POV. Klaus(Especial)

- AAARGH!!! - urrei, tacando outro copo na parede. Eu estava com muita raiva.

Muita. Raiva.

- Nik! Será que dá pra parar? Já é seu quinquagésimo copo estilhaçado - ela repreendeu, indo pegar os cacos.

- Não - mandei. - Você. Limpe isso.

Logo a híbrida - Cameron, acho - foi limpar, e de pronto se retirou.

Mas isso não diminuiu minha fúria.

- Eu não sei mais o que faço, Rebekah... Ela está estragando todos os meus planos... Não, não... Isso não vai passar impune... - murmurava comigo mesmo.

- Quando você nos acordou, disse que um inimigo estava atrás de nós, e que iria nos matar. Pensei que fosse nosso pai, mas nunca imaginaria que fosse Julie - Rebekah parou ao meu lado, me fitando. Completou, em voz baixa: - Sabe que não podemos matá - la.

Enxerguei tudo vermelho.

- EU POSSO MATÁ - LA! EU VOU MATÁ - LA! E NINGUÉM VAI ME IMPEDIR!

- E ARRISCAR A VIDA DE TODOS NÓS POR CAUSA DE PODER, NIKLAUS?! QUAL É O SEU PROBLEMA?! JÁ NÃO TEM SANGUE O SUFICIENTE DA DOPLLEGANGER PARA FAZER SEUS HÍBRIDOS?! ENTÃO! DEIXE ELENA E OS SALVATORES EM PAZ E VAMOS EMBORA! - ela gritava também, já transtornada.

- Não é só por isso que estou aqui... - murmurei, baixo demais para ouvir.

Mas graças aos bons ouvidos que ela herdou de Esther, ela ouviu, e se possível, ficou mais furiosa do que eu.

- Você... Não, não é isso, eu devo ter me enganado... Me corrija, pois eu tenho certeza que eu ouvi errado... - a cada palavra, ela dava um passo pra frente, até estar cara a cara comigo. Seus olhos estavam negros, as veias saltando no rosto. - Você está me dizendo... Que só voltou para Mystic Falls, porque soube, através daquele vampirinho da Itália, que Isabella Marie Volturi está aqui? - ela sibilou.

Eu não respondi.

Mas quem cala, consente.

- EU VOU TE MATAR! - e quando vi, Rebekah já estava em cima de mim, me sufocando contra a parede.

- Me... Solta, Rebekah. Eu não quero te machucar - rosnei. Ela sorriu, sádica.

- Ééé? Mas eu quero te machucar, Niklaus... Por ser tão estúpido! - rosnei mais uma vez e a lancei para a parede oposta, onde abriu uma enorme rachadura na parede.

E quando ela se jogou no ar, pronta pra atacar, eis que surge o "salvador da pátria" e a segura, deixando ela furiosa.

- Me solte, Elijah! Eu vou acabar com Niklaus, me solta! - ela se debatia nos braços de nosso irmão, mas ele a segurava firmemente, com o rosto sério.

- Posso saber qual é o problema? - ele perguntou, com sua calma sobrenatural. Bufei e peguei uma garrafa de um líquido desconhecido pra mim e virei garganta abaixo.

- Ele! Ele é o problema, Elijah! - ela apontava, dessa vez, mais contida. - Depois de 19 anos, 19 anos, ele ainda insiste em ir atrás da filha daquela Volturi!

- Sulpcia? - Elijah perguntou. Taquei a garrafa vazia na parede. - Não fale o nome daquela bastarda aqui! - berrei. Elijah e Rebekah me olharam estranhos.

- Essa é nova... Até 19 anos atrás, você era perdidamente apaixonado por ela... O que mudou, Nik? - Rebekah falou, com voz de criança. Ela estava me testando.

- O que mudou? Foi ela ficar com aquele frouxo que ela chama de marido! - e que toca nela a noite... Que a beija todas as manhãs...

- Ahhh... Então é ciuminho, Mano? - Elijah escarneou. O olhei um pouco chocado. Ele não usava esse tipo de linguajar comigo. - Então, diga... Ainda vai manter essa sua "ameaça" contra os Volturis ainda, caro irmão? Depois de quase vinte anos? O que Isabella poderia lhe oferecer?

- Poder - simplesmente respondi. Rebekah estourou novamente.

- Ha há!... Era o que podia se esperar de você, Niklaus... Poder, poder, poder! - ela cuspiu. - Até quando, Nik? PARE com essa obsessão por poder! E como você vai obter poder de Marie? Ela é simplesmente uma humana! - e jogou as mãos para o alto.

- Você está errada - fui até a estante de livros. Puxei um caderno empoeirado.

- Leia - e joguei o caderno para Rebekah. Ela pegou, mais não abriu.

- O que é isso?

- É um caderno que Glória me deu. Quando fui tirar dúvidas, ela me disse que, Isabella é uma fonte grandiosa de poder, e antes de virmos para cá eu senti um poder extremamente forte, e senti novamente quando vi Isabella. Por ser filha de quem é, ela é muito poderosa. Uma bela Híbrida. Enfim... Quando Sulpcia a teve, a querida irmãzinha dela teve que transformar a mãe em humana, assim como aquele homem. Quando nasceu... Teve que retardar os poderes de Isabella, pois não saberia controlá - los - expliquei, mas ela me olhou confusa.

E depois... Com medo.

- Você não está pensando no que estou pensando, está? - Rebekah perguntou, pasma. Ela estava extremamente pálida.

- O que o Híbrido mais poderoso do mundo não está pensando no que você está pensando, Becky? - Kol chegou, com seu ótimo bom humor.

- Klaus está querendo atrair a irmã de Bella, usando a mesma como isca - Elijah respondeu, num tom gélido.

E assim como Rebekah, Kol perdeu a cor.

- Ela, Klaus?! Você enlouqueceu?! Quer que todos nós morremos? - perguntou, indgnado. - Você só pode estar me zoando...

- Qual é o problema, irmãos? Sabem que podemos derrotá - la - dei de ombros. Os três me fuzilaram.

- Você se esqueceu do que ela fez por nós, Klaus? Esqueceu de tudo o que ela fez para proteger você e Rebekah de Mikael? - Elijah perguntou, indgnado.

- E?

- E daí que não vou matá - la! E nem vou te ajudar! - Kol explodiu, jogando as mãos para o alto, frustrado e com medo. Frouxo. - Ela vai nos matar antes mesmo que você tente algo contra a Marie, Klaus! Esqueça, eu não vou ajudar. Ferre - se você mesmo. Eu vivi mil anos num caixão, não quero passar a eternidade no Inferno - ele se virou, pronto para sair, mas o peguei pelo pescoço e o preensei na parede, o sufocando.

- Ahhh... Mas você vai sim, Kol... Pois se você quer continuar tendo esse miseráel coração dentro desse peito, você vai me ajudar, ou eu posso pedir ajuda á aquela garota... Como é mesmo o nome dela? - fingi pensar, vendo ele arregalar os olhos. - Kathleen Montebello, não?

- Você não ousaria... - Ahhh... Mas eu ousaria sim... Quem azar em, maninho? Se apaixonar por uma pobre humana... Patético. Igualzinho á Esther - o soltei, vendo ele esfregar o pescoço.

- E então? O que me diz?

E então, fui empurrado para fora da casa. Vi Rebekah na porta, dizendo:

- Eu digo que você está louco, Nik, e que deve sair para espairecer um pouco essa mente pequena sua. Volte antes do anoitecer... É noite das Bruxas, caro irmão - e fechou a porta, me deixando parado indgnado e furioso. Corri para a floresta. Eu não sei no que eles achavam tão difícil em matá - la...

Até por mais, que não era somente ela que eu queria...

Eu queria a Doplleganger, a Marie e ela... As três que poderiam me oferecer poder ilimitado...

Cheguei até um limite da floresta, onde tinha certeza que saí de Mystic Falls. Porém, senti uma prensença muito obscura no recinto, e me virei a tempo de ver densas nuvens escuras aterrisarem no chão.

Ou melhor, pessoas aterrisando no chão.

- Você tem certeza, Milorde? Acho esses seres tão... Inferiores - uma voz sussurrou em meio a densa fumaça.

- Quem está aí? - perguntei, alto.

- E ainda por cima é um patético de um Híbrido imprestável... Consiguiremos auxilio em outro lugar, Mil... - porém uma voz cortou a primeira, mais... Gélida, e poderosa.

Mas não á mim.

- Chega, Bellatrix! Será ele que nos ajudará, e ponto final - e a densa fumaça tomou formas.

Que mantinham...

Pedaços de Pau apontados pra mim? Bufei.

- Quem são vocês? O que querem aqui? - perguntei, em tom de ordem. Uma risada ecoou, e uma figura apareceu, esbanjando maldade.

- Deixe - me que eu mesmo em apresento. Sou Lord Voldemort, o bruxo mas temido no meu mundo. E venho aqui lhe propor um acordo.

- Não aceito ajuda de estranhos - escarneei. Ele riu.

- Eu também não. Mas os boatos correm, senhor Niklaus Mikaelson - me enfureci ao ouvir meu nome completo. Ele sorriu malignamente. - E sei que está atrás da bruxa que mais nos causam problemas em meio á todos esses séculos, Híbrido... E venho propor um acordo - ele repetiu. Estreitei meus olhos em fendas.

- Como assim?

- Digamos que... Ela me causou muito problema em meu mundo, e quero vingança. Vim aqui te propor para que nos auxiliemos, e que acabemos com a bruxa o mais rápido possível.

- E por que você acha que eu me auxiliaria á você? - perguntei, irônico. Ele abriu um sorriso macabro.

Uma risada ecoou no círculo.

- Bellatrix... - ele disse, e em segundos, uma voz ribombou:

- Crucio! - e logo eu estava no chão, sentindo uma dor horrível me incomodar, e escutei risadas ao longe.

E quando eu pensei que iria morrer, a voz de Voldemort me alcançou.

- Pare, Bellatrix.

E a dor parou. Me levantei cambaleante e ofegante.

- O que foi isso?

- Isso é Magia Negra, meu caro. E juntando isso ao seus servos, podemos dominar, cada um, seu mundo interior. O que me diz? - ele estendeu a mão.

E peguei, junto com a minha.

- Espere... - uma outra voz nos alcançou, e eu me virei a tempo de vê - lo sair de trás das árvores, sorrindo macabramente, como sempre.

- Lúcifer... - sussurrou eu e o Lord ao mesmo tempo.

- Escutei maior parte da conversa de vocês... E creio que fiquei levemente interessado a discutir isso com vocês... - ele nos olhou rapidamente antes de colocar a mão por cima das nossas juntas.

E que certamente uniria nossos destinos para sempre.

- E então? - eles perguntaram para mim. Não levei nem um segundo para responder.

- Eu, Niklaus Mikaelson, aceito me unir á Voldemort e a Lúcifer, laçando este pequeno aliamento com meu poder. Assim seja.

Uma onda negra nos envolveu, me fazendo sorrir, assim como os outros.

- Assim seja!

POV. Observador(Especial)

Assim que o poder negro envolveu as fronteiras de Mystic Falls, ela sabia, ela tinha certeza que seu plano estava ocorrendo como planejado.

E que a bruxa iria acabar morrendo.

"E então?" - a voz entoada de várias bruxas ao mesmo tempo trouxe a garota de volta ao presente, aonde ela estava na casa onde ainda viviam, por mais que já estivessem á séculos mortas.

- Tudo está saindo como planejado... Em pouco tempo, o Híbrido vai consegui matar a bruxa, e eu, o matarei - a garota disse, séria, com um leve toque de persuassão.

"E nós a recompensaremos, cara Bennett..." - uma voz separada das outras falou, suave.

A bruxa riu.

- Isso é o de menos. O que importa pra mim, é a destruição dela...

E um coro de risadas malévolas entoaram aquela casa, e só quem era sobrenatural podia ouvir a quilômetros e quilômetros de distância aquele som horrível e tenebroso, que só podia se traduzir em uma coisa:

Desgraça total.

Em um lugar, mas muito, mas muuuito longe dali, em um outro tempo e lugar, três pessoas se reuniam, e conversavam alegremente.

Até o momento em que se arrepiaram ao escutar a risada em coro das terríveis bruxas amaldiçoadas.

- Ohh Deus... - a garota foi a primeira a se pronunciar, em choque. - Isso quer dizer que...

- Que magia negra está sendo invocada em Mystic Falls - o garoto ali presente falou, estremecendo, mas se mantendo firme. Ele se levantou da cadeira. - Eu tenho que avisá - la...

- NÃO! Lembre - se do que ela disse! Você não pode ir para lá - o outro garoto falou, segurando seu braço. O primeiro puxou - o de seu aperto.

- Ela está em perigo. Você mais do que eu sabe o que aquelas bruxas podem aprontar. Você viu o que vi, e não quer que eu alerte?

- Sim, eu quero! Não quero que ela morra, ela é minha irmã! - ele jogou as mãos para o alto, praguejando. - Mas ela irá se destroçar se alguém se ferir, pelo o amor de Deus, fique bem a...

- MENINOS! - a garota, de repente, gritou, mas era tarde demais para alertar.

O mal já havia se impregnado na onde estavam, e antes que pudessem entender alguma coisa, foram sugados por um terrível buraco negro, algo nunca visto antes naquele lugar...

...E simplesmente sumiram. Para sempre.

Porém, o Para Sempre nem sempre é a eternidade... Ela também pode durar apenas um segundo.

Ou não.