— Que filhos? - ele sentiu o coração pulsar ainda mais rápido com o que ela dizia.

— Os nossos três filhos! – e naquele momento ele se recordou de suas lembranças onde tinha sempre três filhos e se perguntou se ela falava a verdade ou manipulava suas lembranças...

Ele a olhava nos olhos e sentia o mesmo fogo que ela, era uma mulher linda e sua beleza não passava despercebido por ele que era um homem viril e que tinha provado do mais doce mel dela e também de seu ferrão. Cristina o encarava sedenta por uma tarde de paixão mais tinha tanto ódio que se o pegasse o partiria ao meio e ele não iria se levantar por vários dias e ela conteve seu desejo afinal ele estava com outra que não era ela.

— Três filhos? - falou atordoado. - E onde estão? - queria saber mais e sentia a cabeça doer naquele momento de tão tenso que ficou.

— Na escola e Maria na faculdade! - falou com calma. - Mas você vai ter a sua chance de olhar nos olhos deles e dizer que está jogando sua família na rua.

— Você está querendo me manipular! - ela riu da cara dele e voltou a ficar de pé pegando uma bebida.

— Eu estou sim! - o olhou. - Porque você sempre foi assim um homem que se deixa manipular por tudo e por todos!

Frederico voltou a estar próximo à ela a empurrando de encontro ao balcão e ela gemeu pelo impacto e o copo foi ao chão.

— Não brinque comigo!

— Brincar eu com você? Foi você quem morreu e agora aparece aqui do nada querendo o que é de direito de nossos filhos? - voltou a se alterar e o empurrou de volta não iria permitir que ele a machucasse. - Não toque em mim se não for pra me dar prazer como sabe fazer!

Naquele momento Maria entrou com cara de choro e olhou para os dois e suas pernas tremeram e ela ali parada em choque porque uma coisa era ouvir da mãe outra muito diferente era ver o pai ali em sua frente.

— Já chegou nossa filha mais velha diz a ela que vai jogar a gente na rua! - falou com raiva e se afastou mais dele.

Frederico girou em suas botas e olhou aquela linda jovem de olhos tão triste sentiu um aperto no peito e em suas memórias buscou o rosto dela mais não tinha e Maria sentindo o peito doer ao ver seu pai ali em sua frente nem pensou apenas largou as coisas de sua mão e correu agarrando o pai pensou que ele iria recuar ou repelir mais ele não o fez e a abraçou.

— Papai... - respirou fundo sentindo o cheiro dele era tão bom tê-lo de volta ali em seus braços. - Meu Deus... - nem sabia o que dizer.

Cristina segurou as lágrimas mais sua vontade era se unir aquele abraço tinha tanto amor por aquele homem que chegava a doer e olhando sua menina ali presa nos braços do pai era como acordar de um sonho ruim e ele estar ali de volta.

Frederico a acolhia que chorava em seus braços sentia algo tão bom ali preso a ela que permaneceu e em seu instinto de proteção ele a segurou mais firme não queria que ela chorasse era tão linda que imaginou ela sorrindo e iluminando a todos a sua volta.

— Não chore... - ele falou com calma.

— Como não chorar se foi um ano sem você! - soltou-se dele e tocou em seu rosto. - O que aconteceu, papai? Porque demorou tanto?

Ele no mesmo momento olhou para Cristina que sentou e esperou que ele dissesse algo e ele voltou seus olhos para Maria.

— Eu não sabia de vocês... - foi o único que conseguiu dizer e Cristina riu.

— Não sabia ou deixo que a primeira piranha viesse e cochichasse em seu ouvido que era dela e você acreditou? - estava se mordendo de ciúmes.

— Eu não estou falando com você... - nem sabia o nome dela.

— Cristina Álvarez Rivero! - se ergueu do sofá bufando enquanto ele a encarava.

— Você está louca! - ele bufou Cristina era a mulher dele.

— Você que está demente em acreditar naquela baranga que aposto que não te da o que eu te dei ontem ou estou mentindo? - estava com raiva e ele ficou em silencio. - Quem cala consente!

Maria olhou os dois ali e sorriu recordando as brigas deles que era terminadas na cama e puxou a mãe e a abraçou junto ao pai era tão bom ter os dois ali juntos que ela nem pensou apenas se deixou sentir ali com eles agarrando ela enquanto Cristina encarava Frederico sem nenhuma expressão estava bem puta da vida e largou os dois.

— Minha filha, curta seu pai que a cara dele de idiota já me enjoou. - Cristina foi andar e ele a segurou pelo braço e ela o encarou. - Me solta! - puxou o braço com força.

— Ainda não terminamos de conversar!

— Mas eu já! - e sem mais ela saiu o deixando com a palavra na boca.

Frederico bufou, mas não foi atrás dela já que Maria o agarrou novamente por mais alguns minutos sentindo a felicidade invadir seu corpo de um jeito que ele nem se lembrou de seus problemas e logo o puxou para comer um bolo junto com ela e depois ela saiu come ele para olhar a fazenda e ele aproveitou para colher algumas informações dela e Cristina da janela de seu quarto observava os dois juntos sentindo ódio mortal mais sabia onde deveria encontrar respostas e iria, mas não naquele momento que os filhos estavam prestes a chegar.

E assim as horas se foram e quando Cristina ouviu a van parar ali na porta como todos os dias para deixar os dois ela desceu quase que correndo as escadas e viu Frederico de pé pronto para caminhar para a porta e ela foi mais rápida e saiu correndo e desceu as escadas e pegou Carlos nos braços e ele a agarrou beijando muito como sempre fazia e ela grudou Felipe também e beijou seus cabelos e sussurrou em seu ouvido que o pai estava na casa e ele sentiu o coração disparar e soltou-se dela e olhou para a porta da casa e viu Frederico ali.

Ele estava ali parado esperando o que se seguiria daquele momento e Felipe largou tudo de suas mãos e saiu correndo quase que caindo e foi até o pai com o coração disparado e antes que abraçasse seu pai ele parou em sua frente todo se tremendo e chorou se recordando de como foi ver o pai ali em sua frente sangrando muito e depois a terrível noticia de sua morte, mas agora ele estava ali em sua frente bem e vivo e ele avançou no pai e o agarrou.

Carlos que viu o irmão correr desceu do colo da mãe com ela quase o jogando no chão de rápido que ele se soltou de seus braços e ele também correu gritando por seu "papai" e Cristina não se moveu apenas observou o modo como ele acolhia seus filhos nos braços como sempre fazia quando ainda era o seu amor e ela suspirou segurando as lágrimas e Carlos agarrou a perna dele pedindo colo.

— Papai... Meu papaizinho você voltou papai. - ele riu alto agarrado a perna do pai.

Felipe deu espaço para Carlos e Frederico o pegou em seus braços e ele se agarrou em seu pescoço.

— Ai papai poque não veo dormir comigo em? - beijou o pai muito e Frederico sorriu ele era tão lindo e carinhoso. - Aiiiiii papai to tão feliz. - riu alto. - Fefe, nosso papai, Fefe. - olhou o irmão se que se agarrou a eles dois.

— Sim o nosso papai! - beijou o irmão suspirando com o coração aliviado.

— Vocês são tão lindos! - ele falou com o coração rasgado de sentimento e por mais que estivesse em "guerra" com Cristina não iria maltratar as crianças que de fato poderiam ser deles já que eram três e em suas lembranças eram sempre os três sem rosto e ele se perguntou naquele momento se eles dois eram amante e olhou para Cristina que se aproximava com as coisas deles.

— Mamãe, ola meu papaizinho. - ele ria alto agarrado nele e ela sorriu.

— É o seu papai sim mesmo que ele não lembre! - alfinetou.

— Ele lemba que eu sou filo dele, eu sou. - ele segurou o rosto do pai o fazendo olhar para ele. - Eu sou seu filo ta papai!

Frederico apenas assentiu não queria deixar o pequeno confuso e apenas confirmou para ele que sim ele era seu filho e Felipe o chamou para dentro e eles entraram. Cristina se manteve longe apenas deixando que eles ficassem com ele para ver se assim Frederico lembrava-se deles dois e ao ouvir os três rirem juntos seu coração suavizou e ela respirou mais aliviada e logo Maria se junto a eles e a tarde se foi com Frederico atribuindo sua função de pai com os filhos, mas sempre com Cristina de olho não confiava nele já que não se lembrava que era o seu marido.

Quando a noite chegou, eles todos sentaram a mesa para jantar como a linda família que eram e que seriam para sempre mais na entrada da casa o carro de "Cristina" parava e ela descia dele e pegava seu pequeno menino nos braços e ela caminhou para entrar na casa já que ele não tinha ligado ela mesmo se faria presente não iria permitir que ele fosse feito de idiota por aquela mulher e ao entrar na casa ouviu a conversa e caminhou até as vozes e quando se fez presente o silencio se reinou e ele levantou indo a ela que não tinha uma cara nada boa.

— Quem é ela papai? - Carlos perguntou curioso já que ela segurava um menino em seus braços.

Cristina sentiu os olhos ficarem negros e disse com raiva.

— Essa é a família do seu pai!

— O que? - Felipe e Maria falaram juntos encarando Frederico ao mesmo momento em que ficavam de pé se era guerra que aquela maldita queria era o que Cristina iria dar.

— Você não os mandou embora? - ela falou com raiva olhando o marido.

— Como assim mandar embora? - Maria olhou para mãe sem entender.

— Isso ai que vocês ouviram dessa piranha ai... - apontou com o copo na mão. - Ela acha que é a verdadeira senhora Rivero e eles estão aqui para se vingar de nos e de Diego! - falou logo estava alta já de tanto beber ao longo do dia e Frederico a encarou com olhos negros a coisa iria pegar fogo naquele simples jantar...

Até o próximo!