Tânia: Então vai a este evento?

Edward: Sim. Preciso ir. Não quero que James desconfie. Você vai também?

Tânia: Não fui convidada. E Bella?

Edward: Em casa. A deixei de sobreaviso para que se esconda caso sinta alguma coisa ruim. Creio que não há com o que se preocupar, James não desconfia de nada. – Edward começa a caminhar para a porta.

Tânia: Você está diferente. –Edward sorri.

Edward: Descobri algo.

Tânia: O que?

Edward: Esse sentimento, o amor, é mais viciante do que o próprio sangue.

Tânia: Que bom que experimentou essa essência. Isso é um privilegio para criaturas como nós. – Edward deu um meio sorriso indo embora em seguida.

...

Bella: Tédio! Se pelo menos Edward estivesse aqui... –Lamenta-se Bella. Estava sem sono. Inquieta deixou o quarto indo em direção a sala de musica.

“-Tocar irá me distrair.”.

...

Edward: O que significa isso? –Olhou abismado para o anfiteatro vazio. Seus olhos ficaram crispados ao ver a figura de James saindo da escuridão e indo ao seu encontro.

Edward: Lorde James?

James: Edward Cullen. Que bom que aceitou meu convite. –James tinha um sorriso enigmático no rosto.

Edward: Onde estão os outros convidados desta celebração?

James: Sua pessoa é tão ilustre que esta recepção fora feita apenas para você! –Um sorriso diabólico nos lábios de James, Edward logo se viu cercado por vampiros. Edward se pôs em posição de ataque avançando nos primeiros vampiros que o atacaram, mas distraiu-se e James o atacou fortemente permitindo que os outros vampiros o imobilizassem.

Edward: MISERAVEL! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

James: Achou mesmo que a esconderia de mim? – Edward emudeceu. –Agora eu a terei e farei o que quiser com ela.

Edward: EXPERIMENTE ENCOSTAR SUAS MÃOS NELA! VAI SE ARREPENDER! –Foi fortemente golpeado, os outros vampiros o machucaram com socos e poderosos chutes. James olhava maravilhado a covardia que acontecia. Mesmo conseguindo se desvencilhar de alguns dos ataques ainda sim seu corpo era continuamente lesionado.

Edward: Agora eu terei que ir, eu tenho uma pessoa para ver. Enquanto a vocês... Não o matem. –Saiu.

Edward: MALDITOOOOOOO!

...

Bella para de tocar, sente algo atrás de si.

-Por que parou? Estava tão bom ouvi-la tocar, senhorita Swan. –Ela olha para o estranho prostrado na porta.

Bella: Você é o homem que encontrei na praça! O que faz aqui? –Bella levanta-se receosa.

Laurent: Meu nome é Laurent. Lorde James a espera. –Os olhos do rapaz estavam em um tom rubro.

Bella: Vampiro?

Laurent: Está na hora de irmos.

Bella: Meu... Deus... Edward...

...

Tânia adentra o anfiteatro já imaginando o que encontraria. Sente o cheiro de sangue ficar cada vez mais forte a cada passo que dá.

Tânia: Ah Edward! O que fizeram com você? –Olhou a figura de Edward incrivelmente ferido, mas consciente. Este reagiu quando Tânia tocou seu rosto ensangüentado.

Edward: Bella... –É o que sussurra antes de desmaiar.

...

Ouvia uma voz lhe chamar assustada, quem poderia ser? Abriu os olhos, na certa tivera um pesadelo. De imediato reconheceu o local onde estava, era o quarto de Tânia. Seu corpo coberto de ataduras denunciava algo que ele não queria acreditar, tudo fora real. Ainda com as feridas mal cicatrizadas arriscou levantar-se, correu para a porta a fim de retornar até sua casa. Era madrugada, o cabaré vazio. Não estava interessado em saber quem o trouxe para lá e cuidou de seus ferimentos, embora a resposta fosse óbvia. Edward estava ferido. Correu com uma velocidade surpreendente encontrando apenas a porta de seu palacete aberta.

Edward: Não... –A voz não saia. Voltou à feição humana por que simplesmente não conseguiu manter-se com as características que o denunciavam como humano. –BELLAAAAAA! –Gritou pelo nome da jovem, queria ouvi-la, mas ela não estava lá.

-Ela não está aqui, Edward. –A voz dizia. Olhou para as escadas, era Tânia. Seu semblante triste apenas confirmava o horror que Edward não queria aceitar.

Edward: Mentira... MENTIRA! –Correu com dificuldade verificando um por um dos aposentos, não a encontrou. Sua ultima parada fora na sala de musica, algo lhe dizia que Bella estivera ali antes de James capturá-la. Gotas de sangue próximo à porta, eram de Bella, ele sabia. O banco onde se sentaram em frente ao piano jogado de qualquer jeito, certamente Bella o usou na tentativa frustrada de se defender. Caiu de joelhos, os olhos marejados e a constatação de que James venceu levando a maior riqueza que tivera em vida, aquela que amou. Tânia se aproximou abraçando o vampiro pelas costas, ela também sentia com tudo aquilo.

Edward: Eu a perdi. Simplesmente a deixei escapar por entre os dedos...

Tânia: Não se culpe, fez muito mais por ela do que eu.

Edward: O que farei agora?

Tânia: Eu vou procurá-la. Se quiser reave-la fará o mesmo.

Edward: Parado é que não ficarei. Ela é minha! –Os olhos antes tristes tomados agora por fúria.

Tânia: Por hora vamos voltar ao cabaré. Suas feridas precisam cicatrizar. –Edward se apoiou-se em Tânia para se restabelecer.