*FLASHBACK ON*

FORREST: Precisamos ficar juntos. Não importa o que aconteça, votaremos em Sarah na próxima eliminação. De acordo?

Os outros garotos assentiram solenemente.

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SARAH: Amanhã de manhã, nossa busca pela Estatueta McLean de Invencibilidade está de volta. — Ela declarou, com um sorriso travesso em seus lábios.

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De repente, o chão tremeu sob seus pés. Um terremoto, breve mas intenso, sacudiu a ilha, enviando ondas de choque pela floresta.

—-

CHRIS: (...) Como vocês podem ver, esta parte da ilha foi remodelada com terrenos extremos, então preparem-se para um percurso de obstáculos super macabro!

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Liam, canalizando seu treinamento de balé, executa cambalhotas e saltos que desafiam a gravidade enquanto navegava pelos trampolins. Seus movimentos são tão fluidos e precisos que pareciam coreografados. Zack observa, relutantemente impressionado, mas claramente irritado.

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*CONFESSIONÁRIO ON*

SARAH: Eu nunca havia percebido antes, provavelmente já que eu nunca estive em uma equipe com ele, mas esse Liam até que não é tão ruim nos desafios. (...) Acho que é um problema que eu preciso resolver mais cedo que tarde. — A garota olhou com malícia determinada para a câmera.

*CONFESSIONÁRIO OFF*

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Com precisão calculada, Sarah usou a ponta do brinco para fazer um buraco na superfície do bote. Satisfeita com seu trabalho, ela começou a criar vários outros buracos antes de inflar o outro barco.

SARAH: Só uma pequena surpresa para nosso amigo Danny. Espero que ele goste.

—-

SARAH: Ok, fique aqui. Eu vou pegar o marshmallow.

Sem pensar duas vezes, ela deu um passo ousado na corda bamba, mas antes que pudesse dar outro, perdeu o equilíbrio e começou a cair.

Numa reação de milissegundos, Elly estendeu a mão e agarrou o braço de Sarah, interrompendo sua queda antes do desastre.

SARAH: Elly! Você me salvou! — Ela berrou, sua voz tingida de choque.

Dominada pela emoção, Elly só conseguiu se agarrar a Sarah, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto o alívio a inundava.

ELLY: Por favor... — Ela engasgou entre soluços chorosos. — Nunca mais me assuste assim.

—-

Com um floreio vitorioso, Liam pegou o marshmallow do pedestal, um sorriso triunfante se espalhando por seu rosto enquanto ele o erguia bem alto.

LIAM: Sim! Eu venci! Eu venci!

—-

SARAH: (...) Alianças são instáveis e se quebram a toda hora, mas uma dupla, uma conexão romântica, ou uma conexão familiar é muito mais importante. (...) Não podemos deixar uma outra dupla no jogo, nós temos que ser as únicas!

—-

SARAH: (...) Estou aqui para oferecer uma oportunidade. Junte-se a Elly e a mim na votação desta noite. Nosso alvo é Zack. (...)

DANNY: E por que diabos ficaríamos do seu lado? A gente te odeia!

Calmamente, Sarah estendeu a mão pelas costas e tirou uma reluzente estatueta de ouro.

Assim que tiveram certeza de que Sarah havia partido, os meninos soltaram um coro de gemidos frustrados.

XANDER: Mas que porra nós vamos fazer agora?

—-

CHRIS: E o último marshmallow vai para… Sarah. (...) Que pena, Zack. Parece que sua hora chegou. Você foi eliminado.

MAYA: Quanta trairagem neste acampamento.

Atordoado, o quarterback se levantou, sua mente correndo para juntar as peças do quebra-cabeça.

ZACK: Como isso aconteceu? Quem trocou os votos?

As expressões de culpa nos rostos de Forrest, Xander e Danny diziam tudo.

LIAM: Uau… parabéns, pessoal. Enganados pela mesma garota novamente.

SARAH: Ei, não é minha culpa se eu sei eu jogar melhor que você. — Ela retrucou bruscamente, seu tom pingando de falsa simpatia.

Os irmãos se abraçaram, a rivalidade entre eles se dissolvendo para a despedida.

*FLASHBACK OFF*

*Abertura*

Era mais uma manhã no Acampamento Mahquulin. Xander estava andando, de forma digna de um zumbi, pela curta trilha entre o banheiro comunitário e o refeitório.

De tempos em tempos, ele parava para gemer de dor e colocar as mãos nas costas, massageando.

*CONFESSIONÁRIO ON*

XANDER: Ugh, eu tive tipo... a pior noite de sono de todos os tempos. Primeiro o maníaco do Chris resolveu desfazer a reforma dele então a madrugada foi recheada de terremotos. Oof! — Ele pausou para massagear uma fisgada na costela. — Pelo menos a ilha parece ter retornado ao jeito que eu me acostumei. Enfim, já estou nesse muquifo há quase três semanas, acho que nada mais me surpreende. Tudo aqui é desconfortável, tudo aqui é imprevisível e tudo aqui é dramático. Mas quando eu tiver um milhão de dólares no final do programa, vai valer a pena. — O rapaz avalia.

*CONFESSIONÁRIO OFF*

Ele se força a subir os degraus e abre a porteira do refeitório. O rapaz pisca os olhos e gasta uns segundos focando a visão para confirmar que a cena à sua frente não era uma reconstituição de uma pintura renascentista.

O refeitório tinha duas enormes mesas de piquenique. Uma delas, estava ocupada por Danny e Forrest, comendo seus omeletes com a cabeça baixa e uma nuvem de culpa pairando sobre eles.

Na outra mesa, Maya e Liam estavam dividindo seu tempo entre bebericar o café aguado preparado por Chef Hatchet e lançar olhares raivosos, cheios "Como vocês puderam nos trair assim?" para os garotos da mesa oposta.

Forrest e Danny estavam fazendo de tudo para evitar o contato visual.

SARAH: Ei, presta atenção, seu marginal! Quase que você me prensa aqui!

Xander não notou Sarah e Elly sentadas perto da porta, estrategicamente isoladas para manter um ar de superioridade imparcial.

XANDER: Que pena, eu deveria ter prensado.

E Sarah respondeu com o dedo do meio.

Ignorando toda a tensão no refeitório, ele foi até a janela da cozinha e viu Chef Hatchet com o braço fundo numa panela de mingau.

XANDER: Hm...

Chef notou a presença do garoto, impaciente.

CHEF: Tem mingau de aveia e omelete. O que você vai querer, pivete?

Entre a cruz e a espada, Xander pediu omeletes.

CHEF: Ei, parece um campo de guerra aí fora. — Ele comentou do nada, apontando com a cabeça para as mesas. — Todo mundo bem dividido e em seu próprio grupo.

XANDER: É, tá tão óbvio assim? Aposto que o Chris está amando.

Chef Hatchet fez uma expressão estranha ao ouvir o nome do apresentador.

XANDER: Falando nisso, será que vai demorar muito para ele anunciar o próximo desafio? Ou vai ser só amanhã? Eu acordei meio tarde hoje, eu quero saber se eu tenho tempo para comer todo meu café da manhã...

CHEF: Eu tenho cara de babá do Chris? Chega de conversinha fiada, eu não sou seu amiguinho! Agora vaza!

O Chef continuou a mexer o mingau com voracidade. Dando de ombros, Xander pegou sua omelete e foi em direção à mesa de Forrest e Danny.

XANDER: Isso foi estranho... — Ele pensou em voz alta.

***

Após o café da manhã, os campistas ficaram esperando pelo anúncio soar pelo sistema de alto-falantes, os convocando para um próximo desafio.

Mas o horário do almoço chegou e foi embora e nada da voz inconfundível de Chris.

FORREST: Huh, parece que hoje é um dia de folga. — Ele comentou o óbvio. — Pena, eu estava afim de derrotar vocês no desafio.

E o resto dos campistas revirou os olhos.

Então, quando o sol da tarde começou a minguar, nuvens escuras se acumularam no alto e uma chuva torrencial caiu sobre a ilha, encharcando tudo que estava à vista. Foi a primeira chuva desde que os campistas chegaram e pegou todos desprevenidos.

Procurando refúgio da chuva, todo o grupo se amontoou na pequena varanda em frente à cabine, gratos pelo abrigo enquanto observavam as poças se formarem no chão.

LIAM: Chuva? Não é um pouco cedo no ano para isso? Estamos em abril, né? Ou é março? Não tem um calendário nesse acampamento, estou todo confuso…

SARAH: Provavelmente foi o Chris apertando um botão que não devia e zuando com o clima.

Assim que Sarah mencionou o nome do anfitrião, um trovão ensurdecedor ecoou pela ilha, causando arrepios na espinha de todos.

DANNY: Eu não sei o que vocês vão fazer, mas eu vou dormir, porque amanhã é outro dia.

SARAH: São quatro da tarde.

DANNY: No mundo dos sonhos, você não existe. Eu prefiro dormir mesmo.

E então o rapaz atravessou a porta e foi para a sua cama.

***

Enquanto o sol da manhã lançava o seu brilho quente sobre o acampamento Mahquulin, Danny despertou do seu sono, sendo o primeiro a acordar.

Com a chuva do dia anterior finalmente diminuindo, ele saiu do quarto, vestido apenas com uma cueca samba-canção folgada.

Esticando os músculos e coçando a virilha distraidamente, Danny caminhou até a varanda, admirando a paisagem tranquila e os restos de gotas de chuva agarradas às folhas e galhos.

DANNY: Bem, parece que a chuva finalmente parou. — Ele refletiu consigo mesmo, uma sensação de alívio evidente em sua voz.

Mas o seu momento de paz foi interrompido por uma visão peculiar. Preso à porta da cabine havia um pedaço de papel amarelado, cuja aparência envelhecida chamou a atenção de Danny.

O papel estava afixado na porta com uma flecha, e rabiscadas nele com o que parecia ser uma tinta vermelho-sangue estavam as palavras sinistras: "VENHAM PARA O REFEITÓRIO IMEDIATAMENTE."

Levantando uma sobrancelha diante da mensagem enigmática, Danny não perdeu tempo em convocar os outros campistas para investigar.

LIAM: O que vocês acham que isso significa?

FORREST: Isso é… sangue de verdade? Preciso olhar mais de perto...

SARAH: Provavelmente é apenas mais uma das pegadinhas ridículas do Chris. Eu juro, esse cara é muito desocupado...

Só então, um corvo grasnou ao longe, a menção do nome do apresentador.

MAYA: Além disso, por que alguém precisaria deixar uma mensagem para ir ao refeitório? Praticamente moramos lá. Isso não faz sentido.

XANDER: Bem, eu não sei vocês, mas não sou do tipo que ignora uma nota misteriosa e sangrenta. Vamos dar uma olhada. Não é como se tivéssemos algo melhor para fazer.

Concordando com o sentimento de Xander, o grupo seguiu pela trilha em direção ao refeitório, com a curiosidade despertada pela estranha mensagem e pela promessa do que os esperava lá.

***

Com passos cautelosos, Maya conduziu o grupo até o refeitório, seus olhos examinando o local em busca de qualquer sinal do remetente da mensagem misteriosa.

MAYA: Uau… não tem nada de diferente. — Ela falou monótona.

O resto do grupo a seguiu para dentro, a expectativa diminuindo rapidamente quando perceberam que a avaliação de Maya estava correta.

FORREST: Sério? Qual era o objetivo da mensagem, então?

SARAH: Eu te disse, provavelmente foi apenas mais uma das pegadinhas estúpidas do Chris!

De repente, um estrondo ecoou na cozinha, fazendo Liam soltar um grito assustado.

SARAH: Relaxa. Foi só uma panela que caiu no chão.

Maya revirou os olhos, nada impressionada.

MAYA: Bem, isso foi uma perda de tempo. Eu vou voltar para a cabine.

Ela se virou para as portas, mas para sua surpresa, elas se recusaram a abrir. Maya empurrou e empurrou, mas as portas permaneceram teimosamente fechadas.

Mesmo Danny, o mais forte do grupo, não conseguiu forçá-los a abrir. Era como se estivessem trancadas por fora.

Um silêncio tenso tomou conta do grupo enquanto eles contemplavam sua situação.

FORREST: Pessoal, odeio dizer isso a vocês, mas acho que estamos presos.

À medida que os minutos se transformavam em horas e a tarde se transformava em noite, a ansiedade começou a aumentar entre os campistas.

*CONFESSIONÁRIO ON*

Ao invés do banheiro, o local comum de confessionários, Elly falava da despensa do refeitório.

ELLY: Essa situação toda parece estranha. Tipo, por que alguém se daria ao trabalho de deixar aquela mensagem se não houvesse algo por trás? Não sei o que é, mas tenho um mau pressentimento sobre o que está por vir.

*CONFESSIONÁRIO OFF*

Elly interveio, ordenando a todos que se acalmassem.

ELLY: Shh! Vocês ouviram isso?

De repente, a janela se abriu e uma pequena bola rolou para dentro do refeitório, emitindo uma fumaça rosa de cheiro adocicado. Um perfume muito familiar para os campistas.

Em poucos instantes, o grupo foi dominado pela sonolência, todos desacordados.

***

De pouco em pouco, cada um dos sete campistas restantes acordou numa praia estranha. A lua cheia brilhava no céu e o som das ondas quebrando fez todos ficarem despertos.

DANNY: Mas o quê? Onde nós estamos?

XANDER: Eles botaram aquela fumaça rosa na gente de novo. Acho que ficamos desacordados por umas duas horas… — o rapaz coçou a cabeça, ainda despertando.

FORREST: Estamos de volta na Zona Cercada? — Ele olhou ao redor, mas a paisagem parecia diferente.

LIAM: Não, as árvores parecem diferentes… mas o Chris pode mudar a aparência da ilha em um piscar de olhos, então isso não significa muito.

Aleatoriamente, alguma pedra ou uma noz caiu de uma árvore na cabeça de Sarah. E ela teve uma epifania.

SARAH: Duh! Eu sei onde nós estamos! Aqui é a ilha vizinha, onde eu fiz o primeiro desafio com o Ross. Lembram, com o jetpack?

LIAM: Eu me lembro, mas por quê eles nos colocaram aqui? No meio da noite, ainda por cima.

Na distância, os campistas conseguiam ver o cais da Ilha Mahquulin.

SARAH: Eu não sei, mas vamos dar uma explorada. Essa ilha não é tão grande assim, talvez encontremos algum sinal. — Como de costume, ela assumiu a liderança.

Mas a garota mal deu seus primeiros passos, quando um barulho sinistro e uma sombra amedrontadora apareceu na periferia.

Assustado, Liam se escondeu atrás de Maya.

LIAM: Vocês ouviram isso?

Inabalada, Sarah seguiu andando, se afastando do grupo.

ELLY: Ei, amor, acho melhor ficarmos juntos…

SARAH: Bobagem, eles nos colocaram nessa ilha por um motivo. Vamos dar uma olhada.

Então, saindo de trás de uma árvore, uma figura encapuzada, vestindo uma máscara branca igual porcelana, decorada igual uma máscara de ópera veneziana. A máscara tinha olhos vermelhos escarlates. E nas mãos negras e enormes, uma cimitarra super afiada.

SARAH: Isso daqui é só mais um desafio bobo do Chris.

Antes que os outros pudessem avisar da figura misteriosa atrás dela, Sarah foi empalada pela cimitarra afiada.

O choque se espalhou pelos rostos dos outros seis campistas. Sua namorada, Elly, estava completamente paralisada e boquiaberta.

O Maníaco da Cimitarra então guardou o corpo sem vida de Sarah dentro da sua capa e a arrastou para as sombras, desaparecendo.

Naquele momento, um uivo de dor e desespero foi ouvido, seguido de um choro. Vindo de Danny.

DANNY: Não!!! Não acredito que mataram a Sarah! Não antes de eu conseguir minha vingança…

Maya deu um pescotapa no garoto.

MAYA: Deixa de ser insensível, seu monstro! A namorada dela está paralisada. Além do mais, você está prometendo essa vingança há uns cinco episódios. Desiste disso.

Elly caiu de joelhos no chão, catatônica.

Um estrondo soou na distância, seguido de um grito. Logo, os olhos vermelhos foram vistos pelas árvores. O grupo de campistas se dispersou imediatamente, se separando em grupos.

Maya e Liam correram para um lado. Forrest, Danny e Xander correram para outro. Ainda atordoada, Elly se forçou a se levantar e foi cambaleando para uma trilha na floresta, tentando fugir do maníaco da cimitarra.

***

Liam e Maya caminharam pela floresta densa, a incerteza pesando sobre eles.

Maya caminhava decididamente à frente, enquanto Liam ficava para trás, com os nervos à flor da pele, pulando a cada farfalhar das folhas.

LIAM: Isso é uma loucura! Inacreditável! Sarah... ela... morreu! A pobre da Elly deve estar arrasada. Espero que ela tenha conseguido escapar...

Mas Maya parecia perdida em seus próprios pensamentos, mal registrando as divagações de Liam.

MAYA: Eu me pergunto como eles conseguiram. Foi algum tipo de truque de efeitos especiais? — Ela refletiu em voz alta.

LIAM: Do que você está falando?

MAYA: Aquela cimitarra. Como eles encenaram a morte de Sarah? Parecia tão improvisado.

LIAM: O que você quer dizer? Sarah morreu bem na nossa frente! Você está em negação ou algo assim? Você não consegue ver a realidade? É um choque pós-traumático?

Maya revirou os olhos exasperada.

MAYA: Ai, Liam, você não pode ser tão ingênuo assim. Obviamente é uma pegadinha da produção. Eles não permitiriam que ocorresse a morte de um participante de um reality show em rede internacional.

LIAM: Nunca se sabe. Parece que o show saiu dos trilhos. Faz horas que não ouvimos um pio da equipe de produção.

MAYA: Liam... têm câmeras nos filmando agora. — Ela gesticulou em direção às câmeras.

LIAM: Sim, mas essas são apenas as automatizadas, que não precisam de cinegrafista. O Drama Total pode ter sido cancelado. E se as pessoas em casa pensarem que todos fomos assassinados? Ou pior, esfaqueados até a morte? Não é exagero. Os esfaqueamentos estão aumentando, você sabe, está em todos os noticiários.

MAYA: Bem, Ayumi se interessa por esses círculos de projeção astral, e ela mencionou algo sobre evitar se projetar no centro da cidade porque há alguma entidade poderosa à solta, perseguindo as pessoas com uma cimitarra afiada.

Os olhos de Liam se arregalaram de horror.

LIAM: Será que o assassino de Sarah era algum tipo de espírito?

MAYA: Absolutamente não, isso é um absurdo. É tudo balela. Estamos seguros. Vamos ficar calmos e esperar. Chris aparecerá em breve e esclarecerá tudo...

Então, o Maníaco da Cimitarra se materializou nas sombras, seus olhos brilhando como rubis. Liam soltou um grito de gelar o sangue ao ver a lâmina ameaçadora, mas Maya deu um passo na frente dele, determinada a proteger seu companheiro de acampamento.

MAYA: Calma, Liam. Nós ficaremos bem.

E com isso, mais dois gritos agudos perfuraram a noite enquanto o Maníaco arrastava mais duas vítimas infelizes para as sombras.

***

Enquanto Elly vagava pelos caminhos escuros e tortuosos da floresta, ela murmurou o mesmo coro assustador, com a voz trêmula de descrença e choque.

ELLY: Não pode ser real, não pode ser... Sarah, ela... ela não pode ter...

Encontrando-se em uma clareira inesperada, ela se esforçou para enxergar através da escuridão, sua voz aumentando em desespero.

ELLY: Alô? Alguém aí ? Estagiários? Chef? Chris? Alguém pode me ouvir?

Distraída com seus próprios apelos, Elly tropeçou em uma raiz e caiu, mas foi amortecida pelo tronco de uma árvore morta. Ela se apoiou nele, envolvendo os joelhos com os braços, uma sensação de desolação a envolvendo.

Quando as lágrimas começaram a turvar sua visão, ela falou em voz alta, suas palavras pontuadas por soluços.

ELLY: Ela era meu tudo... Sarah era meu porto seguro, minha alegria. Ela era determinada até demais. Ela fez planos para nós... para um futuro que agora nunca teremos. Como vou enfrentar o mundo sem ela?

Sua voz falhou enquanto ela continuava, cada palavra encharcada de tristeza.

ELLY: Ela nem conseguiu mostrar direito a todos o seu verdadeiro eu… o lado doce, que quase ninguém vê. Ela ia ser uma diplomata. Conversamos sobre viajar depois da formatura, conhecer o mundo juntas, íamos nos casar sob as flores de cerejeira… E agora?

Um farfalhar repentino a tirou de seu devaneio. Do outro lado da clareira, olhos vermelhos ameaçadores brilhavam, o luar brilhando no aço frio de uma cimitarra.

Naquele momento, seu desespero transformou-se em instinto de sobrevivência. Enxugando as lágrimas, ela se levantou da árvore e ficou de pé.

ELLY: Não, eu não posso desistir. Sarah sempre acreditou em mim, em nós.

Sua respiração acelerou enquanto ela disparava de volta para a segurança das árvores, cada passo a afastava da clareira.

***

Na densa vegetação rasteira da floresta, Danny, Forrest e Xander se viram refugiando atrás de uma parede rochosa, com a respiração curta e os olhos examinando o ambiente mal iluminado em busca de qualquer sinal de movimento.

DANNY: Alguém consegue ver alguma coisa aí? — Ele perguntou, ofegante.

XANDER: Não, parece que a barra está limpa por enquanto. — Ele esticou o pescoço e espiou com cautela.

Aliviado, Xander caiu contra a rocha, enxugando o suor da testa com a mão trêmula.

FORREST: Pessoal, como acabamos atrás de um muro de pedra de novo, fugindo de algo, ou alguém, tentando nos matar… pela segunda vez em uma semana?

DANNY: Pelo menos aquele urso com cinco cabeças era mais feio... Mas, cara, o que aconteceu com Sarah... foi brutal.

O trio ficou em silêncio por um momento, o peso da situação se instalando até que Forrest, lutando contra a negação, quebrou o silêncio.

FORREST: Ela não está realmente... morta, certo? Talvez tenha sido apenas uma lesão grave. Estava tão escuro que não consegui ver claramente.

DANNY: Pelo que vi, parecia bastante letal, cara. — Ele falou, balançando a cabeça.

Forrest olhou para Xander em busca de um vislumbre de esperança, mas o olhar sombrio do rapaz confirmou seus temores.

FORREST: Então… Tem realmente um maníaco com uma espada aqui?

XANDER: É uma cimitarra, na verdade.

FORREST: Cimitarra, espada, tanto faz. Estamos presos nesta ilha com um maluco empunhando uma faca?

DANNY: Não importa. Não vamos acabar como Sarah. Não vamos morrer. Temos algo que ela não tinha.

Forrest ergueu uma sobrancelha, intrigado.

DANNY: Somos homens. Nós temos culhões. Nós temos músculos. Podemos correr, lutar ou fazer o que for preciso. Se esse cara da cimitarra aparecer, nós o enfrentamos juntos. Somos três, contra um.

FORREST: Uh, gostei mais da sua primeira ideia. Você sabe, a parte de “Podemos correr’? Já ouviu falar de ‘viver para lutar outro dia’?

XANDER: Estou com Forrest. Correr é definitivamente algo em que sou bom.

DANNY: Tudo bem, nós corremos. Mas não podemos ficar aqui sentados e esperar que a morte bata na nossa porta, certo?

Concordando com a cabeça, eles se prepararam para se mover, mas de repente, no lado oposto da parede, uma sombra apareceu. A figura encapuzada com a cimitarra apareceu, seus olhos vermelhos perfurando a escuridão.

DANNY: Corram, agora!

Xander foi rápido, correndo com urgência. Danny fez o mesmo, mas Forrest congelou, o terror prendendo-o no lugar.

O maníaco não perdeu tempo. Com um movimento rápido, a cimitarra mergulhou na lateral do corpo de Forrest, provocando um gemido gutural.

Ouvir a agonia de Forrest tirou Danny e Xander do eixo. Eles se viraram, hesitantes, mas já era tarde demais. A figura deslizou pelo chão da floresta, a mão grande pousando pesadamente no ombro de Danny, segurando o atleta de triatlo com força.

Danny lutou, mas seus esforços foram inúteis contra a força do maníaco.

Então, de algum lugar durante a noite, um terceiro grito ecoou – a voz de Xander, cheia de terror, cortou o ar gelado.

***

Quando os tons alaranjados do amanhecer começaram a iluminar o céu, Elly, sentou-se exausta numa formação rochosa. Ela havia escapado por pouco de outro encontro terrível com o maníaco empunhando a cimitarra.

ELLY: Já se passou mais de uma hora desde o último grito... Ele finalmente desistiu?

Ela olhou para cima, observando as cores ​​do céu da manhã.

ELLY: O sol está prestes a nascer. Talvez ele não ataque em plena luz do dia. — Ela ponderou, otimista. — Fiquei sozinha a noite toda. Onde será que estão os outros? Maya, Liam... Xander, Forrest, Danny? Eles estão seguros? Algum deles conseguiu voltar para a Ilha Mahquulin?

Uma compreensão repentina a atingiu.

ELLY: Espere um minuto! Estou cercado por floresta. Há muita madeira caída aqui. Eu mesma poderia construir uma jangada e remar de volta para a Ilha Mahquulin. Talvez o Chef Hatchet ainda esteja lá. Ele poderia ajudar.

Impulsionada por esse novo plano, Elly entrou em ação, coletando troncos e arrastando-os em direção à praia, onde havia acordado no início da noite.

ELLY: Ok, como faço para construir esta jangada de novo? — Ela resmungou para si mesma. — Da última vez, Ayumi e… Sarah fizeram a maior parte do trabalho.

Mencionar o nome de Sarah lançou uma sombra fria sobre seu ânimo, mas ela se livrou da tristeza e se concentrou na tarefa que tinha em mãos.

ELLY: Eu consigo. Vou para o acampamento e vou procurar o Chris. Vou buscar ajuda.

Assim que ela começou a sentir uma sensação de progresso, um farfalhar vindo da borda da floresta a fez congelar.

A luz do dia agora era suficiente para ela ver claramente, e lá estava ele.

O maníaco da cimitarra, com o capuz tremulando na brisa da manhã, a mão enluvada preta segurando firmemente a arma.

Congelada de medo, Elly só pôde observar enquanto ele se aproximava, sua visão se estreitando enquanto o terror tomava conta.

ELLY: Por favor... não me mate… — Ela suplicou, com lágrimas caindo por suas bochechas.

O maníaco riu. Um som arrepiante que parecia selar seu destino. Então, inesperadamente, ele falou.

“Parabéns, garota. Você sobreviveu até o nascer do sol. Você venceu o desafio.”

Elly, ainda paralisada de medo, mal conseguiu abrir um olho. Ela estava ouvindo certo? Ele não a esfaqueou?

E aquela voz, tão familiar... Será?

Como se fosse uma deixa, o maníaco levantou a máscara, revelando o rosto familiar do Chef Hatchet, sua habitual expressão severa substituída por um sorriso divertido.

ELLY: O que diabos está acontecendo aqui?

Da floresta emergiu Chris McLean, seguido por uma fila de rostos familiares – Xander, Danny, Forrest, Maya, Liam e até Sarah.

CHRIS: Bem, Elly, você acabou de estrelar o desafio de sobrevivência noturno mais emocionante da temporada! — Ele anunciou, com um sorriso enorme. — Totalmente roteirizado, é claro. Gostou da atuação do Chef? Ele treinou bastante.

O Chef Hatchet fez uma reverência digna de ator, ainda segurando a cimitarra, agora obviamente falsa.

CHRIS: E só para que todos saibam, quem sobrevivesse até o nascer do sol estaria imune na Cerimônia de Eliminação desta noite! Parece que você é nossa grande estrela hoje, Elly. Parabéns!

Mas Elly mal conseguia processar a notícia, suas emoções giravam intensamente.

ELLY: Vocês são loucos. — balançando a cabeça, numa mistura de alívio e frustração — Eu realmente pensei que era o fim para mim!

Então, à medida que a realidade do drama encenado se tornou mais clara, seus pensamentos se voltaram para Sarah.

Viva, parada a poucos metros de distância. Com uma onda de alegria, Elly correu em direção à namorada, quase a derrubando com um abraço forte, cobrindo seu rosto de beijos.

SARAH: Ei, ei, vá com calma! — Rindo, empurrando Elly de volta de brincadeira. — Se você continuar assim, posso acabar morrendo de verdade!

ELLY: Nem brinque com isso! — Com um tom sério.

Em vez de responder, Elly silenciou Sarah com outro beijo profundo e sincero.

CHRIS: Ah, que romântico. Bem, pessoal, é hora de voltar para o acampamento!

DANNY: Ótimo, você vai nos borrifar com aquela fumaça rosa de novo?

CHRIS: Não, nossos suprimentos estão acabando. Parece que um dos estagiários exagerou da última vez.

XANDER: Isso é uma pena. Eu estava começando a gostar da sensação que dava.

O grupo trocou uma mistura de olhares julgadores com o comentário de Xander.

CHRIS: Bem, não há fumaça hoje, mas tem algo melhor! Todos vocês têm que nadar de volta para a Ilha Mahquulin. Não tenham pressa, aproveitem o dia. Lembrem-se, não há Cerimônia de Eliminação até o pôr do sol e vocês não podem votar em Elly. O resto de vocês, é melhor tomar cuidado. Sem atuação desta vez.

Então, com um toque dramático, ele e o Chef Hatchet vestiram mochilas a jato. Com uma piscadela e um suspiro, Chris e Chef dispararam os jetpacks, voando como foguetes pelo céu.

MAYA: Ah, seu pão-duro!

***

Quando o sol do meio-dia atingiu seu ápice, lançando um brilho quente sobre a ilha Mahquulin, os campistas encharcados saíram do cais e seguiram para o refeitório.

As janelas foram abertas para deixar entrar a brisa.

Exaustos e ainda abalados pelos acontecimentos da madrugada, o grupo teve um almoço excepcionalmente silencioso.

Maya logo pediu licença para tomar um banho, seguida por Liam, que parecia igualmente ansioso por um pouco de solidão.

Com a saída dos dois, Danny, Xander e Forrest ficaram sozinhos à mesa com Elly e Sarah. O número reduzido de campistas criou o cenário perfeito para uma conversa mais discreta.

SARAH: Então... quem vocês sugerem? — Ela perguntou, mexendo casualmente a comida.

XANDER: Hein? Sugerimos para quê?

SARAH: Para a votação de hoje. Em quem estamos pensando? Maya ou Liam?

DANNY: Ei, tire seu cavalinho da chuva, Sarah. Não somos uma aliança.

SARAH: Nós cinco não votamos juntos na última Cerimônia de Eliminação? A menos que eu esteja enganada?

FORREST: Sim, mas só por que você nos ameaçou com a estatueta!

SARAH: Certo e eu ainda tenho a estatueta, e Elly está imune depois de vencer o desafio. Então, o que vai ser? A menos que um de vocês esteja interessado em fazer as malas esta noite...

A lógica era inegável e deixava pouco espaço para discussão. Os três garotos trocaram olhares, sua relutância era palpável, mas suas opções eram limitadas.

DANNY: Tudo bem, vamos lá, então. Em quem estamos pensando? Maya ou Liam?

XANDER: Liam é forte, até já venceu um dos desafios. Mas Maya? Ela é mais inteligente.

FORREST: Não sei, pessoal. Liam é simpático. — Ele ponderou, batendo nervosamente o garfo no prato. — Isso poderia torná-lo mais difícil de vencer mais tarde. Uma ameaça nos olhos do Júri.

SARAH: Exatamente. Precisamos pensar a longo prazo aqui. Precisamos de uma decisão.

A mesa ficou em silêncio enquanto o peso da decisão pairava no ar.

***

Mais tarde naquele dia, Maya e Liam saíram do banheiro comunitário, com toalhas penduradas nos ombros, apenas para serem recebidos por Sarah e Elly, que exibiam sorrisos travessos.

SARAH: Oh, que coincidência encontrar vocês dois aqui! — Ela falou, fingindo surpresa.

MAYA: Uau, quanta coincidência.

LIAM: O que você quer, Sarah?

SARAH: Apenas uma conversa amigável sobre a votação desta noite!

LIAM: Por que discutiríamos alguma coisa com você? Você... você e Elly... vocês fizeram com que meu irmão fosse eliminado!

MAYA: E minha meia-irmã também!

SARAH: Só tenho um voto, pessoal. Eu não tomo decisões sozinha. Talvez vocês devessem reclamar com Danny, Forrest e Xander?

MAYA: Está claro que eles só votaram em Zack porque você os forçou!

SARAH: Eles são homens adultos, Maya. Ninguém os obriga a fazer nada. Eles votaram assim porque quiseram.

A declaração deixou Liam e Maya momentaneamente sem palavras. Eles sabiam que havia verdade nas palavras dela. Não podiam simplesmente culpar Sarah pelas ações dos outros.

SARAH: Olha, vocês querem uma chance de vingança? Tentar virar a mesa? Juntos, temos quatro votos. Restam sete campistas. Pensem nisso.

LIAM: Esquece, Sarah. — Ele balançou a cabeça. — Não tem como confiar em você novamente.

SARAH: Tudo bem, mas lembre-se, vocês dois sozinhos são apenas dois votos. Se não eu e Elly, então quem? Danny? Forrest? Os mesmos caras que te traíram na última Cerimônia de Eliminação?

LIAM: Estamos perdendo tempo aqui…

O rapaz se virou para ir embora.

MAYA: Espere, Liam. — Ela levantou a mão. — Vamos ouvi-la.

Liam olhou para Maya incrédulo enquanto o sorriso de Sarah se alargava.

MAYA: Não estou prometendo nada. Mas vamos ouvir.

SARAH: Isso é tudo que peço. E porque vocês estão sendo tão generosos com seu tempo, deixarei vocês dois decidirem qual dos três, Danny, Forrest ou Xander, será o eliminado da noite.

Os lábios de Maya se curvaram em um sorriso sutil.

*CONFESSIONÁRIO ON*

SARAH: Honestamente, eu apenas “deixei” Maya e Liam pensarem que eles estão escolhendo porque, eu não poderia me importar menos com qual deles vai para casa. Forrest, Xander, Danny, eu não sou fã de nenhum. Detesto os três. Para mim é tudo igual!

—-

MAYA: Não se deixem enganar, acham mesmo que eu caíria no papinho da Sarah? Até parece! Não vou cair nos truques dela. Estou apenas falando o que ela quer ouvir para mantê-la longe de nós por um tempo. Aquela garota é uma cobra.

*CONFESSIONÁRIO OFF*

Depois de várias viagens de ida e volta para a cabana, cinco campistas – Xander, Maya, Forrest, Liam e Danny – se encontraram lá dentro, com uma tensão palpável.

Eles se estabeleceram em um silêncio desconfortável, lançando olhares cautelosos um para o outro, até que Liam decidiu abordar a questão iminente.

LIAM: Então...

XANDER: Então o quê?

LIAM: Sobre a votação desta noite.

XANDER: O que tem?

LIAM: Bem, em quem vamos votar? Elly está imune, obviamente. E Sarah… Todos pensámos que a Sarah estava morta durante horas. Não sei se conseguirei votar em alguém que eu acreditava ter morrido.

Forrest, sentindo a conversa estagnar, assumiu o controle da discussão.

FORREST: Esqueça isso. Vamos votar em Sarah esta noite. Todos nós cinco.

O cômodo ficou em silêncio, os outros digeriram sua proposta.

FORREST: O que foi? Eu pensei que era isso que todos nós queríamos?

MAYA: Talvez na última cerimônia.

LIAM: Sim, e então meu irmão foi o eliminado.

MAYA: E como sabemos que você não fez um acordo com Sarah e Elly, planejando apunhalar um de nós pelas costas esta noite? — Ela falou para Forrest, mas foi Xander quem tomou as dores.

XANDER: Espere! Isso vale para os dois lados. Como sabemos que vocês dois não estão planejando se voltar contra nós?

Olhares acusatórios foram trocados, a suspeita pairava no ar.

FORREST: Pessoal, vamos lá. Isto está tudo errado. Não podemos continuar fazendo isso. Mesmo que Sarah tenha a estatueta, ainda podemos votar nela.

LIAM: Espere, espere. Sarah tem a estatueta McLean de invencibilidade?

Tanto Danny quanto Xander deram tapas na testa em frustração quando Forrest involuntariamente revelou essa informação confidencial.

LIAM: E vocês sabiam? E não nos contaram?

MAYA: Viu, Liam? Eles se voltaram contra nós. Toda a conversa sobre votar em Sarah foi apenas um esquema. Eles estão aliados a ela.

FORREST: Não, isso não é verdade! Ouça, tenho um plano para tirar a estatueta dela.

Esta declaração silenciou a sala, todos os olhos agora fixos em Forrest.

FORREST: Se todos votarmos em Sarah, ela terá que usar a estatueta para se salvar, certo? Isso significa que ela estará vulnerável na próxima Cerimônia de Eliminação. Podemos eliminá-la na próxima rodada.

MAYA: Mas isso também significa que quem quer que ela e Elly decidam votar esta noite, será eliminado

FORREST: Sim, é arriscado, mas é a única chance que temos de realmente tirá-la do jogo.

MAYA: Esse é um plano terrível.

FORREST: Talvez, mas é o único plano que temos.

O grupo ficou em silêncio, considerando a gravidade da proposta de Forrest. Ficou claro que ninguém se sentia confortável, mas com as opções escassas, decisões difíceis eram inevitáveis.

Maya balançou a cabeça em frustração, sua voz aumentando ligeiramente.

MAYA: Não, Forrest, isso não é um plano, é um tiro no escuro! Eu não vou me arriscar assim.

Liam concordou com a cabeça, as sobrancelhas unidas em preocupação.

Forrest, tentando manter algum controle, interrompeu.

FORREST: Olha, eu entendo. É arriscado. Mas você tem uma ideia melhor? Porque senão, parece que vamos deixar Sarah comandar o jogo. Preste atenção, não podemos deixar o medo decidir por nós. Temos que tomar um posicionamento. Se não tentarmos tirar a estatueta agora, Sarah continuará manipulando cada um de nós. Esta é a nossa chance de nivelar o jogo.

O cômodo caiu novamente em um silêncio tenso enquanto todos consideravam suas opções, pesando a estratégia arriscada de Forrest contra o potencial de caos ainda maior se não fizessem nada.

*CONFESSIONÁRIO ON*

FORREST: Então, é o seguinte, sei que todo mundo acha que meu plano é arriscado, e talvez seja. Mas aqui é o Drama Total, você não pode jogar pelo seguro o tempo todo. Você tem que estar disposto a fazer jogadas ousadas. Sarah está controlando o jogo com aquela estatueta, e se não fizermos nada, ela vai deslizar até ao final. Sim, eu insisti nesse plano e vou ser muito criticado se der errado. Mas pelo menos estou tentando fazer algo a respeito. A vitória não vai vir de bandeja. Temos que lutar. E é exatamente isso que estou fazendo: lutando.

*CONFESSIONÁRIO OFF*

O fogo crepitante lançava sombras sinistras sobre os rostos dos sete campistas restantes, sentados num semicírculo.

Depois que os campistas votaram, Chris voltou com uma bandeja com seis marshmallows.

CHRIS: Vamos ao que interessa. O primeiro marshmallow vai para... Elly!

Elly exalou profundamente, seu alívio notável ao pegar o marshmallow jogado em sua direção.

CHRIS: A seguir, marshmallows para Xander e Liam!

Os dois garotos assentiram e recolheram seus símbolos de segurança, suas expressões eram uma mistura de alívio e ansiedade.

CHRIS: E este é para Danny!

Danny pegou seu marshmallow com um sorriso, enquanto a mão de Forrest roçava sua testa, enxugando o suor induzido pelo estresse. Os olhos de Maya permaneceram colados em Chris, tentando prever o resultado.

CHRIS: Maya, você também está salva. Agora... Forrest, Sarah, é com vocês dois. Um marshmallow, dois campistas. Quem será?

A expressão de Sarah mudou para uma de desafio e Forrest parecia visivelmente abalado.

CHRIS: Sarah, você recebeu o maior número de votos esta noite.

Sarah se levantou, com um sorriso tingido de ironia, enquanto encarava seus colegas campistas.

SARAH: Sério, pessoal? Sério? Votar em mim quando todos sabem que tenho a Estatueta de Invencibilidade? Quanta burrice…

Com um floreio dramático, ela tirou a estatueta da jaqueta e jogou-a para Chris.

FORREST: Espere... você votou em mim? Por que?

SARAH: Ei, não olhe para mim. Eu apenas fiz o que me foi dito. — Ela gesticulou acusadoramente para Maya e Liam, que lutaram para conter seus sorrisos.

FORREST: Maya? Liam? O que está acontecendo?

MAYA: Desculpe, Forrest. Mas seu plano era um risco que eu não estava disposta a correr. Liam e eu decidimos jogar pelo seguro com Sarah, sabendo que ela usaria a estatueta esta noite. Dessa forma, seu plano de se livrar da estatueta funcionou, mas... não a seu favor.

SARAH: Você me usou como isca? Você vai se arrepender disso!

MAYA: Acho que aprendi com a melhor.

Os ombros de Forrest caíram à medida que a realidade de sua situação era absorvida, sua própria estratégia usada contra ele.

CHRIS: Foi mal, Forrest. Mas é hora de ir.

Forrest desceu os degraus da Casa na Árvore, sua partida marcando o fim de seu jogo.

XANDER: Isso foi brutal, cara. Vocês falaram pra Sarah e Elly votarem no Forrest?

LIAM: Ei, vocês nos deixaram de fora da última votação. Só retribuímos o favor. Além do mais, finalmente não vou ter que aturar mais os roncos dele no meio da noite.

Chris voltou-se para a câmera, seus olhos brilhando de excitação.

CHRIS: E aí está, pessoal! Mais uma noite de reviravoltas chocantes e estratégias de cair o queixo! O que esses campistas vão inventar no próximo capítulo? Não perca um único momento! Fique ligado para mais reviravoltas e drama aqui mesmo em Drama Total em Dose Dupla!