E se um reencontro o destino preparasse...
Capítulo 98:
Anita chegou em casa, se sentindo como se estivesse flutuando, ela soltou a bolsa e se atirou no sofá, lembrando-se dos momentos com Ben mais cedo, ela fechou os olhos e ficou materializando cada momento em sua mente, por um momento Anita não sabia se era sonho ou realidade tudo aquilo, depois de tanto sofrimento ela estava feliz e de um jeito que ela não sabia definir com palavras somente.
– Anita, tá me ouvindo você esta surda. – Vera gritou com ela quando viu que a garota não lhe dava atenção, continuava paralisada com um sorriso para o nada.
– Ai mãe, que susto, que isso. – Anita respondeu assustada, quando deu por conta da presença de Vera.
– Você anda com a cabeça onde posso saber, te liguei sei lá quantas vezes não atendeu porque. – Vera indagou meio irritada.
– Ué eu não vi, horas sei lá. – Anita tentou justificar.
– E esqueceu também que estava de castigo, estava onde que passou quase toda a tarde fora. – Vera perguntou a ela.
– Eu estava na escola, me atrasei com um trabalho, não virei prisioneira aqui, virei. – Anita resmungou se levantando.
– Claro que não, mais dá próxima vez me avisa, filha eu me preocupo com você. – Vera afirmou.
– Eu sei, foi mal. – Anita negou onde estava realmente.
– E o Ben que foi outro que sumiu. – Cícera disse vindo até elas.
– Bom, eu não sei, mas creio que ele deve ter ido trabalhar não é. – Anita respondeu com calma.
– Você viu ele. – Vera a questionou intrigada.
– Vi, no colégio, mais depois não vi mais, por que. – Anita disse apreensiva.
– Nada, curiosidade somente. – Vera explicou.
– Bom então, ele foi pro trabalho menos mal. – Cícera afirmou.
– Você pode ir lá na empresa dar uma força pra gente. – Vera perguntou para Anita.
– Posso, isso significa que acabou o castigo. – Anita questionou.
– Não, mais, por favor, nos ajude, que eu vou pensar nisso. – Vera falou.
– Bom não é, pelo menos deu uma evoluída, eu vou ajudar sim, não tenho nada pra fazer nessa casa mesmo. – Anita concordou.
– Bom obrigado, então vamos. – Vera agradeceu.
– Vamos. – Anita falou pegando a bolsa.
– Tchau, Cícera e qualquer coisa me ligue. – Vera falou.
– Tudo certo, eu cuido de tudo. – Ela respondeu simpática.
– Oi Anita. – Bernadete disse vendo ela.
– E ai tudo bem. – Anita respondeu sorrindo.
– Você tá com uma carinha tão boa, o que foi que aconteceu. – Bernadete indagou curiosa.
– É nada, o que de mais seria. – Anita tentou disfarçar.
– Ai certo, mais eu fico feliz de te ver assim. – Bernadete afirmou sorrindo.
– Bom eu vou lá pra cozinha, ver como as coisas estão. – Vera disse saindo pela porta.
– Bernadete aqui os papéis que você me pediu. – Abelardo veio até a sala e colocou os papéis em cima da mesa, com uma cara abatida.
– Oi Abelardo. – Anita falou o vendo.
– Ah oi Anita, desculpa nem te vi. – Abelardo respondeu.
– Tudo bem. – Anita cumprimentou-o.
– Tudo, tudo sim, bom agora deixa eu ir. – Ele disse saindo novamente.
– Vai lá. – Anita disse a ele.
– Ai que vida. – Bernadete reclamou nervosa.
– O que foi, vocês tão brigados. – Anita questionou percebendo o jeito dela.
– Ai Anita, a gente brigou, e pelo jeito não tem volta sabe. – Ela afirmou.
– Mas porque, vocês se davam tão bem sempre. – Anita indagou.
– Teu pai menina. – Bernadete afirmou.
– Meu pai, ah não, vai me dizer que ele. – Anita disse, fazendo uma pausa antes que ela falasse de mais.
– Anita senta aqui. – Ela pediu.
– Tá, o que foi. – A garota indagou confusa e se sentando ao sofá com a madrasta.
– Você acredita em carma, fantasma essas coisas. – Bernadete perguntou tensa.
– Sinceramente não sei, mais porque isso, o que tá havendo. – Anita falou intrigada.
– O teu pai menina, eu tenho visto ele. – Bernadete soltou.
– Oi, vendo ele, ele apareceu. – Anita questionou sem entender muita coisa.
– Sim, ele disse que voltou do além. – Bernadete respondeu se sentindo maluca por tudo aquilo.
– Além, voltou, o que é isso. – Anita ficou confusa.
– Eu sei que é maluco, mais ele tem aparecido pra mim e pro Abelardo. – Bernadete falou.
– Espera você tá achando que tá vendo o. – Anita queria saber se ela estava entendendo certo.
– O fantasma do teu pai, ele me disse que eu trai ele, tadinho morreu de um jeito tão louco. – Bernadete falou.
– Coitado. – Anita repetiu com os olhos arregalados, e percebendo toda a confusão da ex-madrasta.
– E não Anita, e o Abelardo se chateou comigo por isso, eu não sei o que fazer, eu trai teu pai Anita, e ele tá morto menina. – Ela falou preocupada.
– Bernadete não viaja, você já estava separada dele, que loucura é essa, isso é coisa da tua cabeça. – Anita tentou chama-la para a realidade.
– Eu sei, mas é que eu me sinto culpada, ele se afundou mais, quando eu deixei ele, não o visitei na prisão e ele morreu. – Bernadete afirmou.
– Sai dessa, por favor, acredita no que eu estou te falando não vale a pena. – Anita disse.
– Eu não sei mais o que fazer. – Bernadete afirmou tensa.
– Esquece isso, fantasmas não existem, isso é loucura, ou não, mais esquece e tenta se explicar com o Abelardo não é. – Anita pediu.
– Será, ai mais eu me sinto mal com isso, os dois eram amigos Anita. – Bernadete pesou.
– Nem tanto não é, porque o papai não perdia a chance de sacanear o pobre do Abelardo, não vale a pena isso. – Anita expos tentando espantar os devaneios dela.
– Eu acho que vou tentar seguir o teu conselho. – Bernadete falou concordando.
– Isso faz isso, e esquece o meu pai, mas por curiosidade você viu ele, aonde. – Anita indagou.
– Na Barra no apartamento, e aqui pelo bairro. – Ela respondeu.
– Certo. – Anita falou pensando que o pai estava por perto.
– Oi gente. – Martin cumprimentou entrando.
– Oi Martin. – Anita respondeu.
– Demorei Bernadete. – Ele perguntou.
– Não, não muito, bom eu vou resolver umas coisas e volto aqui. – Bernadete afirmou se levantando.
– E ai, anda sumida você. – Martin falou para Anita.
– É, eu andei meio afastada mesmo. – Anita respondeu simpática.
– Certo. – Ele falou.
– E você o que faz da vida, a gente não se falou mais desde aquele dia que você teve lá em casa. - Anita o indagou.
– To bem. – Martin respondeu apenas, enquanto mexia no computador.
– Xi, pelo visto teu rolo com a Micaela, nada ainda. – Ela disse percebendo.
– Não, mais eu nem quero falar disso. – Martin afirmou.
– Certo, eu vim aqui pra ajudar não é, não vou ficar me metendo na tua vida. – Anita concordou.
– Não tudo certo, é que eu não quero falar, só isso. – Ele se explicou.
–Ok, entendi. – Anita falou rindo.
– Trabalho, vamos lá então. – Martin disse.
– Vamos. – Anita respondeu se prontificando.
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