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Tyler's POV - O Acidente
Acordei com um toque de telefone no pé de meu ouvido.
– Quem é? – disse sonolento.
– Sr. Tyler? – perguntou a mulher do outro lado da linha telefônica – Poderia descer aqui na recepção, por favor?
Fiquei me perguntado o porquê de me chamarem na recepção, mas disse que desceria em 5 minutos.
Levantei-me; escovei os dentes e peguei um papel e uma caneta:
“Mallory, tive que sair. Ficarei fora por um tempo. Aproveite o dia e pense. Ass. Tyler” foi o que eu escrevera no papel. Deixei na pia do banheiro para que quando ela levantasse fosse à primeira coisa que ela leria.
Desci até a recepção e perguntei ao recepcionista, onde estaria a mulher?
– Você é o Tyler? – disse uma moça atrás de mim. Pude notar que a mulher já tinha passado dos 30.
– E quem é você? – perguntei.
– Vi você ontem com minha filha, você é o namorado dela?
Acho que ela havia se enganado. Mallory me dissera que seus pais morreram.
– A senhora me confundiu com outra pessoa, minha namorada tem os pais mortos.
– Foi o que Alisson disse? – perguntou à senhora ansiosa por uma reação.
– Me desculpe senhora, acho que você me confundiu mesmo com outra pessoa, minha namorada se chama Mallory e ela não mora aqui.
Sai um pouco enfurecido, mas com uma pulga atrás da orelha. Porque ela achou que Mallory era filha dela? Talvez Mallory não me dissesse toda a verdade.
Fiquei na rua por umas 4 horas procurando uma aliança para Mallory. Eu tinha certeza de que a amava, mas gostaria de dizer num momento especial.
Sem sucesso voltei para o hotel e subi até o quarto.
– Onde esteve? – perguntou ela assim que eu entrei pela porta.
Arranjei um argumento perfeito para sua pergunta.
– Fui resolver uns problemas com minha ex-namorada.
Ela foi á janela e disse:
– Ok então – ela suspirou forte – Preciso te dizer uma coisa.
Olhei pra ela e percebi que ela estava preocupada.
Num tom de preocupação perguntei o que acontecera.
– Meu nome... Meu nome é Alisson – disse ela olhando pra mim.
– O que? Não acredito que você mentiu sobre seu nome.
Não me importava mais se aquela senhora tinha razão.
– Tyler entenda, eu não gostava da minha vida antiga, então resolvi mudar de nome.
Suspirei imóvel olhando em sua direção. Precisava saber mais.
– Sobre o que mais você mentiu? – perguntei com frieza, não sabia mais se podia pedi-la em casamento.
– Bom, meus pais não estão mortos – respondeu ela com medo.
– O quê? – perguntei, depois peguei meu casaco e sai pela porta. Bati a porta tão forte que pude sentir ela se rachando.
Desci até a saída do hotel, Mallory me seguia sempre gritando meu nome com alguma esperança d’eu me virar e responder.
– Tyler – gritou ela enquanto eu saia do hotel – eu te Amo!
Eu parei e me virei.
– E o que você espera que eu diga? – perguntei no meio da rua com uma chuva forte - Que também te amo? Como posso dizer isso se nem sei quem você é?
Eu não queria dizer aquilo a ela, mas ela não confiou em mim.
Ela se aproximava de mim quando desviou o olhar, eu olhei pra onde ela olhava.
Vi um caminha desgovernado vindo em minha direção, tentando frear. Mas não deu tempo.
– Tyler – foi só que eu ouvi naquele momento – por favor, deixe-me ir lá.
Tudo que eu queria naquele dia, era dizer “Eu Te Amo” para Mallory.
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