O ano é mil oitocentos e lá vai cacetadas…Podemos ver Londres na época da boa e velha Era Vitoriana, que não era tão boa assim. A lua está no céu uma figura feminina caminha pelas ruas.

A mulher de longos cabelos cacheados escuros para, olha para os lados lentamente...Passado alguns segundos, um grito enche o ar e ela se vira puxando sua espada.

Jenny Drew corre na direção do grito e vê um homem tentando roubar um senhora:

—Me dá a bolsa, me dá logo!

—Não,não dou seu mau-caráter!

Antes que o homem pudesse puxar a pistola, foi nocauteado.

—Patético.-Drew comentou ao se abaixar e pegar a bolsa junto com a pistola.-Aqui.-A bolsa,ela entregou para a senhora.

—Oh,obrigada!-A mulher veio para a luz.

—Sra. Hudson?

—Sim,desculpe mas,já nos conhecemos?

Jenny pensou em dizer ``sim´´ mas, devido ao vestido estranho que a outra estava vestindo e claro, o fato dela mesma ter acordado em um beco a dois minutos atrás sem memória do que havia acontecido, apenas tendo a certeza de que não era 2014…

—Hum, não,não pessoalmente.-A morena sorriu falsamente.

—Oh, você deve ler os exemplares publicados do Sr. Watson.

—Por falar em exemplar, tem um jornal ai?Digo,se não for incomodar, preciso ver a data.

—Ah, tem sorte.-A moça retirou o papel da bolsa.

A morena sorriu e pegou o papel indo direto para a

—Dia tal, do mês tal do ano de mil oitocentos e o que?!-Os olhos dela se contraíram em desgosto.

—Alguma coisa errada?-Hudson questionou.

—Sim…Visando a data, hora e local, eu diria que não tenho lugar para passar a noite, aliás, não tenho lugar para passar nenhuma noite.

—Bom, nesse caso, pode vir passar a noite na minha casa,é pequena, mas bem agradável.

—Ah, eu não posso aceitar…

—Oh, eu insisto, acabou de me salvar a vida, não foi?

Drew sorri e a tela fica preta por alguns segundos antes de uma imagem diferente aparecer.

—Jornais, revistas!- Grita o vendedor, ele está usando seu chapéu coco, obviamente esta acima do peso e com o bigode um pouco relaxado.

Uma carruagem para perto dele e vemos John Watson colocando a cabeça para fora.

—O ``The Blue Carbuncle´´ esta vendendo?

—É muito popular, Doutor Watson. E por acaso vai ter mais algum assassinato este mês?-O jornaleiro perguntou.

—Eu vou ter uma palavra com as classes criminosas.

-Se você não se importar...-Ele aponta para a figura sentada ao lado de Watson.-É ele? Ele está ai?

Holmes, aparentemente , chuta Watson e o loiro se apressa em responder:

—Não. Não, não, não mesmo. Ah,tenha um bom dia.-Watson faz sinal para o cocheiro.

—Feliz Natal, Sr. Holmes! -O jornaleiro grita.

Baker Street .

A porta do 221B abre e a Sra. Hudson sai para receber os rapazes:

—Sr. Holmes, eu gostaria que você avisasse quando estivesse planejando voltar para casa.

O criado, Billy ,que carrega uma semelhança impressionante com Archie do "The Sign of Three",se apressa em pegar algumas malas.

—Esse é o problema com escudeiros desmembrados, eles são notoriamente difíceis de marcar horário.-Sherlock finaliza colocando seu cachimbo na boca.

—O que tem ai?-Billy questiona para o senhor Watson.

—Não importa.-O outro rebate.

—Obrigado.-Holmes fala para o cocheiro dispensando-o.

—Pegou o assassino Sr.Holmes?-Billy questiona.

—Peguei o assassino, mas ainda procuro as pernas. Declarei um empate.

—E eu notei que publicou outra de suas histórias Doutor Watson. -Hudson comentou.

—Sim. Você gostou?

- Não. -Ela se vira e vai para dentro .

Watson a segue:

—Não?

—Eu nunca apreciá-las.

—Por que não?

No corredor, Holmes tira o casaco e o chapéu e pendura-los em um gancho perto da porta da frente.

—Bem, eu nunca falo nada, não é? De acordo com você, eu só mostro para as pessoas as escadas e sirvo pequenos almoços. -A loira falou.

— Bem, dentro da narrativa, isto é , em termos gerais ,a sua função.-Watson retirou o seu chapéu.

— Minha o quê ?!

—Não se sinta desse jeito Sra. Hudson. Quase não apareço no do cachorro.-Sherlock rebateu.

—No do cachorro?-Watson parecia indignado.

— Eu sou sua senhoria e não um adereço de cena.-Hudson afirmou.

John a ignora:

—Fala do `` O Cão dos Baskerville´´?

—E você faz os quartos parecerem tão desarrumados. -A mulher continuou.

—Oh, culpa do ilustrador. Ele está fora de controle. Eu tive que deixar crescer este bigode para me reconhecerem.-John segue seu amigo escadaria acima.

Holmes subiu as escadas para a sala de estar, ele atravessa a sala e começa a abrir as cortinas para deixar a luz entrar. Watson trouxe uma das bolsas para o andar superior e a coloca sobre a mesa. A medida que mais luz ilumina a sala, uma figura vestindo roupas de luto com um véu preto sobre o rosto é revelada em pé na frente do fogo e outra está sentada na poltrona de Holmes tomando um chá.

—Oh,santo Deus!-John fala em choque.

—Oh...-Jenny começa tomando um gole de seu chá.-Olá John.

—Sra. Hudson, há duas mulheres na minha sala de estar e uma dela está na minha poltrona! É intencional? -Sherlock grita.

—Uma é cliente e a outra eu convidei para dormir aqui noite passada!

—Para resumir...-Jenny começou atraindo a atenção de Holmes.- Foi uma forma de agradecimento por ter salvo a vida dela ontem à noite, mas a figura de luto a minha frente é um cliente...Bem,quase.

Holmes faz uma careta e Watson pega uma cadeira perto da mesa:

—Você, er, quer se sentar?-Questiona para a mulher de preto mas a mesma não se move ou responde.

—Não perguntou o que ela queria?! -Sherlock grita de novo para Hudson.

-Pergunte você! Como eu poderia? Nunca tenho falas em nenhuma das suas histórias.

Holmes revira os olhos e suspira, ele se vira e caminha de volta para a sala de estar:

— Oh, pelo amor de Deus!-Sussurra para seu amigo.- Dê-lhe algumas falas . Ela é perfeitamente capaz de nos fazer passar fome. -Ele olha para as duas mulheres e sorri para elas.- Boa tarde... Eu sou Sherlock Holmes e este é o meu amigo e colega, Dr. Watson.

—Nunca ouvi falar.-Jenny mentiu.

Sherlock olhou para ela com uma carranca:

—Permita-me fazer algumas observações triviais. -Olhou fixo tentando deduzi-la, mas não conseguiu e isso foi frustrante.-Como poderia ser?

—Se está tentando usar habilidades de dedução em mim, está perdendo o seu tempo, devia usar com a sua cliente que, aproposito, tem um senso de humor travesso que está usando para diminuir o seu grau de angustia ,se casou recentemente, um homem de boa disposição mas que agora a abandonou por um companheiro desagradável de moral duvidosa. Você veio até aqui, como último recurso, na esperança de que a reconciliação possa ainda ser possível.

—Ah meu Deus...-Watson começou incrédulo.-Ela é uma versão feminina sua.-E olhou para seu amigo que estava com os olhos arregalados

—Deixe-me continuar...-Drew limpou a garganta.- Tudo isso, é perfeitamente evidente a partir do seu perfume.

—O perfume?-John questionou.

—Sim,o perfume que me trouxe a solução que não é boa para você.

—Como assim?

—Porque você não a reconheceu.-A morena puxa o véu negro e podemos ver o rosto de Mary.

—Mary?-Watson olha surpreso.

—John.-Ela devolve sarcasticamente.

—Isso foi brilhante.-Sherlock comentou se aproximando de Jenny Drew.

—Obrigada Holmes, mas é comum para mim, tanto que essa foi fácil.

—Por favor, chame-me de Sherlock.-Ele pega a mão dela e deposita um beijo.

—Ah...Não.-Ela puxa a própria mão.- Abstenha-se nos seus limites Holmes, não sou uma dama.

—Sem sombra de dúvida, no entanto, sinto como se já te conhecesse, qual o seu nome?

—Jenny,Jenny Drew.

—Nunca ouvi falar.-Ele devolveu.

—Por que, em nome de Deus, você está fingindo ser uma cliente?-Ouviram a voz de John.

—Porque eu não poderia pensar em outra maneira de ver o meu marido... Marido.

Pouco tempo depois, Sherlock esta tocando um pouco de violino ,em pé, de frente para a janela do lado direito, ele está tocando uma melodia que reconhecemos como sua valsa de casamento. Por alguns segundos, seus olhos vagariam para a garota misteriosa sentada em sua poltrona, ela era tão intrigante e dificilmente alguém como Sherlock Holmes poderia ficar tão fascinado.

Um pouco atrás,John e Mary estavam em uma discussão:

—Foi apenas um caso de intriga internacional. -O loiro defende.

—Foi um escudeiro do campo assassinado.

—Estava ocupado.

— Eu não me importo com onde você vai, querido, o que me importa é ser deixada para trás!

—Mas o que você poderia fazer ?!

—Oh, o que você faz? Exceto vaguear, tomando notas, e parecendo surpreso!

Holmes para de tocar e com raiva abaixa seu violino:

—Chega! -Os outros se calam e olham para ele. Sherlock não se vira.-O palco está montado, e a cortina sobe. Estamos prontos para começar. Às vezes, para resolver um caso, é preciso primeiro resolver outro.

— Oh, você tem um caso, então, um novo? -Watson perguntou visivelmente interessado.

—Um velho . Muito velho. Vou ter que ir fundo.

-Profundo? Em que?

—Em mim...-Eleolha para o lado e ve Jenny indo na direção da porta.

—O senhor vai entrar ou não?-A mesma questiona ao abrir.

Logo vemos Lestrade, claro que com a aparência de um inspetor vitoriano.

—Como sabia que eu estava aqui?-O mesmo a olhou de cima a abaixo.

—Primeiro, mantenha os olhos na sua cabeça se não quer que eu os arranque, segundo, você estava andando de lá para cá na frente da porta, seus passos são barulhentos mas seu comportamento indica exitação, quer dizer que tem algo para nos contar, algo grande, mas não sabe se deve, é um indicio de medo, na verdade, sugiro que tome uma bebida já que além de me devorar com os olhos, deu uma leve babada ao ver a garrafa em cima da mesa.

—Deus!Ela é uma cópia melhorada sua.-Lestrade olhou para Holmes.

—Melhorada?-Sherlock arqueou uma sobrancelha.

—An,bom...-Mais uma vez, o inspetor olhou para a morena de cima a baixo.

—Eu não mereço.-Jenny foi até a mesa e colocou um pouco de uísque em um copo.

—Ah,a senhora Hudson não está falando.-Lestrade comentou.

—Eu temo que ela está ramificada em crítica literária, por meio de sátira. É uma tendência perturbadora na senhoria moderna.-Sherlock se sentou.- O que o traz aqui em sua hora de folga?

— Oh, eu não estou aqui a negócios.

—Uma visita social?-John questiona.

— Sim, claro, apenas para desejar-lhe meus cumprimentos sobre esta época festiva...Feliz Natal?

—Feliz Natal.-Todos falaram,exceto Jenny.

—Atá,sei.-A mesma veio com o copo de uísque, puxou a cadeira e jogou Lestrade nela fazendo-o cair sentado, em seguida, deu o copo com a bebida. -Agora, tente de novo.

Puxando uma respiração afiada, Lestrade bebe o uísque de virada e jogo o copo no chão em quanto olha para ela de forma selvagem:

—Vou contar!Me encheste de coragem minha bela donzela.-Ele parece totalmente determinado.

—Que bom que restaurei sua coragem...-Jenny apontou para o que sobre do copo.-Porque você vai limpar depois.

A imagem fica desfocada por um minuto e depois volta, mas é algo totalmente diferente... Disparos são ouvidos e de pé em uma sacada do andar superior, uma mulher está segurando uma pistola de cano longo em cada mão. Ela está usando um vestido de casamento e seu rosto é pintado mortalmente de branco, exceto para os lábios que são vividamente vermelhos contra a palidez de seu rosto, mas o batom está borrado. Ela dispara tentando acertar as pessoas que estão na rua:

— Você?-Mira em um homem.

—Não por favor. -O homem pede desesperado.

A mulher volta-se para os outros que estão correndo:

— Você?-E atira.

—Um momento.- Ouvimos a voz de Sherlock e a cena congela.- Quando foi isso?

-Ontem de manhã.-Lestrade revela.

-O rosto da noiva, como foi descrito ?

— Branco como a morte, lábios, como uma ferida profunda.

—Poesia ou verdade?

— Muitos poderiam dizer que eles são a mesma coisa.

—Sim, idiotas . Poesia ou verdade?

—Eu mesmo vi o rosto dela. Só que depois...

Na varanda, a noiva aponta suas pistolas para outro homem:

—Você...-Ela faz uma pausa por um momento.-Ou eu?-Ela sorri e leva o cano até a boca estourando seus próprios miolos.

Holmes suspira, exasperado:

—Realmente, Lestrade? Uma mulher estoura seu próprio cérebro em público e você precisa de ajuda para identificar o culpado. Temo Scotland Yard atingiu sua pior fase.

— Não é por isso que estou aqui.

—Já imaginava.

—Como se chamava?-Watson começou pegando seu bloco de anotações.- A noiva?

—Emelia Ricoletti. Ontem foi seu aniversário de casamento e a polícia, é claro, foi chamada, e seu corpo levado para o necrotério. -O inspetor termina.

—E o que aconteceu em seguida?-Jenny perguntou.

—Bem...Em Limehouse, apenas algumas horas mais tarde,lá estava Thomas Ricoletti, o marido de Emelia Ricoletti.

— Presumivelmente em seu caminho para o necrotério para identificar seus restos mortais.-Holmes sugeriu.

—Sim,mas o pouparam da viagem.

Na rua,saindo do nevoeiro, uma carruagem para pouco arás do senhor Ricoletti. Ele se vira para olhar e a porta da cabine se abre ,uma mulher começa a sair neste momento tudo o que podemos ver é sua bota e seu vestido de casamento branco.

-Não me esqueça ...-Ela canta com o rosto coberto e obscurecido pelo véu. Ela está segurando uma espingarda apontada para ele - Não me esqueça ... Lembre-se da dama ...

—Quem é você?-O outro questiona.

—A dama do moinho.

—Por que você está fazendo isso? Apenas me diga quem você é!

—Você reconhece a nossa música, meu querido? Eu cantei no nosso casamento.

Ricoletti encara com horror como a noiva levanta seu véu com uma mão, seu batom esta mais manchado do que antes, e há queimaduras de pólvora em torno do meio de seus lábios:

—Emelia?! Você está morta. Você não pode estar aqui. Você morreu.

—Eu não estou linda Thomas? Tão linda quanto no dia em que se casou comigo?

Atrás dela, um jovem policial corre para a cena, mas para a poucos passos de distância:

—Que diabos?

A Noiva vira a cabeça em direção a ele,a parte de trás de sua cabeça é coberta com sangue:

—O que acha que é isso,meu belo amigo?-E ela vira a cabeça para o marido novamente-É um estouro de casamento. -E dispara duas vezes.

—Até que a morte nos separe.-Holmes interrompeu a narrativa.

—Duas vezes,no caso.-Jenny riu um pouco e Sherlock lhe deu uma piscadela.

Na rua, a noiva abaixa seu véu e se vira, podemos ver claramente um buraco na sua cabeça. Ela segue andando para nevoa e desaparece na mesma.

Voltamos a sala no 221b e John comenta:

—Extraordinário.

—Impossible.-Sua esposa sorri.

—Soberbo.-Holmes se levanta em um salto.

—Engraçado. -Jenny fala fazendo com que todos olhassem pra ela .-O que?

—Sim, humor negro.-Sherlock vai até ela e puxa para o meio da sala rodopiando.-E é por isso...-Para olhando fixamente nos olhos azuis dela.- Que devo perguntar, gostaria de juntar-se a mim neste caso senhorita Drew?

—O que?- Os outros olharam surpresos.

—Ela é a mulher mais habilidosa que já encontrei até hoje,como poderia perder essa oportunidade?-Holmes questionou com um sorriso.

— Você é muito diferente do William.-Jenny piscou em descrença.

—Perdão,de quem?-Sherlock questionou.

—Um velho amigo, mas em fim.-A morena deu de ombros.-Eu vou me juntar a você nesse caso,só...-Afastou-se dele.-Deixe-me pegar minha espada no apartamento da Sra.Hudson.

— Você tem uma pesada?-John questionou descrente.

Jenny sorri e se dirige ao andar de baixo sem lhe da resposta.

—Uma mulher cuja as habilidades de dedução são extremamente impressionantes e de espirito rebelde, possivelmente, sabe como lutar e juntando isso com o suicídio teatral de rua e cadáveres assassinos. Que presente! Watson,seu chapéu e botas.

—E para onde vamos?-John começa a pegar suas coisas.

—Para o necrotério. Não há um momento a perder ... O que raramente pode ser dito em um necrotério.

—E eu vou apenas ficar aqui,setada?-Sra.Watson questionou.

—Não minha querida, nós vamos voltar com fome.-Seu marido sorriu e se vira para Holmes- Holmes, apenas uma coisa,vai assim para o necrotério?

—Preciso estar pronto para quando o diabo chegar,Watson.

Ambos descem as escadas. Lestrade olha para Mary:

—Madame.

—Faço parte de uma campanha, sabia?

-Ah, é? Campanha?

—Votos para mulheres.

— E você está a favor ou contra?

— Saia .

Olhando confuso, Lestrade sai e Mary se senta suspirando exasperada. Sra.Hudson vem até a porta:

—Oh, quase esqueci. -Ela se aproxima e entrega Mary um envelope.-Isso chegou para você.

Mary abre o envelope e tira um cartão com a letra ``M´´ de um lado e ``Imediatamente´´ do outro. Mary sorri com deleite:

—Diga ao meu marido que vou chegar tarde em casa. Tenho um assunto urgente.

—Esta tudo bem?

—Sim,uma amiga precisa de mim.

—Que amiga?

— A Inglaterra.

Nas ruas, dentro de uma carruagem, John e Sherlock estão sentados de frente para Lestrade e Jenny. Greg olha para o lado,mirando na espada que está na cintura da garota:

—Sabe mesmo usar isso?

—Se não soubesse, por que levaria uma comigo?

Holmes olha para o inspetor:

—Quem esta neste turno?

— Você sabe quem.-O inspetor rebate.

—Argh,sempre ele.

Pouco depois, Holmes entra no necrotério e vai direto para uma mesa cujo o corpo está coberto por um lençol e acorrentado:

—Por favor me diga, que idiota fez isso?!

-É para a segurança de todos.-Anderson vem.

Jenny ri:

—Esta mulher está morta. Ela não é uma ameaça para ninguém!

—Diga isso ao marido,senhorita an ...

—Drew,Jenny Drew.

—Senhorita Drew, acredito que não seja apropriado você opinar sobre o cadáver em questão.

—O marido dela está do outro lado, não é?

—A senhora me ouviu? Não pode...-Ele parou abruptamente quando em um flash, uma lamina apareceu a pouco centímetros do seu olho.

—Abstenha-se Anderson, não é minha culpa se você remoeu uma vida de fracassos em um emprego de seu desagrado, e sofre constantemente com seu ceticismo, e fascínio, por Sherlock Holmes.

—Eu n-não tenho fascínio por Sherlock Holmes.-Claramente era uma mentira.

—Eu acho que ela te pegou.-Greg olha impressionado segurando uma risada.

-De qualquer forma, onde ele esta?-Sherlock questiona a Anderson e quase que imediatamente a porta se abre.

É um homem vestindo um terno, com cabelos castanhos e um bigode. Ele parece familiar para nós, e agora fala com uma voz que a maioria de nós reconhece imediatamente, embora seja um pouco mais profunda do que estamos acostumados a:

—Holmes.

—Hooper.-Sherlock devolve.

Jenny arqueia uma sobrancelha em diversão, claramente ela pode ver que aquilo é um disfarce.

Hooper anda mais perto, olhando severamente para Anderson:

—Você ,de volta ao trabalho. -Anderson acena com a cabeça nervosamente e se afasta. Hooper caminha para um lado da mesa e olha para Holmes.- Então, veio nos surpreender com os seus truques de mágica, eu suponho.

—Existe alguma coisa para a qual você gostaria para chamar a minha atenção?-Sherlock questiona.

—Nada, Sr. Holmes. Você pode sair a qualquer momento, fique à vontade.

Drew piscou,essa Molly tem um remorso de algo, ``Bom,Era Vitoriana,Sherlock pode ter se recusado a casar com ela.´´ Jenny riu mentalmente, ela ia se divertir por aqui.

—Doutor Hooper, eu mesmo pedi para Sr. Holmes vir aqui. Por favor, coopere, isso é uma ordem.-Greg defendeu.

Hooper toma um longo suspiro, em seguida, olha para o corpo:

—Há duas "características de interesse", como você está sempre dizendo nas histórias do Doutor Watson.

—Eu não digo isso.

—Sim, você diz. Um monte de vezes.-Seu amigo rebate.

—Pprimeiro de tudo, esta é definitivamente Emelia Ricoletti.-Hooper começo.- Ela tem sido categoricamente identificada. Sem sombra de duvida.

— Então, quem foi que estava em Limehouse noite passada?-Watson questiona.

— Também foi Emelia Ricoletti.

—Não pode ter sido. Ela estava morta. Ela estava aqui.

—Ela foi positivamente identificada por seu próprio marido antes dele morrer. Ele não tinha nenhum motivo para mentir. Ele dificilmente poderia ser enganado.

—O cocheiro também a reconheceu. Não há dúvida de quem é ela. -Lestrade afirmou.

—Mas ela não pode ter estar em dois lugares ao mesmo tempo, ela pode?

-Não, Watson. Um lugar é estritamente o limite para o recentemente falecido.-Holmes se endireita.

—Poderia ter sido gêmeas?

—Não.

—Por que não?

—Porque nunca são gêmeos.

—Emelia não tinha irmãs...-Greg começou- Ela tinha um irmão mais velho que morreu há quatro anos.

—Talvez fosse uma gêmea secreta.

Holmes olha para ele como se cambaleou por sua idiotice:

—O que?

—Hmm? Você sabe? Um gêmeo que ninguém conhece? Essa coisa toda poderia ter sido planejada

—Desde o momento do nascimento? Como ela é incrivelmente paciente. Nunca é gêmeos, Watson.

—Então, qual é a sua teoria?

—Mais ao ponto, qual é o seu problema?-Sherlock questiona a Lestrade.

—Hum,o que?

—Por que você estava tão assustado? Até agora, nada tem justificado o seu ataque a minha bebida, e por que você permitiu que uma mulher fosse colocada sob custodia?

—Ah.-Hooper começa.- Essa seria a outra característica de interesse. -E levanta a mão direita do cadáver mostrando seu indicador com sangue.- Há uma outra coisa. Ele não estava lá antes. -Aponta para uma parede no fundo, atrás de Sherlock. Jenny vai até lá,Lestrade se aproxima com um lampião e os meninos vem logo atrás, a palavra `` Você ´´ está escrita em vermelho.

—Um tiro na cabeça. Como é que ele poderia sobreviver ?-Jenny questiona.

—Ela, você quer dizer,ela.- Watson corrigi ,ao menos pensa que está corrigindo.

—Não,eu quis dizer ele.É outra pessoa.-Jenny se afasta deixando os meninos curiosos.

—Bem, obrigado a todos para mais um caso fascinante.-Sherlock olha para Lestrade- Eu vou lhe enviar um telegrama quando eu o tiver resolvido.-Holmes sai.

Watson, no entanto, se volta para Hooper e aponta para o corpo:

—Er, o tiro foi, obviamente, a causa da morte, mas há indicações claras de decomposição. Pode valer a pena um post mortem. Precisamos de todas as informações que podemos obter. -Ele se vira e começa a se afastar.

—Oh, não é que ele é perspicaz quando o papai não está olhando?-Hopper provoca.

Depois de um momento, Watson se volta e caminha mais perto da mesa:

—Eu sou atento em alguns aspectos, como Holmes é bastante cego em outros.

—Realmente?

—Sim. Realmente. -Ele olha para Hooper intencionalmente. - Incrível o que se tem de fazer para chegar à frente em um mundo de homens.

—Ou,ou ou.-Jenny coloca a espada entre os dois.-Ambos estão agindo de modo errado.-Aponta para Hooper.- Seu desprezo te cega e te faz agir como uma verdadeira dor na bunda,mas...-Se aproximou para sussurrar- Diga para as outras que eu quero conhece-las.- Os olhos de Hooper se arregalam e Jenny aponta para Watson.- Suas definições e conceitos menosprezam a capacidade de um ser humano do sexo oposto, o que você fez com sua mulher, por exemplo, é decepcionante, ela poderia aguentar melhor a barra do que você, mas tudo o que lhe importa é que ela faça o jantar.

—Não fale como se conhecesse minha esposa.-Watson cuspiu.

—E quem disse que eu não conheço?-Drew sorriu maniacamente e se afastou deixando John com uma pulga atrás da orelha.

Ele a seguiu ainda em negação.

—Do que ela estava falando, hein?-Anderson questiona.

—Volte ao trabalho!-Molly gritou.

Do lado de fora, os meninos se preparavam para pegar um taxi. Watson decidiu se abrir e puxou seu amigo a distância enquanto Jenny esperava pelos mesmo de braços cruzados.

—Meu amigo...eu estive pensando...-O loiro começou- Acha que devemos confiar nessa mulher desconhecida?

Sherlock olha para Jenny brevemente e volta para John:

—Não sinto que ela será grande ameaça, mas estou surpreso que esteja assim Watson, o que ela fez? Lhe deu um sermão? -Vendo que não obteve resposta, sorriu. - Oh, ela lhe deu um sermão não foi?

Pouco depois estavam dentro da carruagem. Sherlock.

—Bem, Holmes?-Watson quebra o silencio.- Certamente você deve ter alguma teoria.

—Ainda não. Estas são águas profundas, Watson profundas. E terei de ir mais fundo.

—Hum...-O outro olhou para Jenny. - E você? Alguma teoria?

— Não realmente, eu diria que quem quer cometeu os assassinatos, vendo como esta impune, vai cometer outros.

—Acha mesmo?

—Sim, mas de qualquer forma, eu tenho que me preocupar com outras coisas.

—Por exemplo? -Sherlock perguntou sem olha-la.

—Um lugar para viver, cheguei a pouco tempo na cidade, não tive a oportunidade de arranjar nada, tive sorte de conhecer sua governanta, mas, foi apenas por uma noite.

O resto da viagem foi silenciosa e quando chegaram ao 221b, a Sra. Hudson apareceu:

—Bem a tempo do jantar.

— Aproveitem a noite. - Drew sorriu e começou a caminhar em uma direção aleatória qualquer se afastando.

—E onde pensa que vai? -Sherlock falou em voz alta fazendo-a se virar. - Não que eu duvide de suas habilidades de sobrevivência, mas preciso mais de suas habilidades de dedução e como tem espaço na minha casa, o que acha de viver aqui e me ajudar a solucionar este caso?

John olhou surpreso para seu amigo.

—Oh, isso soa maravilhoso. - Hudson gostou muito da ideia.

Drew suspirou:

—Sabe que não tenho como pagar?

O detetive deu de ombros:

—Resolver casos pode ser uma ótima forma de pagamento.

—Mesmo que demorem meses?

—Eu não ligo.-O moreno estendeu-lhe a mão.-Trato?

Jenny revirou os olhos e aceitou:

—Trato.

Mas, como já foi previsto pela mesma, alguns meses se passaram e o caso ainda não tinha sido solucionado.

— Cinco deles agora, tudo a mesma coisa, cada um deles.- Lestrade estava na sala de estar enquanto Sherlock olhava para um livro.

—Silêncio, por favor. Esta é uma questão de suprema importância.- Sherlock rebateu.

—O que é?

— A obliquidade da eclíptica. Eu tenho que entender isso.

—O que?

—Eu não sei. Eu ainda estou tentando entender isso.

Eis que Jenny entra no local:

—Odeio essa era.

—Bem-vindo ao meu mundo. - Sherlock sorri sem ânimo.

—Com razão as mulheres querem votos, ingleses estupidos.

—Hey! - Lestrade olhou para ela.

—Oh, desculpe, não vi você, veio pelos assassinatos, não é?

—Evidentemente.

—Hum, sabe que muitos assassinos fazem o serviço e jogam a culpa na noiva, não é?

—É?

—Deus! -Sherlock fechou o livro com força.-Bom inspetor, agora que sabe que a Scotland Yard falhou mais uma vez em algo tão simples, quer parar de nos atrapalhar? Ah e pague a Sra. Hudson uma visita. Ela gosta de se sentir envolvida. Watson! Estou pronto. Pegue seu chapéu e botas. Temos um compromisso importante.

Lestrade se levanta e pega o chapéu, em seguida, olha para a sala de estar:

—O Doutor Watson não mora mais aqui a alguns meses?

Holmes para um segundo para pensar:

—Então,com quem eu estive falando com todo esse tempo?

—An...-Jenny começou.-Comigo?

—Foi?

Revirando os olhos, a morena apontou para o livro e quando Holmes olhou na direção dele ela lhe deu um tapa na cabeça.

Na casa da família Watson, John está a mesa olhando para a cadeira vazia a sua frente, ele tenta não olhar incomodado pela ausência de sua esposa, mas está. Então ele toca o sino para chamar a criada. Depois de duas tentativas a mulher aparece fazendo-o questionar.

—Ah. Onde você estava?

—Desculpe, senhor. Me atrasei hoje pela manhã.

—Não tem capacidade de ferver um ovo? -Ele suspira. - O fogo está quase apagado, tem pó em todos os lugares e você quase destruiu minhas botas raspando a lama fora delas. Onde está minha mulher?

— Perdoe-me, senhor, mas a senhora saiu.

— A esta hora da manhã?

—Sim, senhor. Não sabia , senhor?

—Onde ela foi? Ela sai tanto ultimamente.

—Não de frente do senhor, senhor. -A outra zomba.

—Como é?

—Eu só observo, senhor.

— Bem, isso é o bastante. Ninguém lhe pediu para estar observando.

—Desculpe, senhor. Eu só quis dizer que vocês quase não ficam juntos em casa, senhor.

—Você está perigosamente perto de impertinência. Vou ter uma conversa com a minha mulher para ter uma palavra com você .

—Muito bem, senhor. E quando você vai vê-la?-Mas antes que John pudesse lhe dar um reposta ela se adiantou.-Oh, eu quase esqueci.- E puxa uma carta do avental.- Er, chegou um telegrama para você.

— Você esqueceu?!

—Não, eu quase esqueci.

—O que você tem feito toda a manhã?

—Lendo o seu novo conto senhor.

—E você gostou?

—Por que você nunca me menciona, senhor?

—Vá embora.

Uma vez sozinho, John abre a carta:

Dr. JOHN WATSON,

Venha agora mesmo, se for conveniente, se for conveniente mesmo.

Holmes.

—A o que? -Pouco depois, ele está junto de Holmes e Drew na carruagem.

—A obliquidade da eclíptica. -Seu amigo responde.

—Eu achava que era importante.

— E é. A inclinação do equador da Terra para o caminho do sol no plano celestial.

Watson zomba:

— Andou lendo algo novo?

—Por que eu faria isso?

—Para soar inteligente? -Drew se meteu e John concordou com ela, ao que parece, ele tomou gosto e respeito por ela nos últimos meses, mesmo que ainda não concordassem em várias coisas.

—Eu sou inteligente. -Sherlock rebateu.

—Ah entendi... -Watson começa. -Eu deduzo que estamos a caminho de ver alguém mais esperto do que você.

Sherlock faz uma pequena pausa e olha para a janela:

—Calado.

Pouco depois vemos o trio entrando em um grande e branco edifício, o The Diogenes Club. Na recepção, Holmes sorri para o cavalheiro idoso, de farda,em pé atrás do balcão,o mesmo levanta o dedo reconhecendo a ele. Holmes coloca as luvas no bolso do casaco, em seguida, utiliza a linguagem de sinais para se comunicar.

``Bom dia, Wilder meu irmão está? ´´

Wilder balança a cabeça faz sinais de volta:)

``Naturalmente senhor. É hora do café da manhã.´´

``Na sala estranha?´´

``Sim, senhor.´´

``Oh...´´,Holmes aponta para os outros e faz mais sinais,`` estes são meus convidados.´´

Jenny começa a fazer alguns sinais, aparentemente, ela precisou de trinta segundos para pegar a amanhã:

`` É um prazer, sou Jenny Drew.´´

``Encantado em conhece-la, senhorita Drew. Permita-me questionar, mas por que está de calças?´´

`` Oh!´´Ela pensou em uma desculpa, ``apenas preciso fazer algumas compras.´´

`` Entendo´´, Wilder sinaliza de volta e depois olha para John. `` Ah sim! Dr Watson, é claro. Gostei do ``The Blue Carbuncle´´, senhor.

Holmes olha para Watson e revira os olhos, em seguida, dá uma cotovelada no amigo. Olhando um pouco nervoso, Watson faz sinais para Wilder,bom,ao menos ele tenta:

``Obrigado. Eu ... estou ... contente ... que você ... gosta. Você é muito ... feio.´´

O sorriso de Sherlock cai e ele olha para seu amigo com os olhos arregalados.

``Perdão?´´,Wilder sinaliza para Watson.

Watson repete o ultimo gesto:

``Feio. O que você disse sobre 'The Blue Fishmonger. Muito feio ... estou feliz que você gostou da minha batata. ´´

Wilder parece um pouco confuso e lança um olhar nervoso para Holmes, que sorri pesarosamente para Watson e faz sinais para ele:

`` É, acho que nós precisamos trabalhar muito nisso. Muito tempo gasto em aulas de dança. ´´

—Desculpe?-O loiro fala em voz alta.

Revirando os olhos, Holmes se vira e sai puxando Jenny que está se segurando para não rir. Watson parece sem jeito e ergue o polegar para Wilder antes de seguir seus amigos. O trio entrou em uma sala onde um homem extremamente corpulento está sentado de costas para eles, ao redor dele há uma grande quantidade de comida. Dando a volta na sala, Jenny arregala os olhos ao reconhecer Mycroft Holmes fazendo um lanche.

—Para quem deseja estudar a humanidade, este é o local.

—Tem certeza de que não é para quem quer ter um ataque de diabetes, colesterol, pressão alta dente outras doenças?- A garota cruzou os braços.

Mycroft olhou para ela um tanto surpreso:

—E quem é esta...curiosa...garota?

—Uma amiga, tanto faz, bom dia, meu irmão.-O Holmes mais novo ressalta.

—Desde quando você tem amigas irmão?

— Não finja que quer saber.- Jenny rebateu.,

O mais velho dos Holmes deu a ela um meio sorriso e voltou-se para John:

—Ah,Dr. Watson.-Estendeu-lhe a mão rechonchuda.

-Você parece ... bem, senhor. -O loiro mentiu.

— Sério? Eu acho que estou enorme.

—Bem, agora que você mencionou, este nível de consumo é extremamente prejudicial para a sua saúde. Seu coração ... -Watson é interrompido pelo seu amigo.

— Não precisa se preocupar quanto a isso, Watson. Há apenas uma grande cavidade, onde esse órgão devia residir.

—É uma característica da família.-Seu irmão rebateu.

- Oh, eu não estava sendo crítico.

John limpou a garganta:

— Se você continuar assim, senhor, eu dar-lhe cinco anos, no máximo.

Mycroft Holmes levanta as sobrancelhas:

—Cinco? Nós pensamos três, não é, Sherlock?

— Ainda estou inclinado a quatro.-O moreno respondeu.

—Francamente...-Jenny começou chamando a atenção. - A descoloração nos brancos dos seus olhos, os anéis visíveis de gordura ao redor das córneas ... eu diria três anos, quatro meses e onze dias.

—Sim, estou mudando minha aposta. -Sherlock concordou.

—Uma aposta? - O loiro olhou.

—Eu entendo sua desaprovação, Watson, mas pela competição ele é perfeitamente capaz de morrer mais cedo.

—Isso é um risco que preciso correr.-Mycroft sorriu.

—Você está jogando com sua própria vida?-John piscou.

—Por que não? É muito mais emocionante do que jogando com os outros.

—Três anos se você comer aquele pudim.-Sherlock apontou.

—Feito.

Jenny arregalou os olhos conforme viu Mycroft se esticando para pegar o doce e instantaneamente puxou sua espada colocando a lamina entre ele e a comida:

—Nem pense nisso.

—Com que direito...-Ele ia falar algo mas foi interrompido pela mesma.

—Sua mãe não gostaria de ver o filho dela reduzindo sua vida por tão pouco, especialmente quando ele é brilhante. Se você e seu irmão não entendem os sentimentos humanos, ao menos finjam que entendem e joguem conforme a música. O vento Leste vem para todos, Mycroft, não precisa ter pressa.

Ouve um longo minuto de silencio, que os homens estavam chocados, oh sim, estavam. Mycroft olhou para o chão, lambendo os lábios e em seguida suspirou:

—Muito bem. - Endireitando-se, olhou para o trio. - Sentem-se e vamos acabar logo com isso.

Pouco depois vemos todos sentados, os meninos estavam tomando chá, Jenny permanecia com os braços cruzados. Mycroft começou olhando para seu irmão:

—Eu esperava vê-lo há dias atrás sobre o caso Manor House. Pensei que você se esforçaria um pouco mais nele.

— Não. Eu resolvi.

—Foi Adams, é claro.

—Sim, foi o Adams.

—Assassino invejoso. Ele tinha escrito um artigo para a Royal Astronomical Society sobre a obliquidade da eclíptica, e em seguida outro artigo ultrapassá-lo.

—Eu sei. Eu li.

—Você entendeu?

— Sim, é claro que eu entendi. Era perfeitamente simples.

—Não, você entendeu o assassinato por inveja?.Não é uma coisa fácil para uma grande mente contemplar uma ainda maior.

— Você me intimou aqui só para me humilhar?

—Sim. -Depois dessa Sherlock levanta o rosto irritado seu irmão ri um pouco-Claro que não, mas é de longe o maior prazer.

—Então você se importaria de explicar exatamente por que você...-O mais novo é interrompido.

—Nosso modo de vida está sob ameaça de um inimigo invisível, que paira no nosso cotovelo em uma base diária. Estes inimigos estão em toda parte, não pode ser detectado e é imparável.

Watson se inclina para frente:

—Socialistas?

— Não socialistas, doutor, não.

— Anarquistas?

—Não.

—Os franceses? As sufragistas?

—Existe alguma grande massa de pessoas com a qual você não se preocupa?

—O Dr. Watson é infinitamente vigilante...-Sherlock olha.-Elabore.

—Não...-Seu irmão rebate. -Investigue. Esta é uma conjectura e eu preciso de você para confirmá-la. Estou lhe enviando um caso.

Watson franze a testa:

—Os escoceses?

—Escoceses? -Drew se manifesta incrédula.

— Você está ciente das teorias recentes sobre o que é conhecido como 'paranoia'?-Holmes concorda com ela.

—Uma mulher vai procurar vocês...-Mycroft começou- Lady Carmichael. Eu quero que você tome o seu caso.

—Mas estes inimigos...-John chama a atenção.-Como é que vamos derrotá-los se você não vai nos dizer sobre eles?

—Nós não vamos derrotá-los. Nós certamente devemos perder para eles.

—Por quê?

- Porque eles estão certos, e nós estamos errados.

—É.-Jenny suspirou de forma sonhadora e sorriu.

-O caso de Lady Carmichael-Sherlock começou - O que é?

— Oh, com certeza, ele tem características de interesse.

—Eu nunca digo isso.

John descordou:

—Hã,você diz sim.

Ignorando-o,seu amigo continua a conversar com Mycroft:

—E você já resolveu, eu presumo?

— Só na minha cabeça. Eu preciso de você para o, er ...-Ele faz uma careta-Trabalho braçal. Você vai fazer isso, Sherlock? Eu posso prometer-lhe uma distração superior.

— Com uma condição. Tem que comer o pudim de ameixa.

—Deus, você é mais desprezível que William.- Drew se levantou em foi em direção a saída.

Sherlock franze a testa e olha para os outros:

—Quem é William?

221B, sala de estar...

Drew,Holmes e Watson estão sentados enquanto uma mulher elegantemente vestida está em frente a eles, diria que essa é Lady Carmichael:

—Sr. Holmes, eu vim aqui pedir um conselho.

—Isso é fácil de conseguir.- Sherlock rebateu.

—E ajuda.

—Nem sempre é tão fácil.

—Alguma coisa aconteceu, Sr. Holmes, alguma coisa ... incomum e ... aterrorizante.

—Então você está com sorte.

—Sorte?

—Essas são as minhas especialidades. -Ele sorri - Isso é realmente muito promissor.

— Holmes ... – Watson geme de forma reprovadora.

— Por favor, diga-nos o que angustiado você.

— O fato é que eu não tenho certeza que isso é da sua área, Sr. Holmes.

—Não?

—Deus me ajude, mas eu acho que pode ser um assunto para um padre.

Holmes compartilha um olhar com seus amigos.

Um flashback se inicia...

Na grande sala de jantar de sua casa, Sir Eustace Carmichael e sua esposa estão tomando café da manhã com seus dois filhos, uma menina e um menino.

— E do que se trata esta nova rotina, minha querida? - Eustace pergunta a sua esposa. - Seria uma nova linha de bordar? Um compromisso desgastante na chapelaria?

— Eu espero que você esteja brincando, Eustace.

Um lacaio traz algumas cartas em uma bandeja de prata em que são letras. Sir Eustace abre o primeiro envelope e congela, olhando para o conteúdo em horror.

— O que é? -Sua esposa pergunta mas não obtém resposta.- Eustace? - Quando ele ainda não reage,ela põe a faca e o garfo sobre a mesa e olha para as crianças. - Daniel, Sophie, saiam.- As crianças deixam a mesa. Lady Carmichael se levanta e caminha até seu marido, puxando o envelope das mãos. Ela ri quando vê cinco sementes de laranja-Eustace! O que isso significa?

- Morte. -Por fim seu marido responde, sua voz cheia de medo.

—O que?

—Er, nada. É, não é nada. Eu estava enganado.

Lady Carmichael se abaixa e ergue o rosto de seu marido em suas mãos:

—Meu querido, você esta bastante pálido.

— Não é nada ... -Ele se vira e sai da sala.

—Eustace ...

Voltamos ao presente...

—A senhora guardou o envelope? - Jenny questionou.

— Meu marido destruiu ... mas estava em branco. Nenhum nome ou o endereço de qualquer tipo.

— Diga-me...-Holmes começou- Sir Eustace viveu na América?

—Não.

-Nem mesmo antes de seu casamento?

—Bem, não que eu saiba.

—Hmm. Continue com a sua narrativa fascinante.

—Bem, o que eu contei aconteceu segunda-feira passada. Dois dias depois, na quarta-feira, meu marido a viu pela primeira vez.

Outro flashbck, agora de noite...

Lady Carmichael acorda e olha do outro lado da cama, percebendo que o marido não está ao lado dela. Erguendo a cabeça, ela o vê de pé na janela.

—Eustace? - Ela vai até ele e o vira em sua direção.

O homem está pálido, seus olhos refletem o puro horror:

—Ela veio atrás demim, Louisa. Oh, Deus me ajude, meus pecados foram descobertos.

—Quem está atrás de você? Eustace, você está me assustando.

—Olhe pela janela! Olhe!

Ela o faz, mas, não há ninguém à vista.

— Você pode vê-la?- Seu marido questiona.

—Não, não. Eu vejo ninguém.

Eustace olha de novo, então se vira para a mulher, sorrindo, esperançoso:

—Se foi.- Ele cai em prantos-Foi ela . Foi a noiva.

Presente, 221B...

—E você não viu nada? -Jenny questiona para a cliente.

—Nada.

A morena arqueou uma sobrancelha como se estivesse prevendo:

—Nada, até...?

—Até esta manhã. Acordei e novamente, ele não estava ao meu lado. O vi pela janela, indo em direção ao labirinto. O segui, a nevoa não ajudou, claro, mas foi que ouvi uma mulher cantando repetidamente `` Não me esqueça, não me esqueça´´. Indo atrás da bizarra melodia, encontrei meu marido, pálido, em choque. A nossa frente, uma mulher, vestida de noiva. Depois de dar um tapa em Eustace e faze-lo acorda, perguntei quem era e ele me respondeu ``Emelia Ricoletti.´´ Pouco depois,a noiva disse `` Esta noite, Eustace Carmichael, você ... vai ... morrer´´, e, ela se preparou para levantar o véu mas meu pobre Eustace desmaiou em meus braços, olhei para ele e depois voltei a olhar para a frente,mas ela já não estava lá.

-Holmes?-John chamou baixinho.

—Quieto Watson.- O moreno rebateu em um sussurro.

—Mas Emelia Ricoletti, a noiva!

—Conhecem o nome?- Lady questiona.

—Perdoe Watson.- Holmes começou.- Ele tem um entusiasmo por afirmar o óbvio, que faz fronteira com a mania. -Ele dá um olhar aguçado em direção a Watson, que, lança um olhar sombrio de volta para ele.

Ignorando-os,Jenny olha abre a boca:

—Como está o seu marido esta manhã?

—Ele se recusa a falar sobre o assunto. Obviamente eu pedir para ele para sair de casa.

— Não, não! Ele deve ficar exatamente onde ele está.

— Bem, você não acha que ele está em perigo?

Sherlock se adiantou:

— Oh não, alguém definitivamente quer matá-lo, mas isso é bom para nós. Você não pode definir uma armadilha sem isca. Ele sorri para ela.

— Meu marido não é isca , Sr. Holmes.

—Mas ele poderia ser, isso se jogarmos direito. Agora, ouça, você deve ir para casa imediatamente. Nós vamos pegar o próximo trem. Não há um momento a perder. Sir Eustace vai morrer esta noite.

Watson o repreende:

—Holmes!

— E devemos ... provavelmente evitar isso.

-Definitivamente. - John assegura sem fé.

—Definitivamente evitar isso.

Lady Carmichael parece um pouco confusa, mas assente.

O CLUBE DIOGENES.

Mycroft Holmes está de pé, o que Sherlock consideraria um milagre, e olhando para a janela:

—Meu irmão mais novo tomou o caso, é claro. Agora eu confio em você para manter um olho sobre as coisas, mas ele nunca deve suspeitar que você de trabalhar para mim. Fui claro sobre isso, Watson?

Atrás dele, Mary Watson entra sorri:

—Você pode confiar em mim, Sr. Holmes.

—Otimo. Ah! E fique de olho na nova amiga dele, não sei bem o motivo, mas acho que ela pode ser de grande ajuda.

Enquanto isso, em um vagão de trem, nosso trio favorito estão a caminho de sua aventura. Holmes e Watson estão sentados de frente um para o outro, Drew está no mesmo banco que Holmes, mas está na outra ponta perto da porta. Sherlock mantem os olhos fechados, enquanto Watson está olhando para a janela. Depois de um tempo ele se vira para seus companheiros:

—Não acham que...-É interrompido pelo detetive do chapéu.

—Não, não achamos e você também não deveria.

-Você não sabe o que eu ia dizer.

-Você estava prestes a sugerir que pode haver algum de sobrenatural envolvido neste assunto, e eu estava prestes a rir na sua cara.

-Mas a noiva! Holmes, Emelia Ricoletti, novamente. A mulher morta, andando na Terra!

Holmes suspira pesadamente e abre os olhos:

—Você me surpreende, Watson.

—Serio?

— Desde quando você teve algum tipo de imaginação?

—Talvez desde que eu convenci meu público de leitores que um viciado em drogas sem escrúpulos é uma espécie de herói cavalheiro.

— Sim, agora você chegou a mencioná-lo, que era bastante impressionante. Você pode, no entanto, ter a certeza de que não há fantasmas neste mundo. Exceto aqueles que criamos. – E fecha os olhos novamente.

—O que quer dizer? – Quando Holmes não responde, Watson suspira.

Finalmente, casa do Carmichaels. Sir Eustace está de pé perto da lareira de uma grande sala de estar. Watson está de frente para ele, Jenny encostada na parede e Holmes está andando pelo quarto.

—Sonambulismo.- Eustace diz.

—O que foi que disse?-Watson parece bem descrente.

—Eu sou sonâmbulo, isso é tudo. É uma condição bastante comum. Eu pensei que você fosse um médico. A coisa toda foi um sonho ruim.

—Incluindo o conteúdo do envelope que você recebeu?

—Bem, isso é uma piada grotesca.

—Bem, isso é a impressão que você deu a sua esposa.

—Ela é uma histérica, propensa a fantasias.

-Ela não é uma histérica. Ela é uma mulher muito inteligente de percepção rara.- Jenny defendeu.

—Minha esposa vê terror em sementes de laranja.-O outro zomba.

-Sua esposa pode ver maravilhas onde ninguém mais pode ver qualquer coisa de valor absoluto.

—Oh,é mesmo? E como você pode deduzir isso?

—Ela casou com você.- Depois dessa, Watson e Holmes trocam um sorriso.- Presumo que ela seja capaz de encontrar um motivo.

Sir Eustace, com raiva, avança na direção dela fazendo com que os meninos entrassem na frente, inclusive, Sherlock é o primeiro a falar:

—Vou fazer o meu melhor para salvar sua vida esta noite, mas primeiro, seria de grande ajuda se você explicar a sua conexão com o caso Ricoletti, Sir Eustace.

—Ricoletti?

—Sim. Em detalhe, por favor. Sir Eustace.

— Eu nunca ouvi falar dela.

— Interessante.-Jenny se poia em Holmes.- Ninguém mencionou que era uma mulher. De qualquer forma, já estamos de saída não é?-Ela olha para Sherlock.

—Sem duvidas. -O detetive olha para Sir Eustace. -Eu espero vê-lo novamente na parte da manhã.

—Não verá.

—Então, infelizmente, eu irei ser resolver o seu assassinato. Tenha um bom dia.

O trio entra caminha até o hall de entrada, Holmes puxa um bloco de notas e escreve algo.

— Bem, você tentou.- Seu amigo comenta.

Um lacaio caminha pelo corredor em direção a eles e Holmes o para:

—Pode garantir que Lady Carmichael receba isso? Obrigado. Boa Tarde.

—Sim senhor. -O lacaio leva o bilhete.

—O que foi isso? - John pergunta.

—Lady Carmichael vai dormir sozinha esta noite, com o pretexto de uma dor de cabeça violenta. Todas as portas e janelas da casa estarão trancadas.- Eles chegam até os cabides onde seus casacos e chapéus estão pendurados.

—Ah, você acha que o espectro ...-Watson hesita sabendo que seu amigo lhe está dando um olhar reprovador e rapidamente corrige.- Quero dizer, a noiva, vai tentar atrair Sir Eustace para fora de novo?

—Certamente. Por que mais aquele último aviso? "Esta noite você vai morrer."

—Bem, ele não vai segui-la, certo?

—É difícil dizer. A culpa está corroendo sua alma.

—A culpa? Culpa de quê?

—Algo em seu passado. As sementes de laranja foram um lembrete.

—Não eram uma piada?

—Oh não...-Jenny começou.- Nem um pouco. As cinco sementes de laranja são uma advertência tradicional de vingança, originária do meu território, América.

— Então é americana afinal?-Watson olha visivelmente interessado.

—Yup. Eu nasci lá, e até vivi boa parte da minha vida lá. Venho para a Inglaterra apenas para fazer visitas aos meus melhores amigos e de vez em quando solucionar um crime.

—Eu bem que desconfiei que seu sotaque era diferente. -Sherlock deu um meio sorriso. - De qualquer forma ,Sir Eustace sabe sobre os sinais, assim como ele sabe o motivo dele merecer tal punição.

— Algo relacionado com Emelia Ricoletti? -John questiona.

—Eu presumo. Nós todos temos um passado, Watson. Fantasmas. Eles são nossas sombras que definem cada dia que nasce. Sir Eustace sabe que ele é um homem marcado. Mas não é só a morte que ele teme. Ele acredita que está a ser arrastado para o inferno pelo cadáver ressuscitado da falecida Sra Ricoletti.

Watson olha em volta, pensativo por um momento, então se volta para Holmes:

—Isso é um monte de besteiras, não é?

— Deus , sim. Você trouxe seu revólver?

—E de que isso adiantaria contra um fantasma?

—Exatamente. Trouxe?

—Sim, claro.

—Então vamos meus amigos. -Sherlock coloca seu chapéu.- O jogo começou!

Anoiteceu... Em uma estufa nos jardins da casa Carmichael, Watson ergue-se um pouco para ver pelo vidro.

—Se abaixe Watson, pelo amor de Deus. – Sherlock o repreende.

-Desculpe, estou com caibra.

—E lá vai Sir Eustace.- Jenny comenta assim que vê a luz da janela apagar.

—E Lady Carmichael.- Holmes viu a outra luz sumir.- A casa dorme.

Watson balança a cabeça, aparentemente entediado:

— Deus, esta vai ser uma longa noite.

Jenny riu:

— Paciência, John.

—Desculpe,o que?-O loiro piscou.

—Oh, desculpe, eu esqueci que você não gosta que eu lhe chame pelo primeiro nome.

Watson olhou para ela antes de rir baixinho:

—A essa altura, acho que pode me chamar de John, só não me chame pelo meu nome do meio, eu odeio. – O rapaz tira seu relógio de bolso. – Meia-noite. Sabe, é raro para nós se sentar juntos assim,Holmes e eu. Já faz um bom tempo.

— Imagino.

Watson olha para o lado e fica refletindo em voz alta:

—Hmm. Dois velhos amigos, apenas conversando de ... Homem para homem.

Holmes parece um pouco assustado, então olha para a casa, um tanto inquieto.

—Deus,John,pare. -Jenny começou. - O está tornando desconfortável.

—Mas ela é uma notável mulher.

—Quem? - Tanto Sherlock quanto Jenny o olharam confusos.

—Lady Carmichael.

—Desculpe...-Drew começou limpando a garganta. – Mas você não é casado?

—Não estou falando por mim.-O loiro olhou para Sherlock de forma intencional.

—Deixe-me reformular, desculpe, mas ela não é casada? Claro que o marido é uma porcaria, mas, ela é casada.

— E o casamento não é um assunto sobre o qual eu me interesse. – O detetive se manifestou.

—Bem, por que não? – Watson olhou para o amigo.

-Qual é o problema com você esta noite?

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—O relógio que você carrega, não há uma fotografia no seu interior? Eu tive um vislumbrei uma vez ... Eu acredito que é de Irene Adler.

—A mulher?!- Jenny olhou chocada para Sherlock, mas logo em seguida lembrou-se que William tinha feito o mesmo com o celular e o choque se transformou em uma mistura de empatia com decepção.

Holmes rosnou para John:

—Você não teve um vislumbre. Você esperou até que eu tivesse adormecido para olhar.

— Sim, eu fiz.

—Você seriamente pensou que eu não iria notar?

— Irene Adler. Uma fotografia muito agradável.

— Por que você está falando assim?

-Por que você é tão determinado em ficar sozinho?

Drew esfregou os olhos, agora ela se sentia mais em casa. As brigas eram as mesmas.

—Você está bem, Watson? – Sherlock rebateu.

—Holmes, contra qualquer tipo de oposição que possa ter, eu sou seu amigo mais próximo.

— Admito isso.

—Estou neste momento tentando ter uma conversa perfeitamente normal com você.

— Por favor, não.

— Por que você precisa para ficar sozinho?

—Se você está se referindo ao envolvimento romântico, Watson , e temo que está, eu já lhe disse muitas vezes toda a emoção é abominável para mim. É um instrumento sensível rangendo ,a rachadura na lente.

—Sim

—Eu já disse isso antes.

—Não, eu escrevi tudo isso. Você está citando The Strand Magazine.

—Bem, exatamente.

—Não, essas são as minhas palavras, e não as suas! Essa é a versão que eu apresento ao público: o cérebro sem coração; a máquina de calcular. Eu escrevo tudo isso, Holmes, e os leitores podem acredita nisso, mas eu não.

—Ótimo, me lembre de escrever para o seu editor.

— Você é um ser vivo, um homem que respira. Você viveu uma vida, você tem um passado.

—Um o que?- Sherlock olhou descrente.

—Bem, você deve ter tido ...

—Ter tido o que?

- Você sabe.

—Não.

Watson engole:

—Hã... Experiências.

—Deus!- Jenny estava cobriu a boca rindo.

Vendo a reação dela, e claro, por estar morto de vergonha, Sherlock esbravejou:

—Passe-me o seu revólver. Eu tenho uma súbita necessidade de usá-lo.

—Droga, Holmes, você é carne e sangue. Você tem sentimentos. Você tem ... você deve ter ... impulsos.

Holmes fecha os olhos, exasperado:

— Eu nunca fui tão impaciente para ser atacado por um fantasma assassino.

—Como o seu amigo, como alguém que ... se preocupa com você, o que o deixou assim?

Holmes abriu os olhos e olha para o seu amigo quase com simpatia:

—Oh, Watson. - De algum lugar, podemos ouvir o som de garras arranhando e um cão choramingando ansiosamente, ou como se ele está com dor. Holmes vira a cabeça na direção do som.- Eu me fiz assim.- O choramingo continua e ele franze a testa em confusão-Barba Ruiva?

Jenny pisca em realização:

—O cachorro.

Sherlock olha para ela com os olhos arregalados, é, talvez ela tenha falado de mais.

—Oh santo Deus!-John fala atraindo a atenção deles para a cena fora da janela. A figura velada iluminada da noiva flutua ligeiramente acima do solo-O que devemos fazer?

—Por que é que não conversamos? – Sherlock se levanta.

O trio vai até a frente da casa e Sherlock grita para o suposto fantasma:

—Sra. Ricoletti, acredito.

Jenny pisca como se tivesse uma realização:

—Droga! Não perca seu tempo Holmes!- Ela correu indo na direção da maior janela que encontrou.

—O que está fazendo? -Os meninos vieram logo atrás.

—É obvio. O assassino já está lá dentro. - Com sua espada, Drew quebrou o vidro.

Sherlock pisca:

—É claro.

Eis que outro barulho de vidro se quebrando pode ser ouvido.

—Outra janela? -Watson questiona.

—A única janela com a qual precisaremos nos preocupar é esta. - Sherlock diz ao entrar pela mesma e seus amigos, claro, o seguiram. – Watson, fique aqui.

—O quê? Não!

— Todas as portas e janelas da casa estão bloqueadas. Esta é a sua única saída. Eu preciso de você aqui. -Pegando um lampião, ele se apressa em olhar para Drew.- Vamos.

—Eu vou esperar aqui, então. - Watson olha ansiosamente para a janela atrás de si.

O casal corre para as escadas, assim como uma mulher grita de horror no andar de cima. Conforme chegam ao topo da escadaria, eles se dividem, Sherlock vai para o quarto onde dá de cara com Lady Chermical em prantos:

— Você prometeu que ele ficaria seguro! -Ela cobrou em lagrimas, tanto que suas criadas foram acudi-la. - Você prometeu!

Holmes faz o seu caminho seguindo um rastro de gotas frescas de sangue.

—Sherlock!-Ele ouve Jenny chamar.

Lá embaixo, Watson ouve os rangidos do assoalho e ele pega o revólver. O loiro caminha lentamente para a frente e entra no corredor:

—Você é humana, eu sei disso. Você deve ser.- Claramente, ele está tentando convencer a si mesmo.-Afinal, este é o século XIX.

Lá em cima, Holmes sobre mais outro lance de escadas para encontrar Drew:

—O que foi?-Ele para ao ver a garota agachada olhando para o corpo de Eustace.

— Trinta segundos, não, quarenta, o que significa que o assassino ainda está aqui.-A morena se levanta e corre para o andar de baixo.

Sherlock olha para ela e suspira antes de olhar para o corpo no chão. Sir Eustace foi morto com um grande punhal ornamentado ficando em seu peito, parecia mais uma espécie de ferramenta. Atrás dele, uma mulher grita enquanto avista o corpo, provavelmente uma das criadas.

E no andar de baixo,Drew já está coma sua espada na mão indo para onde seu outro amigo está, ao chegar no corredor ela dá de cara com a o mesmo:

—John!

—Ai mulher!-Ele salta colocando a mão sobre o peito.-Não me assuste assim, eu poderia ter atirado em você.

—John...Não se mova.

—Por que?

Jenny mantem os olhos fixo para o que está atrás de Watson,o melhor dizendo,quem:

—Quer mesmo saber?

O loiro engole a seco como se percebendo o que ela quer dizer, ele se vira e seus olhos se enchem de pavor quando ele vê a noiva.

—Não me esqueça...-A mesma canta por baixo do véu.

Deixando cair a vela, Watson se vira para sua amiga:

—Corre!

—Não, John, espera!- A morena não consegue o impedir de arrasta-la junto pelo corredor, mesmo que de forma desajeitada.

Mas claro que correr de tal forma nunca dá em coisa boa e de fato, uma vez que chegaram perto das escadarias, Watson foi ao chão levando a outra junta.

—Mas o que...?!-Holmes desceu os degraus apressado. – Você esta bem?

—Eu acho que sim.-Watson fala.

—Não é com você.- Sherlock estende a mão para a garota mas ela rebate.

—Mas que merda Watson!- Drew estava furiosa.

—O que? -Holmes pisca e se vira para o doutor.-Não me diga que abandonou seu posto.

— Ela estava lá Holmes, pergunte a Jenny, ela viu!-John tentou se defender.

— Agora não está mais, já deve ter fugido.- A morena rosnou ao ajeitar suas roupas.

Sherlock decidiu ir ver com seus próprios olhos e claro que os outros o seguiram. Uma vez que chegou a janela quebrada, Holmes se volta com raiva para Watson:

—Vazio, graças a você! Nosso pássaro fugiu.

-Não! Não, Holmes, não era o que você pensa. Eu a vi - o fantasma.

— Não existem fantasmas!!!

Vendo que a tensão estava no ar,Jenny respirou fundo e colocou a mão no ombro de Watson:

—Vamos nos acalmar, o medo nos faz ver coisas John, mas ele tem muito mais de natural do que de sobrenatural neste caso, por isso, acalme sua mente.

O loiro balança a cabeça:

—Eu...eu vou tentar.

—Ótimo.-Ela sorriu e virou-se para Sherlock. – Agora, tudo o que nos resta é chamar Lestrade e começar a analisar o corpo.

—Sim,sim,claro.- O moreno andava de um lado para o outro em nervosismo e frustração.

— Sherlock...-Ela o segurou pelos ombros.

Os olhos azuis se encontram de forma fixa e ficaram assim por um bom tempo até que um flash fez a cena ficar totalmente branca por alguns segundos, mas o que vemos a seguir é um fotógrafo da polícia tirando uma fotografia do corpo de Sir Eustace, ainda deitado onde foi encontrado, com o punhal ainda preso em seu peito. O trio está de pé, junto de Lestrade, no topo das escadas próximas.

— Você realmente não deve se culpar, você sabe. - Diz Lestrade para o detetive inquieto.

Holmes puxa um longo suspiro pelo nariz:

—Não, você está certo...Watson é igualmente culpado. Entre nós, conseguimos estragar o caso todo. Eu prometi proteger esse homem; agora ele está deitado ali com um punhal em seu peito.

—Na verdade, prometeu que investigaria o assassinato dele. – John vai até o corpo.

— Confiando que eu não precisaria fazer isso.

—Bem, ele foi esfaqueado com uma força considerável.

—É um homem, então?- Lestrade pergunta.

—Possivelmente.

—Uma lâmina muito afiada, existe a possibilidade de ter sido uma mulher?

— Em teoria, sim, mas nós sabemos quem era. Eu a vi.

Holmes faz uma careta:

— Watson.

—Eu vi o fantasma com meus próprios olhos!

—Você viu nada ! Você viu o que você queria ver!

—Você mesmo disse que não tenho nenhuma imaginação.

—Em seguida, use seu cérebro para eliminar o impossível, que neste caso é o fantasma, e observe o que resta, que por este caso é uma solução tão óbvia, mesmo Lestrade poderia resolver isso.

—Obrigado.- Greg falou de forma sarcástica.

—Esqueça espectros do outro mundo . Há apenas um suspeito com motriz e oportunidade. Eles poderiam muito bem ter deixado um bilhete.

—Eles deixaram um bilhete.- Greg rebateu.

—E depois há a questão de outra janela quebrada.

—O que? Outra janela quebrada.

—Precisamente. A única janela quebrada neste estabelecimento é aquela que ... espera,o que foi que você acabou de dizer?

—O que eu disse?

— Sobre um bilhete. O que você acabou de dizer?

—Eu disse que o assassino deixou um bilhete.

—Não, eles não o fizeram.

— Há uma mensagem ligada ao punhal. Você deve ter visto isso!

—Não havia nenhuma mensagem quando encontrei o corpo .- Holmes caminha até Sir Eustace e para ao ver um pedaço de corda no punhal com um pequeno bilhete, o qual, Sherlock faz questão de ler. Seus olhos se arregalam e ele largou a nota ali mesmo antes de virar e ir embora.

Drew e Watson foram checar a nota e nem eles gostaram do que estava escrito:

`` Sentiram a minha falta?´´

—Me jogaram aqui para passar por algum tipo de prova?- A garota se levantou e fez seu próprio caminho.

O CLUBE DIOGENES.

—Você sentiu?-Mycroft questiona ao seu irmão erguendo o bilhete de outra.- Sentiram minha falta.

—Como você conseguiu isso?- Seu irmão suspira.- Deixei-o na cena do crime.

—Onde você tira essas expressões extraordinárias? Do que você sente falta dele?

—Moriarty está morto.

—Mas...

—Seu corpo nunca foi recuperado.

—É que se pode esperar quando se empurra um professor de matemática de uma cachoeira. A razão pura por puro melodrama, esta é sua vida em poucas palavras.

—Onde você tira essas expressões extraordinárias?- Sherlock Holmes suspira voltando-se para seu irmão.- Você engordou?

— Você me viu ontem. Isso parece possível?

—Não.

— Bem, aqui estou eu, maior. O que isso diz a respeito do maior investigador criminal da Inglaterra?

Sherlock olha meio indignado:

—Da Inglaterra?

—Você está imerso, Sherlock, mais imerso do que você jamais pretendeu ser. Você já fez uma lista?

— De quê?

— Tudo . Vamos precisar de uma lista. – Mycroft sorri quando vê seu irmão retirar um pequeno pedaço de papel do bolso.- Bom menino.

Sherlock caminha para seu irmão, mas Holmes afasta o papel antes que o outro possa pega-lo:

— Não, eu ainda não terminei.

—Moriarty pode discordar.

— Ele está tentando me distrair, me atrapalhar.

— Sim. Ele é a rachadura na lente, a mosca na sopa ... o vírus nos dados.

-Eu tenho que terminar este.

—Se Moriarty foi ressuscitado do caldeirão de Reichenbach, ele vai procurá-lo.

—Eu estarei esperando. -O mais novo vai em direção a saída.

—E o que a sua nova colega de casa pensa disso?

Sherlock para e pondera um pouco no falar:

—Eu não sei onde ela está.

— Oh! Já se cansou de você, eu presumo.

—Ela não é como os outros, irmão.

—Não posso discordar disso, irmão. Mas se ela não é como os outros, o que ela é para você?

Podemos ouvir o som da porta batendo com força.

221B.

Sherlock Holmes, usando um roupão azul sobre suas roupas, está sentado de pernas cruzadas no meio do chão de frente para a lareira em uma posição de meditação. Jornais estão no chão à sua volta. No mesmo local, mas dentro de seu palácio mente, ele abre os olhos e pedaços de artigos de jornais começam a flutuar por ele no ar. Sherlock analisa cada um, todos falam sobre o ``fantasma´´.

A porta para da (real) sala de estar abre-se e Mrs. Hudson e o Inspetor Lestrade espiam por ela.

—Dois dias...-Hudson começa sussurrando. - Ele está assim a dois dias.

—Ele comeu?

—Oh, não,nem um pouco.

—A imprensa tem colocado pressão. Ainda há a repórteres do lado de fora.

—Eu sei. Eu não pode se livrar deles. Estive ocupada fazendo chá para todos.

-Por que você faz chá para eles?

—Eu não sei. Eu só tipo de coisa que faço.

— Ele disse que há apenas um suspeito e então simplesmente foi embora, e agora ele não vai explicar.

— O que é estranho, porque ele adora essa parte.

—Disse que era tão simples que até eu poderia resolvê-lo.

—Tenho certeza que ele estava exagerando.

Lestrade olha para ela, em seguida, franze o nariz e olha para Holmes novamente:

—O que ele está fazendo?

—Ele diz que está esperando.

—O que?

—O diabo. Eu não ficaria surpresa. Recebemos todos os tipos aqui.

— E o que Jenny acha disso?

—Oh, esse é outro problema. Há dois dias ela veio aqui, pegou algumas coisas, disse que ia esclarecer a mente e sumiu.

—Acha que é por isso que ele ficou assim?

—Por mais que eu adorasse a ideia é do Sherlock que estamos falando.

—Bem, me avise se houver alguma mudança.

—Sim.

O inspetor se vira e desce as escadas Sra. Hudson observa seu inquilino por mais um momento, antes de fechar a porta.

Holmes levanta um jornal do chão e move-lo para revelar uma pequena caixa aberta contendo uma seringa. Ele a acaricia suavemente com um dedo, olha para ela por um tempo, então levanta os olhos como se tivesse tomado sua decisão. Algum tempo passa e a noite está caindo. Holmes ainda está no mesmo lugar com os olhos fechados. Uma sombra cai sobre ele e ouvimos os rangidos do assoalho. Holmes franze a testa e vira a cabeça na direção do som, os olhos ainda fechados. O piso range novamente e passos silenciosos podem ser ouvidos. Depois de um momento, uma voz familiar fala:

—Tudo o que eu tenho que dizer que já passou pela sua cabeça.

— E, possivelmente, a minha resposta tem atravessado a sua.

—Como uma bala.

Sherlock Holmes abre seus olhos, em seguida se levanta, colocando a mão direita no bolso. Ele se vira para Professor Moriarty, que está de pé em frente à janela do lado direito.

—É um hábito perigoso carregar armas no bolso de seu roupão. Ou você está apenas feliz em me ver? -Moriarty zomba.

— Você vai me perdoar por tomar precauções.

—Ficaria ofendido se não tomasse. – O professor dá um tapinha nos bolsos de sua jaqueta, em seguida, tira uma pequena pistola. - Obviamente eu retornei a cortesia. – Olha em volta antes dar alguns passos. - Eu gosto da sua casa. Ela cheira tão ... -Ele aponta com a mão como se procurasse a descrição mais adequada, em seguida, diz que a próxima palavra em uma voz mais profunda do que o habitual-Viril.

—Eu tenho certeza que já está familiarizado com ela.

—Bem, você está sempre fora em suas pequenas aventuras para The Strand. Diga-me, será que o ilustrador viaja com você? Tem que fazer poses? – O outro vagueia até a lareira.

—Eu estou ciente de todas as vezes que visitou este apartamento durante a minha ausência.

—Eu sei e ... Ah! A propósito, você tem uma cama surpreendentemente confortável. Será que você sabe que a poeira é em grande parte composta de pele humana?

—Sim.

— Mas não tem o mesmo gosto, falta pele fresca, um pouco crocante.

Holmes suspira apontando para a cadeira de Watson:

—Você não vai sentar?

É só o que as pessoas são,sabia? Pó, esperando para ser espalhado. E fica em todos os lugares ... em cada respiração, dançando em cada raio de sol, tudo isso eram pessoas.

—Fascinante, tenho certeza. Você não vai... -Sherlock é interrompido.

—Pessoas, pessoas, pessoas. Não pode manter qualquer coisa brilhante. – O inimigo sopra o cano de sua pistola.-Se importa se eu disparar isso, para limpar o cano? – E aponta para o outro fazendo Holmes arrebatar sua própria arma para ele.

Eles levantam suas armas quase conectando as pontas de tão perto. Pouco depois, Moriarty balança lentamente a pistola ao redor para abaixá-la ao seu lado, enquanto Holmes deixa cair sua própria arma sobre a mesa nas proximidades.

—Exatamente.-O professor começa.- Vamos parar de jogar. Nós não precisamos de brinquedos para matar uns aos outros. Onde está a intimidade nisso?

Holmes anda mais perto dele :

— Sente-se.

— Por quê? O que você quer?

— Você escolheu vir para cá.

-Não é verdade. Você sabe que não é verdade. O que você quer, Sherlock?

—A verdade.

— Isso... A verdade...É um tédio. -Ele caminha lentamente em toda a sala enquanto Holmes volta-se para vê-lo.- Não esperou que eu aparecesse na cena do crime, não é? Pobre velho Sir Eustace. Ele sabia o que merecia.

— Mas você não poderia tê-lo matado.

—Ah,e daí? Isso importa? Pare com isso. Pare com isso. Você não se preocupa com Sir Eustace, ou a noiva ou nada disso. Há apenas uma coisa em todo esse negócio que você acha interessante.

— Eu sei o que você está fazendo.- A sala começa a balançar como se um terremoto estivesse ocorrendo, mas só Sherlock sente. Ele fecha os olhos e depois abre.

— A noiva coloca uma arma na boca e atira na sua própria cabeça e depois ela voltou. – Moriarty dá de ombros. - Impossível. Mas ela fez isso, e você precisa saber como... -A sala começa a balançar novamente. - ..., não é? Esta devastando o seu mundinho, não saber.

—Você está tentando me parar ... me distrair, atrapalhar-me.

— Porque isto lembrá-lo de um outro, isso tudo já não aconteceu antes? Não há nada de novo sob o sol. Como foi? O que era? O que era o caso? Hã? Lembra-se? -Com isso, Holmes levanta as mãos e passa sobre o próprio rosto-Está na ponta da minha língua. - Ele aponta para a boca e a sala começa a tremer novamente- Na ponta da minha língua. -Levanta a pistola, abre a boca e a encosta na língua enquanto se agacha.

Holmes toma outra respiração afiada:

— Para o bem do papel de parede da senhora Hudson, devo lembrá-lo que um movimento em falso com o dedo e você estará morto.

—Morte ...é o novo sexy. - Em um movimento rápido, Moriarty puxa o gatilho, disparando a arma. Ele cai para trás e sangue voa no ar.

A sala para de tremer e Moriarty se levanta, sacudindo-se. Ele tem alguns respingos de sangue em seu rosto:

—Bem, eu preciso admitir, esse tiro foi um estouro para minha mente.

Sherlock olha para ele com os olhos arregalados:

— Como você pode estar vivo ?

- Como eu estou, né? -Lentamente, ele se vira para revelar um enorme buraco na cabeça e depois se volta para o detive. - Pode ser honesto. Dá para notar?

—Você explodiu seus próprios miolos. Como você pode sobreviver? M

— Bem, talvez eu poderia esconder com o cabelo.

— Eu vi você morrer. Por que não está morto?

—Porque não é a queda que mata Sherlock. De todas as pessoas, você deve saber que não é a queda. Nunca é a queda. É o pouso.

Os tremores começam de novo, ainda mais forte do que antes, Holmes tropeça para o lado caindo em sua cadeira desfocando a cena. Quando ela retorna, estamos de volta aos dias atuais com William Sherlock Scott Holmes no banco do avião. Do lado de fora, John e Mary assistem a máquina voadora pousar.

Dentro da cabine, o comissário coloca uma mão no ombro de Sherlock e gentilmente o sacode:

— Nós desembarcados, senhor.

O detive lentamente abre os olhos:

— Não, não, não, não agora, não agora.

A piloto do avião vem ao encontro do mesmo:

—Espero que tenha tido um voo agradável. -E agora podemos ver que ela é a cara de Lady Carmichael, embora, obviamente, vestindo um uniforme de piloto de aviação moderna. Ela sorri e acena para ele antes de se virar e ir.

Mycroft entra seguido do casal Watson:

— Bem, um exílio um pouco mais curto do que tínhamos imaginado, meu irmão, embora adequado dado os seus níveis de TOC .

Respirando pesadamente, Sherlock olha para ele de olhos vidrados:

—Eu tenho que voltar!

—O que?

— Eu estava ... eu estava quase lá! Eu quase consegui, estava tão perto!

— O que diabos você está falando?

— Voltar para onde?- John começa.- Você nem foi tão longe.

—Ricoletti e sua esposa abominável! Você não entende?

—Não, claro que não. -Mary rebate. -Não está fazendo qualquer sentido, Sherlock.

—Era um caso, um famoso de centenas de anos atrás, que deu entrada no meu disco rígido. Ela parecia estar morta, mas, em seguida, ela voltou.

—O que, como Moriarty?- John cruza os braços.

— Atirou em sua própria cabeça, exatamente .Como Moriarty.

Mary senta-se de frente para ele.

—Onde Jenny está?

—No banheiro,eu creio. Ela saiu depois que...-O moreno ponderou. - Bom, não importa, já se passaram cinco minutos desde que Mycroft me chamou . Que progresso vocês fizeram? O que você tem feito?

—Mais ao ponto, o que você tem feito?- Seu amigo questionou.

—Eu estive no meu Palácio da Mente, é claro ... Conduzindo um experimento, como eu teria solucionado o caso se eu estivesse lá em 1895.

—Oh, Sherlock.- Seu irmão o olha irritado e desapontado, ele se afasta.

—Eu tinha todos os detalhes perfeitos. Eu estava imerso.

— É claro que sim.

— Você estava lendo o blog do John...-Mary começou pegando o celular do detetive.- A história de como se conheceram.

—Me ajuda a me ver através dos olhos dele, às vezes. Eu sou muito mais inteligente.

—Acha mesmo que alguém está acreditando em você? – Mycroft questionou.

— Não, ele pode fazer isso. Eu já vi.- John começa.- O Palácio da Mente. É como um mundo inteiro em sua cabeça.

O Holmes mais novo suspira frustrado:

—Sim, e eu preciso para voltar lá.

—É uma técnica de memória. Eu sei o que ele pode fazer; e eu sei o que certamente não pode. -Seu irmão começou. – A única pessoa que eu realmente acredito que desenvolveu isso foi Jenny Drew, aliás, bem antes de nos conhecermos.

—Sim eu sei, ela já era inteligente quando nossos pais nos apresentaram, mas, talvez, haja uma ou duas coisas que eu sei que você não.

—Oh, claro. Você fez uma lista?

—Andou engoradando, seu colete é claramente mais novo do que sua jaqueta.

—Pare com isso, por favor!- Mycroft rebateu com raiva.-Você fez uma lista?

—De quê?

— Tudo, Sherlock. Tudo que você tomou.

Sherlock revira os olhos e vira a cabeça longe, Watson tenta defender seu amigo, mas cala-se ao ver o moreno retirando um papel dobrado do bolso e jogá-lo no chão. Mycroft levanta os olhos para John, que se abaixa e pega. Mycroft olha para o lado como John desenrola o pedaço de papel e olha para o que está escrito lá, seu rosto se enche de choque.

O mais velho dos Holmes suspira:

— Nós temos um acordo, meu irmão e eu, desde aquele dia.

Em um breve flashback de fraque, um Sherlock muito mais jovem está deitado sobre um colchão em um lugar pouco iluminado, ele está se contorcendo e fazendo caretas sob a influência das drogas. Mycroft, aparentemente, está sentado no colchão perto dos pés de seu irmão e lhe deixa um pedaço de papel deitado ao lado das pernas do seu irmão.

—Onde quer que eu o encontrar ... -Mycroft continua. -Seja em um beco ou casa, sempre haverá uma lista.

John, que agora está sentado de frente para ele, pergunta:

—Ele não poderia ter usado tudo isso nos últimos cinco minutos.

—Ele já estava alto, antes que de entrar no avião.

—Ele não parecia.-Mary comenta enquanto olha algo em seu próprio celular.

— Ninguém engana como um viciado.- Mycroft rebateu.

—Eu não sou um viciado. Eu sou um usuário. – Sherlock defende. – Alivia o tédio e, ocasionalmente, melhora meu processo mental.

— Pelo amor de Deus!- Watson se exalta.- Isso poderia matá-lo! Você pode morrer!

—Controlado uso não é geralmente fatal, e abstinência não é a imortalidade.

Mycroft nota que a Sra.Watson está digitando no telefone:

—O que você está fazendo?

— Emelia Ricoletti ,estou pesquisando.

—Ah, eu acho que deveríamos. Eu tenho acesso ao nível superior do arquivo MI5 ...

—Sim, que é onde eu estou procurando. - Ela sorri.

O outro faz careta:

-O que você acha da segurança do MI5?

—Eu acho que seria uma boa ideia. Emelia Ricoletti. Sem solução ... Como ele disse.

—Poderiam calar a boca por cinco minutos?-Sherlock rosna.- Eu tenho que voltar. Eu estava quase lá antes que vocês me interromperam.

—Interromper o que? O seu vício?-John rebate com sarcasmo.

Mycroft se inclina para a frente:

—Sherlock, me escute.

— Não , isso só incentiva você.

— Eu não estou bravo com você ...

—Oh, isso é um alívio. Eu estava realmente preocupado. Não, espere...eu realmente não era.

—Eu estava lá para você antes . Eu estarei lá para você novamente. E eu sempre vou estar lá. -Ele olha para baixo.- Isso foi minha culpa.

—Não teve nada a ver com você.

—Uma semana em uma cela de prisão. Eu deveria ter percebido.

—Percebido o que?

—Que no seu caso, o confinamento solitário é prendê-lo com o seu pior inimigo.

Sherlock suspira e revira a cabeça para trás:

—Oh, pelo amor de Deus.-Ele apoia sua cabeça em uma das mãos.

—Morfina ou cocaína?- Ouvimos a voz de John.

Sherlock levanta a cabeça e se vira para franzir a testa para John:

—O que você disse?

—Eu não disse nada.-Watson responde.

— Você disse ... -Os lábios de Sherlock se movem mas ao invés de ouvir a sua voz, ouvimos a voz de Watson.- O que usou hoje ? Morfina ou cocaína.

John olha confuso, Mary senta-se em sua cadeira alerta e franze a testa para Mycroft.

A imagem distorce e voltamos para a sala de estar de 221B vitoriana, onde Holmes está deitado de lado no chão.

—Morfina ou cocaína? - Watson questiona ao entrar no apartamento com Jenny Drew logo atrás dele.

—Céus,olhe para você.-A mesma se abaixa ao nível do detetive.

— Moriarty estava aqui. -O moreno geme.

—Moriarty está morto.-John tira as luvas.

—Eu estava em um jato. - Sherlock começa a se levantar.

Jenny pisca em realização:

—Um jato?

—Um o que?-Watson pisca.

—Você estava lá, e Mycroft.

—Você não deixou este quarto, Holmes. Agora, me diga, morfina ou cocaína?

—Cocaína.

—Um solução de sete por cento,eu presumo.-A morena pegou a seringa.

— É...-Ele olhou para ela como se tivesse tido uma realização. -Mas, você não voltou para a América?

—Voltar pra onde?

—Pra onde você foi afinal?

—Já ouviu falar de acampamento?

—Não entendo.

—Eu precisava respirar um ar, a natureza faz minha mente clarear. É que nem você com a sua...-Ergue a seringa.

—Oh,eu vejo. Fico feliz que está aqui. - O detetive sorriu. - Gostaria de experimentar?

—Por Deus!-Watson joga os braços no ar.

—Sr. Holmes! -A porta da sala de estar abre Billy entra.- Sr. Holmes! Telegrama, Sr. Holmes! -Ele entrega o telegrama de Holmes e sai correndo novamente.

O casal abre o telegrama e lê-lo. Eles olham chocados para Watson, que reage como se ele não está interessado no conteúdo, mas sente-se obrigado a perguntar:

—O que é? O que há de errado?

—É Mary. -Jenny fala.

—Mary? O que tem ela?

—É inteiramente possível que ela esteja em perigo.-Holmes tira o roupão.-Não há um minuto a perder.

—É a cocaína falando?-John questiona.- Em que perigo poderia Mary pode estar? Tenho certeza de que ela está apenas de visita com as amigas.

— Vamos lá.- Jenny desce as escadas com Sherlock logo atrás.

-O que está acontecendo?-O loiro os segue.

Uma vez lá em baixo,Drew olha para as condições de Sherlock:

—Você está mesmo em um estado adequado?

—Para Mary,é claro.

—E para você?

Ele olha para ela com um suspiro:

—Apenas confie em mim.- Estende a mão e pega a cartola.

—Esse não.-Watson arremessa a mesma longe e pega o famoso chapéu.-Este.

—Por quê?

—Você é Sherlock Holmes. Use a droga do chapéu. – O loiro vai em direção a saída.- Cocheiro!

Pouco depois, está quase anoitecendo e o trio está no ``taxi´´.

—Pra resumir...-A morena começou.- Ela se enfiou em uma igreja que perdeu o caráter sagrado. Ela acha que encontrou uma solução, e por nenhuma razão melhor do que isso, ela colocou-se no caminho do perigo.

—Deus.-John suspirou.

—Uma excelente escolha de esposa. - Sherlock zombou recebendo uma cotovelada da outra.

Ao chegar na igreja, eles não perdem tempo e vão andado pelos pilares, de repente, Mary sai de trás de um fazendo seu marido saltar um pouco:

—Que diabo ?!

—Eu descobri-los. -Ela aponta para frente faz sinal para que a seguissem.

—O que é tudo isso?- Seu marido questiona enquanto a segue.

—Este é o coração da conspiração.

O quarteto olha espia pelas janelas de pedra e vê as figuras encapuzadas catando em latim.

—Deus, que lugar é este?- John questiona se vira para olhar para Mary.- E o que o diabo você está fazendo aqui?

—Eu andei investigando,o Sr. Holmes me pediu.

—Holmes como você pôde?-Watson olhou para o detetive.

— Não ele. ``O inteligente. ´´ – A Sra. Watson rebate fazendo Drew segurar uma risada. - Minha teoria é que a Sra. Ricoletti teve ajuda, ajuda de suas amigas.

— Bravo, Mary ...-Sherlock olha para ela.- Espera, ``o inteligente´´?

—Eu pensei que eu estava perdendo você.- John confessou.-Eu pensei que talvez nós estavam negligenciando outro.

—Bem, você é o único que saiu de casa. -Sherlock rebate fazendo Watson fechar os olhos e suspirar.

—Eu estava falando com a Mary.- Ele se vira para olhar para sua esposa- Você está trabalhando para Mycroft?

—Ele gosta de manter um olho em seu irmão louco.

—E ele tinha uma espiã em mãos.- O detetive olha na direção do doutor.- Nunca ocorreu a você que sua esposa é excessivamente qualificada para uma enfermeira?

—É claro que não. - A loira sorri.- Porque ele não sabe do que uma enfermeira é capaz. Quando descobriu?

—Só agora.

— Deve ser difícil ser o irmão mais lento.

—Chega de conversa, tenho muito o que fazer aqui então, por que não vamos até lá e descobrir o que se passa?

Sherlock tomou a frente passando por corredores iluminados por chamas com os Watsons logo atrás. Jenny, no entanto, diminuiu o ritmo, o lado esquerdo da sua cabeça começou a doer.

—Hey...-Holmes percebeu e foi acudi-la. - Está tudo bem com você?

—Está, eu acho. As vezes sinto que a terra treme.- Respirando fundo, ela seguiu adiante.

Eventualmente, chegaram a uma pequena capela, onde as figuras vestidas se reuniram, ainda cantando. Holmes entra e toca o gongo interrompendo as cantorias e atraindo a atenção:

—Desculpe. Eu nunca poderia resistir a um gongo. Ou um toque de drama. -Ele começa a caminha em linha reta ficando entre as figuras.- Excelente teatro superlativo. Aplaudo o espetáculo.Emelia Ricoletti atirou em si mesma, então, aparentemente, voltou da sepultura e matou seu marido. Então, como foi feito? Vamos dar os eventos em ordem.

Jenny entrou na explicação:

— A Sra Ricoletti recebe a atenção de todos de forma muito eficiente. Ela coloca um dos revólveres em sua boca, enquanto na verdade o outro está mirado para o chão,e é este que dispara. Uma cúmplice pulveriza as cortinas com sangue ... e, assim, seu, aparente suicídio, é testemunhado pela multidão assustada abaixo. Um cadáver substituto carrega uma forte semelhança com a Sra Ricoletti e toma seu lugar ,depois é transportado para o necrotério. Enquanto isso, o verdadeira Sra Ricoletti escapa. Agora vem a parte inteligente. Sra Ricoletti convenceu um cocheiro, alguém que a conhecia para encontrar o marido no seu lugar favorito. O palco perfeito para um drama e com um pouco de maquiagem qualquer um pode parar um fantasma vingativo.

—Exato!-Holmes sorri.-Havia apenas mais uma coisa a fazer.

Temos um flashback curto onde Emelia, ainda no vestido de casamento, está deitada em uma cama enquanto alguém aponta uma pistola para sua boca.

—Depressa agora ...-Emelia fala.- Sem lágrimas.

A arma é disparada e voltamos a Holmes:

—Tudo o que restava era levar o corpo da verdadeira Sra Ricoletti para o cadáver no necrotério. Se alguém tentasse identifica-la, com total e absoluta certeza seria ela.

— Mas por que ela faria isso, morrer para provar um ponto?- Mary questionou.

-Toda grande causa tem mártires; toda guerra tem missões suicidas e não se enganem, esta é uma guerra. Uma metade da raça humana em guerra com a outra. O exército invisível pairando em nosso cotovelo, atendendo às nossas casas, criando nossos filhos, ignoradas, desconsideradas, negligenciadas. Sem direitos básicos como o de votar.

As figuras começam a remover seus chapéus e como Drew previa, todas eram mulheres:

—Um exército, no entanto, pronto para levantar-se, na melhor das causas, para corrigir uma injustiça tão antiga quanto a própria humanidade. Então, você vê, Watson, Mycroft era certo. Esta é uma guerra que vocês devem perder.

—Ela estava morrendo...-John começou.-Emelia Ricoletti. Havia sinais claros.

—Então ela fez sua morte valer a pena afinal. Ela já estava familiarizada com as sociedades secretas da América e foi capaz de desenhar em seus métodos de medo e intimidação para confrontar Sir Eustace Carmichael com os pecados do seu passado.

—Ele a conheceu nos EUA. -Hooper aparece. – Prometeu tudo a ela, casamento, status e depois que se cansou, a deixou de lado, abandonada e sem dinheiro.

—Hooper!-Sherlock fala em reconhecimento.

—Holmes.-Ela devolve.

John toma a frente:

—Para o registro, Holmes, ela não tinha me enganado.

—Na verdade...-Molly corrigiu.- Eu nunca enganei ela.-E apontou para Drew. -Ela soube assim que me viu, lembra-se? Ela disse isso.

Sherlock olhou para garota de cachos negros:

—Sempre um passo à frente.

—É que estava obvio de mais.-A mesma lhe deu uma piscadela e depois virou-se para seu amigo loiro.-E John...Talvez devesse olhar para lá.-Ela aponta para uma das mulheres que se inclina o suficiente para mostrar o seu rosto.

Watson olha surpreso quando reconhece sua empregada acenado descaradamente para ele.

Outra mulher pisa para a frente e Jenny reconhece:

—Janine.- Sussurra.

— Emelia pensou que ela tinha encontrado a felicidade com Ricoletti, mas ele era um bruto também. -Janine começa a explicar. - Emelia Ricoletti era nossa amiga. Você não tem ideia de como aquele bastardo a tratou.

Doutor Watson dá alguns passos a frente:

—Mas ... a Noiva, Holmes. Nós a vimos.

—Na verdade não...-Drew sorriu para ele.-Eu falei para você naquela noite. É um velho truque de teatro É chamado de Fantasma de Pepper . Um simples reflexo, em um vidro, de uma noiva viva. O único erro foi o vidro ter quebrado enquanto tentavam remove-lo. Olhe ao seu redor. Esta sala é cheia de noivas. Assim que ela nasceu, poderia ser qualquer uma. Uma lenda para espalhar o terror no coração de qualquer homem com intenção maliciosa; um espectro para perseguir brutos impunes. As mulheres para quem vocês mentiram, acordaram.

—Uma vez que existe a ideia, ela não pode ser morta. – Holmes se vira.- Este é o trabalho de uma pessoa obstinada, alguém que sabia em primeira mão sobre a crueldade mental de Sir Eustace. Um segredo obscuro, oculto a todos, apenas revelado para suas melhores amigas... -Atrás dele, alguém usando o vestido de casamento da noiva, junto com o véu, se aproxima. -Incluindo Emelia Ricoletti ... a mulher cujo o marido tem ofendido todos esses anos antes. Se excluir o fantasma, resta apenas um suspeito. -Ele se vira para a noiva. - Não é verdade, Lady Carmichael? Apenas um pequeno detalhe, que não muito sentido para mim, no entanto, por que me contratou para que impedisse um crime que pretendia cometer.

—Não faz sentido, não faz sentido, claro que não faz sentido, não é real.-A noiva rebate, mas não é uma mulher que está falando e sim Moriarty, inclusive, ele até levanta o véu.- Não faz sentido, Sherlock, porque não é real.

Tudo começa a balançar e Jenny agarra no braço de Holmes conforme os dois caem no chão úmido.

Pouco tempo depois, temos a visão da dupla, não consciente, em o que parece ser, uma cachoeira.

Holmes começa a acorda com alguns pingos de agua que caiem violentamente em seu rosto:

—Hm...-Ele geme. - Então é isso, eu ainda não estou acordado.

—E parece...-Vemos Drew se sentar.-Que eu também não.

Sherlock olhou para ela:

— Fascinante.

—Oh sim. Muito...emerso.-Jim Moriarty está de pé a poucos metros deles.- Os primeiros humanos presos em um único Palácio Mental, conectados. -Ele dá uma piscadela para Drew.

—A definição é um tom melodramático, não você acha? -Holmes não parece contente.- O que é você?

—Você sabe o que eu sou. Sou Moriarty. O Napoleão do crime.

—Moriarty está morto.

—Não na sua mente. -Jenny se levanta. -Ele não assombra meus pensamentos Holmes, assombra os seus.

—Então por que você esta aqui?-O moreno questionou.

—Porque você queria tê-la por perto. – Moriarty respondeu.-E não te culpo...Uma vez você chamou seu cérebro de HD,pois bem,eu sou o seu vírus.

— Você tem um magnífico cérebro, Moriarty. Eu admiro isso. Admito que pode ser até mesmo igual ao meu.

— Eu estou tocado. Sinto-me honrado.

—Mas quando se trata de combate desarmado na borda de um precipício ...você não tem como ganhar...nanico.

—Holmes, você não vai...-Jenny parou assim que os dois começaram a se atracar.- É, ele vai sim.

Atrás deles, alguém limpa a garganta. Moriarty olha em volta e a alguns pés de distância vemos Watson, sorrindo ligeiramente, o mesmo levanta o revólver:

—Professor, se você não se importa, afaste-se do meu amigo. Eu acredito que ele acha sua presença um tanto irritante.

Holmes, com um leve sorriso no rosto, se afasta de Moriarty, que olha frustrado:

— Isso não é justo. - O professor bufa.- São dois contra um.

—Há sempre dois. Você não lê The Strand?- Watson faz uma pausa.-Bom,pode ser que agora seja três. -E sorri para Drew, ela pisca para ele. - De joelhos, Professor e mãos atrás de sua cabeça.

—Obrigado, John.- Sherlock fala.

— Desde quando que você me chama John?

—Você ficaria surpreso.

—Não, eu não iria. -Ele sorri de volta brevemente, em seguida, olha para baixo em direção a Moriarty.- É tempo de acordar, para ambos. - Levanta seu olhar para Holmes novamente-Eu sou um contador de histórias. Eu sei quando estou em uma.

—É claro.- Jenny sorri.

— Então, como ele é? O outro eu, no outro lugar?

—Mais esperto do que ele parece.

— Mais esperto, então?

Sherlock sorri:

— Ele é muito esperto.

Como eles sorriem um para o outro, Moriarty faz um barulho enojado:

— Já pensaram em arrumar um quarto pra vocês doi?,Ah!Você não querida.-Ele dá uma olhada para a morena.

—Impertinente!-Watson rebate.

—Ofensivo.-Holmes concorda.

—Totalmente estragado.-Jenny suspira.

— Na verdade ... – O loiro abaixa o revolver.- Vocês se importariam?

—Não.-Seus amigos respondem.

Watson caminha para a frente e com o pé direito, chuta Moriarty empurrando para o fora do penhasco. Conforme ouvimos o grito de Moriarty sumindo abismo a baixo,Watson comenta:

—Era a minha vez.

—Isso mesmo.-O detetive concorda.

— Então, como pretendem acordar?

—Oh...-Holmes pega a mão de Drew e os dois vão para a borda.-Eu acredito que este é o caminho.

—É,mas antes...-A outra se aproxima mais o puxando para um beijo.

Watson arregala os olhos e com a boca aberta se vira para o céu, como se estivesse dizendo `` É real Deus?´´,olha de novo para o casal e faz uma careta de aprovação.

Jenny interrompeu o beijo,Sherlock estava com os olhos arregalados fazendo-a rir:

—Te vejo no mundo real Holmes.- Esticando os braços, ela se joga.

—Deus...-Ele gemeu passando dois dedos pelo lábio inferior em puro êxtase e depois suspirou- Só em sonho mesmo.

—Posso escrever sobre isso?-Seu amigo perguntou.

—E por que não? Aumentaria as vendas agora...-Ele olha para o abismo.- Entre você e eu, John, eu sempre sobrevivo a uma queda.

—Como?

—Elementar, meu caro Watson ...-Tirando o chapéu de feltro, ele o atira no abismo e, em seguida, dobrando os joelhos ligeiramente, salta para a frente, abrindo os braços, e mergulha no vazio sorrindo.

E agora, estamos de volta no avião onde William Sherlock Scott Holmes está começando a acordar.

Ele olha em volta em confusão por um momento e depois sorri:

—Sentiram minha falta?

-Sherlock?- John Watson está a sua frente junto com Mary.- Você está bem?

—Sim, é claro.Por que não estaria?

— Porque você provavelmente só teve uma overdose? – Mary rebate e agora podemos ver Mycroft pouco atrás no corredor.- Você deveria estar no hospital.

—Não há tempo. -O moreno começa a se levantar. - Eu tenho que ir para a Baker Street agora. Moriarty voltou.- Ele tropeça no corredor e, lentamente, balança a cabeça, tentando obter o equilíbrio.

—Eu quase desejo que ele tenha voltado.-Seu irmão começa.-Se ele for te tirar disso. -E mostra a lista.

Sherlock a arrebata de sua mão e rasga em vários pedaços:

— Não há necessidade para isso agora. Eu tenho trabalho a fazer.

— Sherlock ...Prometa-me.

Sherlock olha ao redor da cabine por um momento, depois olha de volta para Mycroft:

— O que você ainda está fazendo aqui? Você não deveria estar tentando me obter um perdão ou algo assim, como um bom irmão mais velho? - Ele se move para frente, empurrando Mycroft para fora do caminho com o ombro.

Mary também faz seu caminho, seu marido vem logo atrás mas é parado pelo Holmes mais velho:

—Doutor Watson... Cuide dele ... -Ele dá-lhe um pequeno mas genuíno sorriso- Por favor?

John acena com a cabeça, depois se vira e deixa o avião. Mycroft se abaixa e pega os pedaços da lista colocando-os em um caderno de bolso, o qual está cheio de anotações, incluindo uma palavra...

—Barba-Ruiva.- Jenny aparece no corredor, segurando o lado esquerdo da cabeça, onde, podemos ver rastros de sangue.

—Santo Deus!-Holmes olha para ela com preocupação.-O que houve com você?

—Não tenho certeza, minha aposta é que escorreguei e bati com a cabeça no banheiro.

Mycroft revira os olhos e se ergue tomando o rosto dela com as mãos:

—Vai precisar de cerca de seis pontos, sua desastrada.

— E os outros?

—Estão lá fora. E aproveite para colocar um pouco de juízo na cabeça do meu irmão, sim?

A morena fez bico e olhou para a pequena caderneta:

— Você se culpa, não é?

— Foi minha culpa.

— Não em tudo...-A outra sorriu de lado dando de ombros e se dirigiu a saída.

Uma vez lá fora ,podemos ver Sherlock colocando seu casaco enquanto ele caminha até o carro,ele se vira para o jato e vê Drew saindo com a mão na cabeça tapando, o que provavelmente é, um corte bem feio:

—O que aconteceu com você?

—Eu cai e bati com cabeça ...-Ela olha para o rosto dele. – Você está péssimo. - Balança a cabeça em decepção e começa a caminha na direção do carro.

—Só pra você saber...-Sherlock começa fazendo-a se virar.- O que eu disse lá dentro não era efeito da cocaína. Eu realmente gosto de você.

—Tentando se matar por overdose, que ótima forma de demonstrar.

—Oh, então é por isso que você saiu sem me responder. Você não quer namorar um viciado, não é?- Sherlock rebateu com dor e não muito longe, observando a cena, o casal Watson olhou de queixo caído.

—Duas palavrinhas...-A outra zombou.- Caso Janine.

—Aquilo foi fachada.

—Exatamente, você entende meu ceticismo? Eu...-Jenny parecia estar escolhendo bem as palavras.-Eu não confio em você,Sherlock,não para ser o meu namorado.

Um longo silencio se instalou, Holmes olhou para o lado mordendo o lábio inferior:

—É, provavelmente não deveria. - O detive passou por ela indo na direção do carro visivelmente magoado. - Moriarty está morto. Eu só precisei ter uma overdose para provar isso. - Ele olha para e depois para baixo. - Moriarty está morto, não há dúvida. Mas o mais importante ... -Levanta a cabeça e olha para o lado. -Eu sei exatamente o que ele vai fazer a seguir. - John e Mary não podem dizer nada, estão chocados de mais com os acontecimentos...- Ei, acordem, vamos entrar no carro.

—Os sim claro.-John Fala saindo do choque.

Quando Sherlock abre a porta do veiculo,ele olha para trás onde Drew permanece olhando para ele:

— Você... você vem? - Holmes pergunta tentando assumir uma expressão de indiferença.

—É claro.

Assim, o grupo entra no veículo e vão embora.

A tela fica escura, mas antes que possamos declarar o final, ouvimos a voz de Watson:

— Máquinas voadoras, telefone portáteis...Que tipo de fantasia lunática é essa?

Estamos de volta o 221b da Era Vitoriana com Holmes e Watson sentados em suas poltronas na sala de estar . Cada um deles está fumando um cachimbo.

—Foi simplesmente a minha conjectura do que um mundo futuro pode parecer, e como você e eu poderíamos caber dentro dele. -Holmes começa.- Você já escreveu a sua própria versão do caso?

—Sim.

—Hmm. Modificou para parecer como um dos meus raros fracassos, é claro?

—Claro.

Holmes parece pensativo por um momento:

—"A aventura do ... Exército Invisível"? "A Liga das Fúrias"? -Ele se inclina para a frente, sorrindo-"O Regimento monstruoso."

— Eu pensei em... "A noiva Abominável"

—Um toque escabroso

—Vai vender. Tem assassinatos de verdade.

— Você é o especialista.

— Especialmente porque ele é dos poucos contos que mostra o seu lado sentimental.

— Bobagem, eu não tais coisas como sentimentos. - Sherlock se levanta e vai até a janela.

—Duas palavrinhas...Jenny Drew.

Holmes solta um longo suspiro:

— Vai ser a minha morte.

—Não duvido, acha que ela vai aparecer de novo, algum dia?

— No dia em que o fizer, retribuirei o favor. -O moreno passou os dedos nos lábios. - Mas agora ela deve estar ocupada com as ``maquinas voadoras. ´´

—Tem certeza que você só usou uma solução de sete por cento?

—Talvez eu estava sendo um pouco fantasioso ... mas talvez essas coisas poderiam acontecer. Em qualquer caso, eu sei que me sentiria muito em casa em tal mundo.

Watson ri:

—Eu acho que eu não.

—Eu acredito que sim... – Sherlock olha pela janela.- Eu sempre soube que não pertencia a este tempo. – Ele coloca o cachimbo na boca e continua a observar as pessoas andando do lado de fora do 221b com as roupas tradicionais do ano.

1895.