E se um reencontro o destino preparasse...
Capítulo 150:
– Bom dia. – Anita falou, chegando a cozinha ainda embriagada pelo sono.
– Bom dia, meu amor. – Respondeu Ben, com um beijo rápido nela, virado de frente para a pia.
– Cadê todo mundo, eu perdi tanto a hora assim. – Anita questionou, vendo o silêncio pairar pela casa, o que não era muito comum logo de manhã.
– Acho que não, é que todo mundo se adiantou hoje, só isso. Ben disse, rindo. - A Vera saiu com Bernadete, acho que foram trabalhar, meu pai também foi pro Embaixada mais cedo, o Vitor e a Giovana também já se mandaram, não sei o que iam fazer, o Pedro acho que tá no quintal, mais já tomou café. – Explicou Ben, o sumiço de todos, enquanto preparava uma jarra de suco.
– É, a Sofia ainda tá dormindo, aliás, essa minha vontade bater um eterno papo com minha cama hoje, eu ando sobrecarregada, não estou dando conta de tanta coisa. – Justificou ela, parando ao lado do garoto, e se escorando nele.
– To te falando há dias isso, mais você não para. – Riu ele.
– Ham, e dá pra parar nessa casa, só isso aqui é uma agitação diária. – Brincou ela.
– Quer suco, tive que fazer outro não é, porque quando eu vim tomar café, já não tinha mais. – Afirmou ele oferecendo.
– Hahaha, e quando que nessa casa não é assim, salve a sua comida se você puder, quem chegar primeiro leva. – Anita debochou, irônica.
– Tá bom Anita, eterna rotina, vou me lembrar disso, dá próxima vez que eu pensar em me atrasar pra tomar café. – Ele achou graça. – Toma. – Falou alcançando um copo meio cheio a ela.
– Obrigada. – Anita agradeceu, tomando um gole e soltando o copo cobre a pia. – Nossa eu acho que eu vou voltar pra cama, não tá dando não, to com muito sono. – Afirmou ela, com a preguiça lhe dominando.
– Te emenda bicho preguiça, olha só quando você chega ao colégio e encarar dois tempos de aula com a Bárbara, você acorda rapidinho, não te preocupa muito com isso. – Ben implicou, rindo dela.
– Muito engraçado isso, olha aqui não ri, não tá, não se brinca com alguém que tá morrendo de sono. –Anita retrucou, com a cara meio amarrada para ele.
– É, eu não sei, você já é um perigo acordada, imagina quase dormindo. – Ele debochou.
– Para, se vai tirar o dia pra implicar comigo, isso não é justo. – Disse ela parada ao lado de Ben, abraçada a ele, fingindo-se de chateada.
– Vou horas, você não adora pegar no meu pé, mesmo sem motivo. – Falou Ben a encarando, sorrindo.
– Sem motivo, ah sei. – Ironizou ela rindo.
– Sem motivo sim, o motivo sai dai, dessa tua cabecinha. – Ben afirmou levando a mão ao rosto dela. – É, é, Anita, não olha agora, mais as visitas, que eu acho que já deixaram de serem visitas, tão olhando pra gente nesse exato momento. – Ele sussurrou ao ouvido da garota, quando olhou de relance para a sala, com Marta e Mariana no sofá.
– Ai deus! - Não se tem um misero segundo de privacidade nessa casa, também a gente não tava fazendo nada de mais, nada que nos denuncie, eu acho. – Anita disse de costas para elas.
– Bom, aí depende, a gente tava quase abraçado aqui. – Cochichou o garoto.
– Vem cá, paciência, vende no supermercado, porque a minha que restou não esta dando mais conta. – Disse Anita, em tom de voz baixa, se afastando um pouco de Ben.
– Não brinca. – Aconselhou ele.
– Bom é então, eu não sei que horas vou chegar no colégio, se eu perder a primeira aula, depois eu pego a matéria com você, eu vou no shopping com a Julia, ela quer comprar um presente de aniversario pra mãe dela e me convidou pra ir junto, a gente se fala. – Anita falou, desta vez para que elas ouvissem, pegando o copo sobre a pia novamente.
– Tá vai lá, tchau. – Ben respondeu, incomodado com a situação.
– Tchau, até mais. – Disse Anita, terminando de tomar o suco rapidamente. – E ó, não demora muito aí, melhor. – Anita afirmou a ele.
– Ham, demorar o que, por que. – O garoto indagou confuso.
– Isso mesmo que você ouviu. – Anita reafirmou, jogando o copo na pia, e indo até a sala, Ben ficou tentando processar as palavras dela, sem muito sucesso.
– Bom dia pra vocês. – Anita falou passando pela sala, pegando a bolsa e o telefone e saindo pela porta.
– Bom dia. – Responderam elas simpáticas.
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