Drop Of Love

Capitulo 1 - respostado.


Boston, dias atuais.

Eu estava em uma renomada faculdade nos Estados Unidos, fazendo uma prova para tentar ganhar uma bolsa de estudos, pois meus pais não podiam pagar a mensalidade da faculdade. Mas se passaram várias horas de prova e eu não consegui responder nem 1/3 da questões, e sim, eu estudei para essa prova só que na hora que eu a peguei deu branco total não lembro nem um a . " Pelo amor de Deus! Eu tenho que conseguir terminar" pensei.

Essa faculdade é uma das mais caras de todo os EUA. Só quem fosse realmente inteligente conseguia passar em suas provas super-difíceis. Podia ser a mais cara de todo o mundo mas eu tinha que conseguir essa bolsa de estudos de qualquer jeito, pois era a faculdade dos meus sonhos. “Mesmo que eu não consiga terminar, eu tenho que pelo menos tentar!”.

Meia hora depois do horário de acabar a prova, eu ainda encarava os portões daquela faculdade. Eu não queria sair de lá sem ter terminado a prova, mas o monitor que estava dentro da sala chamou os seguranças e me tiraram a força de lá.

Eu sei que meus pais vão ficar muito tristes se eu não passar e eu sei que eu não vou pois eu não terminei metade da prova.

— Esperem! Deixem-me termina-la! Por favor! – eu implorava. Mas já não adiantava de nada, porque eles já estavam me arrastando de lá.

— Não! A senhorita precisa se retirar pois já vão começar a correção das provas! Sinto muito, mas não pode ficar aqui dentro. – falava um dos dois seguranças que me tiravam da faculdade.

— Por favor! Estou te implorando! Essa prova e muito importante pra mim.

— Retire-se por favor!

Isso foi eu implorando por querer terminar a minha prova.
Eu nunca me rebaixava, eram raras as vezes que eu implorava por alguma coisa, eu não sou do tipo de pessoa que pede “Por favor” ou fala “Obrigada”. Me falaram um dia que tudo que eu conseguia era a base da “pirraça”.

Como não adiantou implorar para eu continuar a fazer a prova, eu tive que voltar para casa. Como eu não tenho um carro, e também não trouxe dinheiro suficiente para pagar um taxi, tive que quebrar meu juramento de nunca andar de ônibus. Não não sou patricinha só não gosto da aglomeração de pessoas que tem em alguns ônibus dessa cidade.

Meia hora depois, cheguei em casa. Eu moro em uma casa “simples”. A casa parecia que foi construída a uns 10 anos atrás, parece que não vê uma mão de tinta.

Eu vivo com meus pais, Amelie e Jacob. Meus pais sempre foram muito preocupados com o meu temperamento, eles achavam que o fato de eu não ter nenhum amigo era por causa da criação que me deram. Mas eles estavam completamente errados. O porque de eu ser assim não tinha nada a ver com eles, mas sim com a experiencia de ser tratada como um lixo por algumas pessoas que me rodeavam.

Eu não consigo confiar nas pessoas, a última vez que isso aconteceu, fui humilhada e trocada por quem eu achava que me amava. Por isso o de tratar mal as pessoas, eu não sei confiar.

— Estou em casa! Mãe, pai. Vocês estão ai? – pergunto, gritando pela casa para ver se eles me escutavam.

— Estamos aqui em cima, Emy! – responde minha mãe, Amelie.

Eu subi as escadas e encontrei meus pais chorando, relembrando dos velhos tempos. De como eram jovens, como eu era linda pequena. Eu tinha os olhos mais lindos que um bebê podia ter. Agora aqueles cachinhos castanhos que eu tinha desapareceram, agora tomaram o lugar grandes cabelos lisos que vão até minha cintura, os meus olhos verdes continuam os mesmos só que com um brilho mais intenso que faz minha pele extremamente branca ganhar mais vida.

— Por que vocês estão chorando? – pergunto mas já sabendo a resposta.

— Ah, meu bem! Estamos relembrando os velhos tempos. Veja! – diz minha mãe secando as lágrimas dos olhos.

— Você era tão linda quando bebê! Olhe esses cachinhos! – diz meu pai, com seus olhos vermelhos quase chorando de novo.

— Há ha, vocês só podem estar de brincadeira! – digo - Eu era tão estranha, é como todos dizem, “todos os bebês tem cara de joelho!” Eu tinha um rosto tão esquisito. Nem se compara comigo agora. A única coisa que ainda está igual são meus olhos e essa pele branca que não se bronzeia nunca!

— Ah, Emy! Você sempre foi linda! – diz meu pai.

— Ah, tudo bem pai chega de discutir esse assunto! Estou muito cansada, então vou dormir. Boa noite!

— Boa noite, querida! – disseram meus pais em coro.

Ainda acho que minha família e esquisita. Mas fazer o que não é? É a família que eu amo.