassos. A conversa fluiu de forma tão honesta que a hora acabou passando voando e quando Kari se deu conta, já era muito tarde e precisava ir embora e Knut precisava fechar a taberna,já que metade dos clientes já haviam ido embora.

—Adorei conhecer você Kari, espero que volte mais vezes ao bar...e venha vestida adequadamente se é que me entende-Brincou ele dando uma piscadela para a jovem.

—Pode deixar Knut, na próxima irei vir conforme a ocasião, posso trazer meu escudo? me sentiria mais realizada sabe.

—por mim tudo bem, bem...até a próxima Kari.

Os dois se despediram com um tchauzinho e cada um foi para seu caminho, Kari saiu dali com as energias renovadas e Knut com a certeza de que uma amizade iria crescer entre eles.