Quando Damon entrou eu já estava chorando muito e quando ele se sentou ao meu lado, eu simplesmente o abracei e pedi para ele ficar ali comigo até eu me acalmar e conseguir falar. Eu deitei em seu colo, fiquei acariciando minha barriga e procurando as palavras certas para falar.

- Meu amor, eu quero que tu me prometa antes de eu te contar, que vai cuidar do John caso aconteça algo.

- Prometo, mas não vai acontecer nada, né?

-Então, sabe que eu sai com a Car hoje né, foi porque Dr. Micael me chamou para conversar e pediu segredo..

- Nosso bebe está bem não esta?

- Sim está bem, me deixa continuar: quando eu cheguei lá ele me disse que em 85% dos casos em que mulheres com pressão alta decidem engravidar, elas morrem no parto Damon e ele disse que não sabe se eu vou suportar o nascimento do meu filho. Eu sei que eu posso fazer parte desses 15%, ele disse que está fazendo de tudo, mas que é pra eu te manter forte caso aconteça algo.

- Não Elena, não não não não não. Eu não posso te perder entende? Tu é minha vida e como eu vo fica sem ter você aqui comigo? Como? Me diz?

- Meu amor, uma parte de mim sempre vai estar aqui, nosso filho ele vai ser a prova viva de que eu sempre vou cuidar e proteger vocês, não culpe John por nada ele não terá culpa de nada, entendeu?

- Eu tenho que te manter viva Elena, por favor, me diz que tudo isso é uma pegadinha e que você está brincando comigo – Damon me abraçou e nós dois choramos juntos, pois não sabíamos o que fazer e como fazer.

Contei para todos da minha família e como eu imaginava, foi um choque a todos, Jenna entrou em choque e Alaric mal conseguia ajuda-la, Jer começou a chorar abraçado o Anna enquanto ela chorava também. Mas todos se mostravam otimistas e diziam que eu com certeza ia fazer parte dos 15% que se salvavam e que eu ia poder cuidar de Damon e de John sempre. Só que eu sabia que todos pensavam ao contrario e se imaginavam sem mim.

Eu chorei muito, confesso, mas depois de um tempo, me toquei que se fosse pra eu não sobreviver eu tinha que ter a consciência tranquila e saber que o que era pra eu ter feito aqui, eu diz e que meu filho ia estar em boas mãos, todos sempre iriam ter uma parte de mim ali, presente com eles e essa parte seria John e eu fiz questão de contar isso a eles. Todos fingiam estar otimistas, mas eu via, nos olhos inchados e na tristeza de suas faces, que eles tinham certeza do meu fim e que ficavam imaginando uma vida sem mim.

O nascimento de John estava marcado para dia 5 de setembro, estávamos no fim de agosto e cada vez mais nervosos.