Doces Conflitos
Capítulo 15 - Halloween - Parte ll
Bella Pov's
Em duas horas a casa já estava lotada, todos contagiados pelo ritmo da música.
Meu coração dançava junto com a música, batendo a mil. Joguei os braços para o alto e comecei a seguir o ritmo dele. Olho para o lado e vejo Yuno, apesar da delicada fantasia de Branca de Neve, ela agarrava-se com uma garota. Seus braços estavam entrelaçados e a tal garota puxou Yuno pela cintura, beijando-a com força. Sorrio. A festa iria render.
Sinto braços na minha cintura e alguém me abraça por trás, me acompanhando na dança. Viro-me e vejo Tsubaki sorrindo, lhe puxo pela capa, aproximando-o de mim.
– Você está bem provocante nessa roupa. – murmura em meu ouvido.
– Era essa a intenção. – falo com um sorriso malicioso.
– Vou ter que expulsar os caras que não param de te olhar. – fala com um pouco de ciúmes em sua voz.
– O que eu posso fazer se sou irresistível?! – comento, fingindo inocência. Ele revira os olhos sorrindo.
– Ei, agora é a minha vez de dançar com ela. – exclama Fuuto nos interrompendo.
– E desde quando sou um objeto que vocês disputam? – pergunto irritada.
– Se manda daqui Fuuto. – Tsubaki fala em um tom ameaçador. Fuuto o ignora.
– Não vou sair daqui enquanto ela não dançar comigo. – disse. Mas que reação infantil, penso e me solto de Tsubaki.
– Se eu dançar com você, não irá mais me incomodar durante a festa?
– Me de um pouco de atenção e verá que sou uma ótima companhia. – afirma, ignorando minha pergunta.
Reviro os olhos e o puxo para o meio da sala. Fuuto passa por Tsubaki e murmura alguma coisa, fazendo o albino bufar de raiva. Começa a tocar uma música lenta e Fuuto sorri, me puxando de encontro ao seu corpo. Ele passa seus braços ao redor da minha cintura, coloco meus braços ao redor do seu pescoço. Começamos a dançar lentamente.
– Por que eu desconfio que você seja o responsável por estar tocando essa música? – pergunto ironicamente.
– É só mera coincidência. – retruca, mas seu sorriso o denuncia.
Ele me puxa para mais perto e me abraça mais forte. Vejo seu rosto se aproximar do meu, por um instante achei que ele fosse me beijar, mas ele muda o rumo e beija minha testa. Não acredito que fiquei decepcionada!
O encaro e noto que ele mudou, está mais maduro e atencioso. Seu cabelo sempre arrumado agora esta bagunçado. Está sexy. Sinto uma vontade repentina de acariciar seus cabelos, nunca reparei que ele era tão boni... Por que ele esta mexendo a boca?
– Bella? – chama tocando meu queixo.
– An? O que? Sim, sim. – digo confusa. Ele sorri. Que sorriso lindo. Mas que porra eu estou dizendo?
– Ah, então eu estou irresistível nessa fantasia? – pergunta arqueando uma sobrancelha e com um sorriso convencido.
– Sim. Pera ai o que? N-não! – ele começa a rir. Estou pronta para dar um soco nele quando ouço gargalhadas. Olho para o lado e vejo Lia caída no chão e Azusa a ajudando a se levantar. O copo de bebida que dei á ela já esta funcionando?
Afasto-me de Fuuto e seguro o riso quando vejo a cara de Lia: com a expressão fofa de sempre, corada e com um sorriso bobo em seus lábios.
– O que houve? – pergunto reprimindo uma risada.
– O chão estava molhado e ela escorregou – explica Azusa depois olha para Lia – Você esta bem, meu amor?
– E-estou. – disse Lia um pouco constrangida.
Azusa sai para pegar água para Lia. Ela me encara com uma expressão ameaçadora. Percebo que estou sorrindo para os dois feito uma idiota.
– Se você não tirar esse sorriso da cara, eu mesmo tiro. – ameaça.
– Com o Azusa você age feito um anjo, longe dele é uma megera. – provoco.
– Há ha! Você está pedindo para apanhar.
– Aqueles dois estão no maior clima. – comento me referindo a Inari e Subaru.
– Vamos fazer uma pegadinha com eles? – sugere Lia com um sorriso travesso.
– É por isso que somos amigas. – digo.
Inari Pov’s
Eu estava sentada vendo as pessoas dançarem e observando Subaru do outro lado da sala, conversando com um amigo. Vejo Bella com um copo na mão e conversando com Lia, me olhando com um brilho nos olhos. Elas estão armando alguma coisa. Sinto pena do infeliz que elas vão infernizar. De repente ela vem ao me encontro.
– Por que não esta dançando? – pergunta e depois leva o copo aos seus lábios.
– Por enquanto quero ficar só observando.
– Vai lá falar com ele de uma vez!
– O-o que? Falar com quem? – sinto meu rosto esquentar.
– Não se faça de desentendida! Já faz um tempo que você esta interessada no Subaru e ele por você.
– Ele falou que está interessado em mim? – pergunto com um sorriso bobo. Bella revira os olhos.
– Eu percebi. Sou ótima observando os outros. – ela dá um sorriso convencido – Vai agora falar com ele.
– Não! Eu tenho vergonha.
– Ele não vai te morder, a não ser que você queira. – meu rosto esquenta muito e Bella ri.
– Eu não sou atirada igual a você.
– Ei, cuidado com a língua Inari. Não é ser atirada, todo ser humano tem vontades e desejos. – ela sorri com malicia – fazer o que se sou humana DEMAIS?
– Você é uma pervertida. – falo.
– Não sou não! Um dia você vai me entender. Você já beijou antes, né?
– Claro, só umas duas vezes e com o mesmo garoto. – respondo constrangida. Bella me olha espantada.
– Eu tenho uma amiga freira e não sabia.
– Cala a boca idiota.
– Eu tenho que ensinar umas coisas para você. A Lia não precisa mais e a Yuno sem comentários.
– Ah, então você viu a Yuno. – falo me lembrando da cena da Yuno.
– E quem não viu? – pergunta retoricamente.
– Quem diria que ela era assim... tão você.
– Sinto que isso não foi um elogio. – murmura – você quer um incentivo para ir falar com ele?
– E o que seria? – pergunto desconfiada, vindo dela não é nada de bom.
– Isso. – ela me oferece seu copo.
– O que é isso? – Bella faz uma cara como se eu fosse idiota.
– É bebida, o que mais seria?
– Você bebe? – pergunto espantada. – Nem sei por que me espantei não me surpreenderia se você já tivesse vendido drogas.
– Mas que porra Inari. Você tirou o dia para me insultar? – Bella se irrita.
– Desculpa, mas você é uma caixinha de surpresas. Sempre esta escondendo alguma coisa.
– Tsc. Que seja. – fala irritada – Vai querer ou não?
– Eu não vou falar com ele bêbada. – retruco. Bella suspira.
– Vamos fazer uma pegadinha com a Lia? – ela pergunta mudando de assunto, ela perde o interesse facilmente.
– Vamos! Qual vai ser a pegadinha? – pergunto animada.
– Ela foi ao banheiro retocar a maquiagem, você com o meu extintor vai até o banheiro e joga a espuma nela. – explica com um brilho estranho nos olhos.
– Onde você conseguiu um extintor? – pergunto confusa.
– Não importa – ela faz um gesto em desdém – e ai? Topa?
– Claro! – falo animada. Dou uma olhada em volta e não vejo Subaru em lugar algum.
(…)
Estou na frente da porta do banheiro. Bella disse que não queria ver a Lia suja de espuma e disse que preferia ficar dançando, o que achei estranho, já que a ideia fui dela. Dou de ombros e abro a porta e vejo-a na frente da pia, aperto o botão e jogo a espuma.
– Ei! O que está fazendo? - protesta uma voz grossa e irritada. Percebo que não era a Lia e sim o Subaru, eu confundi eles. Como eu posso ter me confundindo?!
– M-me de-desculpa – gaguejo, sinto meu rosto esquentar – eu pensei que fosse a Lia.
– Você me confundiu com uma garota? – pergunta Subaru abismado.
– Eu pensei que era ela que estava aqui, não imaginei que teria outra pessoa. – tento explicar constrangida. Sua blusa está toda molhada e manchada por causa da espuma. Eu vou matar a Bella!
– Foi ideia da Bella fazer essa pegadinha, né? – ele pergunta com uma risada.
– Como você sabe?
– É a cara dela. Ela vive infernizando o Yuusuke e Fuuto com pegadinhas desses gêneros. – explica com um misto de divertimento.
– É mesmo a cara dela – concordo – Deixa eu te ajudar a limpar a sua camisa.
Vou até a pia, pego uma toalha, a molho e torço e vou até ele e começo a limpar sua camisa.
– Que mancha é essa? – pergunto me referindo a uma mancha na parte de cima.
– A Lia deixou cair sem querer refrigerante em mim. Eu estava tentando limpar quando você me surpreendeu com o extintor. – coro violentamente com a última parte.
– Hum – que coisa inteligente de se dizer Inari, penso. Volto a limpar a camiseta de bombeiro dele.
– Não tem jeito, você vai ter que tirar a camiseta para podermos limpa-la melhor. – falo distraída.
– Certo – ele tira a camisa. Acho que fiquei encarando seu abdômen por tempo demais, pois ele cora e fica sem jeito. Percebo o que fiz e coro também.
– Me deixa passar sabonete nela – tiro bruscamente a camisa de sua mão e vou até a pia. Sinto ele chegar mais perto de mim e depois puxa meu braço e me beija.
– D-desculpa, eu só fiz o que estava com vontade de fazer desde que te vi. – fala muito corado e passa uma mão pelos seus cabelos. Saio do meu tupor e sorrio. Vou até ele e o puxo, beijando-o, ele retribui e passa os braços ao redor da minha cintura e me aproxima mais. Acho que estou andando muito com a Bella.
Natsume Pov's
Meu celular não para de tocar, é a Erin querendo saber quando vou chegar à festa. Ajeito minha fantasia de Coringa – Erin que escolheu – e saio do meu apartamento. Paro na frente do portão e pego o controle remoto. De longe já ouço a música, espero que os vizinhos do condomínio não reclamem. Assim que abro a porta de casa Erin aparece.
– Até que enfim chegou! – exclama com as mãos na cintura.
– Eu disse que viria, então não precisava ficar me esperando. – falo com um sorriso e bagunço seu cabelo.
– Não faz – ela bate na minha mão – Sabe quem está combinando com você?
– Quem?
– A Bella. Ela está de Arlequina. – Erin sorri maliciosamente.
– Sério? Que coincidência. – comento.
– Não é coincidência. Eu a fiz falar qual era a fantasia dela, depois de muito insistir ela falou, e eu fui lá e comprei sua fantasia de Coringa.
– Por que você fez isso? – pergunto confuso.
– Porque eu já percebi os olhares que você lança á ela, e você vêm mais vezes aqui em casa do que antes de ela morar aqui.
– Você anda me observando? – pergunto com um sorriso, sem me importar da suposição dela.
– É obvio o jeito que olha para ela, só um idiota não veria. – ela revira os olhos – E também eu shippo você e ela – completa com um sorriso travesso.
– Você está enganada, eu á acho bonita, é só atração. – minto.
– Certo. – fala sem acreditar - Mas fica de olho, você não é o único interessado nela. - Ela me da às costas e vai dançar.
A sala virou uma pista de dança, a música agitada está muito alta e todo mundo está dançando. Os adultos tomando bebida alcóolica e os mais jovens refrigerantes, Ukyo que está cuidando das bebidas alcóolicas, para nenhum adolescente tomar. Sorrio. Ele sempre cuidadoso e responsável. Vejo Tsubaki do outro lado observando a pista com a cara amarrada. Vou até ele.
– Oi. – falo ao me aproximar.
– Oi. – responde mal humorado.
– Qual o problema?
– Nada. – olho para a direção em que esta olhando, e vejo o Fuuto e a Bella dançando juntos, parecem estar se divertindo. Presto atenção nela, ficou diferente com o cabelo loiro e com mechas rosas e azuis, o short justo e curto – aquilo nem pode ser chamado de short de tão curto – deixa a vista suas pernas longas e torneadas, sua blusa curta e justa mostra sua barriga sarada e destaca seus peitos fartos. A jaqueta era a parte mais ou menos decente da sua roupa. Gostei da fantasia dela, mas pelo amor de Deus, o que é aquilo?! Seria perfeito se fosse apenas eu e ela, ai, ai, essa mulher...
– Por que ela está dançando novamente com aquele projeto de gente? – murmura Tsubaki, esquecendo que eu estava ao seu lado.
– Gostei da sua fantasia! – fala Bella aparecendo na minha frente. Da onde ela surgiu?!
– Pois é... Gostei da sua também. E outros garotos também gostaram, eles não param de olhar para você.
– É claro que estão — ela disse. — Eu sou terrivelmente atraente.
– Alguma vez você já ouviu que modéstia é uma característica atraente?
– Apenas vindo das pessoas feias — Bella confidenciou. — Os mansos herdarão a terra, mas no momento ela pertence aos vaidosos. Como eu.
Ela piscou para os garotos, que sorriram e coraram. Idiotas. Suspiro.
– Narcisista – murmuro com um sorriso. De repente um garoto ruivo fantasiado de diabo á abraça por trás.
– Oi, Bella. – ele murmura em seu ouvido. Uma raiva me domina, Tsubaki lança um olhar feroz ao garoto.
– Olá, meu diabinho. - fala com um tom provocativo, se virando para ele. Fazendo o mesmo sorrir.
– Vamos jogar aquele jogo de bebida que você organizou, Bella. – digo querendo a tirar dali. E a puxo pela mão e vou para o lado de fora, onde estava a mesa preparada para o jogo, uma dupla estava terminando de jogar. Tsubaki e o ruivo nos seguem, Bella vai sem pestanejar, se interessando.
– Você se refere ao Beer Pong? – pergunta animada.
– Esse mesmo.
– Oba! Você vai perder, eu tenho uma ótima pontaria – ela ri.
– Isso é o que veremos.
Chegamos á mesa e o cara toma o último copo que estava com a bolinha dentro e depois se joga na piscina. Arrumamos os copos de novo e enchemos com bebidas, cada um ficou com 10 copos. Posicionamo-nos um em cada ponta da mesa. As pessoas já começam a fazer uma roda em volta da gente. Bella e eu pegamos algumas bolinhas de ping pong que estavam em uma bacia.
– Já jogou alguma vez? – ela pergunta sorrindo.
– Não.
– Você tem que tentar acertar a bolinha dentro dos meus copos, toda vez que acertar você joga de novo, eu terei que beber toda vez que acertar. E vice e versa. – explica – Vou pegar leve com você, já que é novato. – provoca.
– Não precisa pegar leve comigo. Você está falando com um ex-jogador de basquete, eu tenho uma ótima mira. – rebato sorrindo.
– Depois não diga que não avisei. – disse com uma piscadela.
– Pode começar. – ela pega uma bolinha e acerta, me fazendo beber. Todo mundo comemora. Ela acertou três vezes seguida, na quarta vez errou.
Acerto quatro vezes seguido, a fazendo beber quatro vezes. Ela me olha com um olhar traiçoeiro, estou ferrado. ela pega a bolinha
– Você me paga. Um. – acertou me olhando. – Dois, três, quatro e... Cinco! – ela comemora e as pessoas berram em comemoração.
Bebo os cinco copos seguidos, minha visão está ficando turva. Não sou muito resistente à bebida.
– Não se ache tanto – provoco. Acerto só um copo.
– O que ouve com a sua mira? – provoca e depois bebe. Só tenho mais dois copos e ela ainda tem cinco, a vodka não está fazendo efeito nela.
– E agora o grande final! – ela faz drama e as pessoas riem. – Será que ele aguenta mais dois? Acho que não. – solta uma risada e é acompanhada pelos outros. Ela pega a bolinha e joga, acertando um dos copos.
– É para dar sorte. – fala e beija a bolinha e claro acertou. Ela dá pulinhos em comemoração, me fazendo dar risada e as pessoas em volta gritam para eu embocar os dois copos de uma vez.
– Você não serve para beber. Vou te ajudar. – ela vem até eu e pega um copo e emborca e eu pego o outro fazendo o mesmo. Depois ela toma os cinco copos restantes dela.
– Você é uma alcóolatra? – pergunto chocado com a quantidade de vodka que bebeu e nem está tonta.
– Eu só sou resistente à bebida – explica – diferente de você.
– Desde quando você bebe?
– Um tempinho. – responde vagamente.
– Resposta muito esclarecedora. – ironizo e ela revira os olhos.
Voltamos para dentro da casa e uma música começa a tocar com um ritmo diferente das demais.
– Eu não acredito! – ela disse – Big Bang, não pensei que tinha músicas coreanas na playlist.
– Você ouve boybands? Acabou de cair um ponto no meu porcentual.
– Como se eu me importasse. – disse e sai correndo para a pista.
Fiquei a observando dançar, Bella dançava como se conhecesse a coreografia, de longe eu via alguns rapazes também a observando. O que você pensa estar fazendo, sua danadinha sedutora?
Ela me chama com o dedo indicador, e cantando Bang bang, vou até ela e começo a mover lentamente o meu corpo no ritmo da música. Faz com os dedos a figura de uma arma e apontando para mim.
– Bang Bang Bang. – ela ri ainda dançando.
– Acho que a palavra “discreta” não existe no seu dicionário. – ironizo.
– E não existe mesmo! Pessoas discretas são sem graça.
Um sorriso provocativo repousava sutilmente em seus lábios carnudos. Como quero beijar esses lábios!
– Até que você dança bem. – disse surpresa.
– Por que o tom de surpresa?
– Você parece um robô, sempre sério e grosso.
– Eu também tenho um lado divertido.
– Onde? Você poderia me mostrar? – brinca.
– Também tenho um lado irracional, que ninguém viu.
– E o que esse lado está com vontade de fazer agora? – pergunta chegando mais perto e passando o dedo indicador de um jeito provocativo em meus lábios.
– Com vontade de te pegar pela cintura, te puxar para perto de mim, colar seu corpo no meu... E dar um beijo nessa sua boca. – digo e dou uma mordida em seu dedo, ainda repousado em meus lábios.
– Hum, acho que prefiro seu lado irracional. – a puxo para mim e ela roça seus lábios nos meus, quando vou beijar ela sinto alguém a puxar. Mas que droga!
– Bella é a sua vez de ir ao caldeirão. – disse Shaunee.
– Não precisa ser em ordem, qualquer um pode pegar a maçã na hora que quiser. – retruca Bella um pouco irritada. Ah, então você também não gostou da interrupção.
– Eu sei, mas tem que aproveitar quando todas as maçãs ainda estão no caldeirão. Você tem mais opções.
– Do que vocês estão falando? E que caldeirão é esse? – pergunto confuso.
– É uma brincadeira. No caldeirão tem água e maçãs, cada uma com os nomes dos participantes. Cada um vai ter que pegar uma maçã, com a boca, e beijar o dono daquela maçã. – explica Shaunee.
– De quem foi essa ideia? – viro para Bella – Sua?
– Não. Eu só cuidei das brincadeiras que envolvem bebida.
– Foi da Erin. – disse Shaunee.
– Eu deveria imaginar. –reviro os olhos.
– Vamos logo. – Shaunee puxa o braço da Bella em direção à sala de jantar. Azusa, Yuno, Lia, Fuuto, o ruivo de antes, Erin e outros adolescentes, provavelmente amigos deles ou participantes estão na sala.
– Ei tem que chamar a Inari. Eu não a vi em lugar algum. – disse Erin.
– E o Subaru também sumiu. – completa Azusa.
– Eles estão... Ocupados no momento. – Lia fala e lança um olhar malicioso para Bella que retribui com um sorriso complô. Elas armaram alguma coisa.
Saio da sala, não estou a fim de vê-la beijar outro cara que não seja eu, e também nem estou nessa brincadeira idiota.
Bella Pov’s
– Então quem vai ser o primeiro? – pergunta Erin animada.
– Você. Anda logo com isso. – falo.
– Estressadinha. – murmura Erin.
– Eu ouvi isso. – digo.
– Claro que ouviu. – retruca. Vai para o caldeirão e segura seu cabelo para não molhar e tenta abocanhar uma maçã, depois de algumas tentativas na mesma maçã, ela consegue pegar. Olha o nome na maçã e dá um sorriso.
– Balder, querido, você foi o escolhido. – cantarola Erin a procura dele. Ela sai da sala a procura dele. Que danadinha, ela sabia qual era a maçã com o nome dele.
– Muito bem. Agora é sua vez Lia. – fala Shaunee. Azusa olha suplicante para Lia, ela dá de ombros e ele suspira, Lia vai para o caldeirão e Azusa segura os seus cabelos para não molharem. Mas que fofo! Diferente da Erin ela conseguiu pegar na segunda tentativa. Lia olha surpresa para a maçã e Azusa que estava espiando pelo ombro dela, dá um sorriso de orelha a orelha.
– Azusa. – ela diz contente. Ele não perde tempo e a vira para ele, dando um beijo primeiro em sua testa, depois passa uma mão em sua nuca e a outra na sua cintura e a beija, um beijo romântico, fazendo as garotas dá sala suspirarem.
– Que garota de sorte. – murmura uma garota com um pouco de inveja.
– Agora é você, Azusa. – diz Shaunee. Azusa consegue pegar uma maçã na primeira tentativa.
– Lia. – diz em choque. É sério isso?! Lia o beija timidamente.
– Vai Bella. – manda Shaunee. Vou até o caldeirão, e pego a primeira maçã que aparece, querendo terminar logo aquela brincadeira. Vejo o nome e um sorriso cresce em meu rosto.
– Quem é? – pergunta Lia curiosa.
– Não te interessa. – digo com um sorriso doce, ela faz língua para mim.
Saio à procura dele. O vejo subindo as escadas, e o sigo, ele entra em seu quarto. Sorrio. Não teria lugar melhor do que lá. Abro a porta e ele se assusta.
– Bella? O que faz aqui? – pergunta confuso.
– Te procurando para receber minha recompensa. – falo e coloco as mãos atrás das costas.
– Que recompensa?
– Eu peguei o seu nome na brincadeira do caldeirão. – explico e começo ir sua direção lentamente.
– Mas eu não estou participando disso. – fala ainda confuso.
– Eu coloquei seu nome. – falo inocentemente. Paro em sua frente e tiro seu chapéu de policial. – Eu já te falei em como você ficou ótimo com essa fantasia, é engraçado já que eu tenho um fraco por policiais.
– Eu sei, foi por isso que escolhi essa fantasia. – afirma com um sorriso safado crescer em seus lábios.
– Sabe o que eu gosto mais do que essa fantasia? – pergunto enquanto desfaço sua gravata.
– O que? – pergunta com a voz rouca.
– Você sem ela. – ronrono e desabotoo o último botão de sua camisa. Sinto sua respiração se acelerar.
– Acha que eu não sei me controlar quando você está por perto? – pergunta Masaomi, o que me faz soltar uma risada.
– Minha capacidade de te provocar é maior que a sua de se controlar. – sussurro em seu ouvido e deslizo minhas mãos em seu abdômen e tiro sua camisa. Do nada ele me empurra para a cama e fica por cima de mim.
– Se é assim, você não vai sair daqui sem terminar o que começou. – murmura com a boca contra meu pescoço. Passo minhas pernas pela sua cintura e o empurro para o lado, ficando por cima dele.
– Só uma coisinha, eu prefiro ficar por cima. – pego as algemas que estavam em seu sinto e prendo seus pulsos na cabeceira da cama, o pegando de surpresa. – Agora você está onde eu queria que estivesse. – sorrio maliciosamente.
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