Existem várias histórias no mundo, de amar e ser amado, alguns clichês, mas eu realmente não consigo acreditar nelas.

Eu era uma das cem garotas mais desejadas de onde eu vim, tive alguns namorados e namoradas. Isso nunca me fez ver o que era realmente o amor,que todos falam e escrevem.Não consigo me imaginar chorando demasiadamente por alguém ou tendo que passar o dia todo pensando em alguém em especial.

Talvez seja porque eu sempre fui muito individualista ou porque eu tenho problemas, ainda não sei. Deixo essa tarefa para os outros,uns dizem que sou louca,outros dizem que isso apenas uma fase,que vai passar quando eu encontrar a pessoa certa.Mas a questão é: Quem seria essa pessoa certa?Seria um homem ou uma mulher?Baixo ou alto?Gordo ou magro?Príncipe ou mendigo?Eu particularmente tenho minha própria tese sobre isso: Essa pessoa pode simplesmente não existir, afinal nossa vida não é um clipe da Taylor Swift, como já dizia Emily.

Não que eu realmente procure, mas, eu não sei se quero encontrar essa pessoa certa e provavelmente me tornar dependente da mesma, viver uma vida sem liberdade alguma, por causa de uma simples pessoa, não me parece bom. Porque não é.

Viver de internato a internato, te faz pensar nessas coisas ou te enlouquece, isso depende de você. Eu já havia passado por alguns...treze ou quinze.Eu pendia a conta depois que eu voltei da França.

Eu sempre era expulsa por algum motivo besta, como, queimar a tapeçaria persa do saguão principal ou fornecer bebida alcoólica para a professora, que depois de bêbada se deu um tiro na boca, como se a culpa fosse minha que a vida dela era um inferno. A culpa também não foi minha,do garoto francês que eu não sei pronunciar o nome,ter ficado bêbado e tentado ter relações carnais com o professor de física...Se eles querem tanto a um culpado,culpem a Al-qaeda ou sei lá...o maldito amor.Eu só sou filha de um empresário viciado.

Culpados aparte,o meu mais novo “lar” – nem tanto,eu já estou aqui á um ano – é a Morrison’s Academy,que fica no interior de Bristol – minha “terra natal”.É uma dos melhores colégios internos do país ,considerando o fato de ser só para garotas e ficar próximo do maior centro de viadagem do país a Dollar Academy...Sim,o nome da escola é Dollar.

– Srta Fabray,poderia repetir o que acabei de falar? – Pedi a professora de história,interrompendo minha linha de pensamento.Terri Shuester,era uma mulher alta,loira e com uma expressão psicótica.À boatos que ela matou o marido dela e mandou entalhar o corpo.

– Creio que não,Sr.Shuester. – Eu disse simples.Ao contrario dos outros,eu não tenho medo dela,só acho ela sinistra,mas medo eu não tenho.

– Quinn,eu entendo que a sua vida não é das melhores e que você prefere viver em seu “Casulo poético” e ler Bukowski ao invés de Jane Austen,mas história iria te ajudar algum dia no seu futuro sombrio e problemático.Por favor,preste mais atenção. – Eu fiquei sem reação,tentando encontrar o insulto na frase ou algo que fizesse sentido.

Olhei para o lado e vi Naomi e Santana,abafando o riso.Olhei feio para as duas,mas ela ignoraram e continuavam a abafar o riso,infantis...

Naomi e Santana eram tipo,melhores amigas pra mim,me zoava,mas me apoiavam ao mesmo tempo e também um defendia a outra

Depois de algum tempo o sinal bateu e todas guardaram seu material em silencio.Me levantei de minha carteira e fui em direção a porta,onde Naomi me esperava,já que Santana não teria a próxima aula conosco.

– Então...Como é a vida em seu casulo poético? – Naomi pediu enquanto íamos para a sala de literatura.

– Um lugar lindo e bem longe de seus gemidos estranho,Naomes. – Eu disse e ela riu.

– Eu vou considerar isso um elogio,ok?

– Considere o que quiser,só estou dizendo a verdade. – Eu disse levantando as mãos pra cima em sinal de rendição.

– O que vai fazer mais tarde? – Naomi pediu assim que nos sentamos em nossos lugares na sala.

– O que eu faço todo dia... – Disse dando de ombros.

– Você não se cansa daquela biblioteca?

– Não...Eu ainda tenho que ler os livros de magia negra.

– Quer matar minha cunhadinha,pois eu ajudo. – Disse Naomi.

– Não quero matar ninguém,eu já queimei um tapeçaria persa,isso não seria justo.

Jesse chegou e começou dar a sua aula normalmente,era a única que eu realmente prestava atenção,literatura e inglês,porque a Srta.Rhodes, sempre da suas aulas bêbada e é hilário.E eu gosto de literatura pelo fato de ter o sonho de consumo de qualquer garota em minha frente,eu tenho uma quedinha por Jesse,mas gosto de ter ele como amigo,seus conselhos são bons e sempre me ajudam,na medida do possível.


(...)



As aulas já tinham acabado – graças aos céus! – e eu também tinha terminado minha detenção permanente na biblioteca, o que eu só queria agora era se jogar na minha cama e dormir o resto da minha vida. Mas isso não seria possível,com minhas coleguinhas não me deixariam,não essa noite.



– Vocês vão fazer algo não é? – Eu pedi saindo do banheiro, encontrando as duas no maior amasso. Eu já estava de pijama,pronta para dormir - Deus!É claro que vocês vão


Fazer algo.

– Podemos deixar para outro dia Q. – Disse Emily, corada.

– Não... Não faria isso com Naomi. – Fui até nossa estante de livros e peguei meu exemplar de Hell's Angels e meu ipod e sai do quarto. Fui até a sala de convivência.E me sentei em uma de suas poltronas confortáveis e comecei ler meu livro,já que conhecendo,aquelas duas,o que ela iram fazer lá demoraria um bom tempo.