Doces Conflitos

Capítulo 1 - Mudança


Meu nome é Bellatriz Hemmings, mas prefiro que me chamem de Bella tenho 17 anos e moro em Nova York, Brooklyn com minha mãe, bem eu morava.

Minha mãe é arqueóloga e recebeu uma proposta de emprego para investigar uma nova pirâmide que encontraram perto da cidade Edfu no Egito, ela terá que ficar lá até terminar a investigação, ela ficara lá no mínimo por um ano. Por causa disso irei me mudar para Tokyo, vou morar com Miwa e Rintaro amigos da minha mãe, eu preferia ir com minha mãe do que ir morar com uns desconhecidos, mas mamãe não quer que eu perca um ano escolar.

Enfim agora estou dando uma última olhada no meu quarto, alguém bate na porta.

- Entra.

Minha mãe entra no quarto. Ela esta usando uma calça jeans e uma blusa bege justa e um cardigã azul com sapatilhas pretas. Ela tem cabelos castanhos avermelhados e olhos azuis.

- Já esta pronta?- Pergunta vindo em minha direção e arrumando meu cabelo. Meu cabelo tem vida própria, sempre que vou sair de casa ele se arma, até parece que sabe quando vou sair.

- Sim. – Respondo enquanto mamãe continua tentando arrumar meu cabelo rebelde. Coitada, nunca vai conseguir.

- Seu cabelo é igualzinho ao do seu pai. – Murmurou ela e depois percebe que falou do meu pai. Eu nunca conheci meu pai e minha mãe não fala nele, eu desisti de perguntar sobre ele há muito tempo, minha mãe sempre ficava irritada quando eu perguntava sobre meu pai.

- Ah, vamos senão você vai perder seu voo – Diz mamãe pegando minhas malas, mas sei que ela só falou isso para mudar de assunto.

- Certo. – Pego a outra mala e nos dirigimos para fora do quarto.

- Esta com seu passaporte e sua passagem? – Pergunta mamãe pela milésima vez.

- Sim, você já me perguntou isso um milhão de vezes. – Respondo indo para fora colocar minha mala no táxi.

- Só estou perguntando para ter certeza que você não os esqueceu em algum lugar. Você é muito distraída. – Ela diz enquanto coloca o resto das minhas malas no táxi.

- Seria impossível eu os esquecer, sendo que você me pergunta a cada cinco minutos. – Respondo sarcástica. Minha mãe revira os olhos.

- Você é impossível.

- Tem certeza que não quer trocar de roupa antes de ir? – Pergunta mamãe me olhando de um jeito esquisito.

- Sim, tenho certeza. Achei que você já tivesse se acostumado com minhas roupas. – Reviro os olhos. Minha mãe sempre implica com minhas roupas.

Estou usando uma calça com estampas do exercito uma blusa branca e minha jaqueta de couro preta preferida e meus coturnos pretos e um colar de caveira. Meus cabelos pretos estão soltos e meus olhos azuis estão com um pouco de delineador.

- Não vejo nada de mais em minhas roupas. – Estamos no táxi e minha mãe já falou para o motorista ir para o aeroporto.

- Você poderia se vestir um pouco mais feminina com outras cores sem ser preto. Suas roupas te deixam mais intimidadora sem contar sua expressão sarcástica.

- Não vamos começar a falar sobre minhas roupas. É assim que gosto de me vestir. – Falo sem a menor vontade de discutir sobre roupas.

-Ok. E então, esta ansiosa para chegar em Tokyo? – Ela me pergunta curiosa.

- Não. Estou ainda digerindo a notícia que terei que conviver com 16 completos estranhos. – Respondo olhando pela janela.

Ah, esqueci-me de contar, mas terei que conviver com 16 irmãos. Minha mãe me contou esse pequeno detalhe ontem à noite quando eu estava arrumando minhas coisas. Ela tinha se esquecido de mencionar que Miwa tinha 16 filhos, como poderia ter ser esquecido disso?! Sou filha única minha mãe sempre viajava por causa do seu trabalho, então eu meio que vivi sozinha. A notícia que eu terei que conviver com 16 pessoas desconhecidas não me agradou muito.

- Sei que você não gostou, mas não vai ser tão ruim quanto pensa. Assim você não vai mais se sentir sozinha. – Minha mãe tenta me animar. Pra falar a verdade eu não estou muito contente de ter de me mudar para Tokyo, gosto de morar aqui e não vejo o porquê de não poder morar sozinha. Mas não falo nada para não aborrecer minha mãe, ela iria se sentir culpada. Eu poderia bater o pé e dizer que não quero ir, mas isso significaria que ela desistiria de ir para o Egito e sei como ela ficou contente quando recebeu a proposta. E também é só um ano que vou ter que ficar lá.

Chegamos no aeroporto. Desço do táxi e o motorista foi descarregar as malas, pego minhas malas enquanto mamãe paga o motorista ela me ajuda com as malas e entramos. Mostrei meu passaporte e minha passagem e depois levei minhas malas para a esteira. Me despeço de minha mãe. Que está quase chorando.

- Diana pare de fazer essa expressão de que nunca mais vai me ver. – Falo para minha mãe enquanto ela me abraça quase me deixando com falta de ar, retribuo o abraço.

- Você sabe que eu detesto quando me chama de Diana. Vou ficar sem te ver durante um ano, não vai ser 2 ou 3 meses. – Responde minha mãe quando me solta. Sorrio.

- É por isso que chamei. E a gente não vai ser ver pessoalmente, mas vamos conversar pelo Skype e por ligações. Então deixe de ser dramática. – Falo isso, mas sentirei muita saudades dela.

- Não vai ser a mesma coisa. – Funga minha mãe e dou uma risadinha.

- Bom, tenho que ir. – Minha mãe me dá um último abraço.

- Te amo, Bella.

- Também te amo, mamãe.

Entro na fila de embarque. Logo já estou no avião e arrumo minha mochila no compartimento de malas acima da minha poltrona, minha poltrona é a da janela. Sento e fico olhando o avião decolar, me levando para uma nova casa, novas pessoas e se tratando de mim muita confusão.