Capitulo anterior:

Fred que percebeu o jeito arrasado da garota se aproximou.

Continuação:

– O que houve menina, tá chorando por que. – Fred perguntou, sentando-se ao lado de Anita.

– Porque eu não consigo mais me achar Fred, eu estou cada vez mais perdida. – Ela afirmou.

– Talvez você precise seguir o teu coração, coisa que você não esta fazendo. – Fred lhe respondeu.

– O meu coração é burro Fred, foi ele que fez eu me meter nessa confusão toda. – Anita afirmou.

Fred achou graça das afirmações da garota. – Talvez o seu coração seja sabio, sabe que o amor é maior que qualquer tristeza. – Ele falou.

– O amor pelo o que, se eu acho que eu perdi a minha dignidade pelo menos meu coração perdeu, ele ama, que não liga pra mim. – Anita disse triste.

– Ou será que o coração do outro lado, é como o teu, teimoso, triste e magoado. – Fred justificou.

– Impossível à tristeza sufoca qualquer sentimento bom. – Anita rebateu.

– Você não pode deixar a tristeza ser maior, às vezes nós perdemos, mas um sentimento bom é maior, um dia você vai ver. – Ele afirmou.

– Eu não acredito mais nisso. – Anita não conseguia confiar em mais nada, suas esperanças tinham sido levadas de si sem que ela pudesse impedir.

– Confia, o amor quando verdadeiro move montanhas, enfrenta qualquer tempestade. – Fred aconselhou.

– Então o meu virou pó rápido demais. – Anita disse desanimada.

– Se virou pó porque sofrer, onde a sofrimento, tem sentimento. – Ele respondeu com um breve sorriso.

– Não pode ser só recalque, vai ver eu não quero admitir que eu perdi. – Anita disse, zombando do que sempre ouvia.

– Não, isso não existe você esconde a tua tristeza no fundo dos teus olhos. – Fred falou a ela.

– Eu não quero ser a coitada, Fred, eu morro infeliz mais esse papel eu não quero. – Anita afirmou se recusando a desempenhar tal papel, ainda mais em deixar alguém a rotular de tal forma depois de tudo.

– Lutar honestamente, não jogar os nossos princípios fora, alguém tem que dar o primeiro passo. – Fred expôs.

– Por mim, eu não quero ninguém do meu lado por uma obrigação, na boa o Ben pode ficar o resto da vida com a Sofia se ele quiser. – Anita desabafou o que a afligia.

– E você sofre, diz pra ele o que tá preso aí, será que não é isso que ele quer ouvir. – Fred a aconselhou.

– Seu eu for dizer pra ele, tudo o que penso, a gente vai se estapear que nem duas crianças. – Anita afirmou nervosa.

– Que seja, o que não vale é prender as coisas dentro de nós, ou você diz só o que ainda tá ai, o lado bom só. – Ele disse a ela.

– Eu não posso fazer isso. – Anita respondeu teimosamente.

– É a única forma de você se sentir leve de novo, pensa nisso, mas agora eu tenho que ir. – Fred falou se levantando.

– Obrigado por tudo, pelos conselhos, embora eu não pretenda executá-los. - Anita exclamou, com um sorriso.

– Quem sabe você não muda de ideia. – Fred disse sorrindo.

No quarto de Omar, Vera, Ronaldo e Cícera, tentavam contar para Ben sobre a doença de sua mãe.

– Gente o que vocês querem falar, falem logo. – Ben dizia nervoso, com a demora dos três.

– Então meu filho, antes de mais nada, você tem a nós. – Ronaldo disse.

– Vocês já disseram isso o que eu quero saber, é o que vocês querem me dizer, esses rodeios todos só tão sendo pior. – Ben explicou preocupado.

– Sou eu que quero te dizer uma coisa Ben, o que eu to tentando te falar desde que eu cheguei aqui. – Cícera se manifestou.

– E o que seria. – Ben perguntou.

– A gente veio junto, pra te apoiar Ben. – Vera afirmou tensa.

– Meu filho eu vim para o Brasil porque eu estou muito doente. – Cícera soltou.

– Doente, como mãe. – Ben questionou vendo seus sentidos paralisarem.

– Eu descobri há uns dois meses mais ou menos, que eu tenho uma doença preocupante, mais que pode ser tratada. – Cícera não queria despejar tudo em cima de Ben, de uma vez.

– Mãe que doença, não adianta você me esconder, por favor. – Ben afirmou nervoso.

– Leucemia, Ben. – Ele falou.

– O que mais como assim, mais você tá se tratando, você vai se curar né. – Ben não conseguia acreditar.

– Sim estou, inclusive já marquei uma consulta com médico aqui, não precisa se preocupar Ben. – Ela respondeu.

– Nós vamos dar o apoio que a tua mãe precisar Ben. – Ronaldo tentou tranquiliza-lo.

– Eu não to acreditando nisso. – Ele falou transtornado.

– Você precisa manter a calma até pra ajudar a tua mãe. – Vera aconselhou.

– Eu sei gente. – Ele tentou disfarçar um pouco da tensão.

– Pra quando que você marcou essa consulta mãe. – Ben perguntou.

– Daqui duas semanas. – Ela respondeu.

– Mais não é muito tempo. – Ben indagou novamente.

– Não, eu estou seguindo as recomendações que o médico lá em Miami me passou, tá tudo certo. – Cícera afirmou.

– Entendi. – Ele disse.

– Vai dar tudo certo, você vai ver. – Ronaldo falou.

– É vai, tem que dar tudo certo. – Ben queria ser confiante, por mais apavorado que ele estivesse.