Enquanto isso na Terra....

Uma jovem que estava andando e olhando atentamente as mais diversas lojas que haviam no centro de Rio Claro e, com um copo de milk shake de Sonho de Valsa na mão, ia se questionando as muitas mercadorias e seus preços em sua mente, a cada consumida que dava no sorvete, à saber se iria comprar alguma coisa ou não.

Ao adentrar em uma das lojas de roupas, começou a vasculhar algumas peças que estavam expostas ali na entrada. Enquanto olhava, uma lojista veio ao seu encontro.

— Olá. Posso te ajudar? - disse uma garota ao chegar perto da jovem

— Ah não, obrigada. Estou só olhando.... - olhava para o busto da atendente

— Tá bom então. Se precisar de ajuda, pode me chamar. Eu sou a-

— Daisy! - interrompeu a garota - Sim, eu sei. - Pode deixar. Se eu precisar de você, eu te chamo. - voltava sua atenção para as roupas

— Mas... C-como a senhora adivinhou? - perguntou Daisy admirada a Jovem

— Está escrito no seu crachá.. - olhou sorrindo a garota - E eu não adivinhei. Eu observei. - voltava para as diversas blusas no vestuário

A jovem era Priscila, uma grande fã e aprendiz das artes do mais brilhante detetive-concultor que já existiu - Sherlock Holmes. Priscila estudava suas técnicas dedutivas desde de pequena quando seu mais precioso estojo de canetas colecionáveis havia sido furtado ainda na sexta série. Seu pai havia dito que seu avô o conhecia e que se ela aprendesse suas técnicas, conseguiria muitas coisas em sua vida. Após saber quem realmente estava com suas canetas, se prontificou a estudá-lo, pois sabia que iria ajudá-la muito no futuro.

— Ahhh.... Sherlock Holmes. - disse Daisy a entendendo - Elementar, minha cara amiga. - sorriu

— É. Sou uma fã. - riu e saboreava o milkshake, vasculhando os monstruários - Estudo suas técnicas de dedução e lógica a muito tempo - adentrava mais a loja

— E é presente ou..

— Ah é pra mim mesmo - sorriu - Procuro algo mais rosa, lilás com alguns detalhes dourados...

— Hum. O que acha dessa?

— Ai eu não sei.... tem tantas idéias. - sorriu para Daisy

— Ah que pena. - desapontava Daisy - Então, qual é seu nome, meu bem? - ajudava Priscila a escolher o que levar

— Ah Priscila.

— Belo nome, Priscila.

— É, com licença. - ia em direção a um lindo conjunto de uma linda blusinha com uma saia que tinha achado bem no fundo da loja

— Claro. Fique a vontade.

Enquanto Priscila caminhava pelas vitrines, Daisy a seguia desconfiada querendo saber mais sobre aquela garota que, de algum modo, fazia seu coração bater mais forte e que aquele encontro não foi uma mera coincidência para deixarem friozinho em sua barriga. Ela não entendia como aquela garota simples e com um olhar encantador fazia e porque estava acontecendo isso com ela, mas tinha que compreender se isso era real.

— Puxa que loja grande vocês têm aqui, né? - ia em direção as peças que tinha visto - É enorme!!!

— Ah sim. É grande mesmo. - piscava e caminhava ao lado de sua mais nova "conhecida" - Então... quantos anos você tem?

— Tenho 21. E você? - sugava mais um pouco do seu milkshake - ao encontrar e olhar mais de perto o tal conjunto, o pegando para ver se ficava bom em seu corpo

— Ah, novinha. ^^ - responde Daisy - Tenho 27. Tá namorando? - debruçada em um dos mostradores a olhando sorridente. - Sabe... esse conjunto fica lindo em você.

— Ah não. Ainda não. - pensando, colocando a peça no seu corpo - Sério? Você acha???

— Sim, eu acho. E algum dia pensa em ter alguém, um companheiro ou companheira?

— Na verdade sim.

De repente, suas conversas foram interrompidas por um grande e forte barulho que havia sido ecoado de não muito longe dali.

— Que barulho foi esse? - preocupou-se Daisy - Será que foi muito grave? - olhou fortemente para Priscila

— Oh meu Deus, é alienígena! - espantou-se Priscila - E ela precisa de ajuda!

— Quê?? Como assim "ela"? Como sabe que-

Priscila não pensou duas vezes: foi logo em direção do ruído para averiguar o que ela tinha ouvido e se tinha mesmo acertado, ignorando a lojista.

— Ei! Volta aqui!!! - chamava Daisy pela sua nova amiga mas sem sucesso - Ai droga! Eu odeio isso!!! - foi rapidamente ao encontro de Priscila

Daisy não gostava quanto as pessoas a deixavam falando sozinha, mas "aquela" garota era especial e não podia deixar passar por causa desse pequeno detalhe.

Ao chegar no local, Priscila fica boquiaberta e acaba, acidentalmente, derrubando seu precioso milkshake da sua mão ao ver uma grande caixa azul da polícia em meio a uma multidão e com fumaça saindo de dentro da nave, bem no centro do Jardim Público.