Tava tudo indo muito bem até agora. Bem até demais...

POV Mariana.

Acho que aquela foi simplesmente a melhor noite da minha vida. E não precisa falar o porque né?! Eu levantei da cama cedo, e Steven ainda estava dormindo. Fiquei um tempo olhando pra ele. Nos meus 16 anos eu ainda não tinha me apaixonado, e isso porque eu sempre tive nojo das pessoas, mas eu tinha certeza que eu amava aquele cara. Ele era tão fofo, tão lindo, tão... Era tudo o que eu não conseguia ser. Fui tomar café e percebi que Larissa não estava em casa – se é que aquilo podia ser chamado de casa, pelo estado que estava uma pessoa confundiria aquilo com o lixão – e fiquei torcendo para ela estar com o Izzy, porque nele eu confiava. Comecei a arrumar a casa, quando alguém girou a maçaneta e entrou na casa.

- QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FAZENDO AXL? ESSA CASA NÃO É SUA. NÃO CUSTA VOCÊ BATER ANTES CARALHO. – gritei.

- Ah cala a boca vadia.

Nesse momento Larissa entrou em casa, e já olhou feio para Axl

- OLHA AQUI SEU MERDA, SÓ EU POSSO FALAR ASSIM COM ELA OK? – Ela disse.

- Que porra tá acontecendo aqui? – Steven disse, descendo as escadas.

- Pergunta pro seu amiguinho ai. – eu disse, em tom sarcástico.

Nós quatro começamos a discutir, até que eu gentilmente mandei todo mundo ficar quieto.

- CALEM A BOCA CARALHO. – gritei. – Axl, parou de ficar criando caso ok? O mínimo que você pode fazer é me respeitar.

Ele já ia responder quando Lari falou:

- Vem aqui Axl, eu quero falar com você.

Eu não sei o que aconteceu depois que os dois subiram para o quarto, só sei que um tempo depois – uns 5 minutos no máximo – Lari desceu as escadas gritando.

- VOCÊ É UM IMPRESTÁVEL AXL ROSE! SAI AGORA DA MINHA CASA! – Ela disse.

Steven me deu um beijo e saiu puxando o Axl até a saída. Fiquei sem entender, e quando olhei para Larissa, ela estava chorando.

- O que aconteceu Lari? – eu perguntei, abraçando-a.

- Aquele filho da puta simplesmente me deu um tapa na cara Mari. – ela disse entre soluços.

- O que?? Mas o que aconteceu?

Ela foi me contando tudo, e aos poucos ficou mais calma. Ela disse que o Axl bateu nela sim, mas porque ela tinha dado um tapa nele antes. Mesmo assim isso não diminuiu minha indignação. Eles estavam falando sobre Erin – a namorada do Axl. O que eu não tinha percebido até então é que eu fui a “amante” o tempo todo. Aquilo mexeu muito com meu emocional, mas eu não iria demonstrar fraqueza ali agora, tenho muito mais com o que me preocupar.

- Eu fui perguntar pra ele porque ele tinha ficado com você mesmo tendo namorada –ela começou a falar- e ele disse que aquilo não era da minha conta. Ai eu falei que como envolvia minha melhor amiga, era da minha conta sim, ai ele disse que foi porque te achou bonita e queria curtir um pouco. Eu não aguentei e meti a mão na cara dele, primeiro por ele ser um cafajeste e depois por ele ter brincado com vocês duas. Imagina se você tivesse se apaixonado por ele e...

- Eu não me apaixonei por ele. – interrompi.

- Não, mas se tivesse apaixonado seria uma merda total.

- É, mas não se preocupa com isso ok? Esquece essa merda toda e vamos falar de coisas importantes. COMO VÃO AS COISAS COM O IZZY? –eu gritei a última frase, ela se assustou e mandou eu calar a boca. Nós rimos e fomos almoçar.

Quando eu digo almoçar, eu quero dizer comer um sanduiche na lanchonete da esquina. Nós nos empanturramos de besteira, porque eu sinceramente amo fast food. Fomos andar pela cidade depois disso, e eu fiquei me perguntando onde é que aqueles 5 moravam. Lari já estava melhor, rindo atoa e fazendo brincadeiras. Imaginei que aquele fosse o efeito pós-izzy.

- O Izzy tá fazendo um bom trabalho né Lari? Tú não para de rir mano. – provoquei.

- Ah vai se foder menina – ela retrucou – senão eu começo a falar altas e boas aqui sobre você e o Steven.

Ficamos rindo com essa brincadeira boba por um bom tempo. A essa hora já tinha escurecido e eu não fazia ideia de onde estávamos.

- Lari? –perguntei

- O que foi?

- Você faz ideia de onde a gente tá?

- Não faço ideia. – ela respondeu.

Nesse momento uns caras barbudos viraram a esquina e correram atrás da gente, nós corremos o mais rápido que pudemos, mas no fim eles acabaram nos encurralando em um beco sem saída.

- Olha só, duas vadias rodando pela L.A a noite – o mais gordo disse – que que tú acha de uma festinha hein John?

Esse tal de John abriu um sorriso nada bonito de se ver e eles se aproximaram. Eram quatro no total, e mesmo que quiséssemos não iríamos conseguir fugir de todos.

- Fudeu a porra toda – sussurrei para Lari.

- É eu sei, mas fica calma ok? – Ela disse isso, mas o irônico é que estava muito mais nervosa que eu.

Nesse momento, alguém gritou do outro canto da rua.