Charles nunca esquecia do cheiro do perfume de aloés que sua mãe sempre usava. Era ele quem o deixava num estado de calma e sedação. Nunca teve coragem de dizer o que o pai fazia e nem mesmo do amigo que lhe visitava. Para ele, isso iria preocupar ainda mais a mãe, que vivia atarefada.

— Mamãe, promete não me abandonar?

Depois de sua inesperada morte, apenas uma pessoa o acolheu daquela forma: Peter.

Peter não ligou para seus defeitos e nem para suas qualidades, apenas tratou Charles como qualquer ser humano deveria ser tratado: com amor.

Mas, onde está Peter?