Elsa e Anna-Caçadoras de bruxas
Casa de Doces
Pov’s Elsa
Eu e Anna paramos de correr,respirando ofegante.
—Deixar eu te pegar pelo menos uma vez,Elsa!-reclamou.
—De jeito nenhum-ri.
—Vamos brincar de esconde-esconde agora!-sugeriu animada.
—Ok Srta.Snow,eu conto-falei vendo ela correr pra se esconder.
Contei até 10 e comecei a procurá-la nos arbustos,árvores e ao redor da casa.
—Me larga!Elsa!Socorro!-ouvi o grito de Anna.
Corri em direção ao grito de Anna e a vi tentando se soltar de um homem que lhe segurava.
Meu sangue ferveu e de repente senti meu pé esquerdo formigar e olhei pro mesmo vendo que o chão estava sendo coberto por...gelo?
Foi então que de repente,um espinho de gelo surgiu,atingindo o homem na barriga.
Anna caiu no chão,olhando assustada a imagem do sangue do homem escorrendo pelo o grande espinho de gelo,e logo depois encarou me encarou.
—F-f-f-o-o-oi v-você q-que fez isso?-gaguejou ela.
Eu estava em completo choque e não conseguia dizer nada.
—Elsa!Anna!-ouvi a voz de mamãe.
Olhei pro lado e vi mamãe caminhando até nós,olhando a cena assustada.
—Ah não...eu sabia que esse dia chegaria.Richard!-chamou mamãe Anna no colo.
Minutos depois,papai surgiu e me carregou no colo.
(...)
Quando chegamos em casa,Anna foi tomar banho.Eu estava sentada na mesa com meus pais,que me encaravam preocupados.
—Elsa,você está bem?O que aconteceu exatamente?-perguntou meu pai.
—Eu estava brincando de esconde-esconde com Anna e ela gritou por socorro.Eu fui até ela e vi o homem a segurando e querendo rasgar sua roupa-contei e vi meu pai fechar o punho e minha mãe arregalar os olhos mas continuei-Eu não sei o que ele ia fazer com ela,mas eu fiquei com raiva e...aquele espinho de gelo apareceu.
—Filha,aquele espinho de gelo,é o dom que te falei-sorriu mamãe-Por isso que você tem cabelos platinados e olhos azuis querida,por causa do seu poder.Você nasceu com ele.
Arregalei os olhos
Era isso mesmo?Eu tinha poderes de gelo?
—Mãe e se por causa desse dom,a vila achar que eu sou uma bruxa?-perguntei assustada.
—Não vão porque não saberão-afirmou meu pai-Você vai esconder esse poder.
—Entendi-assenti.
—Filha,sabe porque sua irmã tem uma mecha branca na cabeça?-perguntou mamãe e neguei com a cabeça.
—Por causa do seu poder-revelou-Você tinha oito anos e Anna cinco quando tudo aconteceu.Era inverno e vocês estavam brincando.Você fazia montes de neve com seu poder enquanto Anna subia.Você tropeçou num galho e acabou atingindo Anna na cabeça.Ela desmaiou,mas a levamos ao um curandeiro e ela voltou ao normal,porém,ele não pôde retirar a marca da neve que entrou na cabeça dela.
Olhei pra minhas mãos assustadas.
Eu havia machucado Anna!Eu preciso controlar esse poder!
—Como eu não lembro disso?-perguntei confusa.
—Um dia você irá entender,agora vá tomar banho e dormir-pediu mamãe.
(...)
Depois que tomei banho e vesti meu pijama,entrei no quarto que dividia com Anna e me deitei na cama,me cobrindo com o cobertor.Anna,já estava deitada em sua cama - que ficava ao lado da minha.
—Elsa-chamou ela me fazendo encará-la-Obrigada por me salvar.
Sorri.
—Você é minha irmã,vou te proteger sempre-afirmei.
Ela torceu os lábios.
—Aquele espinho de gelo...foi você?-questionou.
—Sim-respondi.
—Que legal!-sorriu-Podemos brincar na neve,patinar e fazer Olaf quando quisermos.
—Anna não é bem assim que fun...-parei de falar quando mamãe entrou no quarto.
Ela sentou em um banquinho que pôs entre nossas camas.E então,colocou a mão no peito de Anna e fechou os olhos murmurando palavras e depois fez de novo comigo.
—Estão salvas,ficarão seguras-garantiu se levantando e saindo.
Dei de ombros e fechei os olhos caindo no sono.
(...)
—Leva elas pra floresta agora-ouvi um murmúrio.
Senti a claridade na minha vista e abri os olhos com dificuldade,vendo papai segurando um lampião.
—Se troquem agora-pediu ele.
Eu e Anna nos entreolhamos e obedecemos.
(...)
Eu me vesti e logo depois Anna.Mas antes de sairmos de casa,papai me entregou um par de luvas brancas.
—Vai ajudar a controlar seu poder-explicou-Lembre-se:Encobrir,não sentir,não deixar saber.
Coloquei as luvas e fomos pra floresta.
Andamos por entre as árvores durante muito tempo,até que papai parou e fizemos o mesmo.
Ele nos encarou receoso.
—Fiquem aqui-ordenou começando a se distanciar.
Arregalei os olhos.
—Espera!-pedi agarrando sua mão.
—Eu disse:Fiquem aqui!-mandou aflito,já se afastando.
Engoli o seco.
—Pai!Espera!-chamei-Pai!
(...)
A única coisa que ouvíamos era o som da floresta,da solidão e do medo.
—Estou com frio-murmurou Anna trêmula.
—Que estranho,eu não tô com frio-confessei.
—Você é o próprio frio,Elsa!-lembrou indignada.
—Acho melhor procurarmos ajuda-sugeri.
—Mas papai disse pra ficarmos aqui-alertou.
—E esperar que um animal nos mate?-rebati vendo ela arregalar os olhos.
(...)
Começamos a andar e não demorou muito pra acharmos um quintal com uma casa.Mas não era uma casa qualquer,era uma casa de doces.
Eu e Anna corremos até a porta.
—Socorro!Ajudem a gente!-gritamos batendo na porta.
Vi que a porta era feita de pirulito,o que fez minha boca salivar.
Arranquei um pedaço solto do doce enorme e mastiguei.Anna logo fez o mesmo.
De repente,a porta foi abrindo devagar.
Eu e Anna largamos os doces e quando entramos,a porta se fechou.
(...)
Estava tudo escuro,mas então de repente,foram acendendo velas,iluminando o local.
Arregalei os olhos em choque e Anna se abraçou à mim,assustada.
Havia uma criatura horrenda.Era uma velha com poucos fios brancos na cabeça revelando sua careca,nariz enorme,pele enrugada cheia de verrugas e ainda era corcunda.
Ela era uma bruxa.
Nos encostamos na porta assustadas com a aparência horrível da bruxa.
Ela sorriu diabólica.
(...)
Minhas mãos estavam acorrentadas enquanto Anna estava presa com os pulsos amarrados,em uma pequena cela.
Senti um baque no meu rosto e caí no chão sentindo o meu rosto arder.
—COMA!COMA!-gritou a bruxa querendo obrigar Anna a comer doce.
Bem à minha frente,tinha um prego no chão.O peguei e o escondi entre minhas vestes.
Senti a bruxa puxar meu cabelo me fazendo encarar Anna e ela colocou a faca no meu pescoço.
—Coma...-ordenou a bruxa e Anna pegou o doce.
Engoli o choro.
—COMA!!!-berrou a bruxa enquanto Anna comia o doce,chorando.
(...)
—Não está quente o bastante!Mais lenha!-ordenou a bruxa pra mim.
Ela caminhou na direção da cela de Anna e aproveitei sua distração,pegando o prego e metendo no buraco da fechadura das correntes.
A bruxa jogou Anna no chão e abriu seu forno.
Ouvi o clique e as correntes se soltaram dos meus pulsos,caindo no chão.
Corri até a mesa e peguei uma faca,me virando pra bruxa.
Ela se virou lentamente pra mim e sorriu divertida,com sua varinha na mão.
Ela disparou magia em mim,mas não aconteceu nada.
—O que?-murmurou confusa encarando a varinha.
Avancei com tudo e gritei,dando duas facadas em seu estômago.
Ela caiu no chão,cuspindo sangue.O sangue dela me sujou toda.
Retirei minhas luvas e fui até Anna,usando a faca para cortar a corda de seus pulsos.
Ela arregalou os olhos.
—ELSA!CUIDADO!-gritou.
Me virei com tudo,disparando gelo na bruxa,que foi jogada no fogão.Ela tentou sair,mas eu e Anna puxamos a corrente,fechando a porta do forno enquanto a bruxa gritava desesperada.
Eu e Anna nos aproximamos do fogão,vendo a bruxa se debatendo no fogo.
—TÁ QUENTE O BASTANTE PRA VOCÊ AGORA!?!-gritei irritada.
“Eu e Anna nunca mais vimos nossos pais.Estávamos sozinhas".
Eu e Anna nos entreolhamos,cansadas.
"Mas aprendemos duas coisas quando ficamos presas naquela casa.Primeira:Nunca entre numa casa feita de doces".
Eu e Anna demos as mãos.
"Segunda:Se quiser matar uma bruxa,jogue ela no fogo”
Fale com o autor