Anita bufou a aula inteira, tensa com a discussão que ela e Ben tiveram, definitivamente os dois não conseguiam mais se entender e isso a entristecia de mais, e a confundia de uma maneira inexplicável. O sinal tocou e ela saiu apressada tinha que correr para o casarão para preparar o almoço dos irmãos, que Vera havia pedido. Chegando a saída da escola ela deu de cara com Martin, escorando em seu carro a esperando provavelmente.

– Posso saber o que você faz aqui. – Anita disse o fitando.

– Ué ver a minha, a minha, nossa não sei o que você é minha. – Ele falou em tom de brincadeira.

– Só você mesmo, pra achar graça da nossa atual situação. – Anita rebateu.

– Então, vamos almoçar depois eu tenho que voltar lá pra labuta, estou quase sendo escravizado sabia. – Martin afirmou.

– Tá vendo a vida não é mole, não. – Anita riu da afirmação do garoto.

– Então vamos. – Ele disse.

– Só se você não se importar de almoçar lá no casarão eu tenho que, fazer o almoço pra todo mundo. – Anita respondeu.

– Você cozinhando vai dar certo isso. – Martin falou a ela.

– Bom você pode experimentar a comida da tia Luciana, tem essa opção. – Anita debochou.

– Ah fico com a tua, vamos então. – Ele falou, Anita apenas concordou com a cabeça.

– E ai gente oi. – Anita disse entrando com Martin em casa.

– Oi. – Martin também disse.

– Ai mina ainda que tu apareceu, eu não sei o que cozinho. – Luciana afirmou.

– Comida. – Martin retrucou.

– Fica quieto que ninguém te perguntou nada o palhaço. – Anita falou rindo.

– Tá bom né eu vou ficar ali no sofá nem vou me meter nisso ai. – Martin falou sentando- se na sala.

– Então eu cortei alguns legumes. – Cícera falou, achando graça ainda de Martin.

– Bom que já adianta. – Anita respondeu.

– O Anita, vem cá deixa eu te perguntar uma coisa aqui. – Luciana falou.

– Pergunta tia Lucina, mais logo antes que eu me arrependa. – Anita dizia lavando a mão na pia.

– Tu e ele. – Luciana disse apontando para Marin. – Vocês tão tendo alguma coisa. – Luciana completou.

– E se a gente tiver, o que tem de mais, até que provem ao contrário o que pode demorar uma vida, eu só livre. – Anita afirmou.

– Não nada, mais é que sei lá achei que tu ia dar uma voadora na tua irmã, por ela ter roubado o Ben de você, mais você fez a linha fina. – Luciana soltou.

– Tia, que isso, isso é coisa que se diga. – Anita falou espantada e boquiaberta com Luciana.

– Ué falei a verdade, que a tua mãe não me ouça claro. – Luciana refirmou, racional.

– Vamos mudar de assunto né. – Anita disse incomodada.

– Se é por mim, não tem porque, apesar do Ben ser meu filho, não acho que ele tenho sido certo nessa história. – Cícera afirmou para a garota.

– Eu vou tomar água. – Anita não sabia o que falar, a mãe do garoto sabia de tudo, e isso a paralisou.

– Ai até que enfim, terminamos esse almoço. – Luciana falava.

– Oba eu vou almoçar então. – Giovana afirmou.

– E o Ronaldo ainda não chegou. – Anita disse.

– To aqui já. – Ele falou entrando.

– Anita, bom te ver. – Ronaldo falou vendo a garota.

– É eu vim dar uma ajuda pra mamãe. – Anita respondeu.

– Melhor ainda é saber que eu não vou precisar comer o sapão da Luciana de novo. – Ronaldo ironizou.

– Nossa que falta de consideração. – Luciana retrucou.

– Mais Ronaldo se você quiser pode, continuar com a sopa porque ela fez de novo, ainda bem que ela não fez muito porque se fosse maior, os legumes da face da terra tinham entrado todos em extinção de tanta coisa que ela colocou naquela panela. – Anita falou rindo.

– Martin você por aqui também. – Ronaldo falou para o garoto, sentado ao sofá a vontade.

– É oi Ronaldo, eu vim com a Anita. – Ele respondeu.

– Já to sabendo ouvi uns comentários por ai. – Ronaldo respondeu.

– Anita olha, você foi rápida hein. – Sofia falou, escutando parte da conversa quando descia as escadas.

– Eu perguntei alguma coisa pra você. – Anita disse, revirando os olhos sem paciência para a irmã.

– A Anita pode até ter sido rápida Sofia, mais, mais que você ela não foi que não esperou nem esfria não é Sofia. – Martin retrucou tentando defender Anita, Sofia apenas se colou.

– Toma Sofia, mereceu. – Giovana debochou.

– Gente, vamos almoçar. – Anita disse, antes que acabasse em brigas o almoço.

– Giovana chama o Vitor e o Pedro lá no quintal. – Luciana pediu.

– Vou lá. – Giovana falou indo até o quintal.

Mais tarde Anita e Martin, conversavam e frente ao casarão.

– Tua irmã é uma mala sabia. – Martin dizia a garota.

– Às vezes eu juro que eu tento entender a Sofia, mas eu nunca chego à conclusão nenhuma. -Anita afirmou.

– Ela é mimada, acha que tudo é pra ela. – Martin falou.

– Pode ser. – Ele disse, não sabendo se era aquela somente a explicação.

– Bom eu tenho que ir, já estou atrasado. – Martin falou.

– Vai lá eu vou ficar por aqui hoje. – Anita respondeu.

– Adorei o almoço, foi confuso mais. – Martin falou beijando-a, beijo que foi visto por Antônio.

– O que você tá fazendo com a Anita. – O garoto gritou.

– E isso é da tua conta. – Martin disse quando viu o garoto.

– Claro que é. – Antônio afirmou.

– Antônio some daqui, eu não tenho nada com você, para de pirar. – Anita esbravejou.

– Não ouviu ela não. – Martin respondeu.

– Escuta aqui você seu. – Antônio começou a falar, sendo cortado por Martin.

– Escuta você, deixa ela em paz, eu não sou o Ben não, bonzinho, você deu sorte tá inteiro pra contar história, mas se você se informar por ai vai perceber que minha fama de bonzinho não existe, eu sou o cara torto, então não brincar comigo. – Martin disse sem paciência.

– Faça me rir. – Ele rebateu.

– Martin vai trabalha vai, melhor. – Anita não queria mais um envolvido na obsessão que Antônio nutria por ela.

– Eu vou, depois a gente se fala. – Martin falou entrando no carro, Anita se dirigiu diretamente para o casarão, pra não ter que olhar na cara de Antônio.