Don't Be Afraid
Late?
Estava sendo necessário manter Chris dopado para ele não tentar fugir e ir atrás de Eva, nos leves momentos que não estava tão chapado ele ficava sussurrando “Eva, Eva” sem parar... Nenhum dos dois estava em boas condições. A policia continuava a investigar o caso e enquanto não a encontravam deixavam várias pessoas desesperadas. Uma enfermeira entrou para aplicar a dose diária do sedativo de Chris quando ele segurou seu pulso com força.
– Eva? Você a viu? Ela falou com você? Eu sinto tanto a falta dela... – Ele começou a chorar por ainda restarem vestígios da última dose de seu remédio.
– Sinto muito senhor Deleo, mas a policia ainda não encontrou nada. – Ela disse começando a aplicar o remédio.
– Ela está machucada... Precisam encontrá-la rápido. – Disse em um tom distraído.
***
Jamie se aproximou lentamente de Eva amarrada em sua mesa e beijou seu pescoço.
– Acho podemos tratar de seus ferimentos na mão se me prometer não tentar fugir... Agora que está mais forte tenho que tomar minhas precauções. – Ela bufou indignada e ele sorriu acariciando o rosto dela. De repente a porta foi arrebentada e vários policias armados entraram no local.
– Policia! Parado! – Eles gritaram e Eva deu graças por ainda estar vida.
– Você está cercado! Não tem como sair! – Outro policial disse, ele soltou Eva e entrou em um carro preto que até então Eva nem notara no galpão, alguns disparos foram feitos e ele saiu arrebentando as paredes de madeira passando em cima de qualquer um que se atrevesse ficar na frente.
– Não é assim que essa história termina! Não é assim que eu planejei! – Ele a encarou no banco de trás, tão fraca e frágil que estava apenas jogada no banco... Ele estava realmente impressionado, agora parecia fraca, agora parecia frágil... Mas ela estava aguentando os choques e as torturas a muito tempo...
***
– Eva! – Chris gritava desesperado. – Tragam a minha Eva! – Implorava para os médicos e enfermeiros. – Eva! – Gritou mais alto tentando se levantar forçando eles a aumentarem a dose e fazendo-o dormir.
– Se eu tivesse um homem que me amasse com pelo menos metade desse amor eu não ficaria por aí dando bola para doutores novatos.
– Você pega o bonde andando e ainda quer lugar na janela? – A outra enfermeira disse revoltada. – Nem te conto! Foi o doutor que estava todo assanhado para cima dela! De primeira ela não aceitou sair com ele, mas então ele a convenceu! Estão dizendo que até se beijaram lá no telhado! – Comentou fazendo a outra rir.
– Só me diz uma coisa: O que essa Eva tem que eu não tenho? – A enfermeira perguntou revoltada.
– Quer a lista em ordem alfabética ou cronológica? – A piada só rendeu uma cara feia da colega de serviço.
– Não teve a menor graça.
***
Ele parou o carro em no meio de uma mata e desceu abrindo o porta-malas voltou e amarrou as mãos e os tornozelos de Eva.
– Se você não vai ser minha... Não vai ser de mais ninguém! – Disse começando a cavar, ela se desesperou dentro do carro, ele havia bloqueado a porta, ela só podia ser aberta por fora. De longe conseguiu ouvir alguns cães e rezou para ser a policia.
Jamie abriu a porta para pegá-la, Eva se debateu tentando correr, ele deu-lhe um tapa na cara e a jogou dentro do buraco, rapidamente começou a jogar a terra por cima. O desespero e a vontade de viver eram tão grandes que ela tentada levantar mesmo com a terra vindo em direção ao seu rosto, então a pá que ele usava acertou sua cabeça e a deixou desacordada. Rapidamente ele voltou a jogar terra sobre ela.
– Eu te amo minha Eva... – Dizia enquanto jogava a terra sobre ela...
***
Mesmo desacordado e sob efeito de remédios fortes Chris se debatia aflito. Ele queria algo. Uma enfermeira entrou no quarto e se assustou com a violência que ele se debatia. Ela correu para fora e chamou um médico.
– O que faremos com você rapaz? Se aumentarmos a dose podemos te matar... – Ele encarou Chris, ainda com os olhos fechados ele gritou em desespero:
– Eva! – O doutor segurou seus braços e pediu a enfermeira que tentasse conter as pernas. Logo já haviam mais umas duas pessoas tentando segurá-lo...
***
Após enterrar Eva por completo Jamie se ajoelhou retirando uma arma da cintura, colocou-a na boca e se preparou para atirar...
Tudo que se ouviu foi um disparado...
(pausa dramática... minuto de silêncio. Se desesperem!)
A arma de Jamie foi ao chão e ele segurou a mão empapada de sangue. Um policial conseguira encontrá-los e a uma distância incrível conseguira acertar um tiro na mão de Jamie antes que ele puxasse o gatilho. Outros policiais seguiram o som e correram até o local, rapidamente algemaram Jamie e notaram a terra recém cavada, pegaram a pá e cavaram apressados e sem esperanças de encontrá-la viva... Quando acharam o corpo desacordado de Eva o puxaram para fora rápido, um dos policiais notou que ela ainda respirava.
– Ela está respirando! – Ele a pegou nos braços e seguiu para a viatura. – Abra a porta! – Pediu a um sargento que estava por perto.
– Acalme-se, novato, já chamamos a ambulância, estarão aqui em alguns minutos.
– Sargento eu não sou médico, mas eu sei que essa mulher não tem alguns minutos para esperar até que a ambulância chegue aqui. – O sargento revirou os olhos.
– É melhor se acalmar. – Disse para o policial que estava com Eva nos braços.
– Me desculpe sargento, mas eu não posso me acalmar. – Disse tirando o outro de sua frente e colocando Eva no banco do carona, deu a volta e arrancou levantando poeira... Quando parou no porta do trauma Eva não respirava, ele a pegou nos braços e correu com ela para dentro. – Ajuda! Eu preciso de ajuda! – Pediu ganhando a atenção de alguns médicos, incluindo Warren e Proctor.
– Eva? – Serena perguntou correndo até ela.
– Essa é..? – Proctor perguntou imitando os movimentos de Serena.
– Ela não está respirando. Precisa ser atendida. Rápido. – Disse deixando Eva em uma maca que fora trazida as pressas de encontro a ele...
Eles a levaram para uma sala e começaram com os cuidados...
Fale com o autor