– Enfim, um pouco longe de tudo e todos! – Disse Ben destrancando a porta do quarto, onde eles iriam ficar.

– É. – Concordou Anita também contente, entrando e fechando a porta. – Será que ficou tudo calmo lá em casa. – Se perguntou. – Bom pelo menos ninguém ligou atrás da gente. – Ela ponderou, se debruçando a cama.

– Meu pai e a Vera vão ficar irados com a gente né. – Afirmou Ben, e os dois riram.

– Irados, é só uma forma delicada de você não dizer que eles vão querer mesmo é matar a gente. – Anita adicionou entre risadas.

– Mais também isso não tem tanta importância assim. – Falou ele, caminhando até ela e se sentando a cama. – Quer dizer, pelo menos não agora. – Afirmou.

– É pode ser. – Anita se ergueu sentando ao lado de Ben. – Já depois, eu não sei. – Riu ela, o beijando.

– Hum, vamos dar uma volta na praia, tá cedo ainda, o recepcionista disse que a praia não é muito longe daqui. – Ele sugeriu.

– Vamos sim, mais só me deixa ligar pra Bernadete antes, de me trocar. – Anita comprou a ideia. – Melhor eu não deixar ela sem noticias. – Argumentou, seguido de beijos.

– Tá, faz isso mesmo. – Ben concordou, com um sorriso.

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– Eu acho que eu morava em um lugar desses sabia. – Afirmou Ben, enquanto os dois caminhavam abraçados pela praia a passos lentos.

– Não brinca vai, infelizmente a nossa estadia por aqui tem prazo de validade. – Anita respondeu sorridente.

– Mais também isso só depende da gente querer. – Rebateu ele. – Eu te disse não disse, que com você eu vou pra qualquer lugar do mundo. – Falou ele, trocando muitos beijos com ela.

– Disse. – Confirmou. – Mais não pira tá, vamos parar de maluquice, por favor. – Anita respondeu, achando graça dos devaneios do namorado. – Até porque isso geraria uma sucessão de tragédias, Bernadete sendo esganada pela mamãe, ela e o Ronaldo querendo esganar nós dois, e por aí vai. – Alertou ela.

– É, mais se a barra pesar de verdade pra gente, quando eles souberem de tudo. – Alegou Ben. – Quem sabe, a gente some e vai ser feliz longe de tanto problema. – Exclamou ele com um sorriso.

– Vendo você falar assim, da até pra achar que você tem coragem, de largar tudo, peitar eles de verdade a esse ponto. – Anita disse um tanto descrente. – A gente precisa deles também Ben, mesmo com todas as vezes que a mamãe e o Ronaldo disseram que não aceitavam na nossa cara, mesmo com tudo que a gente ouviu, nós dois nunca deixamos de querer a aprovação deles. – Proferiu Anita. – E na verdade a gente ainda quer. – Completou.

– É tá pode ser empolgação de momento, esse lugar paradisíaco. – Relevou ele. – E mais você me olhando com esse sorriso lindo. – O garoto afirmou. – Estou sendo fortemente influenciado. – Constatou Ben, enquanto os dois pararam para observar em volta por um segundo.

– Tá vendo. – Riu ela.

– Sabe eu prezo muito a família maluca e incrível que a gente tem, mais aconteceu tanta coisa Anita, minha tolerância não é mais a mesma do começo dessa história, e eu acredito que nem a sua. – Exclamou Ben. – Lidar com a rejeição deles, com certeza é mais fácil do que ter que abrir mão de você por conta disso. – Afirmou ele taxativo.

– Aquela velha história! – Enfrentar qualquer coisa do lado um do outro, só que isso não funciona quando a gente esta separados. – Entendeu ela.

– Você sabe que no fundo não foi o que o desgraçado do Antônio fez, que teve importância, mas sim a distância que isso trouxe pra gente. – Respondeu Ben.

– É, perder você ainda continua sendo a pior parte. – A gente até pode ser muito fortes um do lado do outro, já longe, eu não tenho mais essa certeza. – Concordou ela. – Mais quer saber, não que fosse ruim se nada disso tivesse se passado, mas pelo menos agora a gente tem certeza de que nada pode ser capaz de afastar a gente de novo. – Anita afirmou com a felicidade lhe dominando.

– Nada, e ninguém, nunca mais. – Acrescentou Ben, a erguendo.

– Exatamente. – Consentiu Anita, e os dois trataram de trocar um beijo apaixonado.

–Mais agora, você vai me desculpar, mais eu não vou resistir em fazer uma coisa. – Afirmou ele travesso.

– O que, como assim, endoidou de vez foi. – Anita proferiu confusa.

– Te jogar nessa água, mesmo ela estando com muita cara de fria. – Justificou Ben, achando graça da cara de desaprovação dela.

– Ah não e tá mesmo. – Retrucou ela, se soltando dele. - Acho que eu passo. – Disse Anita, correndo em disparada.

– Não adianta, pode voltar aqui. – Gritou Ben, saindo atrás dela.

– Pode esquecer. – Anita pronunciou de volta.

– Não vai adiantar. – Riu ele a alcançando. – Eu to falando sério. – Ben afirmou a puxando pela cintura.

– Não, olha só vamos dar um tempo por aqui, pela ventania que tá fazendo. – Falou ela, percebendo o vento bagunçar totalmente seus cabelos. – Tá horrível lá no mar. – Argumentou as risadas.

– Não, não. – Disse ele se negando.

– Não Ben para, eu não to brincando. – Anita riu, tentando soltar seus pulsos que ele segurava.

– Vai ficar parada. – Perguntou ele.

– Não, você não vai desistir, que eu sei. – Anita retrucou.

– Então. – Respondeu Ben travesso.

– Ai Ben, não. – Ela disse relutante. – Ai socorro. – Anita caiu na gargalhada, quando os dois desiquilibraram e caíram um sobre o outro na areia.

– Agora você vai ter que entrar na água. – Ben afirmou entre risadas.

– Ahan, e por que. – Indagou ela.

– Pra tirar a areia do cabelo. – Zombou ele, ao vê-la com o cabelo embaraçado, pelo tanto de areia.

– Ah que engraçado, vou é passar uns dois dias tentando me livrar disso, com tanto de cabelo que eu tenho, tá aí uma forma deu levar alguma coisa desse lugar. – Brincou Anita bem-humorada.

– Vai ser bem conveniente também. – Ben pronunciou irônico, enquanto encarava o céu azul que se misturava ao sol forte.

– Muito mesmo. – Zombou Anita, deitando para trás e encostando sua cabeça no braço de Ben.

– Ou não. – Ben continuou rindo.

– Se tem alguém prestando atenção na gente, deve estar achando que a gente é maluco. – Lembrou-se Anita.

– É eu sou mesmo, só que é por você mesmo. – Respondeu Ben, não dando muita importância para a alegação dela.

– E eu te amo. – Afirmou ela de volta, e eles simplesmente trocaram alguns beijos apaixonados.

Um pouco mais tarde.

– Que foi, o que você tanto pensa hein. – Questionou Ben, ao constatar o olhar de Anita que parecia perdido.

– Não nada, eu tava pensando uma coisa só. – Anita esclareceu, enquanto tentava enxugar a água dos cabelos.

– E que coisa. – Falou Ben com um beijo.

– A Julia, ela anda muito estranha Ben, to ficando preocupada já. – Disse a garota.

– Como assim Anita. – Ben ficou ainda sem compreender.

– Não é que, eu mandei uma mensagem pra ela perguntando se tava tudo bem com ela. – Anita explicou melhor. – Ela respondeu de um jeito tão esquisito. – Proferiu Anita desconfiada do que se passava.

– Anita, meu amor, ela escreveu uma mensagem, às vezes o que a gente escreve, pode ser interpretado de uma forma diferente do que se fosse falado pessoalmente. – Ben quis desfazer os pensamentos dela.

– É uma hipótese, mais tem alguma coisa meio errada , outro dia o Ronaldo andou conversando com o Fred, sobre esse namoro dos dois. – Anita contrapôs. – O que será que foi hein, você não sabe de nada. – Indagou ela.

– Eu Anita, como princesa, você acha mesmo que o meu pai iria me falar algo. – Justificou Ben.

– É não né, mais você pode perguntar pro Fred, que tal. –Anita coagiu.

– Você vai me meter numa roubada né, que tal. – Retrucou Ben, pressentindo já.

– Ben, eu preciso ajudar a Julia, mais como ela não me conta, porque deve achar que eu já tenho problemas demais, fica difícil. – Anita tentou explicar seus motivos.

– Tá, tá bom, quando a gente voltar à gente vê isso. – Acabou concordando. – Mais agora vem cá, que já que a gente tá aqui, meio longe do Grajaú, eu preciso matar a minha vontade te de beijar sem neura, já que isso tem sido bem complicado pra gente. – Alegou Ben, envolvendo a garota em seus braços.

– Tá pode ser, eu acho que eu posso concordar sem problemas. – Sorriu Anita soltando o celular, e eles embarcaram em um beijo empolgado.