Dobro Pozhalovat' v Katsu

O Pakhan retorna para Katsu… sem querer


[1 Semana antes da morte de Nikolai]

Yuuri e Yuri estão no restaurante, horas antes dos primeiros clientes chegarem. Yuuri está na cozinha, finalizando os preparativos dos ingredientes. Yuri está sentado no mesmo banco de sempre, com um livro aberto e um caderno, onde ele fica escrevendo algo de lápis. O menino ergue os olhos do caderno para o cozinheiro.

“Ei, Katsudon.” Chamando por ele, o menino respira fundo.

“Hmm? O que foi, Yura?” Yuuri diz, ainda na cozinha.

“Dedushka… ele não tem muito tempo, não é?”

Yuuri, da cozinha, também respira fundo e decide que aquela conversa não deveria ser realizada com uma parede entre eles. Com isso, ele finaliza o que tem que fazer, lava as mãos e se aproxima do menino, limpando as mãos molhadas com uma toalha.

“Eu não posso mentir para você.” Yuuri diz, olhando para o menino seriamente. “Mas a situação do seu avô não é nada boa.”

“Ele vai morrer?”

Yuuri observa o menino de 8 anos, se perguntando se deveria mesmo ser sincero com ele.

“Não, você não precisa responder.” Yuri diz, abaixando o rosto. “Claro que ele vai morrer. E eu vou ficar sozinho.”

“Não, você não vai.” Yuuri diz, o fazendo olhar para ele com surpresa. “Eu não deixarei que você fique sozinho.”

“Mas…” Yuri começa a dizer, se calando quando Yuuri pega algo da cozinha.

Um envelope branco, que ele retira um papel de dentro e estende para o menino.

“Yuri. a partir de agora, eu sou responsável por você. Eu eu prometo para você que estarei ao seu lado, te darei tudo o que você precisar, até o momento que você estiver maior de idade e não quiser mais a minha presença ao seu lado. Até lá, eu quero que você fique aqui morando comigo, se esforce na escola, me obedeça quando eu pedir algo, me ajudar com Vicchan e me deixe ajudar você a encontrar seu próprio futuro.” Yuuri, nervoso, observa o menino olhar dele para o papel em suas mãos, de olhos arregalados.

“Isso… isso é um sonho?” O menino pergunta, se beliscando. “Ai! Acho que não. Então… você é meu pai?”

“Eu posso ser, se você quiser. posso ser um irmão mais velho, um tio, ou apenas ‘Katsudon’ para você.” Yuuri responde, se aproximando dele e erguendo sua mão para tocar nas bochechas dele, limpando as lágrimas que escorriam dos olhos do menino.

“Katsudon é Katsudon. Mas pode ser meu pai também.” Yuri diz, sorrindo para ele.

Os dias passam, até chegar o dia da morte de Nikolai. E então mais dias se passam, com Yuuri sentindo muito a falta de Viktor. E é aí que ele percebe que talvez tenha realmente sido um erro se apaixonar por ele.

~x~

Yuuri está na minha frente, me olhando para ele com olhos semi-fechados. A escuridão em volta dele não o permite ver mais detalhes da expressão nem to do que ele está fazendo ali.

“Viktor, desabotoe suas calças e coloque seu pênis para fora.” Yuuri diz, com uma voz fria e rouca, me deixando cada vez mais excitado.

Eu obedeço, ao mesmo tempo que vejo Yuuri se sentar no meu colo com aquela gloriosa bunda que ele tem, fazendo as calças dele apertarem naquelas coxas magníficas. Yuuri me observa retirar meu largo e grosso pênis ereto da calça. Eu engulo em seco, observando ele retirar o próprio membro de sua calça de pano, que está meio duro. Yuuri ergue a camiseta até a boca, a mordendo e com isso me fazendo ver não só o pênis como também os músculos tonificados do estômago e do peitoral dele.

Yuuri abre o frasco em sua mão esquerda e pega a minha mão primeiro, a melando completamente com o conteúdo dele. Yuuri mela a sua e a usa para pegar seu pênis, o sujando de lubrificante e olhando atentamente para mim fazendo o mesmo. Logo ambos começamos a se masturbar, não tirando os olhos do outro. Yuuri começa a gemer, que é abafado pelo tecido de sua camisa, e eu também começo a deixar sair gemidos e a respirar com dificuldades. Não demora muito e eu gozo primeiro, liberando jatos de sêmen que acabam caindo na camisa que não pertence a mim, e então yuuri acaba gozando logo em seguida, sujando ainda mais as roupas que estou vestindo.

“Yuuri…”

“Yuuri…”

Viktor acorda ofegante, suado e… sujo de sêmen. Soltando um longo suspiro, ele se levanta do sofá onde ele vem dormindo esses dias e vai para o banheiro. Abrindo a torneira da pia, ele leva as mãos e a cueca, não acreditando que teve um sonho com Yuuri e ele se masturbando e ter gozado por causa desse sonho.

Parecia tão real… Como se aquilo tivesse mesmo acontecido.

Mas… não é possível, não é?

Afinal ele nunca viu Yuuri com aqueles olhar sexy e soltando gemidos daquele tipo. E relembrar isso acaba fazendo o pênis dele endurecer novamente e Viktor, sem conseguir se esquecer daquele sonho, se masturba até gozar novamente.

Sentado em sua mesa, ele sente que seu corpo está cansado e que hoje não vai ser um bom dia para ser o líder de uma máfia russa. Ele olha em volta para o seu escritório, local onde ele tem passado os dias após sua estúpida discussão com Yuuri sobre a criança Plisetsky. Ele sente falta de Yuuri. Da comida de Yuuri. Da paz e do calor que ele sente ao entrar no restaurante.

Ele sente falta de Yuuri.

Merda. E muito cedo para começar a beber?

~x~

Viktor está em um bar que ele mal lembra o nome. Curiosamente, diversas pessoas jovens ali estão comemorando o aniversário de alguém e ele se juntou a turma, que já estavam bêbados demais para notar a intrusão. Já embriagado, ele sente vontade de minjar e cambaleando, vai no banheiro masculino. O que ele não espera era ouvir barulho de gemidos abafados vindos do fundo onde, depois que ele termina o que queria fazer, Viktor observa que os gemidos são de dois rapazes que estavam se beijando.

Isso o faz ficar com inveja e imaginar como seria beijar Yuuri, ignorando completamente o fato de que eles dois são homens e estão na Rússia. Ele percebe que não está bêbado o suficiente, já que continua pensando nele. A última coisa que lembra é de dizerem que pediram um Uber para ele, antes de sair do bar. Uma pickup UAZ preta de quatro portas para na rua e ele abre a porta de trás, entrando no veículo.

~x~

Uma coisa que Yuuri não esperava naquele início de noite era ter seu carro invadido por alguém bêbado, que o confunde com um Uber e acaba adormecendo no banco de trás, logo quando ele acaba de investigar um bar cujo dois dos empregado estavam chantageando clientes que estavam bêbados demais para recusar os avanços de um deles, enquanto o outro tirava diversas fotos com um celular.

Principalmente quando esse bebado é simplesmente Viktor Nikiforov.

Que chama seu nome diversas vezes enquanto dorme.

Sem nenhuma escolha, ele retorna para o restaurante e o carrega nos braços, o deitando no sofá novamente. Yuuri toca no rosto pálido de Viktor, notando que os olhos dele estão inchados.

“Oh, Viktor. Você realmente é um idiota.” Ele diz, aproximando seu rosto dele e o beijando na bochecha direita.

~x~

Viktor acorda, mas se recusa a abrir os olhos. Sua cabeça lateja de dor, o que o faz erguer as mãos para o rosto e soltar um longo gemido de dor.

Onde ele está?

Ele congela ao sentir o familiar cheiro da comida de Katsu e a familiar sensação do sofá que fica na parte interna do restaurante. Oh, puta merda! Como que diabos ele veio parar no sofá de Yuuri Katsuki novamente?

Der’mo.” Ele xinga, se levantando do sofá com dificuldade.

Viktor abre os olhos, e abre um sorriso ao perceber na bancada de sempre um copo com água e remédio para dor. Ele não perde tempo e toma o remédio, relaxando no sofá e se perguntando como diabos ele iria sair dali sem ter que passar por Yuuri.

No fim, ele percebe que toda a preocupação dele é inútil quando Yuuri abre a porta e abre um sorriso ao ver que ele está acordado.

~x~

“Me desculpa. Por antes.” Viktor diz, sentado na bancada e com uma tigela de Katsudon recém preparada é colocada na sua frente.

“Está tudo bem.” Yuuri diz, estendendo para ele um par de palitos de madeira.

Viktor o observa se afastar e retornar para a cozinha, onde ele sai com mais tigelas para outros clientes. Viktor observa que Yuri Plisetsky está sentado no canto da bancada, comendo katsudon também. Ele respira fundo, aliviado que o menino não parece estar tão chateado com a morte do avô.

~x~

Graças a Yura, o cotidiano de Yuuri agora têm novas obrigações, como ir deixar e ir buscar o garoto na escola, comprar coisas novas para ele e se divertir com ele. O menino também o ajuda lavando a louça e limpando o restaurante, para a surpresa dele. Na escola, felizmente a diretora e os professores aceitaram a mudança repentina e lamentaram a morte de Nikolai. Uma das professoras chega até a parabenizá-lo pela decisão difícil de cuidar de uma criança.

As coisas ficam ainda mais agitadas quando a escola leva os alunos para um ringue de gelo, onde as crianças aprendem a patinar. Naquela tarde, Yuuri retorna de carro para o restaurante com Yuri falando o tempo todo sobre como foi divertido patinar no gelo.

“Você quer ter aulas?” Yuuri pergunta para ele ao parar em um sinal vermelho.

Da!” Yuri exclama, animado. “Por favor!!”

“Muito bem.” Yuuri diz, sorrindo. “Eu vou procurar um ringue que oferece lições para crianças.”

Ver o sorriso no rosto de Yuri durante o resto do dia o deixa feliz também. E com Viktor novamente presente no restaurante, as coisas não poderiam ficar melhores. E por falar em Viktor, há algo de estranho no comportamento dele. Principalmente quando o sorriso que ele dá para Yuuri não é mais o famoso sorriso em forma de coração.

Eles não conversaram muito sobre o que aconteceu. Yuuri acha que talvez seja hora de mudar isso. Mas primeiro...

Arsene:

Nome: Danil Sikorsky e Pyotr Lysenko

Carmen:

Esses russos só tem nomes bizarros. (; ̄Д ̄)

Arsene:

Você fala como se não achasse o meu também.

Carmen:

O seu é estranho, mas dá para se acostumar. Além disso, seu primeiro nome é fácil de se dizer também.

Arsene:

Obrigado?

Carmen:

De nada. ( ´ ∀ `)ノ~ ♡

Ewww. Esses caras são escrotos.

(ノ°益°)ノ

Acaba com eles, Chefe!

Arquivos serão enviados em breve para você.

Arsene:

(* ̄▽ ̄)b

Carmen:

askdkadkakdkakkdakdkakdkakdka

OMG!

Primeira vez que vejo você usando kaomojis!

E olha que você é japonês!

OMG!

Eu to morrendo aqui!!

Yuuri dá risadas das loucuras de Carmen, enquanto acerta os últimos detalhes das aulas de Yuri na arena de gelo mais próxima do restaurante.

...

Naquela noite, Viktor entra no restaurante e encontra o mesmo ainda vazio. Yuuri está sentado em um dos bancos e quando observa a presença de Viktor, ele imediatamente se afasta indo para a cozinha.

“Qual é o problema, Yuuri?” Ele pergunta, e Yuuri olha para ele com o rosto pálido.

“Lembra do dia que você entrou no meu carro bêbado?” Yuuri pergunta, com a voz rouca.

“Sim?” Viktor responde, confuso.

“Um dos empregados de um bar me cercou a força e tentou me beijar, ao mesmo tempo que outra pessoa tirava fotos nossas.” O cozinheiro responde, se aproximando de Viktor pelo lado interno da bancada.

“O QUE?!” Viktor exclama, apavorado. “Por que você não me disse antes?”

“Eu estava com medo.” Yuuri responde, fazendo Viktor congelar. “Mas aí eu vi isso na internet e entrei em pânico.”

Yuuri então mostra fotos de um dos empregados agarrando alguém de cabelos negros pelo celular. Viktor imediatamente reconhece como um dos empregados do bar que ele estava naquele dia. Malditos…

Vão pagar caro por terem mexido com alguém importante para ele.

“Não se preocupe, Yuuri. Vai ficar tudo bem.” Viktor diz, se retirando do restaurante no mesmo momento que Mila e outros clientes se aproximam para entrar.

Arsene:

Pode hackear as contas deles e transferir para mim.

Carmen:

Entendido.

...

Ele retorna uma hora depois, com roupas diferentes de antes e com Makkachin.

“Mais um cachorro?” Yuri, que estava fazendo a lição de casa, diz. “Não é justo! Katsudon, eu quero um gato!!”

Yuuri, que se aproxima para servir dois clientes, olha para ele com um sorriso no rosto.

“Agora não, Yuratchka.” Ele diz, dando uma piscadela para ele.

Agora não.

O menino o olha surpreso, não esperando esse tipo de resposta.

Na manhã do dia seguinte, a mídia anuncia que dois corpos foram encontrados carbonizados em baixo de uma ponte que passa pelo rio Neva. Pelos documentos, a polícia percebe que são de Danil Sikorsky e Pyotr Lysenko, famosos por praticarem golpes que afetavam o psicológico das vítimas, que são homens. A polícia está atrás de vítimas e testemunhas que possam ajudar a entender o caso...