— Olá, mãe, como está? - disse com calma.

Ela o olhou eufórica e se aproximou para abraçá-lo mais recuou com medo de ser repelida.

— Eu posso te abraçar?

Ele fez com a cabeça que sim e abriu os braços para ela, não ia ser indelicado com sua mãe. Ela avançou nele e o abraçou com força estava mais sensível por canta da gravidez e o beijou em todas as partes.

— Eu te amo, meu filho, me perdoe. - Ele apertou ela contra o peito dele estava com o rosto cheio de dor e ao mesmo tempo feliz. - Eu não te quero longe de mim, não quero. - Tocou o rosto dele com os olhos cheios de lágrimas. - Você é tudo pra mim!

— Mãe, eu preciso... ele me odeia e me quer mal ele não me respeita e não posso viver assim! Quem me ama me respeita ok? Me deixa ser feliz.

— Você não pode ser feliz aqui com sua mãe? Você não sente minha falta? - Falou entristecida.

— Todos os dias, eu sinto, sinto muito e pode ter certeza que me dói! - ele disse agarrando ela. - Mas você não me defendeu e nem ficou do meu lado.

— Eu sou fraca... me perdoe eu só queria que fosse feliz, mas longe de uma pobretona estava equivocada afinal eu sou como ela... - Suspirou.

— Mãe, ela morreu, eu a amava e ela morreu. - disse firme com ela ali.

— Eu sei, meu filho... Esse foi o nosso erro...

— Não importa mais, ela tá morta, nada muda. - ele disse com calma. - O que queria saber de mim?

— Se você está bem se está comendo e preciso te contar uma coisa linda. - Ela sorriu e puxou ele pro sofá.

Ele a olhou e sorriu, a mãe era linda estava feliz com ela.

— Meu filho, eu te chamei a essa hora porque sei que não quer ver seu pai e eu te respeito e por isso te disse pra vir agora. - Falou toda atrapalhada de tão feliz de ter o filho ali.

— Você está bem? - ele disse alisando o rosto dela com amor. - Você me faz falta.

— E você a mim, meu amor. - Sorriu beijando a mão dele. - Eu estou mais que bem, meu filho e quero que seja o primeiro a saber depois de seu pai é claro. - Sentou mais perto dele e colocou a mão dele em sua barriga. - Vamos te dar uma irmãzinha. - Sorriu ainda mais esperando a reação dele.

Ele sentiu como um tiro.

— O que? Meu pai fez um filho em você? Ele fez um bebê em você? - estava em choque.

— Simmm... - Sorriu mais.

Ele a olhou sem saber o que dizer estava nervoso.

— Ele vai ter agora o filho ou filha dos sonhos dele. - disse com rancor.

— Não diga isso, meu filho. - Abaixou a cabeça. - Somos uns desgraçados mais sempre te amamos. - Voltou os olhos a ele.

Ele agarrou a mãe bem forte estava com medo de magoar ela.

— Você faz sexo com ele ainda? - disse atordoado.

Ela riu daquela pergunta idiota dele.

— Todos os dias... - Agarrou mais ele beijando seu menino porque ele sempre iria ser o seu menino.

— Que nojo isso em mãe. - ele disse com calma e depois riu.

— Me desculpe, isso não é coisa que se diga e se seu pai estivesse aqui iria brigar comigo.

— Ele não gosta e nem eu quero saber!

— Não conto essas coisas para você nunca. - Disse toda amorosa. - Você tem comido bem meu filho?

— Estou bem, mãe e nem estava em casa. - disse alisando a barriga dela.

— E estava onde? - Acarinhava o rosto dele.

— Com sua irmã. - ele disse rindo ela odiava a irmã. - Eu estive com ela.

— Você não pode ter feito isso comigo! - Ele a olhou e depois riu na cara dela. - Se queria se vingar conseguiu! - Suspirou.

— Mãe, nem sei onde titia estava, mas por que isso? Você a odeia?

— Não, mas seu pai não gosta...

— Papai não tenho direito de afastar você da sua irmã eu vou trazer a minha tia aqui e você vai falar com ela sim porque meu pai não é seu dono ele é seu marido e seu amor, mas não é seu dono.

Ela suspirou.

— Meu filho, não seja assim já teve muito problema entre vocês!

— Mãe, me diz uma coisa, ele te cuida? Ou ele é um animal também quando fazem... - ele fez uma cara horrível. - Um homem tão culto e ele se comporta assim.

— Ele cuida de mim, meu filho, só não quer que eu lembre do passado. - Suspirou.

— Mãe, ele não está certo ele não pode apagar quem você é e eu vou dizer isso a ele! Vamos conversar, ele me ama? Então vai aceitar sua familia que é minha também.

— Não provoque seu pai, por favor. - Beijou seu menino muitas vezes.

Ele a beijou mais e mais e depois disse com calma.

— Me jura que se arrepende de tudo que aconteceu? - ele disse com calma.

Ela o olhou nos olhos.

— Eu juro, me arrependo de tudo.

— Então, vamos seguir nossa vida, mas meu pai vai me ouvir. - ele disse verdadeiro.

— Não quero vocês aos socos são pai e filho. - Falou amorosa.

— Eu não vou bater nele só quero que ele pare de fazer essas coisas somos uma família ele precisa nos aceitar.

Ela suspirou.

— Tomara que ele mude com essa gravidez pelo menos um pouco se ele não mudar nós vamos mudar ele assim mesmo estou cansado do meu pai fazendo essas besteiras está na hora de alguém dizer a ele que está errado se ele nos ama de verdade então vai ter que aprender a amar as pessoas que nós amamos também. - Estava tentando ser correto e ao mesmo tempo queria a proximidade com os pais de novo mesmo estando com raiva.

Aqueles dias na casa de seus cumpadre tinha feito ele perceber que não podia viver sem família.

— Estou feliz pelo bebê, mamãe...

Ela sorriu.

— Eu também estou achei que nem podia porque você já é bem velhinho!

— Eu achei que você não fazia... - Ele riu dela e beijou sua mãe. - Promete que vai ver minha tia?

Ela suspirou.

— Não vou prometer não!

— Mãe, você não pode ficar longe da sua irmã, meu pai te mantém como uma prisioneira.

— Não sou prisioneira só não quero ninguém aborrecido.

— E a sua irmã aborrecida você não liga? - Ele disse todo raivoso mas falando baixo não gostava que a mãe fosse a submissa.

— Ela não liga pra mim!

— Claro que ela não liga meu pai com toda certeza ameaçou ela, ela deve ter medo de falar com você só isso.

Ela suspirou não querendo falar sobre aquele assunto.

— Meu filho, vamos ficar em paz!

— Tá bom, gravidinha! - ele riu dela depois pegou sua mão e beijou.

Ele suspirou e depois sorriu com amor.

— Eu quero falar com meu pai... só isso!

— Filho... Eu te quero bem perto da gente só isso!

Eu estou aqui, mãe, estou aqui... - ele riu e depois perguntou. - Vamos dar uma festa e contar a todos... - ele falou amoroso.

Ela sorriu.

— Vamos dar a maior festa!

— Assim, eu gosto! Agora preciso ir, mamãe. - ele a beijou e sorriu se afastando dela.

— Não vai, meu amor, fica mais um pouco com mamãe. - Falou toda dengosa querendo mais do filho. - Ficou tanto tempo longe, te queremos mais um pouquinho.

— Eu vou vir, mãe, mas eu quero resolver umas coisas. Posso jantar com você? - ele disse amoroso.

— Jantar, almoçar e tomar café da manhã. - Ela disse rindo já de pé o abraçando. - Não esquece que te amo meu filho.

— Eu te amo, mamãe! - ele disse saindo dali e indo para a saída.

Pegou a chave de seu carro e saiu em direção a ele estava certo de que o pai tinha algo a dizer. Começou a dirigir e foi até a empresa, sabia que aquele horário o pai estaria la esperou ser anunciado e depois de esperar quinze minutos enquanto ele atendia uma cliente, ele entrou olhou o pai e esperou que ele falasse.

— Olá! Vejo que mudou de ideia.

Ele era realmente cínico. Olhou de novo e colocou a mão no bolso.

— Você engravidou a minha mãe? O que pretende? Você pretende o quê com essa gravidez?

Ele riu.

— Ter um filho! O que mais seria? - Encostou-se na cadeira o olhando. - E você o que pretende aí me cobrando?

— Você cuida bem da minha mãe? - ele disse com pesar. - Você quase nunca parece estar perto dela.

— Você não vive com a gente!

— Eu não quero nem saber de você e seus preconceitos vou ficar perto da minha mãe, só isso. - disse com o rosto tenso, o pai era um estorvo para ele.

— Não sabe o que se passa e quer cobrar o que de mim? Você vive perto da sua mãe? Ou a culpa por seu erro também? - Atacou não conseguia ter uma conversa sadia.

— Meu erro? Amor é erro? Eu não errei, eu amava ela, era a minha mulher!

— E você a matou!

Ele sentiu o coração saltar de ódio, como o pai podia seguir dizendo aquilo?

— Eu não a matei!!!! - deu um berro com ódio.

— E quem foi? - O olhava com olhos em brasa. - Foi Eu?

— Foi uma fatalidade a última coisa que eu faria no mundo seria machucar ela e eu só queria sumir dali por sua culpa. Você e mamãe destruíram a minha vida.

— Não fomos nós e você sabe bem disso porque eu não iria matar ela ou iria? Você acha que seu pai é um assassino? Você acha que a pobretona da sua mãe ficaria comigo sendo um assassino? - O olhava com raiva.

— Eu acho que você não mede o que faz, que não pensa. - ele disse com o rosto em chamas. - Acha que sabe o que me faz feliz.

— Eu sei! - Os olhos estavam frios. - Sabia que ela chamou seu nome enquanto morria...

Ele avançou no pai segurando sua camisa pelo coralarim.

— Você é um maldito infeliz!!!! - Gritou com ódio.

— Vai me bati e mostra como você é como eu!

Ele estava bufando e sentia vontade de acabar com a raça do pai, mas não fez isso.

— Fraco! Por isso ela está morta... Ou não. - Falou com ódio.

Ele empurrou pai com toda força.

— Você não merece que eu me suje você não merece a minha... - Ele não disse mais nada e foi pra porta.

— Você é um fraco porque se de verdade soubesse lutar por sua pobretona como eu lutei ela estaria aqui com Você.

Ele sentiu o coração tão louco porque ele estava lutando sim por ela e tinha ido lá buscá-la e o acidente aconteceu ele ia lutar para viver com ela sim, mas não deu tempo. Saiu atordoado sem saber o que fazer não entrou no carro começou andando em todas as direções tinha tanto ódio no coração ainda tanta raiva do seu pai.

Saiu desesperado batendo em tudo quanto foi lugar não estava enxergando as pessoas parecia que não via nada continuou andando até que chegou em uma feira e prestou atenção nas pessoas que ali estavam, sua cabeça parecia não ver nada apenas buscava o amor em todas as pessoas ali ela era tão perfeita e tão linda.

Ele caminhou com o coração destruído e andou por todos os lados até que um anjo surgiu na direção de seus olhos. Era tão perfeita e tão linda vendendo flores, estava com uma roupa azul e parecia flutuar em meio a todas aquelas cores era um mulher perfeita e especial, era a mulher dele viva e bem.

— Amor... - ele dise num fio de voz olhando nos olhos dela.

Ela sorria em meio aquelas lindas flores sentia-se tão viva em meio a tantas cores que apenas fazia sorrir quando o olhou nos olhos.

— Amor... - ele disse com medo daquelas palavras.

— Amor por elas? Tenho muito... - O respondeu se aproximando com uma bromelia na mão e estendeu a ele. - Fique a vontade aqui o que mais se tem é amor e de diferentes tipos e tamanhos para presentear quem você quiser. - Os olhos brilhavam ela não podia negar que era lindo aquele homem em sua frente.

Ele chegou perto dela e a segurou nas mãos com calma, não queria ela assustada.

— Você, está viva, meu amor. - ele a agarrou com força em seus braços..

Ela sorriu ainda mais.

— Sempre estive... - Tocou o peito dele para se afastar.

Ele agarrou ela abraçando e soluçando como um doido ela nem fazia ideia de por quê.

— O senhor está bem? - Segurou ele em seus braços percebendo o quanto tremia de nervoso. - O senhor precisa se acalmar.

— Você não sabe quem eu sou? - disse com medo da resposta.

Ela sorriu ainda segurando ele.

— Não, mas acho que o senhor sabe quem eu sou!

— Você é... Você é meu amor, minha esposa. - falava rápido e nervoso.

Ela o soltou e o olhou nos olhos.

— E Quem sou eu? Diga meu nome pra todos ouvirem. - Sorriu para ele. - Me diga quem sou?

— Refúgio... - ele disse num fio fino de voz. - Sou eu... não se lembra de mim? Sou eu Dionísio...

FIM! FIM! FIM!