– Definitivamente a gente não esta dando bandeira nenhuma, não é, indo ao cinema juntos, e namorando na praça em plana tarde. – Anita afirmava a Ben com um sorriso.

– Não exagera vai à praça tá vazia. – Ben justificou.

– Super normal isso. – Ela riu.

– E quem disse ao contrário hein. – Ben rebateu.

– Hum, talvez o universo que sem dúvidas conspira contra a gente. – Anita brincou.

– Ah é, pois que se dane o universo, quer saber. – Ele afirmou com um beijo.

– Ai mais é serio, eu to começando a achar, que vamos ter que começar a cogitar a hipótese de contar pra todo mundo. – Anita contrapôs.

– É, o que não vai ser uma tarefa nada fácil. – Ben respondeu receoso.

– É, não mesmo, talvez até muito pior do que da primeira vez. – Anita afirmou tensa pelo o que estava por vir.

– Porque que você tá falando isso com tanta certeza. – Ben indagou.

– A minha mãe deixou isso bem claro outro dia, numa bronca que ela deu em mim e na Sofia, ela foi bem clara que não queria nenhuma de nós duas envolvidas com você de novo, e ainda ameaçou afastar nós duas do casarão, agora você imagina eu indo pra algum lugar contra minha vontade e ainda por cima com a Sofia a tira colo, não, não dava dois dias já tinha acontecido um caso de suicídio, de ambas as partes não é. – Anita afirmou estressada com a mãe.

– Tá mais isso tecnicamente não impedi muita coisa, não é uma decisão dela. – Ben colocou.

– Pode até ser mais, de uma forma sensata tanto eu como a Sofia dependemos dela, pra muita coisa ainda, sei lá acho que ela acha que nenhuma de nós duas íamos desafiar ela tanto assim. – Anita tentou entender os pensamentos da mãe.

– Ai Anita o fato é que essa história ainda vai render muito pra eles, e mais ainda pra nó dois. – Ben concordou.

– É mais, nesse caso não há muito o que se fazer.- Anita afirmou.

– Não, eu não posso e nem quero abrir mão de você. – Ele respondeu sorrindo.

– Impossível. – Os dois se olharam e juntaram seus lábios em um beijo apaixonado.

Mais tarde.

– Ué Ben se você acha realmente que esta tão enrolado assim, com a matéria, o jeito é estudar mais. – Anita afirmava a Ben, quando os dois estavam no quarto de Omar.

– Eu sei disso, só que sei lá, mesmo assim tem me batido uma insegurança, acho que eu tenho que pensar seriamente em um plano B, se as coisas não saírem como eu espero. – Ele se explicou.

– O que também não resolve muita coisa, certo. – Anita respondeu tomando um gole de água e apoiando o copo sobre a mesa.

– É verdade, mais eu acho que eu nunca fui uma pessoa, cem por cento otimista, e isso piorou um pouco com o tempo. – Ben falou com um sorrido preocupado.

– É mais fácil ser otimista em relação à vida dos outros do que com a nossa própria vida. – Ela concordou. – Mais olha. – Anita disse caminhando até ele. – Pensa que talvez não adianta criar tanta expectativa, nem boa e muito menos ruim, nesse caso pelo menos se você se esforçar você vai ter certeza que tentou de verdade, que não deixou nenhum furo e que se dedicou mesmo. – Anita afirmou sentando-se.

– É você tem razão, mais sempre acaba batendo uma ansiedade sei lá. – Ben disse sorrindo.

– Se vai conseguir. – Anita respondeu.

– Bom se eu tiver você do meu lado. – Ele afirmou.

–Será que isso é motivo de sorte, olha que eu tenho as minhas dúvidas. – Anita ironizou rindo.

– Será, que eu estou tão enganado assim. – Ben a retrucou.

– Vai saber. – Ela falou sorrindo.

– Não, impossível você trazer azar pra alguém. – Ben disse com um sorriso.

– Bem que eu queria ter esse poder. – Anita brincou.

– Bom só espero, que não sobre pra mim. – Ben afirmou rindo.

– Vou pensar no teu caso. –Anita afirmou.

– Quem é será. – Anita questionou, interrompendo o beijo dos dois quando ouviu alguém bater na porta.

– Não sei, o Omar. – Ele respondeu confuso.

– Mais ele ia bater na porta. – Anita perguntou receosa.

– Não, não deve ser ele mesmo. – Ben falou preocupado.

– Ben eu, é melhor você abrir e eu vou esperar, lá na área de serviço, vai saber quem é, melhor na arriscar. – Anita afirmou se levantando.

– Tá, eu vou atender e tentar fazer a pessoa ir embora logo. – Ben disse concordando com ela.

– Eu vou pra lá. – Anita afirmou saindo.

Ben caminhou até a porta para abri-la. – Sidney. – Ele proferiu espantado quando viu o garoto.

– É oi Ben, o Omar me disse que você estava aqui eu queria falar com você. – Sidney se explicou.

– Certo fala, entra. – Ben consentiu.

– Então é na verdade eu queria falar com você sobre o time, bom você não apareceu no treino. – Sidney justificou entrando, e dando de cara com a bolsa de Anita sobre a mesa.

– Claro, eu acabei não indo mesmo, enfim, pode falar. – Ben respondeu de acordo com o argumentou dele.

– Eu acho que eu não cheguei numa boa hora, você tava com alguém, foi mal eu vou embora. – Sidney disse encarando a bolsa da garota.

– Não, não tem ninguém além da gente aqui. – Ben tentou negar.

– E a bolsa é de quem, tua é que não é. – Ele rebateu impaciente.

– Sidney é, eu não posso te explicar, me desculpa. – Ben afirmou nervoso.

– Claro, explica o que, que você e a Sofia tiveram um término passageiro, na boa eu bem vi que essa história que vocês não estavam mais juntos era só um boato, daqueles bem falsos e mentirosos mesmo. – Sidney respondeu o encarando.

– Não Sidney, não tem nada a ver com a Sofia, eu só não posso. – Ben tentou se explicar sendo interrompido pelo garoto.

– Ah não sério, para de mentir Ben, na boa to nem ai pra vocês, eu só vim aqui por causa do time. – Sidney disse taxativo.

– A Sofia não esta aqui, eu juro acredita em mim. – Ben falou querendo que ele acreditasse.

– Do mesmo jeito que antes eu não peguei vocês dois aqui, me erra Ben. – Sidney retrucou sarcástico.

– Sidney é sério. – Ele relutou, em faze-lo acreditar.

– Ai Anita sua besta, tinha que deixar a bolsa. – Anita sussurrou para ela mesma escutando a confusão.

– Ben eu vou embora, você é mesmo um traíra e agora mentiroso não é. – Sidney afirmou virando-se pra ir embora.

– Sidney, por favor, acredita a Sofia não esta aqui. – Ben pronunciou novamente.

– Ah não, só que eu não caio no teu papo, conta ele pra outro idiota. – Sidney rebateu não se importando.

– Ela não esta aqui, eu não estou mentindo. – Ben reafirmou.

– Ah não, e de quem é a bolsa. – Sidney indagou debochado.

– Isso eu não posso te dizer. – Ben respondeu, não querendo que a relação dele com Anita se espalhasse, já que o amigo parecia não confiar nele.

– Ah mais eu sei, quem sabe de um fantasma. – Sidney disse.

– É minha a bolsa Sidney, sou eu que estava aqui. – Anita acabou se pronunciando vindo até eles.

– Anita. – Sidney falou confuso quando a viu.