E se fosse verdade

Capítulo 28 - Califórnia


Brennan estava sentada enquanto aguardava o voo ser chamado, um homem com quase dois metros de altura estava sentado ao seu lado, ele era do sistema e segundo a sua assistente ele estava ali para garantir que ela entrasse naquele avião
Ela folheou mais uma vez a revista científica, mas já havia lido ela, e agora não parecia tão interessante quanto na banca de jornal
Temperance olhou para a mala, era incrível com 15 anos de sua vida couberam bem em uma mala com 55cm de altura
–Atenção passageiros do voo 419 com destino a Califórnia, embarque imediato pelo portão 7, embarque imediato pelo portão 7
–Vamos! - O homem disse com sua voz grossa
Brennan se levantou e pegou a mala de rodinhas
–Bones! - Ela ouviu de longe
Ao se virar, viu Booth correndo em sua direção, junto com ele estavam Angela e Jared
–O que estão fazendo aqui?
–Viemos nos despedir - Angela disse abraçando a amiga - Me ligue quando chegar lá, vamos ligar uma para a outra todos os dias
–Claro Ange
–Hey Tempe vou sentir sua falta - Jared disse a abraçando também
–Eu Também ire sentir saudades Jared
–Olha isso aqui é para você - Lhe entregou uma revista de cruzadinha e um lápis com borracha na ponta - Você vai para o outro lado do pais, acho que vai ficar entediada no voo por isso comprei isso
–Obrigada Jared
–Hey Garota, anda logo com isso - O homem disse logo atrás dela
–Bones - Ele segurou as mão dela - Prometa que iremos manter contato, não importa de que forma, prometa!
–Eu prometo
–Isso é para você - Ele entregou sua jaqueta a ela
–Por que?
–Você tinha gostado dela, lembra? Você até queria roubar ela de mim - Ele disse rindo
–Você sabe que eu estava brincando, não sabe?
–Sim bones, eu sei
–Eu não posso ficar com ela Booth, é sua jaqueta favorita
–Então não encare como um presente, encare como um empréstimo, quando nos encontrar-nos de novo você me devolve
–Ok - Ela disse pegando a jaqueta
–Ultima chamada para o voo 419 com destino a Califórnia, embarque imediato pelo portão 7
–Vamos garota! Agora! - O homem disse mais uma vez
–Adeus Booth
–Adeus não, apenas até depois
Ela pendurou a jaqueta no braço e foi em direção ao homem
MAIS TARDE
Já havia um tempo que o avião havia levantado voo, e agora ela observava as nuvens brancas logo abaixo do avião
O avião era gelado e quieto por sorte ou azar não havia ninguém sentado ao seu lado
Ela pegou a revistinha que Jared havia lhe dado e abaixou a mesinha que ficava a sua frente presa nas costas da cadeira.
Ela preencheu algumas páginas da revista até que chegou o momento, aquele momento em que você esta tão cansado que suas pálpebras parecem pesar uma tonelada, o seu corpo não responde tão bem aos comandos que o cérebro dá e que tudo o que você quer é se deitar e dormir
Ela fechou a mesinha, colocou a blusa do Booth, recostou a cadeira e inspirou profundamente, o cheiro dele havia ficado impregnado na blusa, e definitivamente aquele era o melhor perfume que ela já havia sentido

Ela andava pelos corredores da casa, aquilo era estranho, nunca havia estado ali
Ela viu booth de costas para ela
–Booth? - Ela perguntou se aproximando
–O que você quer?
–Você esta bem?
–Não Temperance, eu não estou bem, o que você esta fazendo aqui? - Ele se virou de frente pra ela e pela primeira vez viu aquele sentimento nos olhos de Booth, ódio.
–Booth qual o problema?
–O problema Temperance é que eu achei que eu havia me livrado de você
–Como assim?
–Eu Pensei que quando você fosse para a casa do seu avô, eu iria ficar longe de você, será que ainda não percebeu? Eu te odeio Temperance, todos te odeiam
–Não Booth, você me ama, lembra? Você me disse
–Você é estupida, ninguém te ama, nem mesmo seus pais
–Cala boca Booth
–Eles foram embora por culpa sua Temperance, eles não te aguentavam mais
Ela colocou as mãos no rosto, talvez ele estivesse certo, talvez a culpa fosse dela
–Senhora - Ele falou em um tom mais calmo
–O que? - Ela perguntou confusa

–Senhora? - A aeromoça perguntou-lhe tocando o ombro - A senhora esta bem? - Ela perguntou preocupada
–Hãm, sim, eu acho
–Estava tendo um pesadelo?
–Sim...
–A senhora parecia agitada...O que vai comer? - Disse lhe apontando o carrinho - Nós temos pão com frango ou bife
–Eu sou vegetariana
Ela pegou um pote com salada
–Nesse caso acho que isso é seu...
HORAS DEPOIS
Ela estava de frente para a esteira rolante do aeroporto esperando a mala passar
Uma mulher, também do sistema aguardava ela encostada na parede, observando cada passo da garota
Logo a mala vermelha passou diante dela calmamente ela retirou da esteira e foi até a mulher
–Bonita mala -Disse seguindo com ela pelo enorme corredor
–Obrigada
–Teve sorte deles deixarem você traze-la, normalmente é só uma mochila e um saco de lixo
–Hmm...Você conhece meu avô? - Ela perguntou enquanto desciam a escada rolante
–Não, não fui eu quem achou ele...Mas ele deve ser aquele ali - Apontou para o senhor de cabelos grisalhos que segurava uma placa com o nome de Brennan
A mulher se aproximou primeiro do homem
–Olá, meu nome é Elisabeth
–Prazer o meu é Thomas -Apertou a mão da moça - E essa deve ser a Temperance
–Sim, essa é sua neta, dá um oi Tempe
–Oi
–Bom, o meu trabalho aqui acabou, se o senhor tiver qualquer duvida quanto a papelada me ligue - Disse se retirando
–Olá! - O velho senhor sorriu para ela
–Oi
–Quer ajuda com as malas?
–Hm...Não obrigada Thomas
–Me chame de Thomy ou vô ou vovô, enfim, isso não é importante agora, Lorena esta nos esperando em casa com um almoço delicioso
–Lorena? É a sua mulher?
–Não, ela é como uma ajudante, depois que Juddy morreu a casa ficou muito vazia e meu médico disse que me faria bem conversar com alguém, então eu a contratei, hoje é uma espécie de Ajudante/Melhor amiga
–Ela é contratada como empregada
–Sim, mas ela é muito mais que isso, entende?
–Não sei, mas acho que sim
–Ótimo, então vamos
Eles seguiram até o estacionamento do Aeroporto
–Quem é Juddy?
–Juddy? É a sua avó, ela faleceu a 1 ano e 3 meses
–Qual a causa da morte?
–Câncer de mama, ela descobriu tarde demais - Disse em um tom tristonho enquanto guardava a bagagem dela no Porta-Malas
–Sinto muito - Falou se sentando no banco do carona
–Não tem problema...Eu até gosto de falar dela, deixa a memória viva na mente
–Posso fazer outra pergunta?
–Menina curiosa - Entrou no carro - Gostei disso. Pode fazer sua pergunta
–Você é pai de quem? Do meu pai ou da minha mãe?
–Você não sabe?
–Não, o sistema não te conta muita coisa
–Sou pai do Max - Disse dando partida no carro
–Max?
–Seu pai
–Não, o nome do meu pai é Matthew
–Esta errada, eu mesmo escolhi o nome dele, e é Max...Ele provavelmente assumiu uma identidade falsa...eu não me surpreenderia, ele virou ladrão...- Se deu conta do que disse - Me desculpe Tempe, eu deveria manter minha boca fechada
–Não tem problema...
Brennan olhou para a janela fingindo não estar sentida com tudo aquilo, a verdade é que quanto mais tempo se passava mais ela ficava surpresa com a família, mais mentiras era descobertas, e mais perdida ela ficava. Tudo que acreditava havia sido destruído. Primeiro o amor que os pais sentiam por ela, depois a proteção do irmão, o apoio que recebia de seus amigos, e agora até mesmo o bom de seu pai...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.