— Eu sinto vontade de dar muitos tiros nele! - falou com ódio e ela sentiu o corpo tremer.

— Não fale assim nunca mais, meu filho. - o agarrou beijando. - Ele já teve o castigo dele e vai ficar longe por um bom tempo.

Suspirou e olhou o filho brincar que correu para um pouco mais longe do previsto e ela se levantou indo atrás dele e o viu caído no chão e quando foi se aproximar um homem o pegou e o afagou em seu colo.

— Está tudo bem garotão! - a voz saiu calma e Carlos o olhou.

— Fedelico. - arregalou os olhos. - Papai?

Carlos tinha os olhos bem arregalados e Cristina se aproximou não o tinha visto de frente apenas de costas e ali com seu filho nos braços que parecia espantado com o que tinha visto e Carlos tocou seu rosto como se não acreditasse depois sorriu e disse.

— Poque demolou tanto assim? - sorriu e ele pareceu não entender nada. - Eu senti tanta sodade de você, papaizinho...

— Você está me confundindo com alguém garotão! - sorriu mais para ele e Carlos olhou a mãe.

— Mamãe, ola quem cegou... - ele virou-se e Cristina sentiu um nó se formar na garganta e levou a mão ao peito sem saber o que dizer. - Ele voltou mamãe. - sorriu encantado por seu papai estar ali de volta.

Cristina sentiu o corpo tremer as pernas ficarem bambas e ela o olhou de cima a baixo estava mais magro, mas seu bigode estava ali e o cabelo com um novo corte quase que todo raspado parecia outra pessoa e ele se aproximou para entregar o filho dela sorrindo, mas até isso era diferente.

— Ele caiu e eu só quis ajudar! - falou educado e quando ela ia falar com a mão estendida para tocá-lo uma mulher se aproximou deles e disse.

— Frederico, meu amor, vamos pra casa! - sorriu a Carlos que estava em seu colo agarrado a seu pescoço sem querer soltar.

A mulher tinha quase o mesmo porte de Cristina os cabelos longos e pretos na mesma altura que os dela os olhos verdes e um sorriso no rosto era como se tivesse olhando para ela mais não era. Cristina correu seus olhos dela para ele e dele para ela e se perguntou que merda era aquela? Que merda de pegadinha estavam fazendo com ela naquele momento e olhou para os lado não queria o filho naquela confusão mais precisava perguntar e voltando seus para ele ela disse quase sem voz.

— Eu posso saber quem é ela? - engoliu a saliva para molhar a garganta seca.

Frederico sorriu e olhou a mulher que parou a seu lado e segurou seu braço livre.

— Ela é minha esposa Cristina. - falou com calma e ela arregalou os olhos perdendo a cor.

— O que? - quase gritou.

— Não, não papai a Quistina é ela a mamãe. - Carlos respondeu e Frederico sorriu para ele.

— Vamos embora, Carlos está ali sentado com fome. - olhou na direção de um menininho vestido com uma camisa azul esperando por eles.

Cristina passou a mão no cabelo sem saber o que fazer e pegou o filho nos braços cheia de medo o que tinham feito com ela, o que tinham feito com ele? Ela o viu morto e agora ele estava ali em sua frente com uma família que não era a dela? Era muito surreal e o pior de tudo que ele estava vivendo em uma família que não era a sua verdade.

— Espero que fique bem, garotão. - sorriu mais e acariciou sua bochecha.

Carlos estava apavorado e o olhou na começando a chora.

— Não vai papai, não vai não! - se jogou para ir com ele mais Cristina não permitiu.

— Amanhã eu vou estar aqui volte pra brincar com meu filho! - sorriu para aquela realidade e se virou indo de mãos dadas com uma mulher que era ela mais não era.

Cristina deixou suas lágrimas caírem e Carlos se agarrou nele chorando mais ainda por ver seu pai ir sem ele entender nada direito e Felipe apareceu correndo ali naquele momento e olhou os dois chorando e ele também começou a chora e agarrou a mãe dizendo.

— Era meu pai, era ele, mãe.

Cristina tentou ampará-los e se manter firme ali mais não conseguia era muita coisa em um único dia para ela sozinha e descobrir o marido vivo aparentemente sem memória vivendo uma mentira era de cortar o coração e quando acalmou um pouco ela foi para o carro com eles e Felipe a olhou.

— Mamãe... - tentou falar.

— Eu preciso saber o que aconteceu meu filho porque eu também vi o seu pai, mas ele estava diferente, muito diferente e eu quero entender isso! - o beijou mais e mais e o colocou no carro e entrou do outro lado seguindo para a fazenda.

[...]

LONGE DALI...

Maria tinha um lindo sorriso no rosto estava realizada como mulher e ali deitada no peito dele ela respirava cansada igualmente a ele que alisava suas costas tinham acabado de fazer amor e ela estava realizada ali com ele e sorria alto.

— O que tanto sorri aí? - apertou ela era um rapaz forte com o corpo bem definido.

— Estou feliz somente isso... - abraçou mais forte e o olhou. - Você me ama? - falou com o coração aos saltos por ele.

— Claro que sim, eu te amo muito! - sorriu sem mostrar os dentes.

— Eu também te amo muito e quero te dizer que esse amor floresceu... - sorriu mais para ver a reação dele.

Ele arregalou os olhos e a olhou bem sério o rosto suave ficou cheio de tensão e ele se sentou quase que a empurrando para o lado.

— O que isso significa? - respirou pesado.

Maria sentou na cama tapando os seios e disse sentindo que tudo tinha desmoronado ali.

— Eu estou grávida, Carlos Manuel!

Carlos Manuel passou as mãos no cabelo no mesmo momento em que levantou e começou a se vestir estava apavorado e não era aquilo que queria para ele sabia que tinha passado dos limites e agora poderia ser o seu fim e ele disse a ela.

— Eu não quero esse filho, você vai tirar! - falou logo fechando sua calça.

— O que? Ficou maluco? - falou chocada com ele. - Eu não vou fazer isso.

Ele a olhou mais uma vez e disse firme.

— Você, não entendeu que é só um jogo pra mim? Um brinquedo que eu como na cama e exibo na rua? Maria, você não é a mulher pra ser mãe de um filho meu então você vai tirar sim! - falou sendo o desgraçado que verdadeiramente era.

Maria sentiu seu peito rasgar com aquelas palavras, mas segurou o choro naquele momento não iria dar o gosto a ele de vê-la chorar e assim ela levantou enrolada no lençol e disse.

— Pois eu digo a você que é tão meio homem que está aí se mostrando o que realmente é e tenho pena do meu filho ter um pai como você que achou que iria gozar do meu dinheiro pro resto da vida, mas tudo que me disseram era verdade você não presta e nunca presto! - ele sorriu diante das palavras dela. - Você pode até ser bom de cama Carlos Manuel, mas nunca vai ser bom pra ser apresentado como um Rivero diante da sociedade porque você é um lixo de homem e espero que nunca mais chegue perto de mim porque mesmo que meu pai não esteja mais vivo tem quem me defenda e você vai pagar por isso!

Carlos Manuel se aproximou dela e a segurou pelo rosto.

— E você é só mais uma menina tola que caiu em meu colo e me deu o que eu quis enquanto não fez essa merda de engravidar! - Maria tirou a mão dele. - Você é tão gostosinha, mas tão burra!

Maria não se aguentou e sentou o tapa em sua cara com gosto e ele sorriu revidando a fazendo cair na cama.

— Não brinque comigo, Maria, porque eu posso fazer você cuspir essa criança aqui e agora! - estava com ódio ela tinha estragado tudo.

Maria não chorou mesmo sentindo dor em seu rosto e em seu arroubo ela pego o primeiro que viu em sua frente e acertou em cheiro na cara e ele caiu no chão desmaiado e aí ela chorou e correu para se vestir e o olhou ali no chão mais uma vez e saiu do quarto deixando para que ele pagasse a conta e ela foi pra casa destruída com tudo que acontecido e tudo que ela tinha ouvido.

[...]

NA FAZENDA...

Cristina depois de cuidar dos filhos e acalmar Felipe ela saiu de casa para cavalgar estava sufocada e ficar ali não estava ajudando então ela saiu de casa e aí sim deixou que suas lágrimas saíssem ele estava vivo e vivendo uma mentira e não sabia como resolver, mas a tempestade estava longe de passar com as novidades que viriam por aí...

Quando estava bem longe se lembrou de Diego com certeza absoluta ele estaria metido naquilo e ela tiraria isso a limpo assim que possível, quando chegou próximo a cachoeira percebeu que tinha mais alguém ali estava quase anoitecendo e ela parou seu cavalo e desceu caminhando devagar e parou para observar.

Lá estava ele observando aquele lugar que era tão deles e ela não pensou apenas se aproximou e pisando num galho fez com que ele percebesse que ela estava ali e ele virou e Cristina apenas juntou seu corpo no dele e o beijou na boca...

Até o próximo!