O tempo passa, e a gente aprende. Coisas que não dávamos o braço a torcer por, agora não fazem mais sentido a nós mesmos.

Percebi que não preciso mais de você. Na verdade, nunca precisei; mas minha mente, com sua necessidade doentia por afeto, me fazia crer que sim.

O que pensas de mim agora? O que falarei pra você? E o que farás? Não importa mais. Você deixou de me importar, dos pés até a cabeça.

Eu não preciso da sua presença pra ser feliz, ou sequer da sua existência. Confesso que me foi uma pessoa carinhosa, amigável e gentil. Mas onde foi parar tudo isso?

Já se passou um bom tempo, e sabe aquela amizade? Nós nos privamos dela. Nos trocamos, como trocaríamos uma peça de roupa. E essa roupa me pesava. Agora vamos, diga-me a verdade. Por quê continua se sentindo tão a vontade?

Já cansei de me sentir mal com os problemas dos outros; e não me refiro só a você. Já não basta tudo que tenho que sentir?

Não digo-lhe mais nada. Cansei de passar meu tempo falando do que restou-me apenas memórias. Quero viver o agora,

pra depois contar histórias.

– To that ones than forget me.