– Atrapalho. – Anita chegou até Ben e Sidney que conversavam no corredor.

– Não, eu já tava indo mesmo. – Sidney afirmou sorrindo. – Bom eu vou conversar com o resto do time e te aviso Ben. – Disse ele.

– Tá bom, é só avisar. – Ben respondeu concordando.

– Tchau gente. – Falou o garoto indo embora.

– Você e o Sidney se falando, espera aí um minutinho que eu vou lá fora, pra ver se não tá caindo neve. – Anita ironizou, rindo.

– Ai muito engraçado. – Afirmou ele. – A gente esta se falando sim, mas por causa do time, e porque a gente convive, querendo ou não, mais eu duvido que o Sidney me perdoe um dia. – Ben disse decepcionado, com a situação que ele mesmo havia criado.

– Sabe o que vocês tão parecendo, aqueles casalzinho que terminam, por um vacilo, e depois ficam doidos pra voltar e não admitem de jeito nenhum. – Implicou Anita. – E vocês dois estão loucos, pra voltarem a serem amigos, só que nenhum fala. – Anita completou.

– Entendi, então essa é a tática que você andou usando comigo, por isso que você fala com tanta certeza. – Zoou ele, rindo.

– E se foi, você bem que mereceu vai, o Sidney tem razão, tem que te cozinhar, tá merecendo. – Anita debochou.

– Deixa de loucura vai, você vai pra casa agora. – Perguntou ele achando graça.

– Vou não, também você sabe o que nos espera por lá, mentira, mais mentira, eu não aguento mais isso, bom é eu vou visitar umas clientes lá na Barra, que a Bernadete me arrumou, vou tentar me distrair né. – Afirmou ela.

– Ah entendi. – Ben respondeu.

– Se vai trabalhar. – Anita indagou com os dois caminhando pelo corredor.

– Vou não, consegui uma folga por hoje. – Ben disse a abraçando.

– Então, vem comigo, acho que faz alguns. - Hum exatamente dois dias, que a gente não foge do pessoal lá de casa sem avisar. – Anita sugeriu, achando graça.

– Ok, viramos dois, mentirosos. – Falou ele, debochado.

– É o caminho pode até ser errado, mais o sentimento que nos leva até ele é verdadeiro. – Anita afirmou, encostando o rosto no ombro de Ben.

– Eu nunca duvidei disso. – Ben disse, dando um beijo rápido nela.

– Barra. – Proferiu ela.

– Vamos.- Concordou ele, sorrindo.

De volta ao Grajaú:

– Sabe o que eu queria. – Anita falava pensativa a Ben, com os dois escorados na saída do Embaixada.

– O que. – Indagou ele.

– Expulsa aquelas duas lá de casa, pra gente poder conta tudo. – Anita afirmou categórica.

– Não pira, a gente já segurou até agora não custa segurar mais uns dias. – Pediu ele, tentando tirar do cabeça dela as alucinações que a rondava.

– É né, ai se eu não tiver paciência, eu vou acabar explodindo. – Anita confessou.

– Para com isso, vamos aproveitar o tempo de paz que ainda nos resta vai. – Afirmou Ben a puxando.

– Para, o Ronaldo tá por aqui sabia. – Anita murmurou, rindo.

– Tem razão. – Ben riu, a abraçando por trás, e se escorando a porta.

– Ai eu quero um suco. – Disse ela.

– Omar, traz um suco, pra madame aqui, dois trás um pra mim. – Ben gritou para ele.

– Madame, é tua vó. – Anita resmungou, batendo de leve no braço, dele sobre sua outra mão.

– Pra já. – Respondeu Omar do balcão.

– Vem cá, o negocio do Ben não era a Sofia, o que ele faz abraçado com a Anita, mudo de novo gente. – Zico cochichou para Omar.

– Tu não sabe que os dois terminaram, ele e a Sofia, eu não sei o que anda rolando ali não, mais que o Ben, anda muito no meu quartinho com ela, isso anda, mais isso não é da nossa conta. – Omar afirmou.

– Deixa o patrão descobrir, que o Ben, anda fazendo revezamento com a Anita e a Sofia, e vai sobrar pra ti, que anda acobertando. – Zico disse.

– Eu nada, eu não sei de nada, eu é que vou empatar a vida dos outros, e depois o Ben só faltou se matar, depois que terminou esse namoro dele lá com a Anita, pelo menos agora ele tá feliz, e eu é que não vou me meter. – Omar explicou.

– É, os dois já são bem grandinhos também, não temos nada com isso, mais que o Ronaldo não vai gostar, isso ele não vai. – Afirmou Zico.

– Eu vou levar o suco deles. – Omar falou saindo.

– O suco gente. – Omar disse, deixando os copos em cima de uma das mesas.

– Valeu Omar. – Ben agradeceu.

– Obrigada. – Anita respondeu se sentando, gesto que foi seguido por Ben.

– Oi, oi. – Ronaldo disse chegando ao restaurante.

– Anita você tá aqui. – Ronaldo falou quando a viu.

– To, a não ser que esteja vendo um fantasma, eu to. – Anita respondeu sorrindo, e soltando o copo.

– A Vera tava perguntando por você lá em casa. – Roanldo afirmou.

– Ronaldo, a troco de que, eu falei pra ela que eu iria visitar umas clientes que foram indicadas pela Bernadete na Barra, qual foi, vem cá me diz o que anda rolando com a minha mãe, ela anda querendo colocar um GPS, atrás de mim. – Anita se irritou com Vera.

– É Anita, tem paciência com ela, Vera anda muito preocupada com tudo. – Ronaldo disse tenso.

– Tudo o que, o que tá havendo, Ronaldo, aquelas duas lá em casa, minha mãe histérica. – Anita preocupou-se.

– Anita, Ben, eu vou dizer pra vocês o que anda havendo, mas não comentem nada com os irmãos de vocês e nem ninguém lá de casa. – Disse Ronaldo puxando uma cadeira e sentando-se.

– Fala pai, agora até eu, fiquei preocupado. – Ben suplicou nervoso já.

– Nós compramos a casa, da minha família não é, e como vocês sabem tinham muitos herdeiros, alguns tios meus até falecidos já, muitas cláusulas pra passarem ela pra nós, colocar a quantidade de impostos em dia não era uma tarefa fácil, então a Vera falou com a Marta, o marido dela o Cláudio, é advogado, como você sabe Anita. – Explicou Ronaldo.

– Sim e dai. – Anita perguntou tensa.

– E dai, que como eu e a Vera não teríamos, dinheiro suficiente pra quitar os impostos, ele nos sugeriu fazermos um acordo com ele, ele é sócio de uma financeira, ele pagaria os impostos, é nós faríamos um empréstimo com eles pra quitar a divida, tudo realizado em cartório lógico, só que agora o Cláudio e a Marta estão se separando, e ele mostrou interesse em ficar com o imóvel, por ser ele quem legalizou tudo, na época. – Completou ele.

– O que. – Os dois proferiram juntos, boquiabertos.

– Ronaldo, você tá querendo dizer que a gente pode perder a casa, é isso. – Anita indagou atordoada.

– Não seria tão fácil, mas parece que como nós ainda estamos quitando a dívida, ele pode exigir a compra da casa sim, mas claro, nos indenizando. – Ronaldo explicou melhor.

– Meu deus, isso que é uma bomba, muito pior do que, eu e a. – Ben falou perplexo, lembrando-se do que ele e Anita, pretendiam contar.

– Ronaldo isso não vai acontecer, deve ser vingança, de casal que esta se separando, tá claro nesse contrato, que ele pagou as coisas comprou a casa, e depois te vendeu, então isso não existe. – Anita tentou entender.

– Esta, mas depois de alguns anos que eu poderia registrar tudo em meu nome, o contrato de venda existe, mais o registro ainda não. – Disse ele.

– Pronto agora eu posso, morrer. – Anita se espantou.

– Mais a Marta garantiu que tudo será resolvido. – Ronaldo afirmou, tentando não preocupar os dois.

– É pai, você não tá achando que. – Ben indagou preocupado.

– Não, eu acredito, que haverá uma burocracia, mas acabara tudo bem. – Ronaldo respondeu sinceramente.

– Tem que dar, não é possível. – Anita disse, devastada com a notícia.

– Bom gente, eu vou trabalhar, e não se preocupem. – Ronaldo falou levantando

– Vai lá. – Ela concordou, olhando para Ben, nenhum dos dois parecia ter processado o assunto.