Amanhece em Nova Sadala. A Saiyajin de cabelos curtos e olhos negros, trajava um vestido de pele de animal. Ela se encontrava na cozinha, preparando o café da manhã. Seu nome era Bizuna. Após seu casamento simbólico com Giblet, oito anos atrás, ambos continuaram o processo de reflorestamento em Nova Sadala e agora era uma das terras mais produtivas do Universo. Giblet já se encontrava lá fora, aquecendo o motor de seu Zeppelin, com o qual desbravaria o espaço, em direção a Confederação de Comércio, onde Mercadores de Planetas, Agricultores e Comerciantes em Geral utilizavam como ponto de encontro para negócios. Ele utilizaria as guias de transporte rápido, assim como todos os outros.

De cabelos negros bagunçados, Giblet tinha traços típicos de Saiyajin e usava um tapa-olho preto no olho esquerdo. Vestindo armadura azul, ele a cobria com um manto vermelho. Sua perna direita era feita de pau, como a de um pirata. Ele olha para o horizonte além de sua casa, após calibrar o motor do Zeppelin e vê a à perder de vista plantação de trigo, que com tanto esforço, ele, sua mulher e seus dois filhos, cuidaram. Giblet obteria uma bom lucro com o que já estava levando para a Confederação. Eis que ele ouve o sinal de Bizuna, que indicava que o café já estava pronto:

— Giblet! Shallot! Venham tomar o café, meninos! - Bizuna retorna da escadaria para a cozinha, quando dois jovens Saiyajins descem a escada que dava acesso ao andar de cima correndo e se trombando

— Eu vou chegar primeiro! - Giblet Jr., idêntico ao seu irmão Shallot Jr., vestia malha vermelha - Você não vai me ganhar nessa, Shallot!!

— Ah, e como vou, irmão! - Shallot Jr., vestindo malha azul, empurra Giblet, quando ambos caem do último degrau, de cara no chão, até pararem perto de um par de botas pretas - O que essas botas fedorentas estão fazendo no caminho?

— Estão esperando você levantarem para tomar café... - Giblet, o pai, diz, olhando sério para os meninos - Hahahahaha! Andem logo, meninos! Sua mãe quer que todos estejamos a mesa na hora certa, se lembra?

— Que bom que lembrou, querido! - Bizuna lasca uma beijo da bochecha de Giblet, quando leva os pequenos até a mesa, onde viam-se bolos, biscoitos, pães e uma jarra bem grande de suco de laranja - Antes de começarmos o trabalho, precisamos nos alimentar, meninos! Ainda mais que seu pai não estará conosco hoje para nos ajudar!

— Então você vai ir mais uma vez para aquela tal Confederação de Comércio, né, papai? - Giblet Jr. indaga

— Sim, sim... e lá conseguirei dinheiro para armaduras novas, máquinas e peças para a nave! - Giblet responde, com um sorriso no rosto - Algum dia vocês também irão ir junto... - o Saiyajin para sua frase no meio, ao perceber uma presença diferente do lado de fora da casa - Ah, então você veio nos visitar, irmão? - Giblet olha em direção a porta, ao fundo do corredor

— É o tio Shallot, não é? - Shallot Jr. salta da cadeira, sendo seguido por Giblet Jr., os dois competindo pra ver quem chegava primeiro - Ele quer me abraçar primeiro!

— Não, sou eu quem ele quer abraçar, Shallot! - Giblet Jr. se lança em direção a porta, quando Shallot a abre e os dois pequenos caem em seus braços, como sempre - Olá, tio! É muito bom vê-lo novamente! Como andam as coisas lá no Paraíso?

— Andam muito bem, Giblet... Shallot! Meus dois garotos favoritos nesse mundo! - Shallot sorri, de longos cabelos e barba branca, como o ancião que vivera sua vida após a queda do Planeta Yamoshi, trajando armadura azul e capa caramelo, apoiado num cajado de madeira - Cadê seus pais? - uma auréola se encontrava no topo de sua cabeça

— Estamos aqui, Shallot-San! - Bizuna aponta na porta, seguindo até ele, o abraçando - Ande logo, Giblet-San! Seu irmão não vai esperar o dia todo!

— Bom, quando não estou treinando, tendo a me mover devagar, como bem sabe... - Giblet vinha mancando em sua perna de pau - Não fui agraciado com um corpo perfeito, hahahaha! Mas estou grato por essa nova oportunidade... - Giblet segue até o irmão, apertando sua mão, quando os dois se abraçam, dando tapinhas nas costas um do outro - Como andam as coisas, irmão?

— Vão bem! Vejo que os garotos ficaram mais fortes que da última vez! - Shallot responde, olhando para os pequenos, que tinham brilho nos olhos - Eles quase me derrubaram quando cheguei! A Vovó Uranai disse que tenho apenas trinta minutos dessa vez, então é melhor aproveitá-los, hehe...

— Vem, tio Shallot! Queremos mostrar pra você as técnicas novas que aprendemos! - Shallot Jr. sai correndo pela escadaria e desce o morro, com Giblet Jr. logo atrás. Bizuna acena que sim, quando Shallot e Giblet descem a escada calmamente e vão atrás do meninos

— Vejo que já estava de partida, irmão. - Shallot vê o Zeppelin soltando fumaça do motor - Fico feliz por Nova Sadala ter se tornado uma terra tão produtiva, mesmo depois de tudo o que ocorreu... - um silêncio se faz entre ambos, quando eles chegam a um terreno sólido e carpido, onde os dois pequenos entraram numa disputa de golpes, mostrando suas habilidades para o tio - Olha só, são exatamente iguais a como éramos quando pequenos!

— Você diz isso todas as vezes que vem nos ver, Shallot-San... - Giblet sorri, quando cai na gargalhada - Hahahahaha!! Pior que parecem e muito! Eles são os filhos que sempre sonhei em ter. Grande parte de eu poder estar aqui agora é por sua causa. Se fosse apenas por mim, acredito que eles não se importariam de me dar essa oportunidade, mas como somos um só, eles decidiram fazer a oferta para ambos e bem, deu no que deu...

— Eu não acredito nisso, como já te disse... - Shallot respira fundo e responde - Você fez o que fez, pois fora consumido pelo ódio que os deuses lhe infringiram. Você é só mais um dos personagens na grandiosa lenda dos guerreiros que se rebelaram contra os deuses. Acredito que eles entenderam isso e viram que merecia uma segunda chance. Só trataram de deixar vestígios, lembranças... - Shallot se refere a perna de pau e o tapa-olho - Para que se lembre do que foi e do que realmente deve ser...

— Você e suas palavras sábias, irmão... - o sol raia totalmente naquele planeta, iluminando os campos de trigo - Hahahahaha! Você devia escrever um livro! Os garotos adoram quando lemos livros ou contamos histórias. Você podia escrever uma história sobre tudo o que ocorreu... sobre a Batalha dos Deuses!

— Não é uma má ideia, papai! Mas agora o tio Shallot vai escolher quem é o mais forte primeiro! - Giblet Jr. atinge um socão no rosto do irmão, que revida com um mais forte direto no rosto dele - Vamos lá, tio! Quem é o mais forte?

— Eu sou o mais forte! Whaaaaaaargh! - Shallot imita a fúria de um urso e se lança sobre o pequenos, os derrubando ao chão, a rolarem de rir, quando Giblet da uma gargalhada - Eu já disse que não existe essa de mais forte, não disse? Existe aquele que busca conhecimento e o aperfeiçoa. Fazer isso dia após dia, é só isso que importa!

— Incrível! - os dois dizem em uníssono - Então é melhor continuarmos a treinar!

— Lembrem-se que vocês tem a noite para fazer isso! - Giblet diz, fazendo um cafuné na cabeça de ambos - Sua mãe irá precisar de ajuda para a colheita de hoje! - Giblet Jr. e Shallot Jr. fazem um sinal de joia, se despedindo de seu tio e correndo em direção ao morro, onde a casa deles ficava, com sua mãe a espera - São o maior presente que eu poderia ganhar...

— E como o são... - Shallot acena com a cabeça, com um sorriso de canto - Um dia desses eu esbarrei com Shiro. Ele já pagou pelos seus pecados e fora remanejado ao Paraíso... - ao dizer aquilo, Shallot vê uma expressão de surpresa no rosto do irmão - Eu disse que ia vir visitá-lo um dia desses e ele desejou felicidades para você e sua família!

— Ah, Shiro-San... - Giblet pega seu cachimbo no bolso da malha vermelha e o coloca na boca, acendendo e dando uma baforada de fumaça - Espero que ele continue no caminho certo e que eu possa visitá-lo em breve. Temos muito a conversar... - os dois ficam ali, por mais alguns minutos, até o tempo de Shallot se esgotar

Um portal brota no vácuo, próximo dos campos de trigo e Shallot entra por ele, sumindo de vista, após acenar para a família reunida perante seus olhos. Após a ida de Shallot, Giblet e seus filhos seguem até o Zeppelin, onde o Saiyajin partiria para a Confederação de Comércio. Como tradição, os quatro faziam suas preces para que tudo desse certo no caminho que se seguiria. Numa roda, Bizuna, Giblet, Shallot Jr. e Giblet Jr., dobram os joelhos e levam as palmas das mãos unidas ao centro, fechando os olhos:

— Aquele que reside lá no alto... - Giblet murmura - Seja lá quem você for, abençoe-nos. Abençoe mais esse dia e mais essa chance de mudança. Que o caminho que trilharemos não seja de dor e morte e sim de paz e prosperidade. Que assim seja...

— Que assim seja... - Bizuna e seus filhos complementam, quando se levantam e se despedem de Giblet - Tome cuidado, meu amor! São tempos de Paz Comum, mas é sempre bom falar, não é?

— Pode deixar! - Giblet sobe a escada até a cabine - Pode vir, Yama-San!! - naquele momento, um papagaio verde com penas vermelhas e amarelas nas asas, voa até ele e pousa em seu ombro - Ansioso para nossa nova viagem?

— E como estou, "Saiyajin Apagado-San"... - o papagaio fala, dando uma bicada no cabelo de Giblet - E como estou...

E assim, após Giblet colocar seu chapéu de couro negro sob a cabeça, ele parte com seu Zeppelin, em direção a órbita do planta, onde o Guia de Transporte Rápido já estava ativado. Yama-San, o papagaio, tenta bicar seu cabelo, mas tudo o que bica é o seu chapéu. O silêncio se faz, quando o papagaio diz:

— Ainda anda contando aquelas histórias pros seus filhos, "Saiyajin Apagado-San"? - o papagaio retorce o pescoço e encara Giblet - Anda contando?

— Sim, eles adoram as histórias da Terceira Era de Heróis, a que nasceu com o Torneio do Poder e terminou com a criação do Mundo Definitivo... - Giblet sorri, movendo o timão do Zeppelin, ao guiá-lo até o Guia - Por falar neles, eles gravaram junto de Bizuna uma nova fita. É uma música que eles mesmo escreveram...

— Interessante, "Saiyajin Apagado-San"... - Yama retorce o pescoço e bica o chapéu novamente - Coloca pra tocar... eu também quero cantar... cantar!! - Giblet coloca a fita cassete no rádio de sua cabine, o qual comprara num comércio de rádios antigos na Confederação - Hum... interessante melodia!

Enquanto a música tocava, Giblet se lembrava de como seus filhos ficavam atentos ao ouvir suas histórias sobre a Terceira Era de Heróis, de como o Torneio do Poder ocorrera pela necessidade dos Magos Eternos de obter lutas dignas de se apostar. De como eles criaram o Novo Mundo por não estarem satisfeitos com o que tiveram e de como Goten, o Guerreiro da Profecia lutara até o fim contra os Magos, reunindo um exército e de como Trunks rompera o triunfo de Ragnar e do Deus Branco, partindo o Verdadeiro Mundo ao meio. A ascensão de Dr. Gero ocorrera anos depois, trazendo caos a todo o Multiverso, os ligando por uma falha nos planetas centrais, obrigando a todos mortais e deuses mais poderosos a se unirem em um grande batalha na Terra.

Número 17, que fora usado por Gero, obtivera a dádiva de Zeno e finalmente encontrara seu mestre, enquanto Ragnar, revelando ter bondade dentro de si, se sacrificou junto de Super Shenlong para derrotar Akira, aquele que geria as Hordas do Tempo. A história continuava com Uub, aquele que buscava pelas Esferas do Dragão, que se deparara com a ascensão dos Dark Namekuseijins, que queriam instaurar o Eixo de Ambo os Mundos, para colocar uma ordem no Multiverso. Para combater a maldade dos Nameku, ele viaja pelo espaço e junto de seu time de guerreiros, triunfa sobre o tirano Naraku, desferindo o Tiro Matador de Reis contra Vegeta, que tivera a maior luta de sua vida para dar fim a ameaça do Nemkuseijin Deus. Os deuses se isolam da humanidade e estava claro que isso não era bom, pois a estrutura daquele mundo dependia deles.

Os mortais queriam subir ao Domínio dos Deuses para reclamar tal ato. Eis que Zaiko e Goku, dois inseparáveis rivais, começam algo grande com Tanta, aquele que sobrevivera a Queda de Naraku. Junto de Shiro, Tanta cria uma Máquina do Tempo especial e trás guerreiros de eras passadas e futuras para uma missão, para coletar os materiais necessários para construir a Destruidora de Selos. Enfrentando a ameaça de Giblet, o traidor, o exército de Tanta perde muitos guerreiros no processo. O Mestre Doujin triunfa sobre Akira e eles finalmente criam a Destruidora e ascendem ao Domínio dos Deuses. Lá, os guerreiros mortais desafiam os deuses em grandiosas batalhas, até chegar a raiz de todo o mau, o Grande Arauto.

Son Goku, possuído pela Maldade de Akira, no final, era apenas uma distração para que o mundo acabasse em poeira, ao Daishinkan e Zarama colidirem seus punhos. Os Magos Eternos cumprem seu real papel e criam o Mundo Definitivo, que então é maculado pela Maldade, que agora se revelava por meio de Kabu. Kogeta, filho do Guerreiro da Profecia anterior, cumprindo sua última missão como o Lendário, destrói a Maldade e trás a paz ao mundo, se tornando um dos pilares vigiados pelo Deus sem nome. O mundo se encontrava em perfeito equilíbrio e a lenda da Terceira Era de Heróis chegava ao fim.

"É uma bela música, "Saiyajin Apagado-San"..." - Yama bica seu chapéu mais uma vez - "Podemos ouvir de novo?" - o papagaio indaga - "Por que está chorando, "Saiyajin Apagado-San"?"

"Por que é uma bela melodia, Yama-San..." - Giblet aperta o botão de play novamente, quando a música reinicia, tocada por instrumentos de cordas feitos por Bizuna, nas vozes de seus dois filhos - "Uma melodia que nos guia ao divino..."

"Essa é uma música que fizemos especialmente para você, papai!" - a voz de Giblet Jr. ecoa nos alto-falantes

"Sim, pois você é um dos caras mais legais desse mundo e é nosso herói!" - a voz de Shallot Jr. era a que soava agora

"Ok, meninos, vamos lá..." - a voz de Bizuna anuncia - "E um e dois... e um, dois, três..."

"Seu sorriso é tão resplandecente

Que deixou meu coração alegre

Me dê a mão para fugir dessa terrível escuridão..."

"Desde o dia em que eu te reencontrei

Me lembrei daquele lindo lugar

Que na minha infância era especial para mim..."

"Quero saber

Se comigo você quer vir dançar

Se me der a mão, eu te levarei

Por um caminho cheio de sombras e de luz!"

"Você pode até não perceber

Mas o meu coração se amarrou em você

Que precisa de alguém, pra te mostrar o amor... que o mundo te dá!!!"

"Meu alegre coração palpita, por um universo de esperança

Me dê a mão, a magia nos espera!

Vou te amar por toda minha vida

Vem comigo por este caminho...

Me dê a mão, pra fugir desta terrível escuridão..." - e assim, o Zeppelin de Giblet avança em direção a seu destino...

O desejo da humanidade por um mundo melhor se materializara e as Esferas do Dragão já não eram mais necessárias. O Mundo Definitivo duraria eternamente, no mais perfeito estado de paz!

FIM

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.