Eu não durmo anoite, eu apenas durmo nas horas mais movimentadas do dia, e estou acordado na madrugada; Eu não durmo anoite, por que eu não conseguiria; Eu não durmo anoite por que tenho medo que eles venham por mim; Eu não durmo anoite por que era isso que eu fazia quando as luzes bateram e mim e me levaram para longe da minha casa .

"Somos homens ocos
Somos homens toscos
Sabemos que a vida é falha
Tal como nossas cabeças
Tão cheias de palha"

Eu adorava esse poema . Somos espantalhos, estamos aqui para assustar, mas aqueles com medo não se dão conta de que não passamos de tecido e palha, mas nós sabemos .

Eu durmo com medo, um medo irracional, uma história de terror, eu sabia que não tinha nenhum demônio atrás da porta, mas o temia . Eu estava naquele ponto entre dormindo e acordado, eu não esperava, quando ouvi o som, tão alto quanto o mais alto que já ouvi, me deu um susto tão forte quanto o maior que já havia tomado, foi quando notei as luzes, até que se apagaram, e acenderam outra vez, nessa outra vez já não era o meu quarto, ela uma sala branca, ela veio até mim, sorrindo docemente, ele veio até como se antes tivesse sido clemente , ela veio até mim, e não me trouxe medo, ela sorria, ela não era humana, mas eu sabia, como se ela tivesse me contado sem dizer, que se sentia agradecida .

As luzes se apagam e me assustam de novo, ela se acendem, e estou de novo em solo, estou no meio da estrada, mas não aquela da perdição, mas aquela que via todo dia, eu estava estranho, a sensação ela familiar, quase a mesma que tive depois de uma cirurgia, e ao lado da minha cabeça, um disco de metal, ela me deu, para que soubesse onde eu estava, estando ela seu planeta natal .

Eu vou pra casa, ela está revirada, é então que eu os vejo, tão assustadores, de lábios vermelhos, sem sobrancelhas, sem cílios, e o cabelo parecia estar preso ao chapéu, era falso, e eles eram iguais, como gêmeos, eles vestiam preto . Eles disseram para jamais contar o que ouve, por outro lado cá estou fazendo isso, eles disseram que essa seria minha ruína, e foi mesmo .

Eu não dormi anoite, atormentado por pesadelos terríveis; Eu não dormi anoite, pensando no de mais assustador que me acontecerá; Eu não dormi anoite, não por medo da dama sorridente; Eu não dormi anoite, pensando nos homens de preto .

Eu acordei, um deles estava me encarando, não me assustei, apenas congelei, respiração muito regular, face inexpressiva, eu queria morrer naquele estante antes dele poder fazer qualquer coisa, vi algo se mexer logo ao lado, mas tive medo olhar, ele apenas -Vamos levar o disco que ela te deu, não conte a ninguém sobre isso . Contei a alguém, que descanse .

Ainda tenho medo deles, os homens de preto, as figuras assustadoras que vestiam preto .

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.