Eu fui descoberta. Sinto minha pele entreaberta, com os segredos expostos e as verdades escorrendo sob meu corpo.

Oh mamãe, me desculpe. Eu não queria ferir teus olhos. E papai, me perdoe por ser seu "des-orgulho". Eu não queria ferir o sentimento de ambos. Pra falar a verdade, eu não queria nada disso...

Desde maio deste mesmo ano, sinto-me estranha, triste...vazia! Implorando pra que quando eu for me deitar e fechar os olhos, eu nunca mais os abra. Que eu nunca mais sinta o ar no meu peito. Que a escuridão que atormenta minha mente, se torne real, e para sempre.

Sabe quando tudo que antes era bonito, acaba se tornando algo maçante? Aborrecida, solitária, sem graça...Essa é a definição de minha vida atualmente.

Meus medos são maiores que minhas felicidades. Eu não gosto disso, afinal, quem gosta?

Oh, desculpa. Eu não queria feri-los. É tudo minha culpa! Talvez eu devesse apenas ir, sem rumo e sem lugar, apenar ir pra nunca mais voltar.