Electryone

Cap. I - Pista de Gelo


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Os passos rápidos sobre o gelo ouviam-se perfeitamente dentro de toda a pista de gelo. Não estava lá ninguém apenas ela que aproveitara aquele dia para finalmente poder patinar e praticar um pouco patinagem artística, a qual praticava desde pequenina.


Nos últimos meses ela não tivera muito tempo para praticar e por isso estava já um pouco destreinada. Desde pequena que tinha aulas de patinagem duas ou três vezes por semana, estar agora meses sempre praticar fazia muita diferença.


Delicadamente, ela ia apenas passeando sobre o gelo, enquanto soprava para dentro das mãos frias, ela tinha pouca roupa vestida apenas uns leggings um top de alças e um hoddie por cima, nada que a aquecesse daquele frio.


De repente começou a tocar música e muito surpreendida, ela olhara para cima, para uma pequena cabine, de onde se controlava a música as luzes, tudo. Lá ela viu um homem lhe acenar e sorrindo ela começou a andar mais rápido sobre o gelo, de acordo com o ritmo da música.


Antes de se tornar trainee ela ia àquela pista de gelo regularmente, quando, claro, estava aberta ao público, pois lá havia aulas de Hóquei e patinagem artística. O Homem não era muito mais velho que aquela devia ter por volta dos seus 27 ou 28 anos e ele era uma dos treinadores de patinagem artística.


De acordo com o ritmo da música ela começou a fazer aquilo que melhor sabia, corria elegantemente sobre o gelo, sem alterar a velocidade ela ia mudando de direção fazendo algumas piruetas aqui e ali.


Ela começou a rodar sobre o seu corpo, alongando, mostrando a sua flexibilidade.


Após a roda ela colocou-se novamente direita andando agora mais lentamente.


Aumentando novamente a velocidade ela levantou a perna esquerda e segurou-a pelo pé direita e para a frente com a mão, e continuou a patinar apenas com uma perna.


Largou o pé rodando a perna para trás e baixando a parte superior do corpo ficando completamente direita. Deu algumas voltas pelo gelo e baixou a perna endireitando-se graciosamente.


Estar ali fazia-a a feliz, ela ficava tão feliz estar ali a patinar como a cantar e a dançar sobre o palco para os seus fãs. Patinar acalmava-se, a fazia sentir-se livre e ela adorava isso.


A música terminou antes que ela desse conta, e enquanto estava perdida em seus pensamentos foi acordada quando ouviu ser chamada pelo seu nome artístico.


– Sumi – a chamaram outra vez.


Ela olhou para a direção que a voz vinha e se deparou com o mesmo homem que colocara a música.


Sorrindo ela se aproximou da beira da pista, onde ele a esperava.


– Oi – ela disse docemente.


– Mesmo não vindo treinar há meses você não perde o jeito – ele disse olhando para a pista.


Tímida, ela rapidamente agradeceu e ele continuou.


– Se você tivesse voltado para a Coreia para ser patinadora artística em vez de se ter tornado num idol, você com certeza conseguiria o mesmo nível de popularidade. Você realmente tem muito jeito, era só um pouco mais de treino e você estaria no mesmo nível que Kim Yuna.


– Kim Yuna? Não, isso nunca – ela disse ouvindo falar do seu ídolo – Kim Yuna é perfeita, eu, com ou sem treino, nunca chegaria aos calcanhares dela – riu.


O homem sorriu para ela e virou a cabeça quando ouviu algumas gargalhadas infantis, as aulas iriam começar.


– Parece que é a minha hora de ir - ela disse vendo as meninas ficando boquiabertas ao verem-na ali.


Electryone já se tornara bastante popular em toda a Coreia pelo que ela já estava habituada a aquele tipo de reações, já não podia sair de casa sem que as pessoas notasse quem ela era, ou nem que fosse seguida por algumas fãs ou sem que a filmassem lhe pedissem fotos ou autógrafos.


As meninas correram até ao treinador começando a pedir fotos com Sumi, a loira sorrindo tirou fotos com todas elas e a pedido das mesmas e com a concordância do treinador, ela deu algumas voltas na pista com todas as meninas, ajudando-as a aquecer, lhes mostrando depois um pouco do que conseguia fazer sobre os patins.


– Sumi, você voltará cá noutro dia? – Perguntou uma menina com um sorriso tímido no rosto e o cabelo apanhado num coque no topo da cabeça.


Sumi ficou sem saber o que dizer, desde que o grupo tinha feito o début, ela raramente tinha tempo, não conseguia dar uma resposta certa à garota que a olhava com olhos esperançosos.


– Eu não sei quando, mas quando tiver algum tempo disponível eu virei cá para vos ver, oka? – disse passando a mão sobre a cabeça da menina.


A loira pegou nas suas coisas que estavam pousadas nas bancadas, descalçou os patins e calçou as botas e se despediu das meninas que lhe acenavam efusivamente.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.