E se um reencontro o destino preparasse...
Capítulo 127:
– Nossa! - Vem cá como você consegue, já é sei lá, a décima vez que você ganha. – Ben afirmava a Pedro.
– Ah não tem nada de mais, muita técnica, esse jogo não é difícil não. – Pedro respondeu para ele.
– Técnica, que o Ben ainda não aprendeu, mais olha preocupa com isso não. – Anita riu dos dois.
– Ah só pode, ou ver eu não dou mais pra isso. – Ben falou rindo.
– Bom esse jogo exige pensamento rápido, e com a idade isso diminui. – Pedro disse achando graça.
– Ah entendi, vem cá tá me chamando de velho, é sério isso gente. – Ben rebateu, achando graça do pequeno.
– Ah quanto a isso você não precisa se preocupar, daqui uns dois a três anos, vai ser a coisa que nós mais vamos escutar nessa casa aqui, vocês são os velhos, fato. – Ela afirmou bem-humorada.
– É mais eu não pedi pra nascer primeiro, isso é injusto. – Ben respondeu rindo.
– Por acaso ser o caçula é bom, por exemplo mamãe e o meu pai, me correram do jantar. – Pedro disse querendo estar lá em baixo.
– Ué, não seja por isso, a gente também tá aqui com você. – Anita argumentou com ele.
– Porque querem, aposto que o Antônio vai falar algo desvendador nesse jantar, e eu estou aqui. – Pedro afirmou pensativo.
– Tipo o que, Pedrinho não fica se metendo com o Antônio, ele não é o que parece ser. – Ben ordenou ao pequeno.
– Eu sei, aliás, eu sabia disso muito antes que vocês, aquele ali é doidinho de pedra. – Pedro retrucou de maneira inteligente.
– A gente sabe que você foi o primeiro a desconfiar dele, mais o que ele teria pra falar hein. – Anita começou a se interessar pelas teorias do menino.
– Não sei, mais se eu estivesse lá diria se tem algo de mais. – Pedrinho respondeu.
– Será que. – Ben falou intrigado.
– O que Ben. – Anita indagou.
– O Antônio, ele provocou nós dois, e teve a certeza de que nós não íamos aparecer por lá, e se foi de caso pensado. – Ele afirmou, tentando entender os argumentos do caçula.
– Será, bom do Antônio pode se esperar tudo. – Anita disse concordando.
– Não sei Anita, eu to ficando paranoico já, não é possível. – Respondeu Ben em meio à confusão.
– E se isso fizer sentido, eu vou lá em baixo. – Anita afirmou levantando-se.
– E vai dizer o que, o doida. – Ironizou ele.
– Ué nada, que vou jantar com minha família, minha família, não com o Antônio, e depois o máximo que pode acontecer, seria eu tacar um prato de comida na cara dele. – Ela afirmou.
– Eu vou com você, pra evitar uma loucura. – Ben disse entregando o computador a Pedro.
– Nem pesar eu vou junto, eu é que não fico aqui. – Pedro disse irredutível.
– Tá vai, depois eu me entendendo com a mamãe, mais olha quieto, nada de acusar o Antônio, e eu vou indo na frente. – Anita pediu a ele.
– Tá vai lá- Respondeu o pequeno.
– Serve pros dois isso, que eu falei ok. – Anita repetiu apontando para Ben.
– Que remédio. – Ben respondeu, vendo ela sair.
– Vem cá ela sempre foi mandona assim, ou tem piorado com o tempo. – Ben afirmou a Pedro.
– Porque, que você acha que falam que ela é parecida com a mamãe. – Pedro falou pensativo.
– To ferrado. – Ben resmungou.
– O que você disse ai. – Pedro perguntou com curiosidade.
– Nada, tava pensando uma coisa aqui. – Ben respondeu rindo.
– E ai gente. – Anita falou quando chegou à cozinha.
– Tudo certo, filha eu não fiz isso pra te afrontar eu juro, o Hernandez pediu, eu e o Ronaldo não conseguimos dizer não. – Vera argumentou aflita.
– Relaxa, tá tudo bem, eu fiquei com fome, resolvi descer, e depois não tenho porque me intimidar na minha própria casa, não é. – Anita afirmou calmamente.
– Desculpa filha, eu sei que pra você isso tudo é complicado de mais e com razão. – Vera disse querendo que ela entendesse.
– Tá tudo certo. – Ela repetiu, vendo Ben ir em direção à sala com Pedro.
– Será que da pra por a massa Vera. – Giovana questionou na beira do fogão.
– Poe se ferveu a água. – Vera respondeu sorridente.
– Eu vou ajeitar a mesa. – Vera afirmou saindo com uma toalha na mesa.
– Quer ajuda ai. – Anita disse caminhando até ela.
– Você sabe que a minha vontade é de, ai que raiva Anita. – Giovana esbravejou.
– Bom, se fosse só pra aqueles dois comerem, eu juro que eu vomitava dentro dessa panela. – Anita cochichou.
– Vou mexer o molho Anita. – Giovana afirmou. – Palhaçada isso com você e o Ben. – A ruiva taxou.
– A mamãe temperou isso ai. – Anita perguntou.
– Sim tá pronto, só fervendo um pouco. – Giovana respondeu, mexendo a panela.
– Você confia em mim, joga muita pimenta ai dentro, se der algo erado você diz que achou que minha mãe não colocou e botou mais. – Anita afirmou para ela, discretamente para ninguém perceber.
– Anita, a Vera vai me matar. – Giovana argumentou.
– Relaxa, depois eu digo pra ela que fui eu, só na quero que o Antônio e o papaizinho ali desconfiem. – Anita explicou.
– Tá bom, vou fazer isso sim. – Ela concordou rindo.
– Certo, depois a gente resolve. – Anita falou sorrindo.
– Você mudou de ideia. – Antônio perguntou a Anita, parada na sala.
– Não, eu só preferi conversar com minha família, meus irmãos, minha mãe, meu quase pai. – Anita respondeu, de maneira ríspida.
– Agora eu sei o que é isso. – Antônio afirmou insistente.
– Que bom, quem sabe assim você não se ocupa mais com tua vida, com licença. – Anita falou saindo, e sentando-se ao lado de Vitor no sofá.
– Releva Ben, eu só quero dar uma força pro Antônio, quem sabe isso não faça bem pra ele. – Hernandez dizia ao enteado.
– Claro, eu também acho que você deve dar força pra ele, ser idiota é outra coisa, cuidado Hernandez, você não merece essa decepção. – Ben afirmou incomodado.
– Eu sei, mais quem sabe ele não melhore, confesso que eu não consigo ver essa maldade toda nele, você criou uma ira dele Ben, talvez não seja pra tanto. – Ele se explicou.
– Realmente não tem nada de mais, o maluco sou eu, já acostumei sabia, o que tem de tão absurdo jogar um vídeo intimo de duas pessoas na rede, principalmente se essas pessoas forem o garoto que considerava ele um irmão, e garota que inclusive ele diz que ama. – Ironizou Ben sem paciência.
– E você sente muito ciúmes da Anita, será que você não esta se iludindo com algo, que acabou, encare os fatos. – Hernandez afirmou.
– Claro, isso me da o direito de querer o mau dela, ciúmes é uma coisa, doença é outra, Hernandez eu morreria pela Anita, e eu acho muito bom o Antônio não fazer ela sofrer de novo com nada, a gente pode até não estar juntos, mas eu não vou deixar de proteger ela, nunca. – Ben falou taxativo, sem contar do envolvimento dos dois.
– Gente, vamos jantar. – Vera chamou todos.
– Ótimo porque eu to morrendo de fome. – Vitor falou vindo do sofá, direto para a mesa.
– Confesso que eu sinto saudade da comida daqui. – Hernandez pronunciou, alegre.
– Que não sente não é Hernandez. – Giovana disse debochada, mas disfarçando
– Então, vamos nos servir. – Falou Ronaldo.
– É pra já. – Vitor afirmou pegando um prato.
– Bom é tudo muito simples. – Vera afirmou, tentando ser simpática.
– Imagina, pelo que vejo vocês são uma família muito unida, isso que importa. – O pai de Antônio afirmou.
– Credo gente, gente que isso. – Vitor proferiu no susto.
– Isso o que. – Vera indagou, sem entender muita coisa.
– Tá pura pimenta, isso aqui. – Respondeu ele.
– Como assim gente. – Vera preferiu com espanto.
– Nossa tá mesmo mãe, não é mentira do Vitor. – Anita afirmou descarada.
– Gente que isso eu não posso ter errado assim. – Vera falou desconfortável.
– Ai Vera foi mal, será que fui eu, porque eu botei mais um pouquinho. – Giovana respondeu, falsamente.
– Não gente, também isso não é o mais importante, o importante é o empenho da mamãe, os nossos convidados não vão dispensar o empenho dela. – Giovana afirmou seriamente
– Também acho, armar esse circo todo pra nada. – Anita concordou, os colocando contra a parede.
– Imagina, nem tem tanta pimenta assim. – Antônio respondeu, disfarçando a irritação.
– Bom então vamos, terminar o jantar. – Fred disse, Anita tentou se esconder ao lado dele, para não cair na gargalhada.
– Claro vamos continuar. – Hernandez afirmou, tomando um gole de água.
– Mais uma vez, me desculpa, a culpa foi minha. – Vera afirmou, encabulada com a situação.
Um tempo depois.
– Nossa até que enfim esse jantar desastroso acabou. – Ronaldo falou, fechando a porta quando todos foram embora.
– E você hein dona Giovana, eu tenho quase certeza que foi a senhorita que colocou pimenta na comida de proposito, não falei nada antes pra não criar caso no meu do jantar. – Vera a repreendeu.
– O Vera, olha só. – A garota tentou se explicar sem sucesso.
– Giovana, mais o que é isso, o que te deu, isso é uma falta de educação, você esta de castigo. – Ronaldo disse indignado.
– Gente, gente espera ai, eu preciso falar uma coisa antes, não foi ela que colocou, fui eu. – Anita se acusou.
– O que, pirou Anita. – Vera rebateu impaciente.
– Não, só achei justo, por ter que olhar pra cara ado Antônio dentro da minha casa, a Giovana não teve culpa. – Anita afirmou, não se importando nem um pouco.
– É, e só os primeiros pratos que a gente colocou, que tinha pimenta, a Anita, colocou só não que o Vitor, o Hernandez, e os dois lá que eu não vou falar o nome serviram. – Giovana justificou.
– E como eu sabia que eles não iriam se atrever a colocar mais comida no prato, ninguém percebeu. – Anita respondeu rindo.
– É por isso que na minha outra servida eu não senti nada, achei que já tinha até acostumado. – Vitor falou.
– Então, não castiguem ela, ela não teve culpa, agora vocês não vão me colocar de castigo porque eu coloquei pimenta na comida do Antônio, sendo que, enfim nem precisa comentar. – Anita argumentou.
– Ai meu deus, vamos todos pra cama, já eu por hoje. – Vera pediu, nervosa diante de toda situação.
– Bom eu vou lavar a louça antes, já que eu aprontei a confusão não é. – Anita comunicou.
– O valeu Anita, a louça era minha hoje. – Vitor disse agradecido.
– Amanhã a gente troca, não se preocupa. – Ele afirmou o encarando.
– Claro, que remédio, fui boa noite. – Vitor falou subindo a escada.
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