Um conselho: se você não gosta de festa nunca conte sobre suas datas especiais para sua melhor amiga, porque ela vai espalhar pra todo mundo que estiver por perto.

POV. Mariana

Lari me puxou para seu quarto e me contou que o filho que ela carregava era na verdade do Slash. Bom, aquilo mudava absolutamente tudo e podia se tornar um problema.

- Lari, o Izzy não pode saber disso – eu disse.

- Eu não vou esconder isso dele.

- E como você acha que ele vai reagir com isso? E se fosse você no lugar dele?

Ela parou e suspirou.

- O Slash não vai ser pai agora Lari, - continuei – tu tem que entender isso. Ele tá concentrado na carreira e digamos que não tem bons hábitos, e dormir com uma prostituta diferente todo dia é um exemplo disso. O Izzy é mais responsável e tem a cabeça no lugar. Ele vai se sair melhor na função de pai.

- Tu tem razão Mari – ela pegou o envelope e guardou na sua gaveta, debaixo de tudo.

- Agora vamos ficar com os outros. Eu preciso rir um pouco.

Ela sorriu e nós saímos.

POV Axl

Começamos outra turnê e agora nosso ônibus estava indo para San Diego. Mari e Lari estavam ajudando bastante a banda com a agenda de shows e coisas do tipo. Isso porque nosso empresário era um filho da puta e passava o dia se drogando.

- Caralho Mari, sai de perto de mim com essa cobra – Steven gritou.

Mari estava com Nagini pendurada em seu pescoço, e Lari estava do seu lado. Slash ria feito bobo de Stev e Izzy, que foram parar o mais longe possível das meninas. Duff e eu estávamos tentando compor, mas com aquela bagunça toda era quase impossível.

- Calem a boca caralho! – Duff gritou.

- Tá nervosinha demais hein Duff? Isso é falta de sexo? – Lari respondeu.

Eu comecei a rir e ele mostrou o dedo.

- Mano, eu tô com fome – Mari disse, devolvendo Nagini para Slash.

- E quando tu não tá com fome Mari? – eu disse.

- Axl, não implica com ela, apesar de isso ser verdade – disse Stev, que levou um tapa de Mari em seguida – eu também tô com fome cara.

- Vamos parar em uma lanchonete então – Izzy disse.

Todos concordaram e eu fui avisar o motorista. Nós paramos em um lugar pacato, cerca de 10 minutos depois.

POV Mariana

- Lari, vem aqui comigo. Eu quero ver uma coisa

Nós havíamos acabado de comer e eu olhe para o lado de fora da janela. Quando passamos pelo estacionamento da lanchonete, haviam uns motoqueiros conversando e bebendo em um canto. Um deles segurava um cachorro de qualquer jeito, como se não se importasse. Eu observei o estacionamento e vi que eles ainda estavam lá.

- Aonde vamos? – Lari perguntou

- Ali fora. É rapidinho.

Os outros não pareceram notar que saímos, mas aquilo definitivamente não era importante.

- Que porra vocês estão fazendo com esse cachorro? – gritei.

- Algum problema vadia? Quer brincar também? – o cara que segurava o cachorro respondeu.

O bichinho sangrava e uivava de dor. Eu o tomei do homem e sai correndo.

- Corre Larissa! – gritei.

Ela voltou para a lanchonete e eu continuei correndo. Os caras ficaram parados por um tempo por causa do fator surpresa e isso me deu alguns metros de distância. O problema é que eles se tocaram que tinham motos e voltaram para pega-las.

- Merda – gritei.

Corri para a parte de trás da lanchonete e forcei a porta dos fundos, mas ela estava trancada. Joguei o cachorro por uma pequena janela e ele caiu em cima de um saco de farinha, que amorteceu a queda.

- Tu é muito idiota vadia – disse o outro homem – não tinha que ter se metido.

- Vocês são uns filhos da puta! Os três! Que porra, por que machucaram aquele cachorro?

- Ele comeu meu sanduiche – ouvir isso de um grandalhão é realmente hilário, e não pude conter o riso.

- Vocês são o tipo de pessoa que ainda vai para a cama da mamãe quando tem pesadelo não é? – eu disse, rindo.

- Ah, cala a boca vadia – o ruivo disse, metendo a mão na minha cara.

Eu levantei a cabeça, dei-lhe um chute – ai mesmo onde você está pensando – e tentei sair correndo, mas os outros dois me seguraram.

- Tu não vai a lugar nenhum vadia.

Steven e Slash chegaram correndo, seguidos de Axl, Duff, Izzy e Lari.

- Porra Mari, denovo? – Slash gritou – eu não aguento mais ter que te salvar.

Os três grandões perceberam que estavam em desvantagem, pegaram as motos e saíram dali o mais rápido que podiam.

- Tá tudo bem Mari? – Steven perguntou.

- Tá sim Stev – eu sorri.

- E por que tu se meteu em encrenca denovo menina? – disse Duff.

- Por causa dele – respondi, pegando o cachorro, que lambia meu rosto calorosamente.

- vamos voltar para o ônibus – Lari disse – vocês ainda tem um show para fazer.

6 meses depois

Aquele incidente na lanchonete no meio do nada parecia ter acontecido há anos atrás. O Guns estava fazendo seu último show, e então a turnê – que foi um sucesso – terminaria. A banda já era bastante conhecida nacionalmente, e a história de cada um deles também. O problema era que Lari e eu passamos a ser conhecidas – e odiadas – por muito mais pessoas – lê-se mulheres. Voltamos para L.A depois de um show em São Francisco, e Steven disse que precisava resolver uma coisa. Ele se despediu de todo mundo e saiu.

- Estranho isso, não? – eu disse.

- O que? – Lari fez-se de desentendida. Ela estava enorme, e parecia ter engolido uma melancia. Eu me perguntava todos os dias quantos bebês haviam naquela barriga. Lari fez uma cara de quem acabou de ver um fantasma quando eu lhe disse isso. Eu sorri, e disse que estava brincando.

- O Steven Lari. Ele tá estranho...

- Não t-tá não Mari, você tá vendo coisas.

Ela forçou um sorriso e foi para seu quarto. Ok, aquilo tava ficando bem estranho. Fui para a sala onde além dos quatro da banda estavam Milena e Lílian.

- Alguém notou alguma coisa de diferente com o Steven? – perguntei.

Eles me olharam assustados.

- Ele tá normal Mari – disse Duff.

Eles voltaram a conversar como se eu não estivesse ali, e dava para ver que estavam tensos. Que porra estava rolando?

- Mari, vamos na loja de coisas de bebês? Ainda falta algumas coisas para comprar.

Eu assenti e nós fomos até a loja, que ficava a duas quadras dali.

- O quê que tu acha desse macacão aqui Mari? – disse Lari, enquanto segurava um macacão de tricô amarelo.

- É lindo, mas não seria mais fácil ter perguntado ao médico qual o sexo do bebê?

- O Izzy pediu para esperarmos o pequeno nascer para descobrirmos – disse ela, sorrindo.

Passamos o resto da tarde naquilo, e por volta das 7hs voltamos para o apartamento.

- Tá vazio? – eu olhei ao redor confusa. Aquele apartamento nunca ficava vazio, e aquilo era mais uma coisa para completar um dia totalmente esquisito – cadê todo mundo Lari?

- Devem estar no Rainbow – ela respondeu, despreocupadamente – vem me ajudar a guardar isso tudo.

Eu a encarei e ela deu de ombros. Resolvi deixar para lá e subi as escadas carregando as sacolas. Então o telefone tocou.

- Deixa que eu atendo – disse Lari. Ela passou por mim muito rápido, e agarrou aquele telefone como se ele fosse sair correndo.

- Vem Mari, vamos sair – Lari disse, alguns minutos depois.

- Para onde?

- Você vai ver.

Ela me puxou pelo braço e fomos até um restaurante, onde todo mundo estava. Quando nós entramos eles começaram a cantar Parabéns. Sim, era meu aniversário, e eu estava prestes a matar Larissa por ter contado isso a eles.

- Ah que droga Larissa! Porque tu disse isso pra eles? – eu disse, vermelha.

- Tu merece Mari – ela respondeu, me entregando uma caixa – feliz aniversário!

Eu a abracei e desembrulhei a caixa. Havia um álbum de fotos preto, e comecei a folhea-lo. Havia muitas fotos minhas e da Lari, desde quando éramos pequenas. Aquilo fez lágrimas escorrerem involuntariamente, e eu tive que ser rápida para ninguém perceber que eu estava chorando. Lari me abraçou denovo e Slash se aproximou.

- Ei Mari, parabéns! – disse ele me entregando um pacote. Eu agradeci e o abracei.

Abri o pacote e vi uma camiseta preta com “I love snakes” escrito com tachinhas.

- Obrigada Slash!

- Eu sei que tu gosta de cobras – ele abaixou o tom de voz – em ambos os sentidos.

Eu dei-lhe um tapa e comecei a rir. Duff e Milena me abraçaram e entregaram uma sacola.

- Espero que goste – Duff disse, sorrindo.

- Mari, eu sei que a gente nunca se deu bem – Milena falou – mas acho que tá na hora de recomeçar.

Eu assenti e abri a sacola. Haviam dois livros de suspense e um que falava sobre um apocalipse zumbi. Eu sorri (eram meus temas favoritos) e agradeci.

- É minha vez agora – disse Izzy – tu quase matou minha mulher, e eu confesso que te odiava mais que tudo por isso. Mas deu pra ver que tu é importante, não só pra Lari, mas pra todo mundo aqui. Enfim Mari, feliz aniversário.

Ele me abraçou e bagunçou meu cabelo. Eu sorri, e ele me entregou uma caixa, onde haviam vários discos que completavam boa parte da minha coleção.

- Ah, valeu Izzy! – exclamei

Ele sorriu e Axl o puxou.

- Tu não vai escapar de mim não Mari – ele disse, com um sorriso travesso – feliz aniversário, e faça bom uso disso.

Agradeci e desfiz o laço do pacote. Puxei o que havia lá dentro e fiquei vermelha de vergonha denovo.

- Que porra Axl – eu disse.

Ele puxou o pacote da minha mão e estendeu uma lingerie preta com renda para todo mundo ver. Eu tentei tomar da mão dele, mas ele estendeu o braço, tirando o pacote do meu alcance.

- Acho que o Stev vai gostar – alguém gritou.

Todos riram e Lílian parou do meu lado.

- Deixa de ser chato Axl – ela disse, tomando-lhe a lingerie – parabéns Mari! Felicidades!

Ela me abraçou e me deu um envelope. Havia duas passagens para o Caribe e um papel, onde estava escrito que eu teria direito a cinco dias de estadia com um acompanhante.

Meus olhos brilharam quando eu vi aquilo, eu pulei no pescoço dela e a agradeci.

- Só falta eu né? – Disse Steven, sorrindo.

Ele parou na minha frente e olhou nos meus olhos.

- Sabe Mari, eu sinceramente achava que nunca poderia me apaixonar por alguém. Pra mim o amor fazia as pessoas perderem as suas metas e passarem a viver pensando em dois. Na minha cabeça isso era muito errado. Ai tu apareceu. Eu não queria admitir, mas tu foi a primeira a conseguir mudar meu modo de pensar, e agora tu é uma parte de mim – todo mundo já estava calado, só ouvindo o que Stev dizia – eu passei semanas tentando escolher o presente perfeito para você. Só que ai eu percebi que o melhor presente de todos seria ter você pra sempre do meu lado. Enfim Mari – ele se ajoelhou e pegou uma caixinha no bolso. Meu coração quase foi parar na boca quando ele fez isso – casa comigo?

Todos começaram a gritar e aplaudir depois que eu disse sim. Eu estava realmente muito feliz naquele momento. Steven colocou o anel no meu dedo e me beijou. Eu olhei para Lari e vi que ela parou de sorrir do nada, e pareceu desorientada.

- Tá tudo bem Lari? – perguntei.

- Eu não queria estragar a alegria dos pombinhos – ela deu um grito – mas eu acho que tem alguém aqui querendo nascer.

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Gente, sabe o presente do Axl? poisé, eu imaginei alguma coisa tipo assim: (eu achei a foto, e eu tinha que compartilhar com vocês)

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Sexy demais não? -v-