Mais tarde da noite Anita, Giovana, e Meg, ajeitavam-se para dormir no quarto, e Anita indagava-se em pensamento, sobre o paradeiro de Sofia já que a loira disse que iria dormir com Flaviana quando ligou para mãe, mas Serguei e a morena estavam isolados, até um pouco mais cedo.

– Cara, como o ar fica leve sem a presença da Sofia por aqui. – Giovana dizia, enquanto ajeitava-se para dormir.

– Vamos parar com a implicância dona Giovana. – Anita retrucou rindo, enquanto mexia notebook, debruçada sobre a cama.

– Não é implicância, não, é realidade. – Falou a ruiva de volta, arrancando uma gargalhada de Meg.

– A Sofia tem suas qualidades, também não é assim Gio. – Disse Meg, ainda rindo.

– Ah quais, te chamar de Shakira baixa renda, e roubar o namorado da Anita, e o resto eu nem comento. – Giovana afirmou sarcástica.

– É mais, esse negócio aí com a Meg tem nome, e com letras garrafais Sidney. – Anita respondeu rindo.

– Ai gente, eu não estou mais com ele, então, ela que faça bom proveito. – Afirmou Meg, sentando na cama, sentindo uma pontada de frustração. – No momento minha raiva maior, e do Serguei e da Flaviana, agora eu vou ter que ficar com a mesma roupa até amanhã, como que eu vou trabalhar assim gente. – Disse Meg irritada.

– Ué se você quiser eu posso te emprestar uma roupa, bom a Sofia não tá, é melhor você não pedir nada pra ela, a Giovana, vai ficar difícil você entrar em alguma coisa dela, com essa magreza dela. – Anita ofereceu.

– Magreza, eu não tenho culpa tá. – Giovana brincou.

– É não tem agora, chega na nossa idade pra ti ver, aí a gente conversa de igual pra igual. – Falou Meg sentando ao lado de Giovana e a abraçando. – Mais sério, Anita, não precisa, nem tem cabimento eu pedir alguma coisa pra você, sei lá fica até estranho. – Meg respondeu.

– Tem tanta coisa mais estranha nessa casa. – Anita riu. – Mais ó, acho que a gente já superou isso, não é, imagina eu te empresto e depois você me devolve. – Falou ela, caminhando até o armário, abrindo, e pegando um short branco, e uma blusa verde escura e entregando a garota. – Até porque se eu ficar guardando coisa que passou, tudo, daqui uns dias eu vou ficar com a cabeça, igual a um HD de um computador, totalmente pifado. – Anita sentou –se a mesa de frente ao computador.

– Obrigada então, mais eu te devolver tá, direitinho depois, é o mínimo. – Disse Meg agradecida.

– Gente mais também, o que tem de mais, a Anita namorava o Ben escondido quando a Meg chegou aqui, também não é um fato tão estranho, nenhuma sabia da outra. – Giovana afirmou.

– Giovana! – As duas a repreenderam de imediato.

– Ai gente, pra que isso. – A ruiva, mal se importou.

– Porque, você não fala isso por aí, não a parte que me envolve, não aqui em casa, porque a mamãe não deve ter contado você sabe pra quem. – Anita afirmou se referindo as duas hospedes.

– Ai tá, que povo que gosta de enrolar também. – Disse ela, se atirando para trás na cabeceira da cama, Meg apenas riu do jeito descompromissado da garota.

– Eita que você não morre tão cedo, porque a gente tava falando de você. – Afirmou Giovana quando viu Ben entrar pela porta.

– Ah é, bem ou mal. – Ben perguntou sorrindo, sentando a cama, próximo a Anita.

– A Giovana que fala demais. – Anita respondeu, sorrindo debochada.

– Nossa o que, vocês estavam falando. – Disse ele curioso.

– Nada, meu deus. – Meg falou as gargalhadas.

– Anita. – Questionou o garoto, tentando faze-la contar.

– Nem vem, não apela. – Anita respondeu. – Esquece, deleta, não era nada de mais. – Afirmou ela.

– Gente é o Guilherme, deve ser algo da banda, vou atender lá em baixo. – Giovana pronunciou, saindo com celular, após vê-lo tocar.

– E aí, conseguiu fazer a inscrição. – Perguntou Ben a Anita.

– Não, a página não muda nunca, acho que a internet daqui de casa. – Respondeu ela.

– O Pedro disse que lá em baixo, não estava funcionado mais cedo mesmo. – Ben falou, se aproximando.

– Para, a Meg ali. – Balbuciou Anita, afastando o braço dele de trás das costas dela, se voltando novamente para a tela do computador.

– Ela tá de lado vai, e tão concentrada lendo, que não tá nem aí pra nada. – Disse ele cochichando, virando o rosto dela, para um beijo.

– Que coisa, você não tem nada pra fazer não. – Anita retrucou sorrindo.

– Não, não. – Afirmou ele, sorrindo travesso.

– Só vendo. – Murmurou Anita.

– É gente, eu vou lá em baixo né, acho melhor. – Falou Meg, escutando parte dos cochichos dos dois.

– Não Meg fica, quem tem que sair é ele, aliás, ele nem devia de estar aqui. – Anita argumentou com ela.

– Depois eu volto, eu vou tomar uma água. – Meg afirmou, sorridente pela porta.

– Se não tem vergonha, coitada da garota, já deve ter um trauma de olhar pra nossa cara. – Ela proferiu séria.

– Relaxa tá, ela é sensata demais, pra cultivar esse tipo de coisa, e depois já faz muito tempo que eu resolvi meus problemas com ela. – Afirmou Ben, levando seu rosto para perto do dela novamente, Anita apenas balançou a cabeça sorridente.

– Que problemas gente. – Mariana entrou no quarto, com os dois se afastando.

– Esse do computador, mais eu não sei acho que eu to vendo outro. – Anita retrucou com uma cara irônica.

– A computador sempre da problema mesmo, um atrás do outro. – Afirmou ela e sentou a cama de Sofia. – Mais eu não estou incomodando, não é. – Perguntou, Anita e Ben olharam-se com um sorriso debochado nos lábios.

– Imagina, eu já tive problemas muitos maiores que esse na minha vida. – Respondeu Ben, Anita quis segurar o riso.

– É, eu vou. – Continuou ele debochado.

– Você vai o que. – Anita indagou rindo.

– Dormir, assim pelo menos eu não sou incomodado, mais tudo bem. – Ele falou, Anita tentava manter-se seria sem sucesso.

– Ai meu deus, boa noite. – Respondeu ela.

– Depois a gente termina aí no computador. – Se desculpou Ben. - Tentar entrar de novo, às vezes é o site. – Ele afirmou tentando seriedade.

– Tá, eu ver. – Anita respondeu.

– Tchau, boa noite, boa noite. – Afirmou Ben, levantando e saindo.

– É você quer alguma coisa. – Anita perguntou, ao se dar por conta da presença da garota, em total isolamento.

– Não, eu só não tava com sono. – Mariana respondeu sendo simpática.