Em Busca das Almas Perdidas

Conheço um pégaso vermelho chamado Morte


Escuridão. Trevas. Mortos. Espíritos. Eis a vida de um filho de Hades. Ah, cala a boca, Nico, seu retardado, que drama! É, tem razão... Olá, caros amigos inúteis bisbilhoteiros que não tem nada melhor a fazer que ler histórias de filhos de Hades que ainda não se decidiram entre o punk e o emo!

Voltando, Nico di Angelo, filho de Hades, necromante potencial, 14 anos, prazer! Mas como eu sou excepcionalmente famoso, você já sabe quem sou então, tchau. Tá, voltando ao assunto... A quem puder interessar eu vou contar a história daquela vez em que eu fui parar no Egito, achei tumbas perdidas e recuperei alguns troços inúteis.

Eu tava lá em paz no meu quarto de 300 m². Muito, né? Eu sei, mas foi meu pai. *-* então batem na porta e eu abro tranquilamente. Alecto entra em foco e avisa algo do tipo “seu pai quer lhe ver, encontre-o na sala de jantar”. Ah, qual é? Eu estava sonolento.

Eu desci e encontrei meu pai andando de um lado pro outro. Já disse que ele só faz isso quando tá muito nervoso? Não? Pois é.

- Aew, pai! Qual foi?

Ele percebeu minha presença e se virou pra mim.

- Nico. Que bom que veio. Tenho alguns assuntos muito sérios pra tratar com você. E... um favor, também.

Ih, ferrou! Quando deuses vêm pedir favores, a sua chance de voltar vivo é de tipo, 1%, mas tudo bem. Meu pai continuou.

- Tem havido revoltas, Nico.

Eu gemi. Sempre havia revoltas. Que povo revoltado!

- Quem, dessa vez?

- Melinoe.

Ok, Nico, calma, não é nada demais, é só a deusa dos fantasmas revoltada e assustadora que supostamente deveria ser devota a você e seu pai, mas tudo bem.

AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!! EU VOU MORRER!!!

- Nico, ela libertou almas. Ela impediu as almas de encontrarem o caminho ao Mundo Inferior. Resumindo: ela quebrou as regras e prendeu diversas almas na superfície.

- Ok, e eu com isso? – perguntei, já sabendo a resposta.

- Sua missão será encontrar essas almas. Trazer todas até aqui, e aprisioná-las corretamente.

Certo, então eu tenho que sair procurando almas loucas e enfurecidas? Tudo bem, fácil até agora, não?

- Está bem, pai. Quando devo ir?

- Assim que estiver pronto, filho. Pode ir agora?

- Posso. Vou pegar um pouco de néctar e ambrosia e posso viajar pelas sombras.

Meu pai hesitou. Então disse:

- Não dessa vez, Nico. Você precisará de energia e muita dela será gasta na viagem se você for pelas sombras. Você usará um pégaso.

- O que?! Mas pai, eu odeio pégasos, e eles me odeiam também, não me deixam montá-los!

- Não essa, Nico. Apresento-lhe Mors, ela será sua égua.

Ele acenou com a mão e apareceu um pégaso vermelho sangue. Era obviamente uma égua. Era linda. Espetacular. Eu me aproximei.

Oi, Nico!

Eu senti uma voz melodiosa preencher minha mente e entendi. Ambos éramos ligados pela nossa relação o Mundo Inferior. Podíamos nos comunicar.

Oi, Mors! Preparada pra uma missão desastrosa? A propósito, adorei sua cor.

Estarei sempre pronta, Nico. Obrigada, é bonita, não? Seu pai quem escolheu.

Pude sentir o orgulho em sua voz.

- Obrigado, pai.

- Boa sorte, Nico.

Me aproximei de Mors e montei entre suas asas e decolamos. Uma fenda se abriu no “teto” do Mundo Inferior e nós passamos. A luz explodiu. A busca começara.