Uns cinco homens vieram e o tiraram de cima de Diego que cuspiu tossindo mundo enquanto vomitava e Frederico tentava se soltar para socar ainda mais a cara do safado.

— O que está fazendo aqui, Diego? - Cristina perguntou temerosa e tentava acalmar o filho.

— Eu vim contar a nossa verdade, meu amor!

Frederico ao ouvir "meu amor" tirou a arma de suas costas e sem que os seus homens pudessem impedir ele atirou duas vezes contra Diego... a cena que se desenhou ali foi de desespero com Diego gritando de dor e Carlos gritando de desespero.

Maria apareceu ali naquele momento e nada entendeu o que seu pai estava fazendo ali? E porque ele estava baleado? O coração dela disparou e ela viu o rosto de seu pai frio ainda com a mão estendida para ele como fosse atirar mais umas quantas vezes.

— Frederico, por favor. - Cristina o chamou para ver se ele entrava em razão, mas ele continuou perdido em seus pensamentos.

Maria correu para dentro e ligou para a ambulância enquanto Frederico olhava Diego agonizando com os dois tiros um em sua perna e outro em sua barriga era só de aviso aqueles tiros e os homens tomaram a arma de sua mão.

— Eu quero que você vá para o inferno! - tinha tanto ódio.

Cristina balançava o filho que chorava de soluçar agarrado a seu pescoço e ela achou melhor sai dali para acalmar seu menino. Maria voltou e ajoelhou em frente ao pai que a olhou fingindo.

— Ele quis me matar minha filha, ele quis, só porque não aceita que eu sou seu pai!

Frederico já tinha perdido completamente o juízo e no seu arranque se soltou dos homens e foi até ela chutando por duas vezes suas costas e Diego urrou de dor mais uma vez. Maria se levantou correndo e empurrou o pai dali.

— Para, Pai, por favor! - já chorava nunca tinha visto o pai daquele modo. - Por favor... - ela tocou o rosto dele que a olhou bufando.

Frederico tinha perdido totalmente o seu centro, mas olhando ali os olhos de sua filha ele caiu em si e tocou o rosto dela.

— Me perdoa! - e sem mais ele saiu dali bufando para não fazer nada mais de errado.

Não demorou muito e a ambulância chegou e Diego foi levado para o hospital desacordado, Maria o acompanhou em tudo e ficou na recepção enquanto ele era operado, mas não era grave os tiros não pegaram em órgão ou algo parecido, apenas o que preocupava era sua perna que tinha sangrado muito ate chegar ali no hospital e ela foi até a capela e rezou para que ele saísse bem da cirurgia...

[...]

Na fazenda Frederico estava com o filho em seus braços ele ainda estava assustado, mas aceitou o colo do pai depois de muito insistir tinha os olhos negros e não olhava sua esposa algo dentro dele tinha mudado naquele momento e ele sabia que não poderia ser mais o mesmo.

Cristina estava ali sentada perto dos dois com Felipe ao seu lado grudado ao seu corpo sendo acarinhado como gostava queria que as coisas ficassem bem, mas sabia que algo estava rompido naquela família e que aquela história ainda estava longe de acabar.

— Fedelico... - Carlos o olhou chamando. - Voxê não é o meu papai?

Frederico sentiu seu mundo ruir naquele momento e seus olhos se encheram de lágrimas que ele não pode evitar que caísse de seus olhos rolando por sua bochecha e Carlos sempre carinhoso tocou o rosto de seu pai limpando.

— Não chola, Fedelico, eu vo sempe ser seu filo! - sorriu sem entender nada naquela loucura.

— Carlos, meu filho não fale assim ele é seu pai e sempre vai ser! - Cristina o repreendeu.

— É Carlos não diga bobagem! - Felipe se levantou e foi sentar perto deles. - Ele é o melhor pai do mundo.

Carlos sorriu com os olhos brilhando.

— Eu quelo memo ser filo dele que nem voxe, Fefe. - falou todo inocente e um soluço saiu da garganta de Frederico mostrando o quando ele estava destruído com aquele dia. - Não chola papai Fedelico.

Carlos o abraçou sem entender nada e Felipe participou do abraço também chorando já por ver seu pai sofrer e Frederico nada disse apenas agarrou seus dois filhos.

[...]

Quando a noite chegou Maria foi pra casa e enquanto ela foi para sua casa Diego que despertou falou com a polícia entregando Frederico como autor dos disparos contando que ele atirou de má fé tinha planos com aquela prisão de Frederico e apenas aguardou.

Os policiais saíram do hospital e foram direto para a fazenda de Frederico e minutos depois quando chegaram foram recebidos pelo mesmo que sabia perfeitamente que estava sendo preso e o desespero foi total de todos os lados e ele saiu junto aos policiais depois de beijar a todos.

Maria presenciando aquela cena toda correu de volta ao hospital mesmo a mãe dizendo que não era para ela ir Maria foi ao encontro de Diego que já a esperava e eles conversaram por longos minutos até que ela se foi novamente para casa o deixando com um sorriso no rosto.

[...]

NO OUTRO DIA...

Passar aquela noite na cadeia foi a pior coisa para Frederico, mas quando um novo dia chegou ele foi chamado pelo delegado que o informou de sua liberdade ele nada entendeu pediu explicações e o mesmo apenas informou que Diego tinha retirado a denúncia, mas que ele não poderia em hipótese alguma chegar perto dele ou voltaria para a cadeia.

Frederico ficou com aquilo na cabeça o delegado não era muito correto e era de se imaginar que dinheiro estava sendo usado como moeda de troca apenas pelo sorriso que ele tinha na cara, mas Frederico nada questionou mais e apenas pegou suas coisas e foi para casa.

Ele pegou uma carona e vinte minutos depois ele chegou em sua fazenda e agradeceu a seu "camarada" e ele entrou para sua casa encontrando Crisitna aos prantos e quando ela o viu correu o agarrando e ele a abraçou sentindo que tinha algo mais.

— Ela se foi, meu amor, ela se foi... - chorou mais e ele a segurou em seus braços sem entender nada.

— Ela quem? - falou perdido.

— Maria... Maria foi embora morar com Diego! - e naquele momento o chão faltou novamente para ele...

Até o próximo!