Jenny.

Outra morte aconteceu, uma onda delas vem preenchendo os jornais e todas parecem ter o mesmo elemento comum,suicídio. Seria o mais obvio a se acreditar,mas não sou como os outros.Oh,ah!Meu nome Jenny Drew,uma porcaria de nome e se estou revelando é porque sei que,diferente de alguns, vocês merecem ouvir. Sou uma pedra tropeço para muitos,mas esse e´o meu trabalho.Atualmente,estou indo morar com o meu rival,mas ele sabe?Ho ho,isso vai ser bom.

221b Baker Street que me aguarde.

…...

Narração Normal.

221b Baker Steet , mais tarde, naquele mesmo dia.

Watson acabara de chegar ao local,ele bateu na porta e no mesmo instante um taxi parou despachando Sherlock.

—Ah,senhor Holmes.-Watson apertou a mão dele.

—Só Sherlock,por favor.

—Bem,este é um bom local,deve ser caro.

—A Sra. Hudson está fazendo uma ótima oferta,me deve um favor.Alguns anos o marido dela foi sentencia a morte na Florida...Eu consegui dar uma ajuda.

—Então impediu que o marido dela fosse executado.

—Ah não,eu garanti isso.

A porta se abriu e uma senhora saiu com um sorriso de orelha a orelha:

—Sherlock.-Ela o abraçou.

—Sra. Hudson...-Ele se afastou-Doutor John Watson.-Os apresentou.

—Oh olá.-Ela apertou a mão dele-Estamos quase completos.

—Perdão,quase?-Sherlock olhou confuso.

—Não,eu já cheguei.-Jenny saiu de seu esconderijo fazendo-o arregalar os olhos.

—O que faz aqui,Jenny.?-Sherlock questionou.

—Bom,eu vou dividir o apartamento, com vocês.-Ela olhou para John.

—Desculpe,mas...-O mesmo começou-Não era suposto para ser apenas dois?

—Não se preocupe John,não é comigo que vai ter de se estressar.-Apontou para Holmes.

—Muito engraçado.-Holmes disse sarcasticamente.-E você …-Se voltou para a senhora loira-Sabia disso.- Não era uma pergunta.

—Oh claro, vocês são tão bons amigos.-Hudson sorriu.

—Eu não tenho amigos senhora.

—Eu também não.-Drew sorriu.

—Vamos entrar,vamos.-A senhora Hudson ignorou-os e deu privilegio para John ser o primeiro a passar.

…..

Jenny.

Ignorando a bufada constante no meu pescoço, subi a escadaria até o quarto,houve um momento que Shelorck passou a nossa frente para abrir a porta.

Ao entrarmos,John foi o primeiro a falar:

—Ual nossa bem legal.

—Obrigado,eu também acho.-Sherlock e seu ego alimentados.

—Claro que precisa de uma arrumação.

O ego de alguém acabou de ser abaixado.

—Oh sim claro,arrumação...-O moreno de olhos azuis tirou os papeis do sofá e jogou em alguns lugar,outros ele colocou sobre a lareira prendendo-os com um canivete.-Pronto.

—Ah...isso é ….um crânio?-Watson apontou sua bengala para o osso ao lado dos papeis presos na lareira.

—Ah sim,era um amigo meu.-O outro respondeu.

—E é por isso que não sou amiga dele.-Comentei ao levar minhas malas para o canto,obviamente vou dormir no sofá,de fato,o doutor estava certo,não havia uma cama para mim,mas o sofá é melhor que o chão.

No entanto,eu só estou aqui devido a Mycroft me querer por perto para espionar o irmão dele...E também porque eu não tinha nada melhor,nenhuma exposição,nada.Mas claro,eu não sigo ordens de qualquer um que tenha Holmes no nome....A quem quero enganar,eu não sigo ordens de ninguém.

—Ou ou ou.-Sherlock veio para mim-O que pensa que esta fazendo?

—Deduza Holmes.

—Sherlock.

—Tanto faz.

—Infelizmente não temos espaço pra você

Sorri e retirei meu bastão de aço do bolso,acionei o botão e ele se esticou até ficar do tamanho de um taco de bilhar.Ele era de aço com uma camada interna de diamante,por fora parecia um simples bastão,mas ele foi projetado para ajudar em casos,nunca nos separamos.

O próximo passo foi mirar na caixa em cima do sofá,a acertei como se fosse uma bola e ela caiu no chão.

—Agora tem.-Sorri.

—Então o que achou Doutor Watson?-A Sra. Hudson começou-Tem outro quarto no andar de cima se precisar.

—Mas claro que vamos precisar de dois quartos-O loiro comentou.

—Ah tem todo o tipo de gente por aqui.-Hudson sorriu.

Decidi esclarecer o ponto:

—A senhora Tunner ao lado do seu quarto,vulgo vizinha, tem vários,an... maridos.Ou seja barulho é que não vai faltar.

—Como sabe disso se nunca veio aqui?-A senhora Hudson questionou-me.

—Simples,a medida que subíamos eu vi a mulher se agarrando com um sujeito,fora o fato de que o cheiro de vinho barato,a aliança vagabunda com o nome de Tunner sendo o cara tinha um crachá de identidade chamado Róger Pette facilitou ainda mais.

—Realmente, vocês tem tudo a ver.-A Sra.Hudson olhou para mim e o o pateta de olhos azuis que me observava esperando eu cometer algum deslize na explicação.-Oh Sherlock,veja que bagunça você deixou na cozinha.

—Pesquisei sobre você na internet ontem.-John se sentou.

—Achou algo interessante?-O outro olhou para ele interessado em sua opinião.

—Achei seu site,a Ciência da Dedução.

—E o que você acha?

John lhe deu um olhar de ´´você está brincando comigo.´´O sorriso de alguém murchou.

—Você disse que você poderia identificar um designer de software por sua gravata e um piloto de avião por seu polegar esquerdo .

—Sim e eu posso ler sua carreira militar em seu rosto e sua perna, e os hábitos de consumo de bebida do seu irmão em seu telefone celular.

—Como?

Sherlock sorri e se afasta,Hudson sai da cozinha lendo o jornal...

—E quanto a esses suicídios Sherlock?Pensei que já estariam em seus planos,3 Suicídios.

—4-Afirmei.

—4?-Todos me olharam.

—O carro da polícia acabou de chegar.

Sherlock foi até a janela e concluiu:

—Sua audição tem melhorado e muito Jenny.

—Drew,Holmes,apenas meus amigos podem me chamar pelo primeiro nome.

—Tanto faz....Onde?

—Brixton, Lauriston Gardens-Lestrade veio

—Lugar comum,e pra sua euforia, encontrou algo a mais, talvez um bilhete?-Arquei minha sobrancelha.

—É,temos uma mensagem.-O inspetor me assegurou.- Você vai?-Olhou para o outro detetive.

—Quem é o perito?-Sherlock perguntou.

—Anderson.

—Ele não trabalha bem comigo.

—Por que não trabalham juntos?-Lestrade apontou para mim e para ele.

Nos olhamos de cima a baixo:

—Hum,não.

O inspetor revirou os olhos:

— Vocês vão?

—Não em um carro de policia.-Holmes disse.

—Eu chego lá pelo meus meios.-Respondi.

—Obrigado.-Greg falou sarcasticamente antes de sair.

Poucos segundos depois Sherlock saltou sorridente, parecia uma criança:

—Brilhante! Isso,oh,4 suicídios em serie e agora um bilhete,ah é Natal!-Ele pegou o casaco- Senhora Hudson,vou chegar tarde e provavelmente estarei com fome.

—Sou sua senhoria,não sua empregada.-A mulher rebateu.

—Ah,eu me contento com alguma coisa fria.John,pegue uma xicara de chá e sinta-se em casa,não me esperem.-E se foi.

—Olhe só pra ele,saindo desse jeito,meu marido era exatamente assim...-A loira me olhou- E você não vai?

—Claro,estou esperando o Sr. Watson.-Sorri.

—O que,eu?-John parecia surpreso.

—Sim você ,é um medico,um medico do exercito,e pode ser muito útil senhor.-Me levantei e a aporta se abriu.

—Ela esta certa.-Sherlock estava arrumando seu casaco.-Lesões,morte violentas...

—Sim.-John se levantou.

—Cenas traumatizantes para uma vida.-Sherlock continuou.

—Sim.

—Quer ver mais?-Dei de ombros olhando pra ele.

—Ah Deus, sim.-Watson exclamou fervorosamente

E lá fomos os três,Hudson nos olhava com certo animo, pegamos um táxi e nos esprememos no banco de trás.

—Eu devia ter dito que encontrava vocês lá.-Comentei,afinal,eu estava praticamente jogada em cima do pateta.

—Em parte estou feliz que esteja aqui...Assim não corre o risco de chegar primeiro e roubar meu caso perfeito.

—Primeiro,não é perfeito,eu já tenho algumas teorias impostas,só preciso ver a mensagem deixada.Segundo,alguma pergunta John?

—Sim a onde estamos indo?

—Cena do crime.-Respondi.

—Quem são vocês e o que fazem?

—Funções diferentes com certo nivel de igualdade,Sherlock,diga sobre você primeiro.-O cutuquei.

—Bom,sobre mim,me diga doutor,o que você acha?-Holmes olhava pela janela.

—Eu diria detetive particular.

—Mas...

—Mas a policia não contrata detetives particulares.

—Eu sou um detetive consultor.

—Um o que?

—Eu mesmo inventei essa categoria.

—O que quer dizer?

—Que quando a polícia não sabe o que fazer ela vem direto a mim.

—Ah a polícia não consulta amadores.

—Quando eu te vi ontem pela primeira vez eu disse, "o Afeganistão ou o Iraque?" Você olhou surpreso.

—Sim, como se sabe?

—Eu não sei, eu vi. Seu corte de cabelo, o jeito que você anda diz militar. Sua conversa quando entrou na sala ... disse estudou no Bart, então médico do exército - óbvio. Seu rosto é bronzeado, mas não tão acima dos pulsos. Você já esteve no exterior, mas não se bronzear. Manca muito quando você anda,mas não pede uma cadeira pra sentar,como se tivesse esquecido o assunto, por isso é, pelo menos em parte, psicossomático. Que diz que as circunstâncias originais da lesão foram traumáticas. Ferido em ação, então. . Ferido na ação, bronzeado - Afeganistão ou no Iraque .-Ele lhe dar um olhar de ´´obvio´´

—Você disse que eu tinha um terapeuta.

—Você é psicossomaticamente manco claro que você tem um terapeuta. -Me manifestei.

—Depois, há o seu irmão.-O moreno voltou a falar- Seu telefone. É caro, e-mail ativado, MP3 player, mas você está procurando um apartamento compartilhado - você não iria perder dinheiro com isso. É um presente, então.

—Tem arranhões...-Mostrei o celular de John.

—Como?

—Eu tenho meus truques,agora preste atenção nesses arranhões. Indica que esteve no mesmo bolso com chaves e moedas. O homem sentado ao meu lado não trataria seu item de luxo assim, por isso teve um proprietário anterior. Próximo a gravura na parte de trás.Harry Watson:. claramente um membro da família que te deu o seu telefone antigo Não é o seu pai, este é uma engenhoca jovem. Poderia ser um primo, mas você é um herói de guerra que não consegue encontrar um lugar para viver. Logo não tem uma família grande, certamente deve ser alguém que está perto assim o irmão...-Olhei para ele-Espera,não,irmã...Ah é irmã...Hum... Agora, Clara Essas marcas xxx...Três beijos diz que é uma ligação romântica A despesa do telefone diz esposa .Ela deve ter o dado a outra recentemente ...Casamento em apuros depois de seis meses ,claramente a esposa deixou-a e sua irmã queria se livrar disso,se Clara a tivesse deixado,Harry iria guardar. E já que você estava atrás de um lugar barato,indica que provavelmente você e sua mana não se dão bem,caso o contrario estaria com ela,atribuo a culpa mais provável, alcoolismo.

—E como poderia saber sobre o alcoolismo?-O ex doutor do exercito me olhou.

—Lateral lugar do carregador,cheio de arranhados, o que significa mão tremulas,esse tipo de marcas não são feitas no celular de alguém totalmente sóbrio.

—Tiro no escuro,mas bom.-Sherlock concordou.-O senhor Watson tinha razão.

—Eu tinha razão...Sobre o que?-John nos perguntou.

—A policia não contrata amadores.-Sorri.

—Isso foi...incrível.-O doutor sorriu impressionado.

—Achou mesmo?-Sherlock olhou surpreso.

—Claro que sim foi...extraordinário,é,extraordinário.

—A maioria das pessoas não dizem isso.

—E o que ela dizem?

—Não enche.-Me manifestei fazendo eles rirem.

Mais alguns minutos e chegamos...

—Como sabia que era irma?-Ambos questionaram.

—Não sabia, desconfie do modelo do telefone,eu me lembrei da minha tia, ela tem um igual e depois de ver o brilho nos olhos do doutor, foi o suficiente.

—Brilhante.-Watson me olhou com um sorriso.

—Não e´tanto assim.-Sherlock olhou para lado.

—Invejoso.-Watson sussurrou me fazendo rir.

—Eu ouvi hein.-O outro nos fuzilou com o olhar.

Aos nos aproximarmos,Sally Donovan veio nos atender:

—O que fazem aqui?

—Convidados por Lestrade e vendo minha posição,acredito que não deva fazer perguntas sargento.-Provoquei e ela nos deixou passar.-Aproposito pelo desodorante,o outro sujeito que esta vindo pra cá esta cheirando igual.-Sorri intuitivamente.-Boa noitada.

Fui na frente com Sherlock rindo logo atrás e Watson meio desconcertado.

Nos encontramos com Lestrade no andar de cima,ele entregou uma roupa padrão para Watson e começou a vestir uma tambem.Eu peguei luvas,assim como Sherlock e entramos na cena do crime onde estava o corpo.

Tomei a frente lendo o que estava escrito no chão, de início parecia alemão, mas não terminou,era um nome.

—Inscrita banal.-Comentei.

—E´alemão...-Um policial metido a espertinho apareceu na porta e com prazer fui até ele-Esta escrito vingança.

—Bam,resposta errada, você esta fora.-Fechei a porta na sua cara.-Amadores.

—Obrigado.-Sherlock analisava a nuca da mulher.

Pelo movimento da mão pude deduzir que estava úmido, mas o guarda-chuva não havia sido aberto,então foi o vento. A aliança suaja de um lado e limpa do outro,o que indicaria adultério,ela devia tirar muitas vezes essa belezinha do dedo.

Olhando para as marcas no corpo,ela levava uma bolsa...BOLSA.

—Lestrade,havia uma mala?-Perguntei de forma baixa.

—Não,nenhuma.

—É perfeito.-Saltei e sai do quarto as pressas.

….

Narração Normal.

—Droga Lestrade!-Sherlock esbravejou-Seja o que for que tenha dito a fez sair na frente,antes de mim, muito obrigado.

Em seguida,ele pediu a John uma analise do corpo.Com a analise dele e suas deduçoes com base no que viu,ele já tinha algo em mente.

—Estou muito lento.-Holmes começou-Jenny saltou a minha frente.

—Eu só disse que não havia nenhuma bolsa.-Greg tentou se defender.

—Bolsa?Bolsa!É isso!-Holmes atravessou a porta.-Alguém encontrou uma bolsa?

—Não,nada.-Os outros agentes responderam.

—Ah isso perfeito.-Ele começou a descer a escadaria.

—O que houve Sherlock?-O inspetor questionou.

—Não são suicídios,são assassinatos,um Serial Killer a solta,é maravilhoso!

—E como pode ter certeza disso?

—A mala dela, você disse bolsa,mas as marcas na pele indicam mala e onde ela esta? Por acaso a moça comeu? A menos que o assasino levou a mala,ou deixou no carro...

—Ela não poderia ter deixado no hotel?-John se atreveu a perguntar.

—Ela nem chegou no hotel,olhe o cabelo,acha mesmo que alguém...Oh...-A expressão dele se tornou mais radiante.-Serial Killers sempre difíceis,temos que esperar que cometam um engano.

—Não podemos esperar tanto!-Lestrade gritou.

—Exatamente,Lestrade,procure sobre a moça,familiares,amigos,alguem com o nome de Rachel,por isso Jenny...Ah Jenny!-Ele correu pelo o resto da escadaria deixando-os para trás ainda confusos.

John meio que decepcionado de ser abandonado.Ele teria de voltar sozinho,ao sair do prédio chegou perto da agente Donovan:

—Viu se alguns dos dois...-Ela o interrompeu.

—Ambos foram em direções opostas,sem palavras,apenas pressa e se quer um conselho,não fique perto de alguém como eles,são inteligentes,competem muito entre si,estão quase batendo com a classificação de psicopatas.

—Uma virgula.-Drew apareceu atrás dela lhe assustando.-O termo para mim é sociopata altamente funcional,para Holmes eu não sei.

—Ah que bom,achei que ia voltar sozinho.-John ficou aliviado em vê-la - Quer dizer...

—Descuida,doutor,temos assuntos a resolver,venha comigo.-Ela fez sinal para segui-lo.-Alias,demita sua terapeuta.

—O que? Por que?

—Ja já eu te explico,acabei de notar que não disse em que trabalho horas mais cedo quando você perguntou.

—Bom,eis um fato.

—Sendo assim,ja ouviu falar da Cavalaria?

—Cavalaria,me soa famíliar...Acho que uma vez no exercito...Ah sim,Era um trio famoso liderados por uma mulher rápida,ágil e extremamente inteligente,mas o que isso tem a ver com ...Oh espera...Não,esta me dizendo que...

—Jennette Drewmound ao seu serviço.

—Deus, você era a líder?

—Ainda sou,apenas reduzi meu nome e sosseguei um pouco,estou atrás de um peixe maior,mas a associação com Holmes me fez perder os trilhos e viciar nos casos que apareciam em meu caminho.

—Então conhece Sherlock a muito tempo?

—Não era especificamente dele que estava falando mas...Oh veja,nossa carona chegou.-Ela finalizou ao ver um carro preto se aproximando.

—Carona,carona pra onde?

Minutos depois...

John e ela saíram do carro, poucos metros a frente havia uma cadeira e um homem bem-vestido apoiado no seu guarda-chuva.

—Mycroft.-A garota disse ao se aproximar.

—Jenny,o que eu disse sobre falar meu nome?-O mesmo questionou.

—Eu não falei a parte que importava, bobalhão.

—Ah, vejo que o doutor veio,como vai John?

—An bem,mas como sabe o meu nome?-John questionou.

—Difícil não saber,quer se sentar?

—Não obrigado.

—Eu aceito.-Jenny ficou na cadeira.

—Você não parece estar com muito medo.-Mycroft a ignorou e olhou para o homem a sua frente

—Você não parece muito assustador.-O doutor falou.

…....

Jenny.

Mycroft começou a fazer seu jogo.

—Ah sim. A bravura do soldado. Bravura é, de longe, a palavra mais gentil para a estupidez, você não acha? -Ele olha para John severamente- Qual é a sua conexão com Sherlock Holmes?

—Eu não tenho uma. Eu mal o conheço. Eu o conheci ... -Ele desvia o olhar pensativo, então parece surpreso, como se ele não tinha percebido até agora quão pouco tempo já passou.- Ontem.

—Desde ontem você se moveu com ele e agora você está resolvendo crimes. Podemos esperar um anúncio feliz até ao final da semana?

— Quem é você?

— Uma parte interessada.

—Interessado em Sherlock? Por que? Eu estou supondo que vocês não são amigos.

— Você já conheceu. Quantos 'amigos' você imagina que ele tem? Eu sou a coisa mais próxima de um amigo que Sherlock Holmes é capaz de ter. Um inimigo.

Um irmão.

—Um inimigo?

—Em sua mente, certamente. Se você fosse perguntar a ele, ele provavelmente diria seu arque Inimigo. Ele não gosta de ser dramático.

—Bem, graças a Deus você está acima de tudo isso. -Olha o sarcasmo.

O telefone de John vibra, um alerta de texto. Aposto que é o pateta.

—Eu espero que eu não tenha me tornado uma distração -Mycroft olha para o celular já sabendo de quem era a mensagem.

—Não está me distraindo em tudo.

—Você planeja continuar sua associação com Sherlock Holmes?

— Eu posso estar errado .. . mas acho que isso não é da sua conta.

Tome!Definitivamente eu preciso de pipoca.

—Ta legal meninas,sejamos mais diretos.-Me levantei -Ele quer te subornar pra não se associar com o patetinha dos olhos azuis.-Falei para Watson-Mas ele não vai aceitar-Olhei para Mycroft.-Então por que raios ainda estamos aqui?

—Jenny, você também devia se afastar dele.- O moreno me olhou.

—Eu não sigo mais suas regras,Mycroft.-Sorri retirando meu bastão-Agora se me da licença,não quero usar isso contra você.Vamos John.

—É sua ultima palavra doutor?-Mycroft olhou para meu novo amigo,definitivamente eu considero Watson como um amigo agora,ofenda um Holmes e ganhe pontos comigo.

—Vamos Jenny.-John me disse e voltamos ao carro.

Nosso anfitrião nos deixou ir, paramos em casa.

—Voltando ao assunto ,se livre de sua terapeuta.-Retomei a questão antes do incidente Mycroft.

—E por que?

—Sua mão não tremeu enquanto estava sob estresse e adrenalina, você não foi afetado pela guerra ,da forma que ela lhe disse,lhe diagnosticando com aquela doença,John, você sente falta da emoção que a guerra lhe proporcionou.-Fui na direção da porta.

Ele piscou e me seguiu.

—Ah,mas por precaução, tome.-Lhe entreguei uma arma-Caso ainda duvide de algo.

Watson guardou-a consigo e subimos a escadaria do 221b.

—Oh espere,vou falar com a Senhora Hudson,pode ir lá.-Falei sem rodeios,de fato,era uma desculpa para deixar os dois terem seu momento.

Esperei sentada alguns minutos,pelo barulho do sapatos no andar de cima,pude concluir que Sherlock já achou a mala,mas também,eu deixei um recado dizendo os prováveis lugares onde ela poderia estar.Essa é a graça de deixar mensagens pelo celular.

Acho que querem saber como cheguei a conclusão da mala,foi ai que o assassino errou,a mala era rosa,pra combinar com o look da vitima,mas um homem com mala rosa seria estranho,chamaria muita atenção,então ele largaria a mala ,mas não antes de retirar o que precisava,o celular.Visando também que a essa altura Sherlock já tem o numero da vitima,o mais sensato era enviar uma mensagem para o possível assassino,se ele ligar de volta,é porque ficou acanhado.

—Ah ai esta você.-Sherlock disse ao descer junto com o outro-Vamos?

—Tava demorando hein.-Me levantei retirando a poeira imaginaria de minhas vestes.-Destino?

—Rua Northumberland.

—Cinco minutos.-Sai.

…...

Narração Normal.

Sherlock suspirou irritado,ela sempre fazia isso.Ao sair viu o vislumbre dos cachos dela a sua frente.

—Escuta, essa rivalidade entre vocês...-John começou.

—Recente,a mais de duas semanas atrás no ultimo caso,o qual nos trombamos por acaso,ela já tinha resolvido e pegou o cara me fazendo parecer um idiota apenas porque não percebi um detalhe,ele tinha uma fanatismo por animais africanos perigosos e o qual ele ainda não tinha?Uma serpente. Daquele dia em diante ela vem cruzando meu caminho me derrubando sempre.

—E por que você simplesmente não conversa com ela e tentam formar uma parceria?

—Porque ela trabalha pro meu arque inimigo.

—Na verdade,eu acho que ela já o chutou.

—Ah,ótimo...Ainda não gosto dela.

O outro revirou os olhos.

Jenny entrou em um restaurante e pediu um lugar mais reservado ao lado da janela em quanto esperava pelos dois, não demorou muito para aparecerem.O garçom os levou até a mesa dela.

—Obrigado por guardar o nosso lugar.

—Não por isso,estamos juntos nessa,o fato de eu estar frente é apenas uma virgula.-Ela sorriu de lado.

—Não gosto de você.-Sherlock sorriu.

Foi então que um homem obesos,com barba trouxe o menu:

—Sherlock,como vai?Aqui por conta da casa.

—Ah obrigado ,Watson,esse é o Ângelo,o ajudei a alguns tempo atrás.-O detetive explicou.

—Ele limpou o meu nome.-Ângelo falou contente.

—Na verdade aliviei a barra dele,provei para Lestrade que na hora do assassinato ele estava em outro lugar invadindo uma casa.

John o olhou como se fosse louco,mas quantas vezes ele já não provou isso?

—Geralmente para os outros eu não faço nada mas para esse homem,eu iria pra prisão.-Ângelo disse.

—E você foi.-Sherlock não tirava os olhos da janela.

—Vou pegar uma vela para você e sua namorada.

—Ah,não sou namorada dele.- Jenny corrigiu.

O homem riu um pouco e foi atrás da vela.

—Da próxima vez, vocês vão se sentar sozinhos,se for pra ser casal saiba que os dois tem tudo pra dar certo.-Jenny comentou.

—A onde quer chegar?- John a olhou.

—Deixa quieto.-Ela olhava para o cardápio.-Escolha algo pra comer,a espera pode ser longa.

A vela foi trazida.

…....

Jenny

Impressionante como as pessoas não ouvem o que dizemos,mas já que ele trouxe a vela,sera muito útil, se colocada na posição adequada para ver o reflexo da janela em um copo.

Olhei para minha frente,Sherlock batia os dedos na mesa ansioso enquanto olhava para fora:

—Sherlock...-Chamei.

—Hum?-Nem me olhou.

—Esta dando muita bandeira.-Segurei sua mão o impedindo de bater os dedos.

Ele me olhou de forma estranha e expliquei:

—Não se iluda, mas se quer ter um tique nervoso, tenha um menos visível.

—Ah,o casal já escolheu?-Ângelo voltou.

—Sim,uma macarronada no capricho,e uma mesa nova com visão para todas as janelas se possível.Gosto da paisagem e eles estão no meio de um encontro-Me levantei.

—Como é?Encontro?-John engasgou.

…...

Narração Normal.

Sherlock observo-a sair, ela havia pedido um lugar especial e Ângelo não mediria esforços para conseguir.

—Esperta.-Sussurrou para si mesmo.

—As pessoa não tem arque inimigos.-Watson puxou assunto atraindo a atenção dele-Na vida real,não existem arque inimigos,não existem.

—Não mesmo?Parece tão chato.-Sarcasmo.

—Então quem eu conheci?

—O que pessoas de verdade tem em suas...vidas de verdade?

—Amigos, pessoas que conhecem, pessoas que gostam, pessoas que não gostam ... namoradas, namorados...Tem namorada Sherlock?

—Namorada?Hum,não,não é a minha área.

—Ah...então tem namorado.- Com essa, Sherlock lhe deu um olhar de morte.—Ok,certo,então não tem ninguém,igual a mim.

O outro lhe deu um olhar desconfiado:

—Olha John,eu realmente sou apaixonado por meu trabalho e é lisonjeador que você mostre interesse em mim mas...

—Oh não,não,eu só estava dizendo que não tenho preconceito,não tenho interesse em você.

—Ah...bom...-Ele voltou a olhar para a janela-Espera,aquela ali é a Jenny?

—Hum,onde?-O outro se virou e viu a morena entrar em um táxi.-Aquele táxi não estava alia antes.

Eles se olharam e saíram apressados,tanto que Watson nem percebeu que havia deixado sua bengala para trás.

….......

Jenny.

Recebi uma ligação de Lestrade,eu sabia que seria importante,então peguei o primeiro táxi que consegui e o mandei ir até em casa,claro,tomei um caminho longo para entreter meus dois patetas favoritos. No processo o táxi parou e eu desci,em seguida um casal estrangeiro subiu a bordo e eu me distanciei pegando o caminho para 221b.

—Dois idiotas.-Entrei no apartamento e lá estava Greg procurando drogas no local inteiro-Uh,ele não vai gostar.

—Que se dane,ele escondeu evidencias.-Apontou para a maleta.

Olhei para o lado e vi minhas malas serem revistadas:

—Ei ei ei!

—Desculpe,é padrão.-O policial falou.

—Padrão vai ser minha mão na sua cara se não largar minhas coisas.Vale lembrar quem é sua superior aqui?-De fato,Mycroft não tirou minha licença,caso o contrario eu já teria recebido uma notificação,o que quer dizer que ele quer falar comigo.

—Desculpe.-O cara se afastou.

De repente,Sherlock invade o local:

—Seu filho da mãe,o que pensa que esta fazendo Lestrade?!

—Procurando drogas.

—E ele pode achar se você continuar a ser imprudente.-Comentei.

— Você tem alguma relação com isso não tem?-Ele olhou nervoso.

—Oh céus a madame ficou irritada,Lestrade!-Ele saltou com o meu grito repentino-Rachel,quem é?

—Filha dela,morta a 14 anos,natimorto.

—Ótimo,uma pedra.

—É engraçado acharmos a mala do crime que devia estar com assassino bem aqui não é Sherlock.-Anderson provocou,eu o olhei.

—Oh da chapinha japonesa,cala essa boca!Estou tentando pensar aqui.-Esbravejei.

—Esta defendendo um possível assassino?

Chega,ele tá me atrapalhando. Retirei meu bastão, cuja a ponta era extremamente afiada, e apontei pra ele:

—Se não calar a boca,vou rasgar sua garganta.

—Sherlock,seu taxi chegou.-A Sra. Hudson entrou.

Espera ela disse táxi?

—Taxi.-Falei pra mim mesma.

Desci a escadaria em quanto os outros tinha um ataque de raiva ou sei lá o que.

—Eu estava esperando outra pessoa.-O motorista do taxi falou.

—Tenho certeza que sim.-Achei o culpado.-Mas já que está aqui,vamos dar um passeio.

—Ótimo, podemos conversar enquanto isso e depois,vamos ver se você continuara com sua vida.

—Vai me matar?

—Não, você vai se matar.

Zombei.

—Vamos rodar.-Entrei no táxi.

—Vamos começar por nomes,sou Jeff Hope.

—Nome irônico.

—Disse a mulher que trocou de nome,não é muito original sabe.

—Não estou tentando ser original.

—De fato,esta caçando alguém.

Olhei ao redor e vi uma foto:

—De fato,estou,um peixe maior,e ainda não é hora desta conversa.

—Que tal conversarmos sobre o seu relacionamento com os irmãos Holmes?

O olhei,um cara que gosta de jogar com a vida das pessoas por meio de palavras:

—Antes me responda,por que matou aquelas pessoas?

—Eu não as matei,elas se mataram.

—Então esta ganhando por cada cabeça e o dinheiro é de bom tamanho,poderia sustentar você e sua família,ah sim...-Notei pelo espelho que o olhar dele tinha uma pitada de preocupação.-O cabeça dos jogos está fazendo isso porque quer Sherlock Holmes,sim,ele gosta de jogos.

—Acha que esta chegando a algum lugar?-O carro estava acelerando.

—Eu vou chegar em algum lugar, você nem tanto.

Meu bastão foi ativado e ele atravessou o banco com a parte afiada e perfurou o motorista,o táxi ficou sem controle,abri a porta e saltei.

O veiculo bateu contra o poste,acabou que não chegamos longe,mas ainda precisa do tal Jeff.Foi até o carro e abri a porta do motorista o arrancando de lá,ele estava sangrando e mal conseguia ficar de pé.

—Jenny!-Vi Sherlock,Watson Lestrade e todo o resto correr em minha direção.

—Senhores.-Falei sem tirar minha atenção do culpado.

—Esse é?-Lestrade chegou primeiro.

—O assassino,é é ele...Anderson!-Chamei o idiota-Ja que gosta tanto de procurar drogas,por que não olha esse aqui?

Me afastei,durante algum momento na minha retaguarda,Jeff se apoderou de uma arma e usou para mirar em mim.Eu ouvi cada movimento,então me virei e usei meu bastão,a graça é essa,ele não impede a bala,ele a desvia.Foram cinco balas perdidas para um arma com 6.

—E o que vai fazer agora?-Perguntei friamente.-Olhe para você,será preso,não poderá sustentar seus filhos,se o cabeça da organização não vier atrás deles primeiro porque o papai caiu nas mãos dos policiais.-Brinquei.

Jeff retirou a mão do bolso,havia um frasco com pilula,a pilula...Era assim que eles morriam,tomavam essa pilula carregada e imediatamente o sistema parava.

—Eu não direi quem ele é,jamais.-Retirou a pilula do frasco com sua mão tremendo.-Mas ele virá atrás de você e do senhor Holmes,pode ter certeza.Engoliu-a e depois atirou na própria cabeça.

Arquei a sobrancelha:

—Que venha.

Voltei a caminhar na direção de casa,no entanto,antes de tudo,parei ao lado de John,ta vendo ai um pouco de ação e adeus bengala.Ele não estava com ela e nem mancava.Depois olhei para Holmes:

—Atrasado de novo,Sherlock.-Sorri.

—Como eu não percebi?

—Por que você é um idiota.

—Ah eu sou um idiota?!

—Sim você é,primeiro,Lestrade invade seu apartamento e ao invés de raciocinar e se preocupar com o caso você tem um chilique-O empurrei-Segundo,Lestrade tem razão, você não pode fazer sempre as coisas por si próprio-Empurrei de novo-Terceiro,quando a senhora Hudson falar,melhor prestar atenção pode ser importante e quarto,foi melhor eu ter ido com o taxista maluco , você provavelmente teria caído na lábia dele.

—Não teria não!

O empurrei de novo:

—Sim teria e talvez,por alguma obra do destino a sorte estivesse do seu lado e mandasse John pra te salvar,ou outra pessoa,mas isso não ia importar. O que importa é que seu ego esta atrapalhando mais do que ajudando Sherlock,não precisa ser amigos,best-friend de alguém,só precisa, ao as vezes, aceitar ajuda. Sinceramente,minha madrinha podia ter tido um filho mais inteligente.

—Madrinha?-John nos olhou.

—É,infelizmente eu conheço esse sujeito a muito mais tempo.

—Então é isso?-Sherlock começou-Espera que eu tenha sentimentos?

—Não idiota , deve saber que o jogo precisa de estrategia.

Ele me olhou com um vislumbre:

—Ah, usar as pessoas.

—Tamo chegando lá.

—Acha que funciona?

—Claro.

Provavelmente,John devia estar nos olhando com uma cara de quem não acreditava no que estava ouvindo.

—Tem razão Jenny,eu devia saber jogar com mais de um peão.-Sherlock parecia estar descobrindo o mundo.

—Mas há um porem,tem que saber quem realmente são peças para ser utilizadas e quem não são,caso o contrario,vai ter muito mais inimigos na sua cola.É a regra e...-Um carro surgiu na rua e dele Mycroft,como se já não estivesse ruim o bastante.-Oh ótimo.

—Sherlock,esse é o cara que eu falei pra você.-Watson sussurrou.

—Mycroft.-Sherlock disse assim que o outro se aproximou.

—Outro caso resolvido,oh Sherlock,mas não foi você, mas com tantas atitudes infantis,o que posso dizer,mamãe vai ficar chateada.

—Eu chateio,eu?-O outro olhou indignado-Não sou eu que chateio a mamãe Mycroftt.

—Perai mamãe?-John olhou para eles.

—Mas você ainda não juntou os pontos Watson?-Questionei-Eles são irmãos.

—Irmãos?-O loiro me olhou.

—É é difícil de acreditar,Mycroft Holmes ,ele é basicamente o governo britânico e uma pedra no meu sapato assim como o irmão mais novo,Sherlock Holmes o qual eu vou ter suportar por um bom tempo enquanto meus assuntos não se resolvem...Eu queria ter tido uma madrinha com filhos de verdade não essas coisas.-Os irmãos Holmes me olharam indignados.- Que que é?-Tão achando que me importo,nem quando eu tinha 5 anos me importava.

—Vejo que engordou.-Sherlock provocou o irmão.

—Emagreci, estou fazendo dieta.-Mycroft rebateu.

—Não está funcionando.

Me coloquei no meio dos dois:

—Agora já chega,será que terei de dizer a madrinha sobre os meninos dela?

—Não faria isso.-Sherlock me olhou.

—Quer apostar?

Ele me olhou atravessado:

—Boa noite Mycroft.-E começou a caminha na direção da nossa morada.

—Definitivamente odeio os jantares de Natal.-Mycroft comentou e lhe esbofeteie no ombro.

—Comporte-se.

—Está bem,boa noite.-Ele se rendeu e foi para dentro do carro.

Olhei para o doutor,era descrença e diversão em sua face.

—John,vamos?

—Hum?...Ah tá sim,claro,claro...Vamos indo.-Ele tomou a dianteira.

—Essa vai ser uma longa temporada.

….