Um arrepio cruzou pelo seu corpo quando tocou a maçaneta. Era a hora. Passos vagarosos até um pesadelo. Mas quando Muriel focalizou o olhar no canto do quarto, havia uma figura cinzenta sentada em uma cadeira, de braços abertos e pernas cruzadas, como a Alma Mater materializada em escultura fora do hospital.

A sensação que percorreu Muriel já era conhecida. Não era real. Aquela mulher era apenas do seu mundo maluco e sem esperança.

—Olá, Muriel. Acredito que tenha vindo atrás de respostas.- A voz era quase angelical, se ignorasse o incômodo que trazia. - Não conseguirá muitas aqui.