Do you remember us?
Capítulo 103 - Firts night.
Acordei no meio da madrugada assustada com o choro de Sophie que vinha da babá eletrônica, Damon dormia como uma pedra, eu levantei e caminhei até seu quarto, as estrelas do abajur rodavam pelo teto, enquanto ela chorava, foi a primeira vez que vi ela chorar desse jeito, logo na nossa primeira noite juntas em casa.
— O que foi meu anjo? – a peguei com cuidado, tentei colocar a chupeta em sua boca, mas ela cuspia, tentei amamenta-la mas ela não quis, troquei a fralda, fiz tudo o que era possível, e ela não parava de chorar, fiquei longos minutos andando pelo quarto tentando acalma-la e nada funcionava.
— O que foi? – disse Damon entrando apressado pelo quarto.
— Eu não sei, ela não parou de chorar nos últimos vinte minutos Damon, eu não sei mais o que fazer – eu já estava quase chorando junto com ela, era desesperador ver a minha filha desse jeito e não conseguir descobrir o porque desse choro.
— Você não pode chorar com ela Elena, me dá ela aqui – ele a pegou do meu colo, e continuou balançando, e nada dela parar de chorar.
— O que será que está acontecendo? – eu estava nervosa.
— Não sei, mas ficar assim só vai piorar Elena.
— Vou ligar para minha mãe.
Deixei os dois lá e corri até o quarto, pegando meu celular e ligando para minha mãe, só chamava e nada dela atender, então vi que passava das três da manhã, e quando desisti de ligar ela atendeu.
— Elena? O que foi? O que aconteceu filha? – ela disse assustada.
— Desculpa te ligar a essas horas mãe – disse entre lagrimas ainda ouvindo o choro de Sophie no outro quarto – ela não para de chorar, faz mais de vinte minutos, eu já tentei de tudo, mãe.
— Calma – não sei se o calma foi para mim ou para ela mesma, voltei até o quarto dela para que minha mãe ouvisse o choro – Esse choro é de dor filha, ela pode estar com cólica, tenta massagear a barriga dela – Damon se sentou na poltrona e a colocou deitada em suas pernas, com a mão livre comecei a massagear sua barriga, mas não adiantou.
— Não deu certo.
— Certo, faça um chá de camomila, a temperatura ajuda a passar a dor e vai acalmar ela.
— Ok, obrigada mãe.
— De nada filha, qualquer coisa me liga ok?
— Ok. – desliguei e fui até a cozinha.
Preparei um chá de camomila morno, e fui subindo apressada, não estava mais ouvindo seu choro, quando vi Damon em pé a segurando de barriga para baixo encaixada em seu antebraço.
— Finalmente – disse me sentindo aliviada, me sentei na poltrona e fiquei olhando para eles – você tem mais jeito com ela do que eu.
— Eu li isso naquele seu livro – ele riu – você dá o chá para ela? – eu assenti.
Ele colocou-a em meus braços, eu me ajeitei na poltrona e fiquei segurando a mamadeira em sua boca, ela sugava apressada, Damon ficou apoiado na poltrona ao meu lado, apenas observando. Ela pegou no sono novamente, a deitei no berço e nós voltamos para o quarto.
— Eu fiquei desesperada – disse colocando a cabeça sobre o braço esticado de Damon, ele me abraçou.
— Você nunca tinha passado por isso pequena, é normal, com o tempo você vai entender ela, vai saber o que é cada choro, e tudo vai ficar mais fácil.
— Espero que tenha razão – me aninhei em seu corpo, e acabei pegando no sono.
Me levantei mais quatro vezes durante o restante da madrugada, duas com Sophie chorando, e duas com a impressão que ela estava chorando, até que cansei e a trouxe para minha cama, coloquei o travesseiro em forma de U que eu usava para amamenta-la, entre Damon e eu, e a encaixei no meio dele, e a cada vinte minutos eu acordava para ver como ela estava, e assim foi até as sete da manhã, quando desisti de dormir e me levantei.
Tomei um longo banho, sai apenas com o roupão branco, os dois estavam acordados, Damon conversava com Sophie, que prestava muita atenção nele.
— Bom dia – dei um selinho demorado nele, e me deitei do outro lado dela.
— Como foi a primeira noite com ela em casa? – ele perguntou rindo.
— Não podia ter sido melhor – disse irônica.
— Bem vinda aos próximos dois anos. – ele pegou a minha mão e entrelaçou nossos dedos – Se você quiser dormir eu fico com ela la em baixo.
— Não, está tudo bem – sorri.
Vesti um short jeans escuro e uma regata preta larga, minha barriga estava inchada, e um pouco flácida, mas a Dra. Stevens disse que ainda iria diminuir, e em algumas semanas eu poderia começar algumas caminhadas para ajudar o meu corpo a voltar ao que era antes.
Sophie estava no carrinho, e Damon no sofá conversando com ela, enquanto eu tomava o café da manhã, ouvi a campainha tocar e fui atender.
— Oi filha – minha mãe sorriu me abraçando – como foi a noite? – ela riu.
— Maravilhosa – disse rindo.
Minha mãe pegou Sophie do carrinho e ficou conversando com ela, com aquela voz boba falava que ela tinha que ter paciência comigo, e que nós iriamos aprender uma sobre a outra juntas.
— Se você quiser eu posso ficar alguns dias, para te ajudar.
— Não, eu preciso aprender a me virar sozinha.
— Você não vai estar sozinha – disse Damon me puxando para deitar em seu colo.
Meus olhos estavam pesados, e eu aproveitei que minha mãe estava ali para cochilar um pouco.
Durante a tarde Caroline passou aqui para ver Sophie, e trouxe várias roupinhas, um body branco escrito eu amo a minha madrinha em rosa, e quase brigou com a minha mãe para ver quem iria ficar com ela no colo.
Chamei Dani para vir jantar aqui em casa, ela viria sozinha pois Richard estava trabalhando.
Minha mãe foi embora e Caroline também, e eu aproveitei para ficar com Sophie enquanto Damon preparava o jantar, troquei sua fralda e sua roupa, e fiquei com ela no colo conversando sobre coisas aleatórias.
Dani chegou com Emma, que estava diferente a cada vez que eu a via, ela estava com três meses, e estava tão gordinha que dava vontade de apertar. Fiquei com Emma enquanto Dani ficava com Sophie e resolvi falar o que eu tinha que falar.
— Dani, eu preciso te falar uma coisa – respirei fundo – mas não quero que fique brava comigo, nem chateada, e nem mude de ideia a meu respeito.
— Elena eu sei o que você vai dizer – ela riu – e não se preocupe, eu entendo.
— Entende?
— Sim, você conhece a Caroline a mais tempo, e ela vai ser uma ótima madrinha, não se preocupe, não convidei você para ser madrinha da Emma com a intenção de ser a da Sophie.
— Ai meu Deus, obrigada – a abracei com o braço livre – eu estava com medo de você ficar brava.
— Claro que não – ela riu.
Respirei aliviada, fiquei tão feliz dela ter entendido o meu lado, sei que se fosse ao contrario Car estaria ou dando um chilique ou chateada comigo, e acho que tomei a decisão certa, isso é apenas uma formalidade, quero que as duas façam parte igualmente da vida da minha filha, as duas são exemplos para ela, e são como irmãs para mim.
A noite foi tranquila, eu evitei deixar Sophie dormir, para que ela dormisse mais durante a noite. Damon me ajudou a dar banho nela, e depois a ninou até ela dormir, depois nós dois tomamos banho juntos, apenas nos beijamos pois infelizmente não podíamos passar disso, mas pelo lado bom é que quando nós pudéssemos seria incrível. Me deitei na cama e Damon se deitou ao meu lado, e me puxou para junto de seu corpo.
— Estou orgulhoso de nós dois – ele disse brincando com meus dedos.
— Está? – virei o rosto para encara-lo.
— Sim, nós estamos indo bem, seremos bons pais.
— Assim eu espero – disse rindo.
— Vamos ser – ele beijou minha testa – para a Sophie, e para os irmãos e irmãs dela.
— Irmãos e irmãs? – o encarei com as sobrancelhas arqueadas - está pretendendo me deixar?
— Não, quero vários filhos, e todos com você.
— Pode tirar o cavalinho da chuva Sr. Salvatore, no máximo mais um filho, e olhe lá.
— Posso viver com isso – ele disse rindo e me abraçando forte – te amo tanto minha pequena.
— Também te amo.
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