.Lucius levanta do chão, limpa um pouco do pó que cairá em seu terno e percebe que rasgará um pouco devido o impacto e começa a andar em direção ao Chapolin.

— Eu adorava esse terno. — Diz Lucius olhando para o rasgo. Ele tira o terno ficando apenas com a camisa branca, afrouxa um pouco a gola e a gravata, e retira de dentro da calça um pouco do tecido que estava dentro, ficando com a camisa completamente para fora. Ele olha para Chapolin que estava a alguns metros, e após parar e respirar fundo ele diz: — Pois é! O que dizem sobre você não são mentiras Chapolin.

.Chapolin olha ao seu redor, e após ver tantos mortos no chão, sua expressão fica triste e diz melancólico:

— Porque fez isso?

— Ah! Está falando dos mexicanos mortos?! — Responde Lucius olhando para os corpos mortos caídos e em seguida volta a olhar para Chapolin. — Bem, isso é guerra Chapolin, o forte tem que mostrar para o mais fraco onde está seu lugar no mundo. São coisas da “natureza”. — Diz Lucius com um tom de deboche.

.Após ouvir a resposta dada por Lucius, Chapolin fica olhando para o chão parado e em silêncio por alguns segundos, com os olhos tão abertos como se um fantasma o assombrará. Girafales preocupado com o estranho silêncio chama o herói:

— Chapolin? Você está bem?

.Os olhos de Chapolin pareciam hipnotizados, focava-se apenas em uma formiga no chão que passará na sua frente a poucos centímetros. A mão direita que segurava a marreta biônica estremecerá e fraquejava, ficou em silencio por mais alguns segundos, apenas Girafales perceberá que a íris castanha dos olhos de Chapolin liberaram uma iluminação avermelhada por milissegundos e voltaram à cor normal. Aproveitando a distração do herói, Lucius estica seu braço esquerdo na direção de Chapolin e transforma seu braço e mão em uma espécie de cano de arma, após ver que o agente transformará o membro, Girafales diz em sua mente:

— Ele é um ciborgue?!

.Lucius olha para Chapolin, o olho esquerdo do agente se transforma numa mira. Antes de atirar no herói, ele diz:

— Adeus... Chapolin...

.Antes que Lucius pudesse atirar, Chapolin com os olhos fulminantes e raivosos encara o agente nos olhos. A encarada de Chapolin faz Lucius sentir um arrepio na espinha, o agente se sente sufocado, suas pernas fraquejam, parecendo que estivera de frente com um monstro que olhava não apenas nos olhos, mas olhando em sua alma, nesse tempo em que se sentia medo, ele pode ouvir Chapolin dizer:

— Se ouviu coisas sobre mim Lucius? Lá vai uma que talvez você não tenha ouvido. — Faz uma pausa. — Quando estou nervoso. Costumo não ser tão amigável como de costume.

.A pressão da tensão que Chapolin criará cresce e toma conta de todos que estão ao seu redor. Sentindo tal sentimento que seu herói estava demonstrando, Roberto que está suando e respirando com dificuldade, diz em sua mente:

— Esse não é o Chapolin que conheço.

— Nunca senti algo desse jeito. — Pensa Girafales.

— Não... — Faz uma pausa. — Não consigo atirar... — Diz Lucius em sua mente e com seu braço direito tremendo. — Esse olhar... Essa tensão... Ele pretende me matar! — Grita em sua mente.

.Chapolin segura firme o cabo da marreta biônica e diz friamente para Lucius:

— Você vai morrer...

.Após ouvir tais palavras, Lucius soa frio, seu coração aperta, sua visão fica turva e sua mente fica tão tensa que ele imaginará “La Catrina” a senhora da morte abraçando-o delicadamente e o beijando no rosto.

.De repente uma explosão corta toda a tensão do local, homens que surgem do nada gritam e partem para cima dos agentes americanos, empunhados com AK-47 eles atiram nos americanos que por sua vez revidam os tiros, mas devido à distração, ficam atrapalhados com o contra-ataque. O olhar sério e frio de Chapolin retornará para o sereno e confuso rosto conhecido do herói, que olhará para todos os lados e apenas via homens que vieram do nada afugentando e matando os agentes americanos, que tentavam desesperadamente recuar ou se recompor para lutar, mas o grupo era pequeno e o ataque maciço da ofensiva forçará os agentes da FBI a recuar. Lucius aproveita de novo a distração do herói e tenta atirar com seu braço mecânico, mas Chapolin percebe a intenção do agente e desvia do tiro com precisão. A bala voa em direção as árvores, derrubando algumas. Ao ver o poder que a bala produziu, Chapolin suspira e diz com um sorriso:

— Ainda bem que tenho minhas anteninhas de vinil.

— Desgraçado! — Grita Lucius apontando seu braço mecânico novamente na direção de Chapolin.

.Ao ver que Lucius pretendia atirar novamente, Chapolin bate a marreta biônica no braço do agente, fazendo-o desviar em outra direção, em seguida da uma marretada na barriga fazendo-o curvar para frente e finalmente desferir um ultimo golpe em suas costas, fazendo o agente cair no chão, ele tenta se levantar, mas Chapolin pisa em suas costas, forçando-o a ficar deitado. Irritado com a derrota Lucius começa a se debater e grita para Chapolin:

— Me solta inseto maldito! Seu mexicano de merda!

— Tenha modos, americano. — Diz Chapolin forçando a perna para manter o agente no chão.

.Os outros agentes começam a recuar e correm para a vegetação, enquanto o grupo de homens que atacará do nada continua avançando até que pararam de atirar quando viram que todos os americanos recuaram. Todos vibram pela vitória. Chapolin sorri e continua confuso com o grupo que apareceu do nada, um homem a alguns metros segurando uma AK-47 olha para o herói e sorri dizendo:

— Chapolin! É você mesmo?!

.O homem se aproxima alegre. Chapolin confuso pergunta:

— Eu conheço você?

.O homem da uma gargalhada e diz:

— Eu não, mas meu chefe conhece o senhor. Ele vai ficar muito feliz quando ver o senhor. — O homem que aparentava ter trinta anos olha para baixo e vê Lucius se debatendo e resmungando. — Você pegou um deles? Como esperado do grande Chapolin.

— Esse é o líder do grupo que nos atacou. Se chama Lucius, é um americano do FBI.

— Um agente do FBI. Muito bem Chapolin! — Diz o homem animado. — Venham todos nos acompanhar até a base, o chefe vai querer conhecer vocês, principalmente rever você Chapolin. — Diz o homem colocando a arma nas costas.

— Como você se chama? — Pergunta Chapolin.

— Ah! Eu sou Antônio. Somos “os Ratos”! — Responde Antônio. — Meus amigos iram prender esse americano imundo. — Complementa Antônio que vira seu corpo para alguns homens ali perto e grita: — Marcos! Gabriel! Venham me ajudar aqui!

.Os dois homens com o auxilio de Antônio, algemam Lucius com os braços para trás e com um pano velho e surrado acinzentado amarra e cobre os olhos do agente. Todos se preparam para ir acompanhar Antônio e seus homens para a base, Chapolin fica curioso para ver quem é o possível chefe de que Antônio falou. Enquanto isso, quieto em seu canto, Ronaldo não diz uma palavra e tenta ficar calado, mas Rebecca o agarra e impede que ele puxe a arma e grita:

— Traidor!

— Desgraçada! — Diz Ronaldo olhando sobre o ombro furioso para Roberto.

.Antônio olha para Ronaldo e diz:

— Traidor?

— Ah é, quase esqueci. Esse rapaz trabalha para os americanos. — Diz Chapolin.

— Então vamos levá-lo também. O chefe tem punição certa para traidores da pátria. — Diz Antônio que olha para um grupo de homens e acena com a cabeça.

.Quatro homens agarram Ronaldo e o algemam com os braços para trás, o rapaz tenta se debater para escapar, mas ao ver que não consegue, começa a gritar:

— Desgraçados! Não adianta lutar. Os americanos vão matar todos vocês! Acha que só tem esse pequeno grupo de homens aqui no México? Eles têm quase um exército aqui nesse país patético! Williams vai fazer chaveiros com suas bolas e vai dizimar todos seus filhos e mulheres! Vão ver... — Ele é interrompido com uma coronhada na cabeça de um dos homens que estava ao seu lado.

— Fala demais. — Diz o homem olhando para o outro que segura os braços algemados de Ronaldo.

.Após ver que um dos seus homens resolveu a gritaria de Ronaldo. Antônio diz calmo:

— Vamos. Estamos perdendo tempo aqui.

.Eles caminham floresta adentro passando por meio do matagal. Roberto olha para todos aqueles homens armados e fica em seus pensamentos sem dizer nada, apenas andando.

— Então esses são os Ratos?! — Pensa ele, lembrando dos noticiários que assistia na televisão sobre terroristas que atacavam alojamentos americanos, carros do exército americanos. Eram chamados de rebeldes, mas eles mesmos se intitulavam “revolucionários de uma nação”, sempre entrando em confronto com os guardas da muralha, sempre tentando derrubá-la.

— Está bem Roberto? — Pergunta Girafales interrompendo as lembranças do rapaz.

— Ah. Professor?! Estou bem. Só um pouco apreensivo pelo que vai acontecer.

— Não se preocupe. Eles não são maus, são os mocinhos.

— E se eles quiserem que entremos neste conflito. Não sou um rebelde ou revolucionário. Sou apenas um estudante de arqueologia. — Diz Roberto com uma preocupação com sua vida crescendo em seu peito.

.Olhando a preocupação no olhar de seu aluno, Girafales apenas diz:

— Não se preocupe. Nada de mal vai acontecer com você ou com meus alunos restantes.

.Um pouco de alivio toma conta da preocupação e ele diz:

— Obrigado professor.

.Enquanto isso na frente de todo o grupo Chapolin e Antônio caminha um ao lado do outro, até que o herói pergunta:

— Quem são vocês?

— Já disse Chapolin somos os Ratos!

— Sim. Mas o que vocês fazem?

— Somos um grupo de revolucionários indignados com que está acontecendo em nosso país. Desde o dia em que ergueram o muro na fronteira, muitas pessoas: homens, mulheres e crianças morreram. Nosso presidente não faz nada para nosso bem, o país se encontra numa enorme crise, não apenas econômica ou política, mas humana também. Os americanos podem entrar em nosso país, mas nós não podemos entrar no país deles. Os que tentam entrar clandestinamente desaparecem ou são mortos.

— Desaparecem?!

— Sim Chapolin. O trafico humano e de órgãos captura as pessoas que tentam atravessar a fronteira e nunca mais são visto. Está um verdadeiro inferno no México. O trafico de drogas, corrupção e matança aumentaram desproporcionalmente nesses últimos tempos. E somos nós os Ratos que somos a ultima esperança do nosso povo.

— Vocês são os heróis dessa era.

— Obrigado Chapolin.

— Pode contar comigo para o que quiser Antônio, e vamos não só derrubar a muralha, mas também restaurar nossa pátria de volta.

— Obrigado Chapolin, será uma honra lutar ao seu lado.

— Será uma honra lutar ao lado de seu, meu amigo. — Diz Chapolin com um sorriso. Andaram por três minutos até que o herói perguntou: — Mas porque o nome Rato?

.Antônio da uma risada e responde:

— Os ratos não estão em toda parte? Destroem tudo e não se multiplicam? Somos como os ratos, estaremos em todos os lugares, destruiremos tudo em nome da paz e da pátria e nossa ideologia irá multiplicar na mente dos jovens e se juntaram a nós para essa luta.

— Entendi.

.Antônio da outra risada.

— Você foi meu herói na infância Chapolin. Se me permite. Porque sumiu do nada?

— Foi um pequeno problema que tive no começo dos anos oitenta. Não posso entrar muito em detalhes, mas vamos dizer que uma velha conhecida quase destruiu o mundo e eu salvei morrendo no processo.

— Você morreu Chapolin?

— Sim, mais ou menos. Mas é estranho voltar e perceber que muita coisa mudou nesse mundo. Tudo o que lutei parece agora não ter valido a pena.

— Mas valeu Chapolin, sua ideologia de paz se não fosse por ela, meu chefe não teria fundado o grupo revolucionário os Ratos.

— Por falar nisso. Quem é seu chefe?

.Antes que pudesse responder, uma risada se formou no rosto de Antônio.

— Você vai ver Chapolin. — Responde ele com um sentimento de alegre.

.Chapolin se mergulha em seus pensamentos e lembranças. Lembrará de toda a sua trajetória como herói, seus vilões, amigos e conhecidos. Mas tudo mudará agora, percebeu que sua briga não seria mais com alguns bandidos atrapalhados que tanto lutou em sua vida, seria diferente, agora seria contra um governo, contra um país inteiro. A caminhada demorou meia hora, mas finalmente o grupo chega a um pequeno acampamento no meio do mato, varias tendas militares, correria de um lado a outro. Antônio vira para seu grupo e grita:

— Muito bem! Levem os feridos para as tendas de enfermagem para receberem os primeiros socorros. — Ele olha para Chapolin. — Chapolin venha comigo.

— Tudo bem...

.Antônio e Chapolin andam em meio às tendas até que chegam a uma, cujo se encontra um homem já de idade madura, no decorrer de uns cinqüenta anos, vestia uma roupa militar, em sua cintura um facão e com uma barba mal feita no rosto. O homem olhava um mapa que se encontrava estendido sobre uma mesa de madeira, apontava para ele e dialogava com alguns homens que estavam ao redor da mesa. Os dois se aproximam e Antônio grita:

— Chefe!

.O homem olha para Antônio e em seguida para Chapolin, e com sorriso no rosto diz:

— Chapolin. Quanto tempo.

.Chapolin encara o homem tentando reconhecê-lo, mas diz:

— Desculpe, não estou te conhecendo.

.O home dá uma risada e diz:

— Não está me reconhecendo porque não estou mais usando o gorro que usava quando eu era criança.

.Chapolin arregala os olhos quando conseguiu lembrar.

— Não me diga. Você é o...

— Na época me chamavam de Chaves.

— Chaves!

.Os agentes corram até um campo aberto onde se encontrava alguns carros grandes e pretos, possuindo nas portas um logo do FBI. Os que restaram do confronte entram as pressas e dá partida a toda velocidade. Enquanto disparavam levantando poeira por onde passavam, em um dos carros um agente agarra o telefone instalado no veiculo e rapidamente disca fazendo uma ligação, o aparelho toca até que finalmente alguém atende do outro lado da linha.

— General Williams na linha. — Diz a voz de um homem.

— Senhor?! Alô, aqui é o agente Maicon, estamos retornando para a base, a missão “Polegar Vermelho” falhou senhor. Repito. A missão “Polegar Vermelho” falhou! — Grita o rapaz.

— O que houve?

— Ele voltou senhor. Chapolin Colorado retornou e os Ratos apareceram do nada. Presumo que Chapolin e os Ratos estejam trabalhando junto agora.

— Trabalhando juntos? Interessante. — Diz o General com um tom pensativo. — Isso vai ser um problema agora. Quando voltarem para a base me envie um relatório completo e detalhado sobre a situação entendeu?

— Sim senhor.

— Me envie amanhã de manhã.

— Está bem senhor. Câmbio e desligo. — Diz o agente desligando o telefone. Ele olha para seu colega que está dirigindo e diz: — Saímos por pouco da situação hein?!

— É mesmo. Nem acredito que ele exista mesmo. — Diz o motorista.

— O Chapolin? Não se preocupe pelo que conheço do General ele ira mandar os melhores para transformá-lo em cinzas juntos com aqueles Ratos imundos.

.Os dois dão uma risada, mas não perceberam o campo minado e todos os carros que davam fuga explodem um por um enquanto tentavam desviar das explosões dos carros da frente até não sobrará mais nada a não ser veículos cobertos pelo fogo. Em um escritório em um quartel nos Estados Unidos, próximo da fronteira, o General Williams um homem branco, com um cabelo preto cortado bem no estilo exigido pelo exército, vestia o típico uniforme de um general cheio de medalhas no peito esquerdo, sua aparência correspondia a de um homem de quarenta anos, devido sua idade ser quarenta e quatro. Williams se encontrava pensativo, seu escritório era pequeno e simples, a sua mesa de trabalho vivia cheios de papeis e documentos, na parede alguns quadros com fotos dele ao lado de sua família ou de alguém importante e gaveteiros metálicos que possuía mais documentos e papeis. Ele pega seu celular e disca alguns números, o telefone toca algumas vezes, até que alguém tende:

— Senador Frederico na linha quem é?

.O Senador atende ao telefone em seu gabinete. Frederico era um homem branco que aparentava ter cinqüenta anos, com um cabelo grisalho bem penteado, de cavanhaque, e olhos castanhos escuros, vestia terno e gravata, típico de políticos, mas o que diferenciava nele eram suas enormes bochechas que eram maiores que a de qualquer pessoa.

— Alô?! Senhor Senador. Tudo bem com o senhor?

.Após ouvir a voz do General, Frederico engole em seco.

— General Williams?! A que devo essa ligação?

— Então senhor Senador. Estou ligando para informar ao senhor que o grupinho terrorista “Os Ratos”, atacou uma equipe de agentes do FBI e isso é extremamente grave senhor. Entende o que quero dizer?

— Sim, eu acho que sim.

— Veja que situação delicada esse “grupinho” me colocou. Se o senhor, o seu presidente e a segurança de seu país não conseguem lidar com um grupo terrorista. Será obrigatória uma intervenção militar estadunidense em seu preciso país e o senhor sabe como nosso exército é um pouco violento quando tratamos de terroristas.

— Sim, eu sei.

— E eu e o senhor não queremos que inocentes morram nesse fogo cruzado entre soldados americanos e terroristas mexicanos não é?

— Eu não ia querer uma coisa dessas.

— Ótimo. Então avisa para seu chefe o presidente melhorar a segurança e exterminar logo esses terroristas não acha?

— Eu vou ver o que posso fazer.

— Muito bem. É assim que se fala. Estarei aguardando resultados hein.

— Entendi. Haverá resultados.

— Ótimo! Até a próxima. Tchau.

— Tchau.

.Os dois desligam os telefones ao mesmo tempo. O General logo levanta de sua cadeira e vai até um dos gaveteiros e abre a primeira gaveta. Ele usa dois dedos para abrir um pouco de espaço de um documento a outro, ao ver os papeis que queria Williams puxa a pasta com o seguinte dizer escrito de preto bem grande “Ultra Secreto”. Ele verifica o documento e fecha a gaveta. Após ler por alguns segundos ele pega o telefone novamente disca apenas uma tecla e uma voz de mulher atende do outro lado da linha:

— General Williams?!

— Sim Claudia, entre em contato com a Liga Patriótica da Justiça America, por favor. Temos um herói mexicano como inimigo desta vez e nada melhor que usarmos os nossos heróis americanos.