Dreams

Some nightmares do not end when we wake up.


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É estranho olhar para trás e ver quanto tempo passou desde que eu recebi a noticia. Não que eu gostasse de falar nisso, mas a verdade era essa. Tinha acontecido.

Amy tinha morrido.

E com ela parte minha morreu também, o Stephen romântico morreu, o Stephen carinhoso morreu, o Stephen feliz morreu, o Stephen sonhador... Morreu.

Agora só o que havia restado de mim era a dor, a revolta e as lembranças.

As férias já acabaram a muito tempo, dando lugar a meu primeiro semestre estudando na universidade da Califórnia. Não era muito longe da casa do meu pai, mas eu não gostava de vim pra cá. Todos os finais de semanas procurava uma desculpa para não ir ao lugar que mais me lembrava dela.

-Desculpa pai, eu tenho prova.

-Eu até iria, só que vou ter aulas extras.

-Quem sabe na próxima semana, ok?

Mas nunca tinha uma próxima semana.

1 ano se passou com as minhas desculpas. Mais no verão não tinha como eu fugir mais.

Talvez eu tivesse me fechado mais ainda nesse ultimo ano, o garoto rebelde de Nova York estava ainda pior. Não falava com ninguém na faculdade.

Não havia chorado mais, mesmo com o estúpido psiquiatra, que meu pai me mando ir, falando pra mim chorar.

Simplesmente não demonstrava sentimentos, porque eu não tinha nenhum.

Meu coração, junto com meus sentimentos, tinha ido embora com ela.

Entrei na caminhonete do meu pai em silencio, estava indo passar um tempo na casa dele.

Não tinha o que falar, nem ele.

Chegando lá fiquei o mais longe possível de tudo que me lembrasse ela. O que era difícil.

Porque quando se está apaixonado, TUDO lembra a pessoa amada. Desde uma simples pedra, ou um simples detalhe, até toda a imensidão do céu azul.

Meu pai tento me levar ate o cemitério onde ela estava enterradas algumas vezes, mas eu não conseguiria.

Tudo que eu tinha guardado dentro de mim, os choros presos, os gritos engolidos, a dor trancada... Tudo iria desabar. Iria sair do lugar onde eu os tinha prendido.

Fui forte ate o dia em que meu pai disse que fazia 1 ano que ela tinha morrido.

O tempo parece não ter mais importância quando se perde a motivação de viver. Você se transforma em um zumbi. Que apenas serve para ouvir as pessoas e guardar as matérias das provas. Não tinha mais motivos para viver.

Apenas ainda vivia, porque eu sei que se eu morresse ou me matasse magoaria meus pais, e eles não mereciam isso.

Não que eu nunca tivesse pensado no opção de suicídio. Apenas não me agradava completamente.

Acho que ficar na Terra e sofrer sem ela, era o castigo mais digno pra mim, que não fui forte o suficiente para salva-lá.

Me culpar... Algo que eu fazia muito bem.

Meu pai me entregou algumas rosas e disse que eu iria com ele no cemitério, nem que ele tivesse que me levar puxando.

Teria uma missa pelo 1 ano de morte.

Junto com meu pai eu dei um ‘’oi’’ seco para as pessoas conhecidas que estavam lá.

É difícil esperar por algo que talvez nunca aconteça, mas eu continuava esperando pelo dia que nos reencontraremos.

Esperei para que todos saíssem de perto do tumulo dela, esperei que o local se esvaziasse para me aproximar de lá.

Sabia o que iria acontecer.

Me sentei em frente ao seu tumulo.

Olhei para o que estava escrito.

Era uma frase dela...

‘’A vida é curta, então não se preocupe, apenas viva’’.

Era tão a cara dela aquela frase.

Eu a amava tanto.

Sentia falta de tudo nela.

Do modo como seu sorriso parecia iluminar ate mesmo os dias mais negros, como sua pele parecia ser mais macia do que tudo que eu já havia tocado, como seus olhos conseguiam denunciar tudo que ela sentia, como seus lábios me mexiam quando ela falava que me amava, como ela franzia as sobrancelhas quando estava confusa, como brincava comigo, como me abraçava mais forte quando estava com frio, como me beijava e me deixava hipnotizado. Cada centímetro do corpo dela.

Cada detalhe de sua personalidade.

Sentia falta das virtudes, sentia falta dos defeitos.

Senti a primeira lagrima escorrendo pelo meu rosto. Dando inicio ao longo choro em que todas as lagrimas que eu tinha guardado iriam se libertar.

-Eu te amo -falei sem nem mesmo perceber. Era algo tão real. -EU TE AMO. EU TE AMO. EU TE AMO. - gritei desesperado para que de algum modo ela ouvisse.

-Eu te amo, por favor volta pra mim - pedir chorando, mesmo sabendo que isso era impossível.

Senti um arrepio e logo em seguida algo gelado nas costas.

Limpei as minhas lagrimas com medo de que alguém chegasse.

Ouvi um familiar bater de asas. E quando levantei minha cabeça, vi um beija flor pousando no seu tumulo.

Destino talvez, mas eu vi muito aquele beija flor daquele dia em diante.

Sempre comigo, quando eu mais precisava.

E eu sabia... De algum jeito, ela sempre estaria comigo.

Quando você ama alguém de verdade, nunca acaba, nunca fica menor. Continua sempre igual. Amor é amor.

E amar foi algo que ela me ensino bem.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH CHORA RIOS.

Odeio ter que terminar uma fic.

E eu tava precisando escrever Dreams hoje, mais to morrendo de sono e com os olhos quase fechando enquanto escrevo, então não liguem pra essa merda que eu vou postar, ok?

Amo vocês demais. Obrigada por todo o apoio que me deram no decorrer da fic, Dreams não seria nada sem vocês.

Peço pra que passem nas minhas outras fics se tiverem tempo *--* Acho que podem achar outra na qual se identifique, como devem ter se identificado aqui.

Bom... É isso. Espero que tenham gostado

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.