Drama Total Sela Gineta

Tanto Poder Para Um Homem Só


O dia amanhece com uma chuva fraca, as Tartarugas se encontram no seu antigo abrigo que não usavam desde que eliminaram Nicolas, estava um pouco torto por isso. Os três meninos estavam lado a lado dormindo e mantendo seus corpos um pouco mais aquecidos uns pelos outros, já Darlene apesar de ter cochilado um pouco estava de pé observando aquilo enquanto mexia em sua ruga.

Confessionário On

Darlene – Eu não estou de mal por Luke ter eliminado Clyde, estou de mal porque ele me traiu e nem quis falar nada sobre! Eu fiz nada além de tratar ele super bem esses tempos e ele me retribui chutando o balde na minha cabeça?! Lucas, você vai me pagar, todos os três! – Fala irritada.

Luke então acorda e percebe Darlene olhando para ele e vira para o outro lado com uma expressão de preocupação.

Um tempo depois, estão indo para o refeitório Luke, Sam e Valdemiro.

Sam – A Darlene tá tão quieta, só fala se a gente falar com ela, isso é algo chocante, visto que não cala a boca.

Valdemiro – Luke, você não falou com ela, não é?

Luke – Eu... não sei que palavras usar.

Valdemiro – Muito grato por ter me salvado, mas também não gostaria de ser enganado por alguém da minha aliança sem nenhum tipo de aviso. Você deveria conversar com ela – Ele olha para o loiro que estava olhando para o chão e parece estar refletindo.

Luke – Quando ela aparecer no refeitório eu falo então.

Sam – Você conseguiu calar ela, fizemos bem em te manter mesmo – Valdemiro olhava para ele e depois virava a cara para Luke e ele pareceu ter alguma reação sobre o comentário, que Valdemiro não sabia se era algo ruim.

Os três entram silenciosamente no refeitório e se deparam somente com Gorete lá, já fazendo sua refeição.

Valdemiro – Cadê as meninas?

Gorete – Ih, dormindo que nem pedra, elas tavam muito acabadas, tadinhas.

Valdemiro – Vão pular refeição importante?

Gorete – Elas têm corpo de modelo, né, devem estar acostumadas – Gorete dá uma garfada e logo põe na boca.

Luke – E cadê o Patamon?

Gorete – Esse aí só Deus sabe dizer... ou as câmeras.

Voltando para o lado feminino da cabana, Shermy e Sully dormem enquanto a porta se abre devagar. Patamon entra no recinto sem fazer barulho algum e pega uma presilha lilás que está na mesinha ao lado da cama que Shermy se encontrava.

Confessionário On

Patamon – Eu estava vendo a Shermy com isso tem uns dias, irei fazer... algo – Ele olha para a câmera firmemente e depois volta a olha para a presilha. – O que farei deve demorar um pouco a chegar a vir, porque ela não deve ligar muito para esse item, mas quando chegar eu vou estar satisfeito.

Patamon então sai do quarto e ninguém ficaria sabendo que ele já esteve lá.

Darlene chega no refeitório, enquanto os meninos estão colocando a comida em seus pratos. Ela também põe, mas em vez de sentar com eles na mesa das Tartarugas vai em direção de Gorete.

Darlene – Oi, minha querida.

Gorete – Oi, senhora. A senhora vai sentar aí?

Darlene – Não poderia deixar uma jovem tão bonita comendo só! – Gorete sorri. Então elas começam a conversar sobre experiências de cada uma.

Umas horas mais tarde no mesmo dia, Darlene e Gorete estão agora em umas pedras na floresta, falando sobre seus companheiros de equipe.

Gorete – Sério, a Sully é uma p** no c* as vezes.

Darlene – Ela parece ser, mesmo.

Gorete – Eu pensava que ela era a pior da equipe, até o menino maluco surtar porque eliminamos a Isis. Era pra ter sido ele.

Darlene – Se você me der a liberdade, eu gostaria de falar que eu entendo ele. Não votei para eliminar Clyde ontem e estou meio perdida por isso.

Gorete – Eu também entendo ser enganada, já fui aqui, mas não precisa agir que nem uma criança de cinco anos.

Darlene – Ah, ele é muito jovem, não deve ter experiência, além do mais já deve ter passado por umas coisas para ser tão estranho assim, ainda mais ainda que tem o fato de por ser gay ter ainda mais experiências diferentes.

Gorete – Gay?

Darlene – Vai me dizer que não percebeu os trejeitos?

Gorete – Nossa... não mesmo.

Darlene – Luke também é, mas esse nem parece tentar enganar.

Gorete – Nossa como não percebi isso antes?

Confessionário On

Gorete – Eu AMO os gays! Sou a maior simpatizante que eu conheço, milito pelos direitos deles sempre que posso e estou realmente chocada de não ter percebido que tinha aqui. Tenho que representar as minhas amigas bichas e o que mais representaria se não um romance de descoberta gay adolescente em um reality show? Não sei como vou fazer, mas sei que tenho que fazer! – Ela bate a mão uma na outra e suas pulseiras fazem barulho.

Gorete – Mas me conta mais sobre ele – Ela fala depois de um tempo pensando.

Darlene – Ah o Luke era um menino muito doce, sempre me obedecia. É bem quieto, tímido, não tem jeito nenhum com as pessoas, mas ainda assim era doce. Só que ele me traiu! Depois de eu dar a mão e acolher ele, colocar ele na minha aliança... – Ela soava brava e dramática, mas deu uma pausa e falou de uma forma mais calma. – Agora não sei o que será da gente.

Gorete – Ele parece com o Patamon, tirando completamente a parte da doçura. Será que eles sabem um do outro? Nunca vi eles conversando.

Darlene – Nem eu, mas acho que eles devem se entender bem, assim como nós!

Gorete – Fatos!

Não tão longe dali Patamon aborda Luke.

Patamon – Oi, onde você tá indo?

Luke – Ah, você apareceu, não comeu hoje?

Patamon – Sem fome.

Luke – Eu tô atrás do Val, ele falou que ia me mostrar uma coisa, mas era surpresa, doido pra saber o que é.

Patamon – Ah. Queria te agradecer... pelo totem que você me deu, acho que ele me ajudou em meu objetivo.

Luke – Ai, fico muito feliz! – O menino sorri genuinamente – Acho que ele te deu sorte mesmo, você perdeu dois desafios e venceu ao tocar nele, talvez precise dele de volta.

Patamon – NÃO! – Um trovão baixo se ouvia em algum lugar perto dali. – Ele realmente está confortando meu coração depois de tanto tempo, você não tiraria isso de mim, não é?

Luke – Ah, tudo bem, então.

Patamon – Aliás, tenho que te falar sobre esse Valdemiro. Ele está te usando.

Luke – Ué! Como assim? – Luke não esperava essa abordagem tão direta.

Patamon – Ouvi uma conversa com o menino do cabelo azul, eles cogitaram até te eliminar.

Luke – Gente? Eu sei que você não mentiria para mim, né?

Patamon – Não.

Luke – Eu... esperava isso do Sam, mas até o Val?

Patamon – Ele falou que você só está se iludindo com ele e não vai ser ele que vai te avisar disso. Eu como um ótimo companheiro quero lhe avisar e se você quiser bolar um plano de vingança, paro tudo que estou fazendo e...

Luke – Pera aí, vingança? Não podemos ir longe. Não falei nem com Darlene ainda e agora isso caindo com uma bomba. Ai... – Patamon coloca sua mão no ombro do rapaz e eles olham um para o outro.

Patamon – Não fique para baixo, eu estou com você – Pela primeira vez o garoto sorri, mesmo movendo só milímetros de sua boca. – Eu... – Luke o interrompe.

Luke – Eu tenho que falar com Valdemiro! Mas... muito obrigado por avisar! – Ele dá as costas e corre em busca do jovem.

Confessionário On

Patamon – O Luke é ainda pior que me parece, consegue ser pior do que eu, ele conseguiu desestabilizar a mulher da equipe dele eliminando o aliado deles e agora... me desestabilizou. Realmente não percebe o mal que faz naturalmente, sem esforço. Como isso pode não me deixar... apaixonado? – Parecia se arrepiar com suas próprias palavras, mesmo inexpressivo.

Luke então acha vestígios de pegadas na areia da praia e as segue, depois de uns minutos andando ele vê Valdemiro sentando perto de umas rochas na praia e ele não estava só.

Luke – Han?! – Soava surpreso. – Era isso que queria me mostrar? – Falava baixinho, para si mesmo.

Valdemiro estava com Shermy, eles estavam se engraçando um com outro, rindo e trocando toques, Luke via aquilo tudo sem ser notado.

Valdemiro – Conseguir sobreviver foi muito bom, os meninos foram show de bola comigo querendo me salvar.

Shermy – Luke e Sam?

Valdemiro – Isso, adoro eles.

Shermy – Então você ficou na berlinda, Val? – Luke se surpreendia de novo. – Não somos mesmo muito diferentes.

Confessionário On

Luke – Sou eu que chamo ele assim!

Shermy então toca na mão de Valdemiro mais uma vez e se olham, ele acaba retribuindo com um beijo e Shermy não o rejeita. Luke prefere não continuar olhando e dá de costas, saindo dali.

Confessionário On

Valdemiro – Eu e Shermy estamos se pegando tem uns três dias, mas resolvemos esconder isso de todo mundo. Não queria soar apaixonado, até porque não estou, mas estou gostando de conhecer ela.

Shermy – Valdemiro é um fofo, ele é um nerdzinho tão bonito, esse é meu ponto fraco. Não vim aqui para isso, mas o que me impede de dar umas bitoquinhas? Continuamos rivais depois disso, mas uma rivalidade muito saudável. Mas não se preocupem, nunca colocarei homem na frente do prêmio.

Luke então foi diretamente para o abrigo e não deu mais uma palavra com ninguém, ele não parecia triste, então ninguém decidiu abordá-lo também.

Mais tarde no mesmo dia, quase meia-noite. Uma luz de fogo se acendeu na floresta, bem ao fundo, perto da cabana, ela ficou mais alta e não demorou muito até se apagar. Depois de um tempo Patamon veio andando para o lado masculino da sua cabana e enfim foi para a cama.

Então o dia virou e todos tinham que se preparar para a prova que estava por vir. Sully foi a última a acordar novamente.

Sully – Bom dia! Nossa parece que dormi dois dias inteiros.

Shermy – Foi praticamente isso amiga – Respondia procurando alguma coisa.

Sully – Vamos logo ao banheiro, tenho que escovar os dentes e estou tão apertada.

Shermy – Amiga, você pegou a sua presilha de volta? Não estou achando em nenhum lugar.

Sully – Não peguei, mas não tem problema, eu tenho outras, posso te emprestar de novo.

Gorete – Meninas venham ver isso!

Christina – Olá a todos! Espero que tenham almoçado bem que vamos começar a próxima prova, aproveitando que o céu está aberto hoje – Ela descia do céu falando em seu megafone, dentro de um brinquedo colorido de ferro com três andares sendo trazido por dois helicópteros.

Sully – Almoçado? A gente realmente se perdeu no tempo.

Christina – Na prova de hoje, vocês irão entrar nesse labirinto de crianças e achar bolas douradas espalhadas dentro dele. A primeira equipe que achar quatro vence o desafio. Mas é o seguinte você achou uma bola, pegou e tem que sair do brinquedo para contar o ponto, e depois disso você não voltar mais, ou seja, todos da equipe devem achar.

Sully – Não.

Patamon – Sim.

Sully – NÃO! – Sully se vira para o rapaz. – Eu imploro!

Confessionário On

Sully – Eu estava tão maluca por estar dormindo mal, que já estou sentindo voltar aos meus eixos e pensar melhor no jogo, não queria ter que perder de novo, preciso me manter sã!

Patamon – A Sully não sabe que quanto mais ela implora com mais prazer contido eu fico? Muito obrigado, Christina.

Gorete – Oi Lukinho.

Luke – Oi... – Ele fala baixinho e depois de um tempo de silêncio puxa conversa. – Desculpa não sei qual seu nome é.

Gorete – Gorete!

Luke – Oi Gore.

Gorete – Seu cabelo é tão lindo – Mexia no cabelo dele e ele ouvia suas pulseiras ecoando em seus ouvidos.

Luke – Obrigado, o seu também.

Gorete então desviava sua atenção para Patamon que estava do lado de Sully e Shermy, mas ela via que seus olhos estavam virados em Luke, ao perceber que ela olhava para ele, Patamon no mesmo instante se virou firmemente para Christina.

Christina – Em suas marcas, preparar... valendo!

Todos os oito restantes correm para o brinquedo e lá dentro se separam. Sam percebe que Darlene está atrás dele e ele decide puxar assunto com ela.

Sam – Não tem nada para falar sobre seus filhos referente a brinquedos de parque de diversão?

Darlene – Tenho! Mas... foco na prova – Ela então desvia para o lado e deixa ele seguir só.

Gorete – Achei!

Darlene – Ah, eu vi primeiro – As duas se encontram num dos corredores do primeiro andar com uma bola dourada bem entre elas.

Gorete – Como você viu primeiro se acabou de dobrar aí? – Darlene em vez de responder pula rápido para pegar a bola, mas Gorete estava mais perto e consegue pôr as mãos primeiro – Desculpa, mas eu preciso disso.

Darlene – Eu preciso mais!

Gorete – Então vá achar outra.

Darlene – Volta aqui sua tampinha! – Sam via aquilo de longe.

Gorete então corre para um buraco que havia ali perto que levava a outro corredor, ela passa tranquilamente, mas Darlene ao seguir ela fica imprensada. Gorete segue em frente sem nem olhar pra trás.

Darlene – VOLTE AQUI! ESTOU PRESA! GORETE! SAM! ALGUÉM!

Confessionário On

Darlene – Eu tenho uma experiência TER-RÍ-VEL com lugares apertados. Quando era criança um de meus amigos na época me enrolou em um colchonete me jogou no chão e subiu em cima de mim e eu quase morri sem respirar, foi assim que adquiri esse medo. Mas claro que não deixei barato e quebrei o braço dele depois disso para ele aprender!

Sam – Calma, eu tô aqui – Ele empurra ela por trás e ao conseguir tirar ela do buraco ele passa também. – A mulher escapou, que pena, mas a gente tem outras seis bolas para pegar, melhor sermos espertos.

Darlene – Sim, muito obrigado, pudinzinho – Os dois se ajudam e continuam sua procura. – Eu não vou conseguir ir para os outros andares porque duvido que suba nessa rede e nem em um dos tobogãs.

Sam – Ah, não se preocupa – Ele aponta para uma piscina de bolinhas que aparece em seus caminhos. – Com certeza deve ter alguma aqui.

Darlene – Manda bala! – Ela se joga dentro e começa a procurar e Sam decide ajudá-la.

Gorete acaba saindo do labirinto comemorando sua conquista e se depara com Luke já do lado de fora.

Christina – Uma lebre achou a bola, temos um placar de um a um! – Falava em seu megafone.

Gorete – Você já achou mesmo?

Luke – Na piscina de bolinhas, foi a primeira coisa que eu vi.

Gorete – Que sorte, hein?

Luke – Sim.

Gorete – Sabe o que é mais sortudo?

Luke – O quê?

Gorete – Ter alguém que presta tanta atenção em você por aqui...

Luke – Você está falando do Val?

Gorete – O quê? Não! Estou falando do Patamon da minha equipe. Tenho visto ele de olho em você as vezes.

Luke – Ah, a gente é amigo.

Gorete – Mas você não acha que pode ter algo mais por aí. Ele é uma pessoa muito tímida mesmo, acho que se ele sentisse algo por você não falaria. E olha, conheço gays como a palma da minha mão, tanto que vim falar com você por isso! – Luke então para e pensa bem sobre.

Luke – Nunca parei pra pensar nele como algo além de um amigo.

Confessionário On

Luke – O Patamon realmente é muito fofo comigo, mas será que ele realmente sente algo? Tipo eu sempre achei ela tão misterioso e legal que nunca pensei que ele pudesse olhar para alguém como eu. Mas também pode ser só abobrinha dessa mulher.

Gorete – Acho que pode acabar dando certo, Miguel, meu best, essa é pra você que curte uns twinks! Aliás, o Patamon não ia querer entregar a prova? Porque ele não tá aqui fora também?

Dentro do brinquedo, no segundo andar, Sully conseguia subir na rede de escalada depois de muito esforço e ao ficar de pé na plataforma ela conseguia visualizar Patamon catando uma bola dourada do chão.

Sully – Ei! – Correndo em sua direção. – Você vai ajudar na prova?

Patamon – Ah, eu decidi que vou ajudar sim... as Tartarugas.

Sully – Para de ser irritante e me dá essa bola então.

Patamon – Você que não cansa de vir até mim, eu nem penso em você, garota! – Ele dá as costas e desce num tobogã e ela corre atrás dele também descendo. – Ei, você aí de cabelo azul. – Ele joga a bola dentro da piscina de bolinhas.

Darlene – Oba! Pegue, Sam, vamos!

Sam se dirige a onde a bola caiu e é surpreendido por Sully que entrou no lugar.

Sully – Eu preciso dessa bola!

Darlene – Todos nós! Sam, mais rápido, meu filho, bora!

Sam – Calma! – andava por meio das várias bolas coloridas que atingiam sua cintura.

Sully rapidamente pulava na piscina e pegava a bola.

Sully – Ahá! – Se virava e começava a sair da piscina, Sam agora estava atrás dela. Darlene via aquilo com olhar torto.

Confessionário On

Darlene – Não se pode confiar nos outros mesmo, eu faço o trabalho melhor.

Darlene tira sua bolsa debaixo de sua saia e simplesmente a joga na direção de Sully com toda força que tem. A garota é acertada em cheio e depois de um grito cai no chão. Sam consegue pegar a bola e sai correndo dali em direção a saída.

Patamon – Uau – Ele estava ali parado assistindo tudo sem expressões. – Belo arremesso.

Darlene – Ah isso é por causa do meu...

Sully – Isso é agressão!

Darlene – Não me interrompa.

Patamon sai dali e volta a subir para o segundo andar pela rede de escalada, Sully então em vez de discutir com Darlene, resolve ignorar a senhora e o segue rapidamente.

Confessionário On

Sully – Essa competição só tem lunáticos! Queria um desafio mais simples também, algo tipo quem consegue dormir por mais tempo, essa seria no papo.

No terceiro andar, Shermy e Valdemiro se encontram em uma espécie de ponte para os tobogãs do outro lado.

Valdemiro – E então, já achou algo?

Shermy – O que você acha?

Valdemiro – Acho que você está linda hoje, mesmo toda descabelada.

Shermy – Ah! Não conseguimos ir no banheiro, acordamos tarde. Nem os dentes escovamos.

Valdemiro – Vixe! Então vou ter que passar longe de você – Ele se esguia e atravessa a ponte da frente dela e ao se virar para os tobogãs, acha algo que não consegue conter. – A bola! Finalmente!

Shermy – O quê? – Ela se vira os dois olham para a bola e depois se olham. Logo após isso, correm o mais rápido que podem, mas Valdemiro que consegue pegá-la primeiro.

Christina – Sam conseguiu mais um ponto para as Tartarugas – Soltava no alto-falante.

Valdemiro – Parece que você vai para a cerimônia agora.

Shermy – Por favor! Não faz isso comigo, eu posso ser eliminada.

Mas o rapaz mal chegou a ouvir suas palavras e desceu no tobogã, ela vai atrás dele. Eles vão do terceiro para o segundo andar e então dele para o primeiro, mas antes de sair pela porta, Valdemiro para e Shermy logo após ele.

Valdemiro – Você não viu outra bola perto do tobogã no segundo andar?

Shermy – O quê?

Valdemiro – Volta lá! Vai achar – Ele então pisca para ela e continua a corrida para a saída.

Shermy então sobe pela rede pretendendo ir até o tobogã do segundo andar e encontra Patamon no caminho.

Patamon – Boa tarde, Shermy.

Shermy – Boa tarde...

Patamon – Você vai aceitar eu eliminar você depois de anular três votos em mim ou quer eliminar alguma de suas amiguinhas no lugar, tipo Gorete?

Shermy – Vou escolher a terceira opção de não querer papo no momento. Tenho outra preocupação. – Ela chega no tobogã pega a bola que estava em um local mais escondido e logo desce, ignorando Patamon que estava ali.

Confessionário On

Patamon – Acho que elas estão esquecendo que eu estou com um ídolo no meu bolso e nem tão se preocupando comigo, tenho que lembrar elas? As boas noites de sono danificaram suas memórias?

Shermy – Fico um pouco decepcionada comigo mesma por não ter visto aquela bola no segundo andar. E além do mais, Patamon continua me provocando, mas tenho que fingir que não dou bola, porque talvez ele para, né? Só sei que não queria ficar tanto a mercê dos outros assim, queria poder fazer mais as coisas com minhas próprias mãos.

Um tempo passa e Shermy saiu do labirinto com sua bola, sem expressões.

Gorete – Arrasou, garota!

Christina – Sendo assim são dois pontos para as Lebres, mas três pontos para as Tartarugas! As Tartarugas continuam na liderança.

Sam – Só falta a Darlene, talvez eu não deveria ter abandonado ela.

Darlene – E não falta mais! – Ela aparece na entrada do labirinto com sua bola em mãos toda sorridente, de peitos estufados.

Sam – Isso aí!

Christina – Tartarugas Insistentes vencem mais um desafio! – Eles comemoram e se dirigem a um local mais longe dali.

Darlene – E eu fiz isso sozinha! – A câmera então foca em Shermy, que ao perceber os closes afasta ela para trás.

Confessionário On

Darlene – Eu encontrei aquele Patomon na hora certa e ele simplesmente me deu a bola dourada que tinha achado, tenho certeza que foi por causa de meu carisma e talento manipulativo natural.

Sully – Consegui achar a última bola.

Patamon – É uma pena que tá tarde. E aí, decidiram o que vão fazer sobre... – Ele mexe em seu bolso e mais uma vez exibe o ídolo. – Isso? Em quem será que Patamon votará essa noite?

Sully então o fita com seu olhar.

Sully – Vamos meninas, temos que conversar a sós – As duas a acompanham, mas Gorete vira seu rosto para trás olhando para Patamon.

Confessionário On

Gorete – Se acha que vai ter sucesso fazendo tortura psicológica, você está... – Mantém uma pose confiante, mas logo depois murcha. – Certo. Ele não tem motivos pra não usar o seu ídolo e pode simplesmente jogar um voto em mim e me eliminar, ou as duas meninas podem votar juntas em mim por segurança, tenho que analisar bem tudo isso pra saber o que fazer.

Sully – Temos que manter nosso voto!

Shermy – Como assim? Deixar ele escolher a eliminada?

Gorete – Tanto poder para um homem só...

Sully – Não, tolinhas, temos que virar o feitiço contra o feiticeiro. Vamos fingir que caímos no papo dele e vamos jogar alvo umas nas outras para ele, ele vai ficar confortável e não vai jogar fora o ídolo dele.

Shermy – Tipo, eu e você dizemos que vamos em Gorete?

Sully – Isso e ela pode dizer que quer eliminar uma de nós por isso.

Gorete – Uau.

Shermy – Mas e se não der certo? E se ele usar mesmo assim?

Sully – Bem, é melhor a gente tentar isso do que só deixar ele escolher a eliminada de graça. Talvez a gente devesse diminuir o plano um pouco, para não soar forçado, só Gorete fala com ele sobre votar na gente e não confiar.

Shermy – Certo.

Gorete – Ok.

Confessionário On

Gorete – Ela é inteligente mesmo, não é?

Sully – Eu não gosto tanto da Gorete, mas esse garoto já me deu nos nervos! Se der para eliminar ele, que seja logo mesmo. Só espero que ela saia caso não dê certo, ela continua me incomodando um poquinho, mesmo com a aproximação.

Shermy – Esperar de dedos cruzados parece até perigoso, mas eu confio nas meninas, não quero destruir o que construí com elas agora. Já é tarde pro Patamon para mim.

Um tempo depois, minutos antes da cerimônia, Luke corre em direção a Patamon, que estava indo sozinho para a fogueira.

Luke – Pata! Ei! Espera!

Patamon – Oi.

Luke – Consegui te alcançar. É... não sei como falar isso tão bem...

Patamon – Se for sobre o... – Ele queria falar sobre seu ídolo, mas foi interrompido por Luke, que falou a frase a seguir tão rápido como se fosse um tiro.

Luke – Você gosta de mim?

Patamon – O quê?

Luke – Você... você me trata tão bem, é meu melhor amigo dessa ilha e pra ser sincero... o meu único amigo – Ambos começam a corar. – Por algum motivo não consegui te espantar e depois que reparei nos seus esforços para sempre conversar comigo, percebi que... que... gosto mais de você do que pensava. Mais que como amigo.

Patamon então fica chocado e mostra claramente em sua cara. Luke fica sem jeito e também se surpreende com tanta demonstração de emoção vinda do rapaz.

Patamon – Não... não sabia que você também não tinha amigos fora daqui – Ele engole em seco.

Luke – Talvez a gente seja mais parecido do que a gente acha.

Patamon – Sim...

Luke – Eu adoraria conhecer você melhor – Ele pega na mão dele e olha profundamente fixado nos olhos do garoto. – Se você quiser me conhecer também – Era nítido o nervosismo na sua voz.

Patamon – Se você não se importar que eu conheça...

Confessionário On

Patamon – Eu passei minha vida sendo transferido para diferentes orfanatos e depois em reformatórios, nunca tive muito sucesso com meu social porque as pessoas nunca estavam prontas para meu humor, sou uma pessoa... diferente, eu vi isso também em outra pessoa, em Luke, e tentei me aproximar dele. Ter toda essa atenção virada para mim de volta realmente me surpreendeu de uma forma que nunca imaginei. Talvez... talvez tenha que adiar meu plano de acabar com a humanidade.

Luke então sorri e se aproxima dele e os dois ficavam cada vez mais próximos e não demorou muito para encostarem seus lábios um no outro.

Eles param o beijo e Luke começa a falar com o rapaz, Patamon ficou tão perplexo na hora com a demonstração de afeto que para ele foi genuína, que ficou cego e surdo de repente, esqueceu tudo ao seu redor, incluindo Luke, estava pensando em várias coisas, como se estivesse em outra dimensão.

O loiro estava falando algumas coisas para ele e antes de voltar para a realidade, Patamon sentiu ele tocar em sua coxa, ele logo repreende o menino.

Patamon – Ca-calma aí! Eu tenho uma cerimônia da fogueira para ir! A... a... a gente se vê depois dela! – Ele então corre em direção ao local, Luke grita por ele, mas ele não dá ouvidos com vergonha. – Tantas emoções... – Fala baixo para si mesmo.

Cerimônia da Fogueira

Gorete – O que será que aconteceu? Eu não achei Patamon em nenhum lugar para executar o plano.

Shermy – Eu também não o vi mais depois do labirinto.

Sully – Acho que a gente deve votar nele mesmo assim.

Shermy – Sim.

Gorete – Claro – Ela fala parecendo nervosa.

Christina – Ali está ele! Passou da hora rapaz.

Patamon – Per-perdão.

Sully e Shermy logo se assustam.

Shermy – Por que você tá pedindo desculpas?

Sully – Por que você tá tão vermelho?

Patamon – Calem a matraca, vamos logo!

Todos vão votar e logo a Christina dá início a cerimônia.

Christina – Agora temos todos os votos, finalmente! Vou começar a distribuir os marshmallows. O primeiro vai para...

Patamon – Christina! Antes disso eu quero usar uma coisa... – Todas as meninas engolem em seco enquanto Patamon põe a mão no bolso que para a surpresa deles todos que estavam ali estava vazio.

Sully – Calma, isso deve ser algum tipo de pegadinha.

Shermy – Mais tortura psicológica?

Gorete – Não sei – Ela fala olhando para o rosto dele.

Patamon – Eu... ele... – Ele então começa a cair em si e lembra do que seu subconsciente ouviu enquanto ele viajava.

*FLASHBACK*

Patamon estava congelado enquanto Luke se afastava dele depois do beijo. Depois de uns segundos de silêncio Luke fala.

Luke – E então, eu queria saber se podia pegar meu totem novamente. Eu... sinto tanta falta de rezar para ele todas as noites. Depois eu te dou novamente, não se preocupe. É que eu estou numa onda boa de sorte, não queria que parasse – Fala já pegando o ídolo do bolso do menino. – Pata? Eu posso? – E então tira completamente do bolso dele.

E então ele sai do transe ao sentir algo se mover na sua coxa. Parecia muito nervoso e sem jeito.

Patamon – Ca-calma aí! Eu... tenho uma cerimônia da fogueira para ir! A... a... a gente se vê depois dela!

*FIM DO FLASHBACK*

Patamon – Ele realmente faz tão mal sem nem perceber – E ele sorri e as meninas ali se espantam mais ainda. Dessa vez até Christina.

Christina – Bem, se não tem nada, vamos prosseguir. O primeiro marshmallow vai para Gorete.

Gorete então se levanta para recebê-lo.

Christina – O segundo vai para... Sully.

Sully continua preocupada, mesmo seu nome sendo citado.

Christina – Patamon, você foi votado por ser apontado como ridículo, maníaco e perturbador.

Patamon – Obrigado.

Christina – Shermy, você foi votada por ser apontada como... o melhor sonho a se destruir.

Shermy – Cristo.

Christina – E o último marshmallow vai para...

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Christina – Shermy!

Sully – Eba! – As duas comemoram novamente.

Gorete – Pera aí, o que aconteceu com seu ídolo?

Patamon – Eu... achei um novo – Ele se levanta e vai em direção ao cais da vergonha, mas de ir se vira. – Shermy, te desejo boa sorte, você vai precisar – Mas não entendem porque disse isso já que a queria eliminada.

Ele continua andando e a sua silhueta some da visão das meninas, que não o acompanharam no cais, e então o barco vai embora.

Christina – Ele realmente é assustador. Então é isso! Estamos no nosso top 7! Como será que as Lebres ficarão restando só três pessoas? Quais serão os impactos da eliminação de Patamon?

Sully – Provavelmente nenhum! – Ela ri com Shermy.

Christina – Descubra no próximo episódio de Drama... Total... Sela Gineta!