Drops to Live - Temporadas 3

Capítulo 23- Stay Together


No último capítulo

– Você é um bipolar, sabia?- desenhei em sua pele, com a ponta do indicador, um coração- fica sendo safado e depois romântico.

– É, foi assim que eu te conquistei, lembra?- ele abriu um sorrisinho em puro convencimento- você adora, né?

– Amo- corrigi.

– Sabe o que eu amo?- ele levantou da cama e enrolou uma toalha ao redor da cintura- os seus peitos. Eles são incríveis.

Ri e revirei os olhos.

– Você não presta- joguei um travesseiro nele.

POV Katherine

– Vai fazer o que?- perguntei por que não quero ficar sozinha.

– Não interessa- ele entrou no banheiro.

– Chato- resmunguei.

Nathan olhou para mim com um sorrisinho irritantemente lindo e disse antes de fechar a porta:

– Chata.

Claro que eu ri.

Estiquei meu braço para alcançar o meu iPhone em cima do criado mudo. Chequei todas as notificações e por fim, abri a mensagem da Danna.

Danna Banana: Vocês estão bem?

Katherine: Estamos. Vamos voltar para Portland amanhã. Vamos ter que nos separar.

Larguei o celular na cama, frustrada só em pensar que vou ficar sem o Nathan mais uma vez.

Foi só pensar nele, que ele abriu a porta.

– Vem- ele me chamou e eu fui.

A luz está desligada. A banheira está cheia, com uma camada de espuma branquinha. Várias velas em pequenos recipientes cilíndricos estão espalhadas pelo banheiro. E outras, formando uma ‘‘trilha’’, um caminho que vai da porta até a banheira, recheado de pétalas vermelhas.

– Eu sei- ele abriu os braços, se convencendo- eu sou o cara mais romântico da galáxia.

Velas e pétalas são clichês, mas nem metade dos homens do mundo já fizeram ou fariam isso por uma garota.

– Argh, você é tão perfeito- revirei os olhos de brincadeira- isso é tão irritante.

Ele riu e me puxou para si.

– E se, hipoteticamente, de forma acidental, a sua toalha caísse?- perguntei- o que aconteceria?

Ele mordeu o lábio, pensando.

– Hipoteticamente eu não responderia pelos meus atos- respondeu abrindo um sorriso safado.

Desci os dedos pelo peito e pelo abdômen dele. Quando chegaram na toalha, eu a empurrei para baixo, a derrubando no chão.

– Ops, foi sem querer- falei o mais cara de pau possível.

Nathan riu e entrou na banheira comigo. Eu sentei de lado para ele, em seu colo.

– Você planejou isso antes de sairmos de Portland, né?- perguntei mesmo tendo quase certeza que sim.

– É. Como eu já tinha dito, eu sabia que você ia teimar e ia acabar vindo comigo então eu trouxe as velas e as pétalas.

Ele ergueu o braço até a prateleira e pegou um saco transparente cheio de pétalas. Ele as jogou em cima da minha cabeça.

Peguei o máximo de espuma que consegui com as duas mãos e as bati no rosto dele. Ele fez o mesmo e entramos em uma guerra de espuma infantil, porém divertida.

– Tudo bem, chega- ele disse depois de um tempo, coçando o olho e rindo.

– Ta bom- coloquei uma pétala no nariz dele- me conta mais histórias da sua adolescência, Senhor Rebelde Pegador.

– Não. Conta você- ele colocou um pouco de espuma no meu nariz- Senhorita Laranja Queimada.

– Para, seu idiota- dei um tapa no ombro dele- eu não devia ter te contado isso.

– Ah, devia sim- ele me deu um selinho- eu preciso saber tudo sobre a minha namorada.

– Ex- corrigi.

– Foda-se, ok?- ele levantou meu queixo- você é minha e ponto final.

– Ok, Nathan Breind.

Nós dois saímos da banheira e fomos para o chuveiro, tirar a espuma.

– Não, não, não- ele terminou de secar o cabelo com a toalha e tomou a minha roupa da minha mão.

– O que?

Ele pegou uma das blusas brancas dele e me entregou. Eu a vesti.

– Bem melhor agora- ele deu uma piscadinha para mim e eu ri- vou apagar as velas.

Liguei a luz do abajur ao lado da cama e desliguei as outras. Dei uma última olhada nas notificações do meu celular.

– Amanhã nós temos muitas horas de viagem- Nathan fechou a porta do banheiro e deitou ao meu lado na cama- então vamos dormir- ele me envolveu com um braço e me deu um beijo rápido.

...

Horas depois

Nathan parou o carro na frente da casa da minha mãe.

– É mais difícil do que eu imaginei- ele disse.

Soltei o meu cinto e fui até o banco dele.

– Quanto mais cedo você resolver essa confusão, mais cedo vamos nos ver e ficar juntos de novo então se concentra em resolver isso, ok?

– Ok.

Passei um braço ao redor do pescoço dele, o trazendo para mais perto e encostei nossas testas.

– É uma merda- sussurrei- ter que me despedir é uma merda.

Senti os lábios dele em meu pescoço. Nathan depositou três beijos ali e depois juntou nossos lábios em um beijo calmo, reconfortante. Ele entrelaçou nossos dedos e sussurrou:

– Vai dar tudo certo. Eu te amo.

– Te amo- dei um último selinho nele.

Abri a porta e saí do carro.

Mandei um beijo no ar e ele fez o mesmo. Não posso deixar de ressaltar que ele ficou sexy por conta do biquinho.

– Entra e abre o portão para mim- Nathan apontou para a casa.

– O que?- franzi as sobrancelhas.

– Eu vou ficar um pouco- ele abriu um sorriso- não vão saber que eu estou aqui se o carro estiver aí dentro.

Como eu tenho a chave, entrei e abri o portão manualmente. Quando Nathan entrou com a SW4, fechei e o tranquei.

Minha mãe saiu de casa para ver o que estava acontecendo e quando me viu, veio me abraçar.

– Você devia ter me avisado que foi com o Nathan- ela fingiu estar puxando a minha orelha com força.

– Desculpa- pedi- mas ele te avisou, né? Então está tudo bem- tirei a mão dela da minha orelha.

Nathan desceu do carro e deu um abraço nela.

Entrei em casa e me deparei com os meninos, John e Justin, jogando vídeo game na sala. Os dois me abraçaram, um abraço triplo, e eu contei o que aconteceu.

– Então Ayla quer o Nathan na Liga, mas porque?- Justin perguntou.

– Não sabemos- respondi- para ela não me usar como chantagem, vou ter que ficar longe do Nathan.

Ele entrou junto com a minha mãe.

– Ta- levantei do sofá e comecei a puxá-lo pelo braço- agora nós dois vamos ficar juntos, sem mais ninguém, só nós dois, ok?

Minha mãe riu e disse ‘‘Ok. Juízo’’.

– Nós temos muito juízo!- gritei do corredor.

Nathan e eu entramos no meu quarto.

– Você vai ficar por quanto tempo?- perguntei.

– Alguns minutos- ele me respondeu meio distraído, mexendo nas minhas canetas que estão na mesa, em uma latinha- vamos só...

– Ficar juntos- completei.