Dobro Pozhalovat' v Katsu

E esta história chega ao seu fim.


A viagem de São Petersburgo para Fukuoka foi calma e tranquila, se for considerado o ponto de vista de uma pessoa normal. Para Viktor, é claro que isso não acontece. Ele está nervoso, preocupado e inexplicavelmente, está tendo um mal pressentimento. Pressentimento ruim similar ao que sentiu ao enfrentar o homem que tocou fogo no restaurante de Yuuri.

Ele começa a se perguntar se foi com esses tipos de sentimentos que Yuuri o deixou partir para a 'viagem de negócios'.

Yuuri se Yuuri sabia desde o início que ele é o Pakhan, então ele também deveria saber com quem Viktor ia se encontrar. Por isso ele pediu para que ele tome cuidado. E isso só o faz ficar cada vez mais chateado consigo mesmo, lamentando o fato de novamente se deixar ficar cego por causa de seus sentimentos e de não ter percebido o quanto ele estava machucando Yuuri durante aquele breve encontro deles no quarto do hospital e o fato de que ele vem sofrendo durante todos esses tempo, por causa de Kirihara.

Seus pais, as memórias, os pesadelos…

E agora ele.

Quando ele e Anatoly Medvedev chegam ao Aeroporto Internacional de Fukuoka, jamais esperariam encontrar Watanabe ali, segurando uma placa com o nome Plisetsky. O sobrenome do pequeno Yuri. Anatoly coloca a mão no interior do paletó para sacar sua pistola, mas Viktor segue o braço e o impede.

"Zorro." Ele fala, fazendo Anatoly erguer as sobrancelhas e abaixar a mão.

"Nikiforov." Seung-Gil diz, olhando para Medvedev com a testa franzida.

"Anatoly Medvedev. King." Seung-Gil imediatamente se curva.

"Eu… eu trago notícias não muito agradáveis." Ele diz, os guiando para o lado de fora do aeroporto. "Temo dizer que Yuuri Katsuki e Minako Okukawa estão desaparecidos e que Kirihara foi o último a ver ele."

"Explique." Viktor ordena friamente, quando eles embarcam um carro.

E Seung-Gil explica tudo o que aconteceu, durante a jornada para Hasetsu. Quando ele termina, Viktor franze a testa ao refletir sobre o que ouviu dele. E então percebe que talvez os desaparecimentos estejam interligados.

"E quanto a Michele Crispino?" Ele pergunta, olhando para Seung-Gil de canto de olho.

"Ele está ainda em Hasetsu, discutindo com Kirihara sobre você e a irmã dele…" Seung-Gil responde, arregalando os olhos. "Você acha que…"

"Kirihara e Crispino se juntaram contra mim." Viktor conclui, olhando para a janela ao seu lado direito. "Por acaso Carmen sabe disso?"

"Carmen?" Anatoly pergunta, confuso.

"Sara Crispino." Viktor responde, e Anatoly se surpreende.

"Ah, agora faz sentido." Ele comenta, deslizando os dedos pela barba.

"Ela sabe dos desaparecimentos e está trabalhando lá na Rússia para encontrar eles. Mas pensando bem, se Michele está mesmo envolvido, as coisas podem ficar um tanto imprevisíveis." Seung-Gil então pega o celular e começa a digitar algo nele.

Viktor apenas solta um longo suspiro, desejando para que seu amado esteja bem, onde quer que ele esteja.

~x~

Yuuri acorda, fechando os olhos Imediatamente ao sentir uma forte dor atrás de sua cabeça. Ele percebe também que está sentado em uma cadeira e que tanto seus pés quanto seus punhos estão imobilizados, presos firmemente com algo áspero. Uma corda grossa que o faz sentir cada vez mais dor a medida que ele tenta se mexer.

"Então você acordou." Ele escuta e ergue o rosto, o inclinando ao ver Michele Crispino ali.

"Saluti, Michele Crispino. [Saudações, Michele Crispino.]" Yuuri diz, sorrindo ao olhar de surpresa dele. "Fammi indovinare. Ti sei unito a Kirihara perché Nikiforov ha rapito tua sorella Sara e non sai dove sia. [Deixe-me adivinhar. Você se juntou a Kirihara porque Nikiforov sequestrou sua irmã, Sara e você não sabe onde ela está.]"

"Come lo sai? [Como sabe disso?]" Ele pergunta, ficando furioso. "Chi sei veramente? [Quem realmente é você?]"

"Yuuri Katsuki. Sono il figlio della coppia che gestiva Yu-topia e faccio parte di un'organizzazione segreta che opera in tutto il mondo per combattere l'ingiustizia. E il mio obiettivo attuale è Kirihara, il leader degli Yakuza che manda navi dal Giappone con diversi bambini che sono stati portati con la forza dalle loro case e anche orfani, che vengono venduti in schiavitù dagli inferi. [Yuuri Katsuki. Sou filho do casal que administrava Yu-topia, e faço parte de uma organização secreta que atua pelo mundo combatendo injustiças. E o meu alvo atual é Kirihara, líder Yakuza que envia para fora do Japão navios com diversas crianças que foram tiradas de suas casas a força e também órfãos, que são vendidos como escravos pelo submundo.]" Yuuri responde, e Michele congela com o que escuta. "E sobre como eu sei tanto sobre você? Digamos que sou amigo de Sara e que Viktor não a sequestrou. Ela escolheu vir com ele e meus pais. [E sobre como eu sei tanto sobre você? Digamos que sou amigo de Sara e que Viktor não a sequestrou. Ela escolheu vir com ele e meus pais.]"

"Questa è una bugia! [Isso é mentira!]" Michele exclama, o puxando pelos cabelos.

"Se vuoi davvero parlarle, prendi il mio telefono e chiama il contatto di nome Carmen. [Se quiser mesmo falar com ela, pegue meu telefone e ligue para o contato de nome Carmen.]" Yuuri diz, e Michele se deixa levar pelo desejo de rever a irmã gêmea.

Ele solta Yuuri e pega o telefone celular que está em cima da mesa, o ligando e se surpreendendo com a quantidade de notificações. Ao puxar o contato de Carmen, ele inicia a ligação e se assusta ao ouvir a voz da sua irmã.

"Arsene?! Você está bem? O que aconteceu?! Todos estão..."

"Sara?" Ele pergunta, e a voz do outro lado se cala. "Quem é Arsene?"

"Sou eu." Yuuri responde, de cabeça baixa. "Arsene é meu apelido na Organização, enquanto Carmen é o apelido da sua irmã."

"Michele Crispino." A voz fria de Sara no outro lado da linha faz Michele arregalar os olhos. "Não vai me dizer que é verdade que você se aliou ao maldito do Kirihara?"

"Mas… você foi sequestrada…?" Ele pergunta, completamente confuso.

"Eu não fui sequestrada, seu idiota. Eu vim com Nikiforov por vontade própria para a Rússia. Agora eu ordeno que solte Yuuri Katsuki e o tire de onde é que vocês estão para longe de Kirihara, antes que o velho asqueroso tente de novo abusar dele sexualmente."

"De novo? Espera um pouco, Katsuki falou sobre tráfico de crianças? Isso é verdade?" Michele pergunta, começando a ficar nervoso.

"Sim. Minako Okukawa e alguns membros da Organização que estão infiltrados na Yakuza de Kirihara fazem de tudo para salvar as crianças, e eu os ajudo hackeado computadores por informações importantes." Sara responde e Michele, que já sabia que sua irmã é um gênio da computação, não fica surpreso com isso.

"Muito bem, eu vou soltar Katsuki e tirar ele e Okukawa daqui." Michele diz, e Yuuri solta um longo suspiro, aliviado.

"Tudo bem, mas antes preciso passar uma mensagem para ele. É urgente." Sara diz, e quando Michele coloca o celular no ouvido de Yuuri.

"Carmen?"

"Viktor está em Hasetsu. Ele está aí, por você." E a ligação se encerra.

Viktor está aqui.

Ele deveria ter esperança?

...

Yuuri sente as cordas serem cortadas de seus pulsos, os massageando enquanto Michele corta as que prendem suas pernas, que estão cobertas por uma calça de pano preta folgada.

"Nós precisamos ir." Michele estende a mão para ele e Yuuri a pega, se levantando da cadeira com dificuldade.

"Onde está Minako Okukawa?" Yuuri pergunta, se agachando para massagear as pernas.

"Ela está em um outro quarto, presa por causa de Kirihara." Michele responde, devolvendo o celular para ele.

Michele também dá para ele a camisa verde que está usando por cima de uma camiseta cinza, onde Yuuri a veste após agradecer e guardar no bolso da frente o celular.

"Michele, eu quero que você libere Okukawa e a tire daqui." Yuuri olha para ele seriamente. "Eu cuidarei de qualquer empecilho que apareça no seu caminho, mas quero que se concentre nisso."

"Em outras palavras, se ocorrer uma situação em que eu tenha que escolher ajudar ela ou você, eu devo abandonar você." Michele deduz e Yuuri afirma com a cabeça, sorrindo para ele.

"Correto. Vá para Ice Castle, o ringue de patinação artística." Yuuri respira fundo. "Agora vamos. O tempo não espera por ninguém."

Michele e Yuuri saem correndo pelos corredores daquele local escuro. Estranhamente, não havia ninguém ali, mas Yuuri está tendo um mal pressentimento. Michele invade o local onde Minako está presa e a resgata. Com Minako Okukawa inconsciente e machucada nos braços, Michele avança logo atrás de Yuuri, que o leva até as escadas que levam para o primeiro andar da residência de Kirihara.

"Vai!" Yuuri exclama para ele, quando membros da Yakuza surgem, gritando em japonês para eles.

Yuuri luta com eles, acertando socos e chutes fortes a ponto de os nocautear. Michele corre, carregando Minako, e se vê novamente correndo atrás de Yuuri Katsuki, que continua a bater e abrir caminho para que ele escapasse. Michele avança, deixando Yuuri para trás e indo até os jardins, onde acaba encontrando Viktor Nikiforov e Anatoly Medvedev.

"Onde está Yuuri?" Nikiforov pergunta, com a pistola em mãos.

Michele sente um arrepio forte no corpo por causa do olhar frio do Pakhan, e percebe que ele só não faz nada por causa de Minako Okukawa.

"Katsuki está lá dentro." Michele diz para Viktor, que avança para dentro da casa de Kirihara.

Do lado de fora, ele é recebido por Watanabe, que espera ao lado de um carro.

"Eu pertenço a mesma organização de Arsene e Carmen. Coloque Okukawa aqui e entre no carro, que eu os levarei para Ice Castle." Ele abre a porta traseira direita do carro e Michele coloca Minako Okukawa deitada. Ele entra logo depois, entra no banco do carona. Watanabe se senta no banco do motorista e dá partida no carro, o guiando para longe daquele local.

~x~

Yuuri sente uma presença se aproximando pelas suas costas e, pegando impulso, gira o corpo para socar essa pessoa, quando sente seu pulso ser agarrado e ser puxado para frente, indo para os braços de alguém. Alguém alto, de cabelos platinados e com um perfume tão familiar que traz lágrimas nos olhos dele.

"Vi…" Yuuri começa a se tremer, segurando a camisa dele com força com as duas mãos.

"Me desculpe." Viktor diz, o abraçando fortemente. "Me desculpe por tudo o que eu disse."

"Você está mesmo aqui." Yuuri sussurra, deixando escapar um soluço logo em seguida.

"Eu estou. E eu prometo jamais sair do seu lado." Viktor diz, pegando a mão direita de Yuuri e a erguendo até seu rosto, onde ele a beija justamente no dedo anelar. "Eu senti muito a sua falta."

"Carmen me disse que você estava aqui, mas eu não quis ter esperança de que você queria me ver novamente e ter meu coração quebrado ainda mais." Yuuri comenta, sentindo os dedos de Viktor limpar as lágrimas que escorrem de seu rosto.

"Eu sei que está sendo difícil acreditar em mim, depois do que eu disse para você. Eu te machuquei em um momento que você precisava do meu apoio, do meu amor." Então, Yuuri. Eu vou esperar o tempo que for necessário para que você confie em minhas palavras novamente e aceite meu amor por você." Viktor diz, e Yuuri o abraça novamente, chorando ainda mais por causa dessas palavras.

"Que belas palavras. Eu jamais ia imaginar que meu Kamome e o Pakhan eram amantes. Homossexualismo não é proibido na Rússia?" A voz de Kirihara quebra o clima dos dois, que congelam e olham para ele friamente.

"Eu nunca fui seu." Yuuri diz, se virando de costas para Viktor e ficando de frente para Kirihara, que se aproxima deles rindo.

"Ah, quem diria que meu Kamome se tornaria tão desobediente. Eu ainda me lembro das vezes que você usava sua boca e suas pequenas mãos para me dar prazer." O velho solta altas gargalhadas, e Yuuri sente o braço esquerdo era Viktor o segurar na cintura, o impedindo de se mexer.

"É mesmo, seu pervertido? Porque meu Yuuri também usou as mãos e a boca dele para me dar prazer, então estamos empatados." Yuuri olha para ele chocado, com as suas bochechas coradas. "Não, espera. Eu também dei a ele prazer a ponto de ouvir ele gemendo meu nome diversas vezes. Então, eu acho que você perdeu."

"Viktor!" Yuuri exclama, horrorizado com o que escuta.

"Maldito, como ousa tentar me humilhar?!" Kirihara exclama, sacando a arma e apontando para eles. "Eu queria dar a você uma chance de voltar a ser meu pet, Kamome. Mas eu mudei de idéia. Me agradeçam, pois eu vou acabar com a vida dos dois aqui e agora…"

BANG!!

O barulho de um tiro faz os dois se abraçarem e fecharem os olhos, esperando a bala que jamais sequer veio na direção deles. Eles abrem os olhos e se entreolham com os rostos inclinados, e então olham para Shirou Kirihara, que ainda aponta a arma para eles mas apresenta uma mancha de sangue em sua yukata cinza claro na altura da barriga.

"Medvedev." Ele diz, cuspindo sangue e abaixando a arma, a soltando no chão. "Seu maldito."

"Finalmente, Kirihara. Finalmente eu pude ser capaz de realizar a minha promessa." Anatoly diz, atrás de Viktor e de Yuuri. "Viktor, Yuuri. Eu deixo o resto com vocês."

"Seu covarde! Você..." Kirihara exclama, mas recebe um soco de Yuuri e cai no chão.

"Tio Tolya." Yuuri se vira para o antigo Pakhan com um sorriso no rosto. "Obrigado."

Anatoly guarda sua pistola no paletó e se afasta, acenando para eles.

"Promessa?" Viktor pergunta, apontando a sua pistola para o Oyabun.

"Quando ele me resgatou desse monstro aí, ele me prometeu me ajudar a matar Kirihara. Mas para isso, ele precisava estar fora da liderança da máfia russa. Só que ele não esperava que a filha dele fosse tão irresponsável." Yuuri explica, sorrindo para Viktor.

"Entendo." Viktor se aproxima e fica nas costas dele, envolvendo sua mão esquerda na cintura de Yuuri enquanto a outra continua a apontar para Kirihara, que recebe um chute no local do ferimento. "Juntos?"

Yuuri o olha com surpresa, e abre um largo sorriso para ele.

"Juntos." Ele diz, erguendo a mão direita e segurando a arma junto com ele.

E com um tiro na cabeça, Shirou Kirihara finalmente morre e com ele, o fim da Yakuza que ele chefiava. Hasetsu está livre.

~x~

Dias depois, Isabela Yang, Leo de la Iglesia, Guang-Hong Ji, Michele Crispino e Seung-Gil Lee partiram do Japão e voltaram para suas cidades natais para começarem seus novos trabalhos pela organização. Na Rússia, Sara Crispino e Phichit Chulanont também partiram para seus países de origem. Medvedev também voltou para a Rússia a fim de providenciar o retorno do casal Katsuki para Hasetsu.

Minako se recupera e, com o casal Nishigori, Mari e Yuuri, começam a reconstruir Hasetsu usando dinheiro que Yuuri estava juntando como Chaika. Viktor é sempre visto ao redor de Yuuri, agindo mais como um guarda-costas do que… outra coisa. Acontece que… agora que Kirihara está morto, Yuuri não sabe mais o que fazer a partir de agora e ele também se sente assim com relação a Viktor. E Mari, obviamente, percebe isso.

"Desembucha, Yuuri." Ela diz, se sentando ao lado dele e admirando a paisagem tranquila da praia de Hasetsu e acendendo um cigarro.

Yuuri, que estava com os joelhos erguidos e os abraçando, ergue de leve o rosto e a olha.

"Eu… não sei mais o que fazer, Nee-chan." Ele sussurra, como se tivesse medo de que alguém mais pudesse escutar seus medos. "Eu… quero voltar a morar em Hasetsu com a minha família, mas eu não acho que devo tirar Yura de um ambiente familiar para ele e o forçar a um ambiente novo e confuso para um menino de 9 anos. E Viktor é o Pakhan. Ele certamente não aceitaria abandonar tudo e morar aqui."

"Faz sentido, mas porque é que você está tomando essas decisões sem saber a opinião deles?" Ela pergunta, retirando o cigarro da boca e soprando a fumaça para o alto.

"Mas…" Yuuri começa a dizer, mas é interrompido por Mari.

"Tsk. Como sempre, você está pensando demais e se esquecendo de tudo poderia ser resolvido se você conversasse com Nikiforov e com Yura." Ela diz, dando um peteleco na testa nele, o fazendo soltar os joelhos e tocar na testa. "Além disso, nada o impede de morar em um país e visitar o outro."

"Oh…"

"Não concorda, Nikiforov?" Mari pergunta e Yuuri congela, girando o rosto e vendo que Viktor está logo atrás dele, de braços cruzados e o olhando seriamente. "Bem, eu vou embora. Tchauuu~!"

E ela se levanta e se afasta, os deixando ali sozinhos. Viktor descruza os braços e se senta no local onde ela estava sentada antes e observa o oceano. Eles ficam em silêncio por um tempo, até que Viktor respira fundo.

"Se parece com São Petersburgo." Ele comenta, surpreendendo Yuuri.

"Hmm." Yuuri apenas responde, voltando a abraçar suas pernas. "Você… ouviu tudo?"

"Da." Ele responde, finalmente o olhando. "Por que você não conversou comigo sobre isso primeiro?"

"Porque eu estou com medo." Yuuri responde, o fazendo arregalar os olhos. "Eu estou com medo de que você mude de idéia e decida não me querer mais. Definitivamente."

E Viktor percebe que suas palavras estúpidas machucaram muito Yuuri. Principalmente porque lá no hospital, não foi a primeira vez que ele deixou se levar pelas suas dúvidas e inseguranças, e resultando nele machucando Yuuri.

Oh, Yuuri.

"Eu cometi muitos erros na minha vida. Inclusive quando se trata sobre você. Eu posso ainda errar no futuro, mas eu preciso muito de alguém para me ajudar a perceber e consertar meus erros." Viktor se levanta e se coloca de frente para Yuuri, que o olha com surpresa. "E eu gostaria muito que você fosse esse alguém, Yuuri."

E então Yuuri arregala os olhos ao ver Viktor se ajoelhar na sua frente e retirar uma pequena caixa do bolso, a abrindo e mostrando uma aliança prateada com bordas douradas.

"Você se casaria comigo?" Ele pergunta, olhando para Yuuri, que leva as duas mãos para o rosto e começa a chorar.

"Você está falando sério?" Yuuri o olha nos olhos, e estende a sua mão direita. "Sim, você está. Sim, eu quero me casar com você. Mas na Rússia…"

"Na Rússia, acredito que podemos pensar em algo. Já disse que eu adoro quando você usa disfarce de mulher?" Viktor pergunta, com um sorriso no rosto.

Yuuri começa a rir, junto com ele. Viktor coloca o anel no dedo dele e sob a paisagem do por-do-sol na praia de Hasetsu, ambos trocam palavras de amor, promessas eternas, beijos ardentes. Naquela noite, eles tomam decisões importantes do futuro, baseadas na opinião que Mari deu para Yuuri.

Yuuri continuará morando em São Petersburgo, onde Katsu está sendo reformado, ao lado de seu filho Yuri e de seu noivo, Viktor, que decidiu se juntar a organização sob o codinome Jack. Eles visitam Hasetsu uma ou duas vezes por ano, observando a cidade ficar cada vez mais viva graças principalmente a Minako Okukawa, o casal Nishigori e a família Katsuki.